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Resumo desenvolvimento da criança PIAGET

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RESUMO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA – PIAGET
Piagetfoi um dos grandes estudiosos da Psicologia do Desenvolvimento. Focou no estudo do desenvolvimento cognitivo, à gênese da inteligência e da lógica. Era Biólogo e parte inicialmente para a construção da sua teoria da Biologia e filosofia. Teórico interacionista e construtivista. Fundou a teoria da epistemologia genética, que busca a origem do conhecimento, busca responder questões como: como o homem conhece? Como se desenvolve o conhecimento? 
Epistemologia genética Busca da gênese (origem) do conhecimento. A teoria é universal, aplicar-se-ia a qualquer indivíduo. A estrutura cognitiva é comum a todos, mas funciona de forma particular a cada indivíduo.
Método clínicouma técnica que consiste em perguntas e respostas livres, que Piaget utilizou para descobrir como as crianças adquiriam conhecimento, como resolviam problemas e como pensavam.
Conceitos advindos da biologia todo organismo possui uma estrutura permanente (biológico) que pode modificar-se sob as influencias do meio e os fatores normativos do pensamento correspondem biologicamente a uma necessidade de equilíbrio por auto-regulação (a lógica poderia corresponder a um processo de equilibração). 
Então, para Piaget, nós nascemos com uma estrutura biológica (sensorial e neurológica) que predispõem o surgimento de certas estruturas mentais, que irão surgir e se desenvolver conforme o indivíduo interage com o meio (que oferece estímulos e situações que requerem um processo cognitivo para resolução). 
Estrutura cognitiva mente ou processos mentais.
Conhecimento é uma construção contínua e renovável, que constantemente se constrói e se reconstrói. Construído pela interação do indivíduo com o meio.
Esquemaunidade estrutural básica de pensamento ou de ação (ou seja, padrão de pensamento ou ação). Pode ser simples ou complexo. São unidades estruturais móveis, que se modificam e adaptam, assim, sempre estão em contínuo desenvolvimento.
Inteligência para Piaget é uma função vital básica que ajuda o organismo se adaptar no meio. Contudo, inteligência também pode ser definida por duas perspectivas: estrutura e função, quanta estrutura é uma forma determinada de organização do conhecimento (forma da equilibração – com o objetivo de ter o equilíbrio), e quanto a função é uma adaptação. Para Piaget, toda a atividade intelectual ocorre com a finalidade de produzir uma relação equilibrada entre os processos de pensamento (do indivíduo) e o ambiente.
Equilibração das estruturas cognitivas o processo de organização das estruturas mentais em um sistema coerente, interdependente, que possibilitaria o indivíduo uma forma de adaptação a realidade.
Assimilação transforma o objeto de conhecimento de acordo com o que temos construído, ou seja, é resolver uma situação com a estrutura e os esquemas mentais que já temos formado, é o primeiro contato com o objeto de conhecimento. Interpretar o mundo (novas experiências) com aquilo que já temos construído.
Acomodação o sujeito se transforma para acomodar o objeto, ou seja, a organização mental sofre modificações para acomodar o objeto (novas experiências/ conhecimentos), combina (acomoda) o esquema novo com o velho e aprende a informação. Adaptar-se ao objeto de conhecimento através do sujeito. Exemplo: a criança aprende/difere que existem vários tipos de cães, pequeno, grande, feroz, amigo. O objetivo da acomodação é promover a adaptação. A acomodação é o complemento da assimilação.
Adaptação ocorre por meio da assimilação e da acomodação. Desencontros entre os esquemas mentais internos e o ambiente externo resultam em estímulo da atividade cognitiva e desenvolvimento intelectual. Toda a informação nova faz com que o sujeito entre em desequilíbrio (conflito), o sujeito precisa assimilar o objeto e se acomodar ao objeto, criar um novo esquema, buscado assim o equilíbrio, ou seja, a estabilização da organização mental. Logo, o desenvolvimento da cognição, de acordo com a teoria, pelo aperfeiçoamento e transformação das estruturas mentais, ou seja, dos esquemas mentais. Desenvolvimento cognitivo= desenvolvimento de estruturas ou esquemas mentais.
Em suas pesquisas Piaget criava situações problema e fazia com que a criança confrontasse essas situações. Ele dividia as crianças em faixas etárias, verificando as dificuldades que a criança encontra em resolver o problema e se ela consegue resolver o problema ou não, como ela chega à resposta e o que faltou para ela chegar à resposta certa. O erro era mais importante para se analisar que o acerto.
Para Piaget a moral evolui, é desenvolvida na criança, e a criança participa ativamente no processo de desenvolvimento. Esse desenvolvimento também possuiria estágios, que são: anomia, heteronomia e a autonomia. A anomia é o primeiro estágio, é quanto a criança está fora do universo da moral. A heteronomia é o segundo estágio, a criança entra no mundo da moral, caracterizada pela obediência e pelo o respeito à autoridade. Por fim, o último estágio é o da autonomia, que a moral se dá pelo respeito à reciprocidade, respeito mútuo.
Criançassão construtivistas, exploradores ativos e curiosos, ou seja, agentes ativos do processo de desenvolvimento.
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
Piaget via o desenvolvimento como produtos dos esforços ativos das crianças para compreender o mundo. Ele divide o desenvolvimento da inteligência em estágios, que possuem modelos característicos de construção de conhecimento (a mente da criança desenvolve em cada estágio um novo modo de operar), mas os modelos de funcionamento mental desenvolvidos nos estágios irão acompanhar o indivíduo durante sua vida. 
Estes estágios de marcam específicas faixas de idade. Os estágios são: sensório-motor (0 a 2 anos), pré-operatório (2 a 6 anos), operações concretas (7 a 11 anos) e operações formais (11 anos em diante), respectivamente. Todos os indivíduos passam por estes estágios, sempre na mesma sequência, durante o seu desenvolvimento, é preciso terminar um estágio para passar para o outro.
1º estágio - Sensório motor (ou prático) 0 – 2 anos
Caracterizado por:
· O desenvolvimento inicia a partir do equipamento biológico (reflexos inatos) que vão gradualmente se transformando em esquemas sensores motores rudimentares (uma forma de inteligência exteriorizada, explícita, prática);
· As funções mentais atuam no exercício dos reflexos, a criança vai aperfeiçoando os movimentos e adquirindo habilidades motoras;
· O campo da inteligência aplica-se a situações e ações concretas. É a fase da inteligência sensório motora, a criança se relaciona com o mundo através das sensações e percepções, e da motricidade (habilidades motoras);
· No início, o “eu” é o centro da realidade, procurará diferenciar os objetos do seu corpo. A manipulação do mundo ocorre através da ação, por isso, estágio prático, pois a inteligência é prática, é através de ações (motor) e percepções – atividade cognitiva básica (sensório); 
· Ao fim deste período (aproximadamente aos 18 meses) iniciam as representações mentais (início da constituição da função simbólica). A criança desenvolve dois conceitos cognitivos importantes: noção de permanência ou de constância dos objetos e a noção de causa e efeito. Tem o início de diferenciação entre o próprio corpo e os objetos.
2° estágio - Pré-operatório (ou intuitivo) 2 – 6 anos
Caracterizado por:
· Representação, que é pensar um objeto por meio de outro objeto (isso ocorre porque se desenvolve a intensivamente a linguagem – acabar por ir conhecendo mais a realidade);
· Desenvolvimento da função simbólica (capacidade de utilizar símbolos ou representações mentais) utiliza de símbolos mentais (símbolos mentais: imagens e palavras que representam objetos ausentes) como imagens e palavras para representar objetos e atribuir significados a realidade;
· Introdução à moralidade;
· Pensamento caracterizado pela dualidade (vê apenas um aspecto da situação ou do objeto – exemplo ou é bom ou é mal) e pela centração (capacidade de se concentrar em um aspecto e da situaçãoe negligenciar os outros aspectos).
· A centração possui duas formas: o egocentrismo (causado pela ausência de esquemas conceituais), em que a criança foca no seu ponto de vista do mundo, ou seja, é incapaz de considerar o ponto de vista do outro, e a incapacidade de compreender a conservação (os fatos de dois objetos iguais irão permanecer assim mesmo que a forma tenha alterado, desde nada seja acrescentado ou retirado);
· Raciocínio por transdução (a criança liga mentalmente determinadas experiências em que exista, ou não, relação de causa (exemplo: a separação dos pais por causa de uma ação dela);
· Não tem lógica (causalidade - não é capaz de usar da causa e efeito de forma lógica), nem o conceito de reversibilidade (capacidade de reverter ao original);
· Capacidade de categorização (capacidade de organizar em categorias objetos por seus aspectos semelhantes, seja cor, forma, tamanho, etc. – para isso a criança tem que ser capaz de diferenciar a semelhanças e as diferenças dos objetos). O animismo (tendência de atribuir vida a objetos que não estão vivos); 
· Pensamento dependente das ações externas;
· As crianças mostram a função simbólica por meio de:
· Imitação diferida: depois dos 18 meses a criança baseia-se em ter mantido uma representação mental de uma ação observável, ou seja, é quando a criança imita um obejeto ou uma pessoa em uma situação diferente da original e sem o modelo. 
· Brincar de faz de conta: as crianças podem fazer um objeto representar ou simbolizar outro objeto ou outro indivíduo (exemplo: boneca). A fase é conhecida pelo faz de conta, as crianças gostam de histórias, contos.
· Linguagem: também é simbólica, usada para representar objetos e atribuir significados a realidade;
· Amplia a noção de espaço. A capacidade de representação do mundo (exemplo: desenhos) é relacionada a função simbólica.
3º estágio - Operatório-concreto - 7 – 11 anos
Caracterizado por:
· Operações (capacidade de ação interna), que são ações interiorizadas reversíveis. Essas operações são feitas apenas sobre objetos que a criança tenha contado ou que já teve contato, objetos que de certa forma estavam concretos para ela;
· Não consegue abstrair, não consegue ir além do real/concreto;
· Pensamento reversível (capaz de reverter o pensamento);
· Pensamento simbólico mais sofisticado; 
· Aprimoração sobre os conceitos e as capacidades: 
· Reversibilidade;
· Invariância/conservação (quantidade, constância, peso, volume);
· Descentração;
· Capacidade de classificação, que inclui a capacidade de seriação (que é a capacidade de organizar objetos em serie por um aspecto – exemplo tamanho), inferência transitiva (que é a capacidade de inferir uma relação entre dois objetos da relação entre cada um deles e um terceiro objeto) e inclusão de classe (que é a capacidade de ver entre o todo e suas partes);
· Conceitos espaciais;
· Causalidade (causa e efeito de forma lógica);
· Raciocínio dedutivo e indutivo; 
· Relação espacial;
· Números;
· Capacidade de ver os múltiplos aspectos de uma situação. Desenvolverá os esquemas conceitos, o correndo a diminuição do egocentrismo;
4° estágio - Operacional-formal (abstrato) – (adolescência em diante)11 anos...
 Caracterizado por:
· Operações, que se realizam pelos conceitos, capaz de operar internamento o abstrato;
· Raciocínio hipotético-dedutivo, lógico (levantamento de hipóteses; realização de deduções); 
· A capacidade de sair-se bem com as palavras e essa independência em relação ao recurso concreto permite: ganho de tempo; aprofundamento do conhecimento; domínio da ciência da filosofia; 
· Este é o último estágio, o indivíduo irá ampliar e aprofundar os conhecimentos, mas não irá mais ter mais adquirir novos modos de funcionamento mental;

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