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Apostila módulo 2

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Ministrante: Nathalia Belmonte 
Psicopedagoga e Terapeuta ABA 
 
2 
 
 
Módulo II – Técnicas de Ensino em ABA 
 
Operação Estabelecedora 
 O que te motivou a escolher este curso? Porque você está fazendo este 
curso e não está fazendo outra coisa? No nosso dia a dia somos movidos por 
operações estabelecedoras no ambiente que são determinantes operando sobre 
nós. Esses determinantes estão relacionados as privações, as necessidades do 
sujeito, que o mesmo, busca e as estimulações aversivas e estressoras que o 
sujeito tende a afastar. As operações estabelecedoras, privações e estimulações 
estressoras, que estabelecem no ambiente causam efeito direto no organismo 
do sujeito, como eliciação de sensações e emoções. Assim os reforçadores 
causam mais efeitos quando estamos privados do estímulo reforçador. Vamos 
supor que você goste muito de chocolate, caso você coma muito chocolate, vai 
chegar um momento que você não vai conseguir mais comer chocolate, você 
ficará saciado, logo, chocolate não será mais reforçador para você, assim o 
reforçador só terá valor na medida da privação. As estimulações aversivas 
também causam um efeito emocional, evocando comportamentos de fuga e 
esquiva. 
 Nossas ações estão controladas pelas operações estabelecedoras, 
agimos por motivação intrínseca e motivação extrínseca. Na motivação 
intrínseca temos o produto direto da ação como efeito reforçador. Para uma 
criança, brincar com carrinho pode ser uma motivação intrínseca, não há 
necessidade de usar um reforçador arbitrário para a criança brincar com o 
carrinho. Sabemos que para algumas crianças com autismo, é difícil motivar-se 
para atividades da rotina escolar, brincadeiras coletivas, assim precisamos 
utilizar um reforçador arbitrário para motivar extrinsecamente a criança. Pois o 
efeito é produto indireto da ação, o que reforça a criança é a consequência 
reforçadora, e não a própria ação da atividade. 
 Com base, temos os reforçadores naturais e arbitrários, que estabelecem 
um controle sobre as nossas ações cotidianas. 
 
3 
 
 
 
 
 Controlar essas variáveis do ambiente com arranjo de contingências é o 
empreendimento da Análise do Comportamento aplicada. A Intervenção em ABA 
precisa prezar: 
 Atividades em uma ordem planejada; 
 Eventos consequentes reforçadores; 
 Registros de dados. 
 Ao analisar as contingências envolvidas no comportamento-alvo, nós 
devemos pensar em formas de arranjar/ estruturar/ possibilitar condições 
antecedentes e consequentes que promovam os comportamentos-alvos. 
 Quando pensamos em intervenção ABA, precisamos levar em 
consideração que a criança precisa ser um protagonista da sua 
aprendizagem. Assim torna-se necessário partirmos da linha de base, 
identificando o que essa criança já tem no seu repertório comportamental, 
quais são os comportamentos funcionais que devemos aumentar a 
frequência e quais são os comportamentos pouco adequados que 
precisamos diminuir a frequência. 
 A intervenção ABA parte do princípio que essa criança precisa estar 
se comportando, agindo de maneira adequada, evitando respostas pouco 
relevantes para o seu contexto social. Assim nosso foco é no 
fortalecimento do acerto, evitando a aprendizagem com erros. 
 A partir da análise funcional dos comportamentos de base da 
criança, elaboraremos os objetivos e comportamentos-alvos que serão 
Sd
Antecedente
R
Resposta
Sc
consequência
 
4 
 
 
 Estimulados na criança, através da hierarquia de dicas estaremos 
minimizando os erros e fortalecendo a aprendizagem de novas habilidades. 
 Pensado no conceito de contingências, a relação temporal é muito 
importante entre o comportamento emitido pela criança e a consequência. 
 É preciso reforçar imediatamente após a resposta correta da criança, assim 
fortalecendo esse comportamento e os erros devem ser corrigidos 
imediatamente e não reforçados. 
 A hierarquia de dicas deve ser usada sempre quando a criança não emite 
a resposta, ou seja, quando não há ainda autonomia para realizar sozinha ou 
não esteja compreendendo o comando verbal, nessa situação daremos uma 
ajuda total, segurando a mão da criança e realizando todo o movimento, do início 
até o final do procedimento motor. Quando for uma resposta verbal também 
daremos a dica verbal emitindo a resposta completa. Também podemos dar uma 
dica parcial, esta, quando a criança já emite parcialmente a resposta adequada, 
mas por vezes ainda apresenta dificuldade para tomar iniciativa para realizar a 
atividade ou precisa da ajuda no final para concluir a atividade com êxito. Como 
evitamos o erro da criança também podemos dar a dica quando percebemos que 
a criança irá emitir a resposta inadequada, então antecedemos o comportamento 
correto com a ajuda. 
 
Tipos de Ajuda 
 
Ajuda física 
 Corresponde a ajuda motora estimulando algum músculo da criança de 
modo a auxiliá-la na execução da tarefa, podendo ser uma ajuda no início, na 
manutenção ou na finalização da atividade, assim evitando que a criança emita 
respostas errôneas. 
 
 
5 
 
 
 Ajuda física total: 
1. Você irá guiar a criança fisicamente, mão com mão, do início até o final 
da atividade; 
Como proceder? 
Vamos imaginar que na sala de aula você pede para a criança empilhar um 
bloquinho de lego. Vamos levar em consideração que aqui temos uma 
criança que não tem motivação intrínseca (natural) por brinquedos e 
queremos estimular essa habilidade de brincar de forma funcional. 
 Então, você dará o comando: 
- Encaixa a peça! - Mas a criança não emite nenhuma resposta, e antes 
mesmo da criança emitir a resposta inadequada, você irá segurar a mão da 
criança realizando todo o movimento de encaixar a peça, do início até o final. 
Lembre-se, após concluir a atividade, você deverá entregar o reforçador. 
Ajuda física parcial 
 Aqui a criança já entendeu o procedimento da atividade, mas pode ser 
que não queira fazer a atividade, antes que ela emita resposta inadequada 
você poderá dar uma ajuda ou no início, ou no meio ou para concluir a 
atividade. 
Então , você dará o comando: 
- Encaixa a peça! 
 E a criança pega, mas não leva a peça para o lado correto, ou pega a 
peça mas não encaixa. Você poderá direcionar a mão da criança, para tentar 
encaixar, talvez ela não tenha força suficiente para encaixar de fato, então 
você pode auxiliar. 
Ajuda gestual 
 Na ajuda gestual, a criança já não precisa de ajuda motora, apenas um 
direcionamento. Aqui você irá apontar para a peça, mostrar onde a criança 
precisa encaixar. 
 
6 
 
 
Lembrando: Após a emissão da resposta adequada, reforce imediatamente. 
 
Ajudas Verbais 
 
 São estímulos verbais que promovem e facilitam a emissão do 
comportamento-alvo: 
Ajuda verbal total: 
 Como Proceder? 
 Você irá dar ajuda verbal (responder) a sua pergunta, para que a criança 
emita a resposta de imitação, também chamamos de respostas ecoicas. 
 - O que é isso? Lego. 
E a criança responderá LEGO, fazendo uma imitação verbal. 
 Atenção: A habilidade verbal é uma das habilidades mais difíceis de serem 
aprendidas. Logo, poderemos aceitar uma resposta ecoica mesmo que a 
criança não pronuncie a palavra corretamente. Lembrando que usaremos 
aproximações sucessivas do comportamento-alvo, para que a longo prazo 
ela consiga articular a palavra adequadamente. 
 Ajuda verbal parcial 
 Aqui você fará a pergunta e responderá o início da resposta para que a 
criança conclua a sua fala. 
_ O que é isso? Le 
 E a criança deverá responder: -Lego! 
Ajuda verbal escrita 
 Na ajuda verbal escrita a criança já domina a leitura, ou até de uma forma 
logográfica.Por exemplo ao identificar seu nome no crachá. Podemos utilizar 
para organizar a rotina da criança. 
 
7 
 
 
Ajuda por posição 
 Aqui estaremos dando uma dica após o nosso pedido, a dica consiste em 
aproximar o estímulo na direção da criança, o posicionar o reforçador próximo 
do estímulo onde a criança precisará apontar. 
 Seguindo a brincadeira com lego, levando em consideração que você quer 
trabalhar com essa criança a identificação de cores. 
Você diz para a criança: 
_ Qual é o azul? E a criança deverá apontar para o lego azul. 
Nesse caso, você pode mover o lego azul, ou dá um toque na peça, ou ainda 
colocar o reforçador perto do lego azul. 
 Utilizamos essa dica bem no início da intervenção e tomando sempre o cuidado 
para a criança não criar dependência da dica. 
 
 Esvanecimento 
 O objetivo da Intervenção ABA é desenvolver na criança a independência 
e sua autonomia, com isso precisamos retirar as dicas aos poucos, sempre 
quando temos a certeza que a criança já avançou a etapa com proficiência. 
Utilizamos o critério, de 90% de respostas corretas em 3 ou 5 tentativas. 
Lembrando que o Programa de habilidade pode conter de 9 até 20 tentativas, 
dependendo de cada criança e de cada habilidade que está sendo trabalhada. 
 Sempre devemos utilizar dicas menos intrusivas respeitando as etapas de 
desenvolvimento da criança. 
 
 Mas, se a criança errar? 
 Caso a criança responda de forma inadequada, você deverá direcionar a 
criança para atividade utilizando a ajuda, seja física ou verbal, para a criança 
concluir a atividade. A criança não deve ser reforçada! Lembre-se os 
 
8 
 
 
reforçadores aumentam a frequência da resposta. E nós queremos aumentar a 
frequência de comportamentos funcionais. Aguarde 5 segundos e inicie a 
próxima tentativa. As evidências científicas comprovam que é mais eficaz corrigir 
o comportamento rapidamente do que não corrigir. 
 
Mas quantas tentativas iremos fazer? 
 Isso irá depender da avalição funcional que será feita antes de iniciar a 
intervenção. Como já foi dito cada criança é única, e seu comportamento é 
idiossincrático, logo precisamos respeitar as peculiaridades de cada uma. Mas 
avaliar o comportamento da criança não é algo tão simples assim, então teremos 
um módulo específico sobre avaliação. 
 Avaliar e controlar as variáveis é uma habilidade que o aplicador ABA 
precisa ter, não somente para avaliar, mas também na aplicação dos programas, 
e uns dos grandes erros cometidos é na apresentação dos estímulos. 
 Não controlar as variáveis aumenta a taxa de probabilidade de a criança 
emitir respostas inadequadas. 
 Quando estamos trabalhando uma determinada habilidade devemos nos 
concentrar e apresentar somente um estímulo, evitando que a criança confunda 
as propriedades, por exemplo ao ensinar uma habilidade de identificação de 
formas, não devemos também apresentar juntamente outro estímulo como 
cores. Temos que ter certeza que a criança já domina um determinado conceito 
para acrescentar um outro conceito. 
 
Treino de Tentativas Discretas – DTI 
Discrete trial Instruction 
 O Treino de tentativas discretas é uma estratégia de ensino estruturado, 
caracterizado pelo controle das variáveis no ambiente e arranjo de contingências 
reforçadoras. 
 
9 
 
 
 
É estruturado porque antes de iniciar a intervenção é preciso determinar os 
objetivos do ensino, reunir os materiais que serão utilizados, selecionar os 
reforçadores, preparar o ambiente evitando destratares para não tirar a atenção 
da criança. 
 Geralmente utilizamos esse tipo de estratégia quando iniciamos o ensino 
de uma nova habilidade. É considerado um ensino rápido e precisa ser bem 
avaliado pelo aplicador, que deverá fazer os registros do comportamento em 
cada tentativa. 
 Tem um maior controle das variáveis porque tem a possibilidade de 
construir uma aprendizagem evitando erros. Antes de avançar para uma nova 
habilidade é preciso que a criança domine muito bem a habilidade que está em 
curso. O ensino deve ser repetido com apresentação das dicas e com 
esvanecimento delas, até que a criança consiga realizar com autonomia. Para 
isso, é preciso que critérios claros e precisos sejam respeitados, como para 
avançar para outra habilidade a criança precisa acertar 90% da atividade entre 
3 ou 5 tentativas. 
 
Ensino em contexto natural 
 
 O ensino em contexto natural deve ser utilizado para manutenção das 
habilidades já aprendidas facilitando a sua generalização. 
 Generalização é a criança emitir a mesma resposta de forma adequada 
em diferentes contextos, em lugares diferentes, com pessoas diferentes, e o 
ensino em contexto natural promove essa possibilidade de generalizar os 
comportamentos já dominados. 
 Envolve atividades contínuas voltadas para o aumento da interação social 
e espontaneidade dos comportamentos. 
 
10 
 
 
Devemos estar atentos as oportunidades de ensino no ambiente natural da 
criança, podendo ser em diferentes espaços, no pátio da escola, em casa, no 
shopping, na pracinha e etc. 
Ensino incidental 
 Chamamos de ensino incidental a oportunidade de estimular as 
habilidades levando em consideração as motivações intrínsecas da criança. 
 Para isso devemos sempre nos fazer a seguinte pergunta: 
“ O que posso estimular no meu filho ou aluno estando nesse ambiente? ” 
 Sempre haverá uma possibilidade de aprendizado e devemos aproveitar 
todas as oportunidades e ambientes. Quanto mais estimulada e engajada a 
criança estiver na atividade maiores serão as chances de aprender. 
 Nos próximos módulos veremos as possibilidades práticas no ensino 
estruturado e no ensino natural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
ALENCAR, E. M. L. S. Psicologia: Introdução aos princípios básicos do 
comportamento. Petrópolis: Vozes, 2000. 
 
BAUM, W. Compreender o Behaviorismo: Ciência, comportamento e 
Cultura. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas Sul, 2006. 
 
DUARTE, C. P.; COLTRI, L.; VELLOSO, R.L. Estratégias da análise do 
comportamento aplicada para pessoas com transtorno do espectro do 
autismo. São Paulo: Memnon, 2018. 
 
FAGUNDES, A. J. F. M. Descrição, definição e registro do comportamento. 
São Paulo: Edicon, 2015. 
 
MARTIN G.; PEAR J. Modificação do comportamento. O que é e como fazer. 
8 ed. São Paulo: Roca, 2009. 
 
MOREIRA, M. B.; MEDEIROS, C. A..Princípios básicos de Análise do 
Comportamento. Porto alegre: Artmed, 2007 
 
SELLA, A. C.; RIBEIRO, D. M..Análise do comportamento aplicada ao 
transtorno do espectro autista – 1ed. Curitiba: Appris, 2018. 
 
SIDMAN, Murray. Coerção e suas implicações. Editora Livro Pleno, 2009.

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