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UNICEUG 
GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
9º e 10º Período / Noturno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APS – ATIVIDADE PRATICA SUPERVISIONADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia - GO 
2021 
PROBLEMA APRESENTADO 
 
Na atualidade, há um intenso debate no Direito das Sucessões sobre a proteção da 
legítima e a autonomia da vontade no testamento. Como os testamentos se tornaram 
mais comumente utilizados durante o período da pandemia da COVID-19, o tema voltou a 
ser discutido com especial ênfase. O grupo deverá ler o texto anexo, de Franciso Furtado 
de Oliveira Filho, publicado no portal jurídico CONJUR em 2018. 
 
Com base no texto, as atividades que o grupo deverá realizar são: 
1. Debater se concorda ou não com a possibilidade de maior autonomia para o testador 
sobre a destinação de seus bens após sua morte. 
2. Redigir um texto em que apresente e justifique com argumentos a opinião da maioria 
e, se houver, a opinião e argumentos da minoria. 
3. O texto para resposta do item anterior deve mencionar eventuais obras e portais 
jurídicos consultados. 
 
 
1. Debater se concorda ou não com a possibilidade de maior autonomia para o 
testador sobre a destinação de seus bens apos morte. 
 
Analisando sobre a perspectiva do atual ordenamento jurídico brasileiro que restringe 
a autonomia da vontade do testador em 50% (cinquenta por cento) de todo o seu 
patrimônio para seus herdeiros necessários, acreditamos que esse percentual seja 
mantido, buscando a manutenção do princípio da solidariedade familiar. A proteção dos 
herdeiros necessários na sucessão testamentária na forma da legítima é um instituto antigo, 
consagrado no nosso ordenamento. A legislação brasileira aplica o princípio de proteção a 
família, está previsto a Constituição Federal no seu artigo 226: A família, base da sociedade, 
tem especial proteção do Estado. § 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração. ... § 3º 
- Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a 
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 
Infelizmente ainda não estamos preparados para deixar a pessoa dispor da 
totalidade do seu patrimônio, pois no Brasil existe muita gente de má fé, capaz de 
enganar uma pessoa de bem, gerando assim muitos problemas para uma família que pode 
ficar sem nenhuma herança injustamente. 
2. Redigir um texto em que apresente e justifique com argumentos a opinião da 
maioria, se houver, a opinião e argumentos da minoria. 
 
Diante do que foi exposto no texto, por que não permitir que na sucessão 
testamentaria o testador tenha maior autonomia da vontade, uma liberdade de testar que 
ultrapasse os cinquenta por cento previstos no Código Civil? Podemos justificar que a 
maioria das pessoas se satisfazem com a sucessão legitima e a proteção aos herdeiros 
necessários, sendo assim grande parte falece ab intestato, ou seja, não se utilizam do 
testamento. 
Dessa forma, a minúscula utilização do testamento pelos brasileiros podem ser 
elencadas por algumas razões. Essa aversão a testar pode ser dividida em dois 
agrupamentos de motivos: culturais e normativos. Sobre os motivos culturais Giselda 
Hironaka observa: 
O brasileiro não gosta, em princípio, de falar a respeito da morte, e sua circunstância 
é ainda bastante mistificada e resguardada, como se isso servisse para “afastar 
maus fluidos e más agruras...”. Assim, por exemplo, não se encontra arraigado em 
nossos costumes o hábito de adquirir, por antecipação, o lugar destinado ao nosso 
túmulo ou sepultura, bem como não temos, de modo mais amplamente difundido, o 
hábito de contratar seguro de vida, assim como, ainda, não praticamos, em escala 
significativa, a doação de órgãos para serem utilizados após a morte. Parece que 
essas atitudes – como se diz popularmente – “atraem o azar...”. 
Giselda Hinoroka ainda elenca outro motivo que ainda pode ser agrupada as 
razões culturais: o desconhecimento das regras sobre a destinação do patrimônio 
após a morte. Como o tema é um tabu na sociedade brasileira, são poucas as 
pessoas que procuram ajuda especializada, a fim de informar melhor sobre as 
possibilidades de gestão do seu patrimônio, com vistas à sucessão por morte, sem 
falar da pouca literatura voltada para o grande público. 
 
 Percebemos então, que o assunto ainda e um tabu pra todo mundo, por pensa que 
desta forma, tudo que construímos e adquirimos será deixado pra alguém e mesmo que 
não queremos deixa pra certo tipo de pessoa, será deixado, pensamos que tem por mais 
que seja parente, que apenas suas heranças e nada mais, e nos traz uma forma de revolta, 
pois pensa uma pessoa que trabalhou a vida toda e constituiu tudo que almejou e venha a 
falecer e deixa pra outros, isto e revoltante e triste. 
O instituto da legitima existe em no nosso ordenamento, desde quando o Brasil ainda 
era uma colônia, permanecendo quase que inerte a toda evolução econômica e social por 
todos esses anos. Sendo assim, o motivo para o qual esse instituto ainda vigora no Brasil, 
após décadas, está relacionada aos motivos como: o direito de propriedade não é absoluto; 
deve-se proteger a família do arbítrio do indivíduo; beneficiar um único filho implica em 
estimular a ganância; se for dada educação adequada à legitima não ensejará o ócio do 
herdeiro. 
Por fim, a proteção aos herdeiros possui caráter neutro, impedindo assim que ocorra 
uma injustiça entre os herdeiros, fundamentando sua manutenção na solidariedade e 
proteção familiar. Mantendo assim a escolha da maioria das pessoas. 
 
 
 
3. O texto para resposta do item anterior deve mencionar eventuais obras e 
portais jurídicos consultados. 
 
 
REFERÊNCIAS 
FILHO, Francisco Furtado de Oliveira. Da necessidade de repensar a legítima. Revista 
Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 23, n. 5658, 28 dez. 2018. Disponível em: 
https://jus.com.br/artigos/66911. Acesso em: 18 nov. 2021.

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