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Karl Marx e o Marxismo

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APS – AVALIAÇÃO PRÁTICA SUPERVISIONADA 1ª ETAPA – 2021/1
Curso: Direito Docente: Cristiano Dias Mello
Disciplina: Ciências Política Período: 1º
Discente: Chrystian Gomes Rodrigues 
KARL MARX
Karl Marx (1818–1883) foi um filósofo e revolucionário socialista alemão. Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, tais como Sociologia, Política, Direito e Economia.
Karl Heinrich Marx nasceu em Trier, Renânia, província ao sul da Prússia - um dos muitos reinos em que a Alemanha estava fragmentada, no dia 5 de maio de 1818. Filho de Herschel Marx, advogado e conselheiro da justiça, descendente de judeu, era perseguido pelo governo absolutista de Guilherme III.
Em 1835, depois de concluir seus estudos no Liceu Friedrich Wilhelm, Karl ingressou no curso de Direito da Universidade de Bonn onde participou das lutas políticas estudantis.
No final de 1836, Karl Marx se transferiu para a Universidade de Berlim para estudar Filosofia. Nessa época, se propagavam as ideias de Hegel, destacado filósofo e idealista alemão. Marx se alinha com os "hegelianos de esquerda", que procuram analisar as questões sociais, fundamentados na necessidade de transformações na burguesia da Alemanha.
Entre 1838 e 1840, Karl Marx se dedica a elaborar sua tese. Doutorou-se em Filosofia em 1841, na Universidade de Jena, com a tese "A Diferença Entre a Filosofia da Natureza de Demócrito e a de Epicuro".
Por motivos políticos, Karl Marx não consegue a nomeação para lecionar na universidade, que não aceita mestres que seguem as ideias de Hegel. Com a recusa, Marx passa a escrever artigos para os Anais Alemães, de seu amigo Arnold Ruge, mas a censura impede sua publicação.
Em outubro de 1842, muda-se para Colônia, e assume a direção do jornal “Gazeta Renana”, onde conhece Friedrich Engels, mas logo após a publicação do artigo sobre o absolutismo russo, o governo fecha o jornal.
Afinal, quem foi Karl Marx?
Filósofo, político, economista, sociólogo e jornalista, Karl Marx era filho de judeus da classe média. Ele assistiu ao seu pai se converter ao cristianismo não por ideologia, mas para conseguir exercer a profissão de advogado (na época, o fato de uma pessoa ser judia a impedia de exercer determinadas funções). Anos mais tarde, o jovem Karl Marx entrou na Universidade de Bonn para cursar Direito e lá participou ativamente da política estudantil.
Apesar disso, ele se transferiu para a Universidade de Berlim. Nessa época, dois fatos importantes acontecem:
1. Marx conhece o pensamento de Hegel (filósofo, professor e reitor da Universidade de Berlim) e se une aos jovens que seguem a filosofia hegeliana, condenando principalmente o estado e a religião;
2. Marx e Jenny ficam noivos. Porém, tanto a família dele quanto a dela não viam a união com bons olhos e eles só foram se casar 7 anos depois.
O crescente interesse de Marx pelo pensamento de Hegel e sua participação no grupo de esquerda, jovens hegelianos fazem com que ele se transfira para o curso de Filosofia, no qual se doutorou. Entretanto, justamente por concordar com a vertente de Hegel, Marx é impedido de prosseguir na carreira acadêmica, sem ser aceito para lecionar.
Em 1843, Karl Marx se casou com Jenny, com quem teve 7 filhos. Nesse mesmo tempo, ele se mudou para Colônia, onde conheceu Engels e se tornou o diretor do jornal Gazeta Renana (essa amizade se tornou muito importante, pois os dois trabalharam juntos até a morte de Marx). Depois, com o fechamento do jornal, Karl Marx se mudou para Paris.
Além dos 7 filhos que teve dentro do casamento, Karl Marx também teve um filho com a empregada que contratou (e também militante do socialismo), Helena Demuth. Entretanto, ele não assumiu a paternidade nem prestou ajuda à criança.
As publicações de Marx, altamente críticas, depreciavam o governo alemão e isso fez com que os governos de outros países também expulsassem ele, a pedido dos alemães. A numerosa família, que vivia momentos de difícil situação financeira, recebeu a contribuição de admiradores do filósofo e se mudou para Londres, de onde Marx prosseguiu com seu trabalho.
Dois anos após a morte da esposa, Marx teve uma depressão. Ele adoeceu com uma infecção de garganta que o impediu de falar e até mesmo de se alimentar direito. O quadro evoluiu para um agravamento do sistema respiratório e bronquite. Karl Marx faleceu no dia 14 de março de 1883, em Londres, Inglaterra.
Os fundamentos do marxismo
 Para além dessas condições objetivas para o surgimento do marxismo, marcadas pelo avanço do modo de produção capitalista e da indústria, o aparecimento da classe operária, produtora da riqueza material, as contradições da sociedade burguesa, como a exploração da força de trabalho e as crises econômicas, o socialismo científico é também resultado de um conjunto de transformações subjetivas, expressas no desenvolvimento do conhecimento humano. Marx e Engels souberam não só assimilar o que de melhor foi produzido na esfera do conhecimento (filosofia e ciência), como realizar uma nova síntese, numa concepção de história, sociedade e dos próprios indivíduos, conhecida como Concepção Materialista da História, aplicado por eles ao conhecimento das formações econômico-sociais précapitalistas e ao próprio capitalismo.
Aplicação nos dias contemporâneos
Analisando o capitalismo, Marx desenvolveu uma teoria para o valor dos produtos: o valor é a expressão da quantidade de trabalho social utilizado na produção da mercadoria. No sistema capitalista, o trabalhador vende ao proprietário a sua força de trabalho, muitas vezes o único bem que possui, tratada como mercadoria e submetida às leis do mercado, como concorrência, baixos salários. À diferença entre o valor do produto final e o valor pago ao trabalhador, Marx deu o nome de mais-valia, que expressa, portanto, o grau de exploração do trabalho. Os empregadores que seriam os donos do meio de produção têm por tendência natural estender a mais-valia, o que ficou conhecido como mais valia-relativa, acumulando cada vez mais riquezas.
Essa situação, que põe de um lado o dono do capital e de outro os possuidores da força de trabalho, não é um fato natural, mas o resultado de um processo histórico anterior que causava uma situação de dominação, uma vez que aqueles que eram desprovidos dos bens de produção ficavam a mercê dos empregadores e, assim, de suas normas.
Para Marx, o trabalho que deveria ser humanizador, sob o capitalismo é o seu contrário, pois na forma de mercadoria é: alienante — porque o trabalhador desconhece o próprio processo produtivo e o valor que agrega ao produto, além de não se identificar com os produtos de seu trabalho; explorador — devido os objetivos de produção da mais-valia vinculada ao processo de acumulação do capital; humilhante — porque afeta negativamente a autoestima; monótono — por sua organização e pelo conteúdo da tarefa.
Observamos que a obra de Marx não se constitui numa mera crítica ao trabalho sob o capitalismo, mas cria valores e novas expectativas em torno do trabalho.
Karl Marx entendia que o trabalho deveria ser humanizador, não alienado, digno, que garantisse ao ser humano a satisfação das suas necessidades, racional, e que se constituísse na principal força na vida dos indivíduos.
Atualmente as empresas que querem se manter a frente da concorrência e deixar sua marca de forma positiva na mente de seus consumidores, trabalham em prol de formas de trabalho agradáveis aos seus funcionários, evitando tarefas monótonas e degradantes. Muitas dessas empresas automatizam os processos mais desgastantes e perigosos à saúde humana, trazendo uma sensação aos seus funcionários de pertencimento a uma empresa que se preocupa com seu bem-estar, e que sabe que o ser o humano é seu capital mais valioso.
Nesta nova perspectiva é possível que ambos ganhem, tanto empregadores quanto empregados.

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