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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS - UNCISAL FONOAUDIOLOGIA MOSES CAETANO DA SILVA RESENHA CRÍTICA – “UMA MENTE BRILHANTE” Maceió 2021 MOSES CAETANO DA SILVA RESENHA CRÍTICA – “UMA MENTE BRILHANTE” Resenha crítica do documentário “Uma Mente Brilhante” apresentada, ao curso de Fonoaudiologia, da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL, a ser utilizado como atividade do módulo de Introdução à Psicologia, ministrado pelo Prof. Dr. Antônio Lima. Maceió 2021 Resenha Crítica – “Uma Mente Brilhante” Uma mente brilhante e perturbada. A história de John Forbes Nash idealizada nos cinemas pela obra premiada Uma Mente Brilhante conta a história desse matemático que mudou a forma como se via a teoria dos jogos e matemática pura. O filme de 2001, foi dirigido por Ron Howard, roteiro de Akiva Golsdman e a interpretação dos personagens ficou por conta de nomes conhecidos no mundo do cinema: protagonizado por Russel Crowe, Jennifer Connelly, Paul Bettany e mais. A obra foi ganhadora de 4 Oscars em 2002, inclusive o de melhor filme, e diversos outros prêmios, além de ter sido um sucesso popular, ficando entre o top 10 de bilheteria de 2001, mesmo tendo sido um ano com produções fantásticas e rentáveis. Muito trabalho foi feito para o sucesso da produção, mas pode-se destacar alguns deles. O roteiro pode ser o primeiro, um clássico roteiro de Oscar, característicos dos grandes ganhadores das décadas de 80 e 90, o roteiro se divide em 3 atos: a apresentação do personagem e sua jornada, as dificuldades e obstáculos a serem superados e a superação e solução destas adversidades. Outros aspectos destacáveis para o ótimo recebimento do público é a batalha interna e superação, ver como o personagem lida com seus demônios e perceber que sua adversidade não impediu à priori sua genialidade, visto principalmente no primeiro ato, o de apresentação do personagem e da sua busca pela ideia original. Ideia essa que acabou sendo uma revolução na teoria dos jogos. E que pode ser desfechada com John recebendo seu reconhecimento e honra com a cerimônia das canetas e o recebimento de seu prêmio Nobel. E a terceira parte é o romance e o amor, a luta com os demônios e as adversidades foi travada junto a Alicia, sua esposa. O relacionamento nos cativo no primeiro ato do filme, o início da paixão e do fogo, no segundo ato e partes do terceiro, é possível ressaltar a perseverança e força de Alicia quanto a permanecer sendo um dos principais pilares que sustentam Nash. No fim do terceiro ato, Nash declara que toda sua força e sustentação veio através de sua amada. Todo o enredo e roteiro baseado na vida de John se desenrola, principalmente, por causa de sua condição patológica, a esquizofrenia paranoide. Nash tem alucinações visuais que acabam distorcendo totalmente sua noção entre realidade e o que era ilusório. O filme nos mostra de uma maneira sutil, e abrupta ao mesmo tempo, a sensação de estar imerso numa realidade que não existe. Fomos apresentados às três principais alucinações de Nash: Charles Herman, William Parcher e Marcee. Charles é apresentado desde o início do filme, e acaba sendo totalmente acreditável que o personagem é uma pessoa real, melhor dizendo acaba-se achando ilógico ele ser uma alucinação, assim como William e Marcee. De fato, esse plot twist põe o espectador no lugar do próprio Nash, a realidade sendo difícil de ser distinguida, e ainda pior é saber que ela nunca veio a existir. Ao saber que nenhum dos três esteve naquelas cenas, desde emocionantes, engraçadas e cheias de ação, desencadeia o sentimento e a empatia do quão difícil não deve ser essa realidade distorcida que Nash tem que lidar diariamente e ainda com a zombaria e dúvidas dos outros. Uma mente brilhante é uma obra esplendorosa, vale a pena os minutos assistidos e as reflexões que pode gerar, quanto a saúde mental, relacionamento, a genialidade, entre outros aspectos. Um contraponto é saber as omissões feitas pelo roteiro quanto a vida do John Forbes Nash da vida real. Mesmo assim, a frase dita no discurso do matemático nos incentiva a querer assistir a obra e derramar lágrimas novamente. "Eu sempre acreditei em números, nas equações, na lógica que leva à razão. Mas depois de uma vida inteira nesta jornada, eu me pergunto: O que realmente é a lógica? Quem decide a razão? Minha busca me levou pelo físico, o metafísico, o ilusório... E de volta. E eu fiz a descoberta mais importante da minha carreira. É apenas nas misteriosas equações do amor que qualquer lógica ou razão pode ser encontrada. Eu só estou aqui por causa de você. Você é a razão do meu ser. Você é todas as minhas razões".
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