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VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA CONTRA A MULHER ANÁLISE DO TIPO PENAL, SUBJETIVIDADE E DIFICULDADE DE ENQUADRAR A CONDUTA AO CRIME DO ARTIGO 147-B DO CÓDIGO PENAL

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Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) | Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) 
Campus Betânia - Avenida da Universidade, 850 - Betânia - CEP: 62.040-370 | Sobral - Ceará 
(88) 3677-4211 | prppg@uvanet.br | www.uvanet.br 
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA CONTRA A MULHER: ANÁLISE DO TIPO PENAL, 
SUBJETIVIDADE E DIFICULDADE DE ENQUADRAR A CONDUTA AO CRIME DO 
ARTIGO 147-B DO CÓDIGO PENAL 
 
1Thais Cristina Freitas, 2Jairo Geyson Araújo, 3Alexandre Pinto Moreira. 
 
¹Aluna do Curso de Direito da Universidade Estadual Vale do Acaraú – Sobral/CE 
(freitasthaisc@gmail.com); ²Aluno do Curso de Direito da Universidade Estadual Vale do Acaraú – 
Sobral/CE; ³Orientador/Professor do Curso de Direito da Universidade Estadual Vale do Acaraú – Sobral/CE 
(pinto_alexandre@uvanet.br). 
 
 
RESUMO 
 
O art. 147-B foi inserido no Código Penal em 2021, juntamente com o art. 129, §13, provenientes 
das alterações legislativas trazidas pela Lei nº 14.188 de 28 de julho de 2021, a qual define a 
campanha Sinal Vermelho, integrando novas medidas de combate à violência contra a mulher. A 
violência psicológica, segundo Navarro Gongorá (2015), consiste em agressões psicológicas 
baseadas em estratégias de submissão da vítima pelo medo, desqualificação da sua imagem e 
bloqueio das formas de ela sair da situação. A presente pesquisa tem como objetivo analisar a 
origem e os fatores que motivaram a criação do novo tipo penal do art. 147-B, realizar a análise 
detalhada do crime, bem como abordar o fato de que o teor subjetivo e a ampla abrangência do 
referido tipo penal podem causar dificuldades em estabelecer o nexo causal da conduta ao crime. 
A metodologia utilizada foi de natureza básica descritiva e abordagem qualitativa, realizada por 
meio de análises bibliográficas, bem como leitura da letra da lei, artigos científicos e publicações 
de juristas renomados. Ao realizar a presente pesquisa, constatou-se um elevado grau de 
subjetividade e dificuldade para enquadrar a conduta ao tipo penal do art. 147-B do Código Penal, 
pois a verificação do nexo causal entre os sintomas da vítima e a conduta do agressor acaba 
sendo dificultada, visto que inúmeros fatores externos, anteriores e posteriores podem influenciar 
no estado de saúde da vítima, ou seja, é necessário que se tenha muita cautela para avaliar o que 
realmente foi causado pela conduta do agressor e o que foi resultado de concausas externas. O 
diagnóstico do dano psicológico deve estabelecer nexo causal entre o estado atual da vítima e o 
evento danoso, deve avaliar ainda a existência de transtornos prévios, além de caracterizar e 
classificar o dano avaliado com base nos critérios da Classificação Internacional de Doenças 
(CID), atestando também a transitoriedade ou permanência dos transtornos. Conclui-se que, 
tendo em vista a grande incidência dos crimes de violência contra a mulher, o legislador teve 
como intenção de criar um tipo penal mais abrangente, que não envolvesse somente a violência 
psicológica no âmbito do lar, como na Lei Maria da Penha, entretanto, existem muitos desafios 
para enquadrar a conduta no referido artigo pela dificuldade técnica em se demonstrar o nexo 
causal, levando em consideração também a importância de obediência ao princípio da 
taxatividade, que também gera discussões acerca da constitucionalidade do art. 147-B. 
 
Palavras-chave: Atualização legislativa; Violência contra a mulher. 
 
 
mailto:prppg@uvanet.br

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