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TCC DE PAULO

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5
30
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
BACHARELADO EM DIREITO
PAULO ROBERTO SEPULVEDA AGUIAR
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: LESÕES CORPORAIS GRAVES E GRAVÍSSIMAS NA JURISPRUDÊNCIA BRASILEIRA
Salvador
2020.1
PAULO ROBERTO SEPULVEDA AGUIAR
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: LESÕES CORPORAIS GRAVES E GRAVÍSSIMAS NA JURISPRUDÊNCIA BRASILEIRA
Artigo Científico Jurídico apresentado à Universidade Estácio de Sá, Curso de Direito, como requisito parcial para conclusão da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso. 
 Orientadora: ProfªMSc. Cristiane Dupret
Salvador 
2020.1
RESUMO
A violência contra a mulher é todo ato que resulta em lesão física, sexual ou psicológica, tanto na esfera pública quanto na privada, às vezes considerando um crime de ódio, este tipo de violência visa um grupo específico com o gênero da vítima sendo este o motivo principal, podendo ocorrer até a morte da mulher, o chamado feminicídio. A violência contra a mulher no Brasil se tornou um problema sério, estupros, violência doméstica, assédio sexual, coerção reprodutiva, infanticídio feminino, aborto, bem como costumes ou práticas tradicionais nocivas como crime de honra, casamento forçado e violência no trabalho, que se manifestam através das lesões. No Brasil algumas medidas foram adotadas com o objetivo de proteger as vítimas, como por exemplo, a lei Maria da Penha, que constituiu a violência contra a mulher como violação dos direitos humanos e conduta criminal, transformando um importante marco para o país. Sendo assim, o objetivo desse trabalho édiscorrer sobre as formas de violência doméstica contra a mulher conhecendo as lesões graves e gravíssimas e suas implicações dentro da legislação Brasileira. A pesquisa foi realizada através de revisão integrativa da literatura por artigos científicos publicados no período de 2016 à 2020.
Palavras-chave: Lei Maria da Penha; Processo Penal; Agressão, Direito.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	..................................................................................................05
2.DSENVOLVIMENTO.........................................................................................06
2.1A MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA..............................................................06
2.2 AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA...............................................10
2.3 CRIME DE LESÃO CORPORAL.......................................................................14
2.4LESÃO CORPORAL GRAVE.............................................................................17
2.5 LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA..................................................................19
2.6. PREVINIR E COMBATER A VIOLENCIA CONTRA A MULHER................22
3. CONCLUSÃO.......................................................................................................26
REFERÊNCIAS	........................................................................................................27
	
1. INTRODUÇÃO
A presente revisão de literatura tem como principal objetivo discorrer sobre as formas de violência doméstica contra a mulher conhecendo as lesões graves e gravíssimas e suas implicações dentro da legislação Brasileira, sendo abordado nos seguintes capítulos; A mulher vítima de violência; Ação penal pública incondicionada; Crime de lesão corporal; Lesão coral grave; Lesão corporal gravíssima e por fim, Prevenir e combater a violência contra a mulher. 
O levantamento bibliográfico foi realizado por artigos científicos utilizando por meio de busca nas bases de dados: Scielo, Pub Med, Lilacs e Google acadêmico. A consulta foi feita no período de 2019.2 à 2020.1, através da palavra-chave: Lei Maria da Penha; Processo Penal; Agressão, Direito. Foram selecionadas 44 referências das 74 encontradas. Os critérios de inclusão foram artigos originais em língua portuguesa e inglesa que apresentaram maior fidelidade ao tema com direcionamento a idade adulta, publicados no período de 2016 à 2020. Os critérios de exclusão foram artigos que divergiram do tema, textos que não apresentaram conteúdo suficiente, e que não foram disponibilizados integralmente. 
É de conhecimento de todos a frequência e a gravidade sobre o tema Violência contra a mulher, sabido disso, é destacado a importância do aprofundamento do estudo sobre o tema, tal como produção de artigos científicos e acadêmicos no qual possam auxiliar no entendimento, compreensão e discussão sobre o assunto, abordando os referidos aspectos, compenetrando a elevada discussão doutrinaria e jurisprudencial.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1A MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA
A mulher foi dominada em várias culturas e povos na antiguidade, sendo submissa a seu pai, e logo em seguida com o casamento devia reverência a seu marido, o qual obtinha o direito de castigá-la caso se sentisse contestado, assim, não sendo apenas seu marido, mas também seu senhor. Diversas culturas eram patriarcais, e de acordo com Barros não tinha lugar para a mulher na filosofia, política e área religiosa. Sua função se restringia a tecelagem, culinária, gestão da casa e cuidados com os filhos e o marido. A Grécia Antiga pode ser citada como exemplo, onde não admitiammulheres com educação formal, não podiam apresentar-se em público sozinhas e não possuíam direitos jurídicos (SAMPAIO et al., 2017).
A tradição patriarcal denota essa submissão da mulher ao homem, fruto de um processo histórico de centralização da figura masculina nas relações sociais. Nesse modelo de sociedade patriarcal, ainda preponderante nos dias atuais, as mulheres enfrentam uma espécie de relação de dependência estrutural do homem, seja ela afetiva e/ou financeira, tornando o processo de denunciação do agressor muito complexo e dificultoso para a vítima (ARAÚJO, GUIMARÃES, XAVIER, 2019). A tabela 1 que segue, indica à relação da vítima com o seu agressor, pode-se verificar que a maioria das agressões contra a mulher é realizada por pessoa conhecida (32,2%), cônjuge ou ex-cônjuge (25,9%) e pessoa desconhecida (29,1%). 
Tabela 1
	Relação entre vítima e perpetrador (Em %)
	Pessoa desconhecida
	29,1
	Policial
	1,3
	Segurança privada
	0,2
	Cônjuge/ex-cônjuge
	25,9
	Parente
	11,3
	Pessoa conhecida
	32,2
	Total
	100,00
Fonte: PNAD, 2009/IBGE.
Levando em consideração a Lei 11.340/2006, no 7º artigo, reconhece as seguintes formas de violência domésticacontra a mulher: a violência física, moral, psicológica, patrimonial e a sexual. Consta como violência física toda conduta que deprecie a integridade ou saúde da mulher. Esta acontece quando o individuo usa força física para provocaralgum tipo de dano não acidental, atravésde estrangulação, lesões com armas ou objetos, mordidas, chutes, empurrões, socos, tapas, queimaduras, cortes, torturas, entre outros. A violência moral é definida pela desmoralização da mulher. Observa-se em qualquer ato que acarrete difamação, injúria ou calúnia que deprecie a dignidade e honra da vítima. A violência psicológica ou violência emocional édefinida como toda atitude que trás dano, emocional, a autoestima, e que dificulte a evolução psicológica da mulher. Agressões gestuais ou verbais têm o intuito de aterrorizar, humilhar, rejeitar, e/ou confinar a vítima. A violência patrimonial é definida como toda atitude que traga danoa sobrevivência e o bem-estar da mulher, como: furto, dano ou apropriação indébita de objetos pessoais ou profissionais, documentos, rendimentos e bens. A violência patrimonial é descritacomo atitudesdeletérias ou omissões que lesam a supervivência da família, envolvendo roubo, estrago de bens pessoais ou de bens da sociedade conjugal, incluindo arejeição de fornecer a pensão alimentícia. Na violência sexual diz respeito a qualquer atitude ou jogo sexual realizadoforçadamente, com agressividade graduale objetivode obter prazer sexual através da força física, indo de práticas sexuais que não trás satisfação à parceira, a ato de sexoquando realizado de forma masoquista, até o estupro seguido ou não de morte (PAIVA, GOMES, AMARAL, 2018).
A violência doméstica percorre, na maioria das vezes, um ciclo formado por três fases: Na primeira fase é observada a construção da tensão no relacionamento, onde acontecemsituaçõesmenores como agressões verbais, crises de ciúmes, ameaças, destruição de objetos entre outros. Durante esse período, a mulher normalmente tenta tranquilizar seu agressor, sendoamável, prestativa, antecipandoseuscaprichos ou tentando sair de sua vista, acreditando que ela pode fazer algo para impedir que sua raiva aumente. Se sentecausadorapelas atitudes do marido ou companheiro e acha que fazendo as coisas sem erros os incidentes irão acabar. Se ele estoura, ela se declara culpada. Ela nega a própria raiva tentando se convencer de que “ele se sinta de fato cansado ou bebeu muito”. Na segunda fase existe o estouro da violência, exaltação e destruição. Sãoobservadas agressões agudas quando o stress chega ao limite,ocorrendo os ataques mais sérios. O convívio se torna insuportávelrestando apenas o caos. Pode-se perceber em alguns casos que a mulher percebe a chegada da segunda fase e provoca acidentesintensos, pois nãoaguenta mais o pânico, ódio e a ansiedade. A práticahavia lhe ensinado que essa é a fase mais breve e que logoviraa terceira, lua-de-mel. Na lua-de-mel há o arrependimento do agressor (SOARES, 2015).
A violência contra a mulher não se limitaem apenas um fato, é uma fatalidade de proporção universal que atinge milhares de mulheres, que a maioria, continuam omissas. Demonstrando uma fantasiapela sociedade uma alteração dessa infeliz realidade.A violência contra a mulherpermanece, é real e concreta, e se intensifica sem precedentes. O conceito machista de discriminação é inseridana sociedade de maneira cultural, preconceituosa que é percebido que as elevadas estatísticas de agressões contra a mulher acontecempor infraestruturas, baixo nível de escolaridade e de educação, tornando latente apropagação do conceito que as condições de perigo e fragilidade social encontram-se as estatísticas das mulheres que vivem com todo tipo de violência (SAMPAIO et al., 2017).
No Brasil, falando em termos de incidência, as mulheres que foram agredidas em 2009, apenas 1,9%dessa população feminina afirmaram ter sofrido algum tipo de agressão física. Quando se fala de mulheres negras os índices são maiores (1,4%) do que as mulheres brancas que é de 1,1%, essas incidências tem variações quando se trata da localidade brasileira (ENGEL, 2015). Segue o gráfico:
Gráfico 1. Proporção de mulheres de 10 anos ou mais de idade que foram vítimas de agressão física, por raça/cor no Brasil e regiões.
Fonte: IBGE/Pnad, 2009.
As agressões contra a mulher ocorrem por diferentes motivos e de variadas maneiras, seja de forma explícita ou velada, ultrapassando osestragos que se vê, provocandoconsequênciaspsicológicas avassaladoras na mulher. A exposição à violência doméstica ocasionaimensasadesões psíquicas negativas onde provavelmente irãoprejudicar, a começar do o sistema imunológico, até a estrutura mental,profundas cicatrizes que ultrapassamtoda e qualquer marca existente no corpo, e se não for sarada podem resultar em estragosdefinitivos, incluindo a perda de identidade e autonomia (PAIVA, GOMES, AMARAL, 2018).
As implicações da violência domésticapara mulher continuam em sua vida profissional, causandobaixa na produtividade no trabalho, depressão e nível elevado de estresse, tornando-se frequente, especialmente, na aflição e na apreensão em encobrir os hematomas que podem estarpresentes em todo o corpo. Também podemos citar as doenças transmissíveis, como por exemplo, o HIV que aumenta a gravidade não apenas emocional e psicológica, mas também, moral (SAMPAIO et al., 2017). A tabela 2que segue, revela que a violência contra a mulher acontecenormalmente em sua residência com 43,1% do total, em seguida vindo às agressões nas vias públicas com 36,7%.
Tabela 2
	Local da última agressão (Em %)
	Residência própria
	43,1
	Residência de terceiros
	6,2
	Estabelecimento comercial
	3,8
	Via pública
	36,7
	Em estabelecimento de ensino
	6,9
	Transporte coletivo
	1,2
	Ginásio ou estádios esportivos
	0,3
	Outro
	1,8
	Total
	100,00
Fonte: PNAD, 2009/IBGE.
Argumentando-se que a violência contra a mulher é, umassunto público, esta, deve caberinterferênciasdos órgãos governamentais qualificados. É preciso acabar com as divisões que existem entre o público e o privado exigindo os compromissos do Estado e da sociedade em garantir a todas/os o respeito à integridadedas pessoas e a vida sem violência. A violência doméstica deve ser conhecida como um assunto da sociedade, que necessita de procedimentos e soluções eficientes por parte do Estado e visão compenetrada da sociedade para os momentos de agressões não dure muito mais tempo (PAIVA, GOMES, AMARAL, 2018).
A realidade é que a violência doméstica se encontra presente em todas as esferas sociais. A mídia, constantementetorna evidentes crimes de ordem passionais contra a mulher ou acontecimentos de pessoas que tem fama e que agridem suas mulheres, ou companheiras. O que diferencia é que as classes sociais mais baixas são destacadas por apresentarem maiores numero de queixas, ocasionando mais clarezanos levantamentos (SAMPAIO et al., 2017).
Contudo, ainda não podemos deixar de citar a existência de vítimas que se recusam efetivamente processar e castigar o seu agressor, elaspretendem, normalmente, acabar como cenário de agressões que continua, isto é, preferem somente por fim no ciclo de violência e reconstruir o acordo familiar e a paz no lar. Inclusive as poucas mulheres que querem se separar, no cenário de violência conjugal, não desejam a persecução penal do agressor; elas optam pela harmonia familiar, de modo especial, na existência de filhos. Assim, as agredidas fazem uso da ameaça de uma pena com objetivo de fazer parar a violência. As vítimas procuram uma saída rápida que, simultaneamente, pare o ciclo de violência em que vive um tipo de repreensão para o agressor, sem, porém, almejar um castigo de um modo mais severo, como, uma penalidade vinda do Poder Judiciário (ARAÚJO, GUIMARÃES, XAVIER, 2019).
2.2 AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Para trás ficou o período em que acontecia a puniçãocom as próprias mãos dos particulares, no qual se pagava a pena com a vida.A Lei de Talião, que foidita de lei do “olho por olho, dente por dente”, queestabeleciam limitesa vingança privada, não evoluiu. Desse modo, assim, desempenhando o papel dos cidadãos, o Estado tomou-seao direito de castigar, porém aindapertencia ao afetado provocá-lo.Em um segundo tempo, nota-se que certos crimes afetam a sociedade de modo geral, e não apenas o particular, conduzindo-se à separação dos crimes em públicos e privados. Logo em seguida, analisando queainda váriosinfratores não eram castigados como deveria, vem para o Estado o dever de continuar com a persecução de ofício, sem a prévia iniciativa do afetado (ARAÚJO, 2012).
A ação penal se apresenta como, o direito de vindicar a prestação jurisdicional-criminal (tendo por instrumento a execução da lei penal).Tal direito tem por possuintes o autor e também o réu da ação criminal. Ainda é mencionado que a ação penal: “[...], é o direito de provocar a jurisdição, por via do devido processo legal, no exercício da pretensão punitiva contra o acusado da prática de um fato típico”Tal ação é subdivididaem incondicionada e condicionada, estando em norma incondicionada dado que, na quietude da norma, o Ministério Público se encontra na obrigação dedisponibilizar a denúncia começando a pretensão punitiva (VIRGÍLIO, SILVA, 2015).
A ação penal pública incondicionada vem sendo efetivada pelo Ministério Público, qual é porçãoverdadeira para tanto, do modo que o próprio nome faz a menção, incondicionada, tem como significado que não existe sujeição às circunstâncias, isto é, a ação penal pública incondicionada não se limita ascircunstâncias para ser promovida pelo órgão estatal(ARAÚJO, 2012). 
De forma sintética, André Luiz Nicolittevidencia: 
O art. 100 do CP, por sua vez, dispõe que a ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declarar privativa do ofendido, quando então será privada. Sendo assim, sempre que a lei silenciar diante do tipo de ação penal de um crime, estaremos perante uma ação penal pública incondicionada. Quando exigir representação ou requisição, será pública condicionada e, quando disser que só se procede mediante queixa, será privada (2010, p. 145).
Assim, assentando nanorma geral, o Ministério Público proporcionarade maneira privadaa ação penal pública incondicionada com o ofertamentoda peça acusatória, sendo ela a denúncia, que não depende do arbítrio do vitimado. Quando se menciona à legitimidade para sugerir uma ação penal pública, a Constituição Federal de 1988, no inciso I, do artigo 129, deixa claro a quem cabe ter o conhecimento: “art. 129, I: São funções institucionais do Ministério Público: promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei” (BRASIL, 2010-A).
De acordo com Xavier de Aquino e Renato Nalini, na ação penal pública, chamada por eles de “principal”: 
[...] basta a simples notitia criminis para que a autoridade policial mande instaurar o investigatório. Chegando o inquérito ao Ministério Público, este oferecerá a denúncia, pedirá o arquivamento ou requisitará diligências. Em relação a esse tipo de ação penal, vige o princípio da obrigatoriedade e o da indisponibilidade (2009, p. 128).
Tem o significado que para o Ministério Público, sendo suficiente a definição de características da execução de um crime, não necessita da anuência ou da demonstração da escolha de qualquer indivíduo para da inicio a ação penal pública incondicionada.Sobretudo, certos crimes de ação penal pública precisam de uma condição, a denúncia não pode ser apresentada sem a permissão do ofendido, isto é, de alguém que presente a vítima ou seu representante legal e da requisição do Ministro da Justiça (ARAÚJO, 2012).
Afirmando em outras palavras, não é possívelcondescendera compreensão esposada por parte da doutrina, de que seja essencial a representação para que seja possível a propositura da ação pelo Ministério Público, mesmo quando se trata do estupro que gere lesão grave ou gravíssima, sendo capaz de levar a vítima a incapacidade de manifestar sua vontade e, ainda, na situação de a vítima vir a falecer. Isso, pois, de acordo como foi constatado, o próprio homicídio simples já é classificado, por si mesmo, crime tipificado como de ação pública incondicionada. Faz soar incoerênciarefletir na probabilidadede uma pessoa criminosa se livrar da pretensão punitiva do Estado no caso de a vítima, além de ser estuprada, também ser morta, mas não ter deixado prováveis representantes da lei para representá-la (VIRGÍLIO, SILVA, 2015).A tabela 3 e 4 que segue, mostra a taxa de homicídio entre as mulheres brancas e negras, relevando as mulheres negras como mais vitimadas, contudo representam a maior parcela de vulnerabilidade.
Tabela 3. Perfil etário das vítimas, mulheres brancas, de homicídios 2013Fonte: MS/Datasus 2013.
Tabela 4. Perfil etário das vítimas, mulheres negras, de homicídios 2013
Fonte: MS/Datasus 2013.
Ação Penal Pública Incondicionada tornou possível ao órgão público a liberdade para agir sobre da violência contra mulher. A realidade é que a imposição de representação em caso de lesões corporais exercidos sobre o regulamento da Lei Maria da Penha, se manifesta de maneira divergente para homens e mulheres, possibilitando a falta de punição deste tipo próprio de violência. Apesar da quantidade de denúncias teraumentado nitidamente, o receioé que com relaçãoadeliberação do STF, de que o ministério público possa iniciar a ação penal sem que seja necessário a representação da mulher em situação de violência nos delitos de lesões corporais cometido no ambiente doméstico, essa violência doméstica aumente, dissuadindo o documento da ocorrência, visto que a mulher compreenda que se o Estado tiver essa informação, ele tomará para si a pendência. Ainda se pode afirmar que a maioria das mulheres que buscam as autoridades, reclamando de seus companheiros, não tem a intenção ao menos de deixá-los, tampouco os vê detidos (PALMEIRA et al., 2016).Segue tabela mostrando a taxa de mulheres brancas e negras que foram vítimas de agressão física por procura da polícia.
Tabela 5. Distribuição percentual de mulheres de 10 anos ou mais de idade que foram vítimas de agressão física, segundo raça/cor do agredido e identidade do agressor. 
Fonte: IBGE/Pnad, 2009.
Agora quando se menciona lesão corporal culposa, o entendimento não parece ser a mesmo. Isso porque na ocorrência de culpa, de modo diferenteda lesão dolosa, não existe em nenhum momentoo objetivo por parte do autor de expor a mulher ao desprezo,reduzi-la, causar humilhação, e também cometer a agressãofísica. Existenegligência de sua parte, quer dizer, um acidente, onde sucede um resultado negativo,porém previsto, qual seja a lesão corporal de origem culposa. O STF, contudo, não aderiu essa argumentação. A Suprema Corte compreendeu que no crime de lesão corporal culposa também não deve ser imposta nenhuma representação para a atividadedo instrumento estatal na procura da pena do autor. Dessa forma, o órgão máximo do Poder Judiciário do Brasilestabeleceu que a ação penal no delito de lesão corporal culposa é pública incondicionada, do mesmo modo na lesão dolosa. Não configuraa decisão mais acertada, pelas razõesexpostas a cima, especialmente pela falta de dolo vinda do autor (PIMENTA, 2017).
2.3 CRIME DE LESÃO CORPORAL
A convivência em sociedadena maioria das vezes resulta emdivergências entre as pessoas colocando em perigoo equilíbrio da harmonia social. O Direito tem como atribuição de manter a sociedadeestáveltentando solucionar, ou se possível,impossibilitar essas divergências.Para tal fim o Direito torna-seo efeito de sistematização de conjuntos de regras que cultivam a vida social. Um dos objetivos desseato de sistematizar essas normas disciplinadoras conduzidas pelo Direito é manter em segurançavários bens jurídicos que são julgados significativos para a convivência em sociedade, a título de exemplo, a vida, a saúde, a totalidade física, os domínios,entre outros(SILVA, 2015).
Em primeiro lugar, deve-se deixar compreensívela ideia de “bem jurídico”, uma vez que é essencial para o Direito Penal. É determinado o termo bem jurídico como, ente material ou imaterial, de titularidade individual ou transindividual, haurido do contexto social como essencial à coexistência e desenvolvimento humano e, por isso, tutelado pelo Direito Penal. Nesse mesmo conceito, é trazida ainda, a distinção entre bem jurídico individual, sendo, aquele em que o titular é o indivíduo, que pode ter controle e gozar do bem jurídico conformefor sua vontade, e os bens jurídicos transindividuais sendo aqueles que, não permitemjulgar o indivíduo como componente da comunidade, porémdas quais âmbitos de proteção transcende a esfera individual (FRASSETTO, 2017). Assim diz-se,
[...] é o bem relevante para o indivíduo ou para a comunidade (quando comunitário não se pode perder de vista, mesmo assim, sua individualidade, ou seja, o bem comunitário deve ser também importante para o desenvolvimento da individualidade da pessoa) que, quando apresenta grande significação social, pode e deve ser protegido juridicamente. A vida, a honra, o patrimônio, a liberdade sexual, o meio-ambiente etc. são bens existenciais de grande relevância para o indivíduo. (GOMES; MOLINA, 2009, p. 232).
O crime de lesão corporal esta firmado no rol de delitosem oposição à pessoa previsto no Código Penal e trata-se de contravenção à incolumidade física de um indivíduo, conseguindo se representarde variadas maneiras, visto que o corpo ou a mente daquele ser humanoexperiencie alguma lesão interna e/ou externa e/ou que sofra alguma alteração prejudicial a sua saúde sem a autorizaçãodo insultado (SILVA, SANTOS, 2019).De acordo com a doutrina,Lesão corporal é ofensa humana direcionada à integridade corporal ou à saúde de outra pessoa. Depende da produção de algum dano no corpo da vítima, interno ou externo, englobando qualquer alteração prejudicial à sua saúde, inclusive problemas psíquicos. É prescindível a produção de dores ou a irradiação de sangue do organismo do ofendido. A dor, por si só, não caracteriza lesão corporal. O crime pode ser cometido com emprego de grave ameaça ou mediante ato sexual consentido. Não é necessário seja a vítima portadora de saúde perfeita. São exemplos de ofensa à integridade física as fraturas, fissuras, escoriações, queimaduras e luxações, a equimose e o hematoma. Os eritemas não ingressam no conceito do delito. O corte de cabelo ou da barba sem autorização da vítima pode configurar, dependendo da motivação do agente, lesão corporal ou injúria real, se presente a intenção de humilhar a vítima. A pluralidade de lesões contra a mesma vítima e no mesmo contexto temporal caracteriza crime único. A ofensa à saúde, por seu turno, compreende as perturbações fisiológicas (desarranjo no funcionamento de algum órgão do corpo humano) ou mentais (alteração prejudicial da atividade cerebral). (MASSON, 2017, pp. 923-924).
O delito de lesão corporal considera a condição dolosa, culposa e preterdolosa. As condições culposas encontram mencionados nos §§ 6º e 7º do art. 129, sendo a dolosareferente à lesão culposa simples e a culposa a lesão corporal qualificada. Já sobre opreterdolo é encontrado nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 129.Dessa forma, o perfilindispensável é penalizado a título doloso e a resultância qualificadora a título de culpabilidade. Encontra-se mencionado por seu lado, que a especificidade dolosa dispõe quatro competências, que necessitada conclusão que foi provocada na vítima. Dessa maneira, a lesão dolosa pode ser leve, grave, gravíssima ou seguida de morte (FRASSETTO, 2017).
É possível ainda mencionar a presença de um sujeito ativo no crime, sendo ele a pessoa que o pratica e existe também o sujeito passivo, sendo a vítima do ato delituoso.O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, dado que se refere a um crime comum. O delito de lesão corporal não é um delito exclusivo,mediante issoele poderá ser praticado por qualquer individuo e a pessoa que mantêm como vítima também pode ser qualquer uma. Ainda é passado que,quando serefere ao sujeito, qualquer pessoa pode ser insultada, permanecendo livres os casos citados no art. 129, §§ 1°, IV e 2°, V, em que tem que ser mulher grávida. Se não for nessas circunstâncias o sujeito passivo pode ser qualquer pessoa (SILVA, 2015).
Abordando sobre o tipo penal, que é encontrado no direito penal, descrevendo um fato ilícito resultando na aplicação de uma pena, a tipificação representa a transformação do legislador. Na conduta tipificada é possível diferenciar o aspecto objetivo do subjetivo, sendo o objetivo de um crime o comportamento, o verbo, que quando praticadodefine o crime. Grande parte dos educadores denomina de núcleo do tipo. O núcleo do tipo é insultar a plenitudedo corpo ou a saúde de outras pessoas,inserindo,qualqueratoque provoquemalefícios físicos, fisiológico ou psíquico a pessoa agredida.O dano pode resultarem uma lesão anatômica interna ou externa como, feridas, equimoses, hematomas, rupturas, deslocações eamputações.No componente subjetivo o delito de lesão corporal é o dolo, de livre escolha e de modo cientedapratica e da conduta criminosa, afetando a completude física ou a saúde de outra pessoa.Não é suficiente que a ação causal seja espontânea, já que no mesmo crime culposo, a ação também é espontânea. É indispensável o animus laedendi(FRASSETTO, 2017).
Quando o delito já se encontra consumado, é observado lesão à integridade física ou mental da vítima. Quando acontece apenas atentativa jáassume a razoabilidadedo atosabendo que essa atitudecorresponde com a contravenção devias de fato. Sabe-se que, por contravenção de vias de fato a violação penal categoricamente subsidiária, em que se emprega violência contra alguma pessoa sem provocar danos corporais ou morte(SILVA, 2015).
Diantede diversascategorizações doutrinárias aceitáveis para o dano corporal,consta-se que o delito é frequente, podendo ser colocado em prática por qualquer pessoa; não sendo necessária alguma forma especial para sua tentativa; é definidocomo crime de dano, apenas se realizado caso tenha realmente violado um bem tutelado pelo ordenamento jurídico; e sendo crime material, reivindicando, por conseguinte, um seguimento naturalístico quepermita que ocorram vestígios (SILVA, SANTOS, 2019).
2.4LESÃO CORPORAL GRAVE 
A lesão corporal de natureza grave está previsto no artigo 129, § 1º do Código Penal, definindo que será grave a lesão que tiver qualquer resultado previsto em seus incisos:
Art. 129 § 1º Se resulta:
 I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
 II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena – reclusão, de um a cinco anos(BRASIL, 2017a).
É necessário levar consideração que no inciso I do parágrafo 1º do artigo 129 do CP, o danoao corpo é julgado grave se originar na incapacidade para a atividade de suas ocupações habituais por mais de trinta dias. Várioseducadoresafirmam que a incapacidade citada não é umsimples constrangimento da vítima em se expor, é na verdade uma lesão que tem a capacidade de deixá-la incapacitada devidamente apropriadamente atestada em análise de corpo de delito (MUULER, 2017). De maneira semelhante, temos que levar em conta que:
 A atividade habitual a que se refere à lei é qualquer ocupação rotineira, do dia a dia da vítima, como andar, praticar esportes, alimentar-se, estudar, trabalhar etc. Não se trata, portanto, de qualificadora que se refira especificamente à incapacitação para o trabalho, de modo que crianças, desempregados e aposentados também podem ser vítimas desse crime. É claro que, quando a vítima tem emprego, a incapacitação para as atividades habituais engloba a incapacitação para o trabalho. (GONÇALVES, 2017, p.190) 
Segundo palavras de doutrinadores, é declarado que no teor do art. 168 e parágrafos do CPP, a gravidade da lesão deve ser evidenciadaatravés de exames complementaresque será feito no próximo dia ao 30° da data do acontecido. É explicado, além disso, que precisará ser contado o dia do começo, notado se tratar de prazo de direito penal. Falando sobre o perigo de vida, é correto dizer que se trata de um preterdolo, ou seja, a lesão é dolosa, mas o resultado é culposo (FRASSETO, 2017). Assim, é valido acrescentar que:
Para que seja reconhecido o crime de lesão grave pelo perigo de vida, é necessário que haja laudo pericial declarando a existência do perigo e que, no caso concreto, se conclua que o agente não quis matar a vítima. Em outras palavras, referida modalidade de lesão grave é exclusivamente preterdolosa, exigindo dolo de lesionar e culpa em relação ao perigo de vida. (GONÇALVES, 2011, p. 182).
Sobre da debilidade permanente de membro, sentido ou função, alega-se que debilidade é a redução da eficáciafuncional. Obriga o Código Penalque seja definitivo. O termo permanência, contudo, não quer dizer perpetuidade. Sendo duradoura já é o bastante. Ainda é dito que membros são os apêndices do corpo, superiores, os braços e inferiores, as pernas. Os sentidos são quaisquer funções perceptivas, a capacidade de perceberde compreender omundo externo. E,função é a atuaçãoque vários órgãos exercem(FRASSETO, 2017).
Deste modo, é destacado que para se unificar a atitudeantecipada é possível identificara concreta probabilidade de a vítima vim a falecer pelas lesões que sofreu. Não sãosuficientes suposições antecipadas ou possibilidades vagas e imprecisas, mas sim um fator concreto de risco inerente ao ferimento causa. A aceleração de parto, prevista no inciso IV do parágrafo 1º do artigo 129 do Código Penal, tem o significado de acelerar o nascimento da criança, para que nasça antes do tempo normal esperado pela medicina. Distoposto, não se pode dispensara compreensão da gravidez pelo agente.Além disso, é necessário salientar que essa causa torna grave a lesão pelo motivo que o parto prematuro trás riscos tanto para a criança quanto para a mãe(MUULER, 2017).
Se tratando da rubrica marginal, lesão corporal de natureza grave, o art. 129 do Código Penal prevê os §§ 1. ° e 2.°, neles apresentando vários incisos. A puniçãoimposta ao § 1. °, reclusão de um a cinco anos, é um poucoinferior do que a pena destinada ao § 2. °, reclusão de dois a oito anos.Em consequência, a rubrica marginal deve ser entendida como, lesão corporal grave em sentido amplo. E, para distinguir as condiçõescomposto pelos dois parágrafos, foi acordadodenominá-las de lesões corporais graves, ou lesões corporais graves em sentido estrito, § 1. °, e lesões corporais gravíssimas, § 2. °, devido a grande perda de valor do resultado (lesãosofrida pela vítima), obviamenteadmitido pelo legislador ao determinar uma pena maior (OLIVEIRA, 2017).
Sobre lesão corporal grave em sentido estrito: § 1. ° localizando-se no § 1. ° do art. 129 do Código Penal Brasileiro. A penalidade, em todas das possibilidades, é de cárcere, de um a cinco anos. Trata-se, por conseguinte, de violação penal de potencia ofensiva intermediária, já que o mínimo da penalidade em abstrato permite o privilégio da suspensão condicional do processo, contando que estejam manifestos as outrasformalidadespautados pelo art. 89 da Lei 9.099/1995. É provável a simultaneidade de váriasmaneiras de lesão corporal grave, como por exemplo: perigo de vida e aceleração de parto. Nessa situação, será representadoapenas um crime, em face da unidade de afronta ao bem jurídico penalmente tutelado, entretantoesta situação poderá ser usada como uma situação judicial prejudicial ao réu na dosimetria da pena-base(OLIVEIRA, 2017).
2.5LESÃO GRAVÍSSIMA
O artigo 129, § 2°, do Código Penal determina que: 
§ 2° Se resulta:
 I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável; 
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
 IV - deformidade permanente; 
V - aborto:
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. (BRASIL, 2017b)
Apesar do Código Penal não declarar tais lesõesclaramente como lesões corporais gravíssimas, todas as condições do § 2º tem penalidade superiorquando comparado as do parágrafo anterior, foi combinado, de maneira fundamentada, nomeá-las de lesões gravíssimas, para que seja determinada uma diferenciação(FRASSETO, 2017).
A lesão corporal que tem como consequência a falta de capacidadedefinitiva para o trabalho esta previsto no inciso I do parágrafo 2º do artigo 129 do CP. Examinando o referidométodo a conclusão coerente das lesões seria que a vítima, em consequência das lesões que sofreu, é aposentada por invalidez em valor de não poder praticar atividade que obtenha lucro (JESUS, 2015).
Énecessário não concordar com essa conclusão para acrescentar os casos em que a vítima pode se adaptar novamente para permanecer exercendo sua ocupação lucrativa. Em outros termos, engloba-se nessa qualificadora se por causa das lesões a vítima não puder praticar a ocupação que efetuava antes de ter sua integridade corporal ou sua saúde injuriada. Em alternativa, se o resultado for uma doençasem cura, é compreendida como sendo a modificação de formadefinitiva da saúde de modo geral por processo patológico, isto é, a contaminação de forma intencional de uma doença para a qual não tem cura no estágio presente da medicina. Compete ressaltar que para essa qualificadora o conduta do agente pode ser dolosa ou culposa(MUULER, 2017).
Vale à pena acrescentara posição que o STJ apresentou em relaçãoa AIDS uma vez que o HC 160982/DF considera que a pessoa deve saber que está contaminado, da maneira que também deve existir o dolo de transmiti-lo:
HABEAS CORPUS. ART. 129, § 2.º, INCISO II, DO CÓDIGO PENAL. PACIENTE QUE TRANSMITIU ENFERMIDADE INCURÁVEL À OFENDIDA (SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA). VÍTIMA CUJA MOLÉSTIA PERMANECE ASSINTOMÁTICA. DESINFLUÊNCIA PARA A CARACTERIZAÇÃO DA CONDUTA. PEDIDO DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA UM DOS CRIMES PREVISTOS NO CAPÍTULO III, TÍTULO I, PARTE ESPECIAL, DO CÓDIGO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. SURSIS HUMANITÁRIO. AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO DAS INSTÂNCIAS ANTECEDENTES NO PONTO, E DE DEMONSTRAÇÃO SOBRE O ESTADO DE SAÚDE DO PACIENTE. HABEAS CORPUS PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA EXTENSÃO, DENEGADO. 1. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do HC 98.712/RJ, Rel. Min. MARCO AURÉLIO (1.ª Turma, DJe de 17/12/2010), firmou a compreensão de que a conduta de praticar ato sexual com a finalidade de transmitir AIDS não configura crime doloso contra a vida. Assim não há constrangimento ilegal a ser reparado de ofício, em razão de não ter sido o caso julgado pelo Tribunal do Júri. [...] 3. Na hipótese de transmissão dolosa de doença incurável, a conduta deverá será apenada com mais rigor do que o ato de contaminar outra pessoa com moléstia grave, conforme previsão clara do art. 129, § 2.º inciso II, do Código Penal. [...] 6. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa extensão, denegado. (HC 160.982/DF, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 17/05/2012, DJe 28/05/2012) (BRASIL, 2017h).
O inciso III do parágrafo 2º do artigo 129 do CPaborda sobre a perda ou inutilização do membro, sentido ou função, que é tida como mais grave do que a diminuiçãodo uso do membro, sentido ou função. De maneira semelhante alguns doutrinadores,quando se aborda sobre órgãos duplos, para se delimitar nessa qualificadora os doisdevem ser atingidos. Pois,se não, constata-se caso de diminuição do membro, sentido ou função(MUULER, 2017).
Na deformidade permanente, por seu lado, expressa mudar a aparência original, motivo pela qual uma parcela da doutrina afirma que essa qualificadora está associada à estética da pessoa. Por esse motivo, é uma colocaçãomajoritária a determinação de ser a lesão visível, ocasionadora de opressão ou humilhação à vítima, e irreparável (NUCCI, 2017).Como se segue:
Além de ser aparente, facilmente visível, é necessário que seja ela irreparável naturalmente, ‘uma vez que, como uma torrente, doutrinam os autores, não pode a vítima ser obrigada a submeter-se a soluções cirúrgicas’. Embora não seja a vítima obrigada a cirurgia, submetendo-se a ela e desaparecendo a deformidade a lesão passa a ser leve (MIRABETE; FABBRINI, 2014, p.81)
O aborto, também é apresentado como preterdoloso, isto é, a consequência é procedente de culpabilidade.O componente subjetivo-normativo da qualificadora é opreterdolo (CP, art. 19). Desse modo, condena o dano no corpo comodolo e o aborto a designação de culpa. Este, ainda, é a compreensão da jurisprudência. Haja vista resoluçãoexpressada pelo Tribunal de Justiça do estado do Rio Grande do Sul. Dessa maneira é preciso que o ofensor esteja ciente da gravidez da vítima(FASSETO, 2017). Segue citação:
APELAÇÃO-CRIME. LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. Aborto causado por queda da vítima, decorrente de violento empurrão desferido pelo réu. Comprovação de que o réu tinha pleno conhecimento da gravidez da vítima. Condenação que se impunha. Apelo improvido. (Apelação Crime Nº 70034181941, Primeira Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Manuel José Martinez Lucas, Julgado em 14/04/2010). (RIO GRANDE DO SUL, 2017ª).
2.6 PREVINIR E COMBATER A VIOLENCIA CONTRA A MULHER
Desde a criação da lei Maria da Penha, houve mudanças significativas na legislação do país, como o código penal, que começou a prever a violência doméstica como agravante de pena, visto que esse modelo de violência não era considerado assim. Também houvealterações nas penalidades dos ofensores, porque, apósa lei, não é permitido que sejampenalizados com doações de cestas básicas ou multas. Já as mulheres que sãosubmetidas aocriminoso, podem ser incluídas nos programas governamentais, tais como,Bolsa Família, e ainda, podem definir ao ofensor, o fornecimento de alimentos à vítima (BARBOSA et al. 2019).
Porém para que ocorra umcumprimento eficazdos preceitos descritos na Lei é preciso que hajamodificações institucionais nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher e nos Juizados Especiais de Violência Doméstica, tal como a preparação dos agentes operadores da lei, como também a segurança da realização e conexão de uma rede de serviços de atenção às mulheres e aos responsáveis da violência, dentre outrostópicosconsiderados pela Política Nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres, que se ampliou a partir de 2003, a partir da fundação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SILVA, TAVARES 2018).
O confronto contra essa violência exige uma ação simultânea dos vários setores responsáveispelo tema, como a saúde, segurança pública, justiça, educação, assistência social, dentre outros, com o proposito de apresentar ações que desmancham as desigualdades e eliminam a discriminação de gênero e a violência contra as mulheres. Ademais, que se envolvam nos modelos sexistas e machistas que ainda se mantémfixadosno corpo socialdo Brasil; e ainda que oportunizema promoção do poder das mulheres; e assegurem um acolhimento qualificado e humanizado para as mulheres que passam por agressões. Contudo, a consciênciade confrontação não se limita ao ato do conflito,mas também as proporções da prevenção, da ajuda e da segurança dos direitos das mulheres (QUEIROZ et al.2019).
No que se refere aos Direitos,à política exerceráadvertênciaspresentes no tratado Internacional nocampo de violência contra mulher, como também tratar sobre a anulação de todos os tipos de discriminação sofrida pela mulher. Sobrea segurança dos direitos observa-se arealização de determinaçãoque proporciona à assistência humanizada e qualificada as mulheresque vivem essa violência como também o preparo frequente dos agentes públicos e comunitários,e ageração de serviços especializados (BRASIL, 2007).
 A Rede de Atendimento e constituídapor instituições governamentais, não governamentais e comunidades as quaisapresentammeios que aspiram melhora do atendimento, identificação e encaminhamento apropriado, como também o progresso de estratégias de prevenção. Os centros de referência possuem locais para acolher e oferecer atendimento psicossocial, dar orientações, e concedera basefundamentalpara superaro fator social, contribuindo com a recuperação da cidadania segundo as regras do programa. Também, deve se vincular com os outros elementos da rede de atendimento, realizandoa vigilância e conduzindo as ações(OLIVEIRA, BEMFICA 2018).
Outro tipo de assistência são as delegacias especializadas de atendimento à mulher (DEAMs),é um setorespecializado da Polícia Civil para receber a diligência da agressão doméstica,a qualtem posição preventiva, proporcionandooperações de investigação, apuração e enquadramento legal, cumprindoas diretrizes dos direitos humanos e o princípio do Estado Democrático de Direito, tendo como baseas normas técnicas pela secretaria de políticas para as mulheres (SPM) que faz uso de normas protetivas de acordo com a lei Maria da Penha. O ato defensor da Mulher dispõe de feitos no meio jurídico, gerandoinstruções jurídicas e ocorrendoo direcionamento das vítimas de agressão doméstica ao setor adequado para examinar os casos. O órgão de violência doméstica e familiar contra a mulher são entidades elaboradas pela União e o Estado para acontecer o julgamento e aaplicação de assuntos que impliquem o ato de agressões familiares contra Mulher (OLIVEIRA, BEMFICA 2018).
Mesmo compontospositivos da política e das melhorias no atendimento a mulheres que passarampor violência doméstica, é preciso complementar que ainda existeobstáculos para colocar em práticade forma integral e efetiva o que a lei designa. As informaçõesexaminadasmostram que não há recursos humanos, materiais e a falta de uma rede integrada que permita ações planejadas e que auxiliem as mulheres em tempo integral, formamembates no confronto à violência. Ainda é somada, a carência de conhecimentos definitivos dos profissionais que trabalham na rede, que tem como consequência, na maioria das vezes, a ausência de conhecimento das diretrizes recomendada pela política, impedindo que as mulheres que sofreram agressõesusem as vantagense as medidas protetivas previstas em Lei (BARBOSA et al. 2019).
Estabelecer a Política Nacional e Estadual de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e a implantação da Lei Maria da Penha permanecesendo aprevalência para eliminar todas ostipos de violência contra a mulher. A transversalidade e a intersetoriedade das políticas sociais é benéfico para certificar uma segurança integral, não é o bastante ter órgãos especializados em políticas para as mulheres, é fundamental que todo o mecanismo estatal colabore para a concretização da igualdade de gênero, determinando uma ligaçãoverdadeira entre os regulamentos determinado em Lei e aplicado na prática(SILVA, TAVARES 2018).
As atividadese programas do governo, e as políticas públicas tem umafunçãorelevantesobre asituação de desigualdade, epossa também, fortifica-las, o que vem sempreacontecendo, pelo motivo que os mesmos não se encontramcom foco às desigualdades patriarcais de gênero entre os gêneros. Ainda é possível acrescentar os próprios cidadãos, que também nãose encontram atentosa esse problema. Então, é essencial que a disputa às incompatibilidades de gênero seja enquadrada à agenda dos governos nas três esferas, unido com o luta a “outras desigualdades”, caracterizando como e onde estas se tornam perceptíveis e quais as suas repercussões, para que seja possívelpreparartáticas de ação para diminuir a situação de submissão sofrida pelas mulheres Brasileiras(QUEIROZ et al.2019).
Embora da formação de leis, diretrizes e conflito dos movimentos sociais, certas mudanças simplesmente não ocorreram, deixando buracos na política nacional de enfrentamento a violência contra as mulheres.As quais exigem dedicação prioritária e precisam ser consideradada maneiraapropriada, com o objetivo de atender à realidade das mulheres já vitimadas e/ou em condição de violência dos tempos atuais. Dessa forma, perante tudo o que foi alterado, e o que não foi, e/ou ainda tem queser mudadoa respeitoda violência contra as mulheres brasileiras, só resiste uma conclusão: Para solucionar as variasformas de violência sofrida pelas mulheres, é precisoadotar uma conduta social, cultural e política, ética e verdadeira frente a essaproblemática. Sem isso é improvávelconstituir um mundo melhor (OLIVEIRA, BEMFICA 2018).
Tem que procurar, progressivamente, produzir trabalhos e programas com maior extensão para envolver a vítima, o agressor e os demais da família, devido às várias questões marcadas pela violência doméstica, em especifico a violência intrafamiliar sem influencia sob apenas uma perspectiva. As mulheres não podem desistir. As batalhas são constantes, talvez não dê certo hoje, mas é precisopersistir. Há alguns anos atrás, as mulheres eram subordinadas. Hoje em dia elas podem veros avanços, porém ainda tem muito a se fazer, e muitos espaços para alcançar (BARBOSA et al. 2019).
3. CONCLUSÃO
De acordo com o que foi abordado, não tem Jurisprudência pacífica quando se fala em lesões corporais. As particularidades e complicações dos casos concretosexposto a juízos, em nada contribuemao intérprete no feito de tirar o real significado dos preceitos, que não se mostram precisos, que lidam da lesão corporal.
Evidentemente, não concerne ao Código Penal estabelecer o que traz risco à vida, ou, por exemplo, uma deficiência definitiva, essa é função da doutrina, que ainda, é possível observarregularidade na análise dos dispositivos. A doutrina, porém,tal como a legislação, não consegue prever todas as complicações resultantesdas decorrências práticas, nem as questões apresentadasao Juiz. A compreensão da doutrinadiantealgumcasonão pode objetivar se referir à totalidade, sabendo que cada caso expõesuas singularidades.
É importante salientar queargumentar a maneiraque as pessoase o Código Penal Brasileirosãoconstituídos e ordenados,por meio de vínculosdistintos de autoridade entre homens e mulheres, significa desfazero que esta dando suportea sustentação da violência contra a mulher. 
A criação de diferentes costumes é apoiada em regras determinada pela sociedade e princípios morais que foram fixados com o tempo, concedendo às mulheres a condição de subordinaçãodianteao homem, que usa da violência como artifício para caber sua primazia.
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