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HEMATOLOGIA CLÍNICA Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Departamento de Ciências da Saúde Curso de Farmácia Hematologia Clínica Profª. Dra. Manuela Sangoi Cardoso Santiago, 2020 -REVISÃO- INTRODUÇÃO À HEMATOLOGIA -REVISÃO- HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 1. O processamento de amostras para exames laboratoriais é composto de três etapas. CITE quais são estas etapas e o quais atividades cada uma delas engloba. Pré-analítica Analítica Pós-analítica HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 2. Defina HEMOGRAMA e qual a importância deste exame na prática clínica. Exame amplamente solicitado em consultas de rotina; Indispensável no diagnóstico e controle evolutivo de doenças infecciosas, crônicas; Importante nas emergências médicas, cirúrgicas e traumatológicas, no acompanhamento da radio e quimioterapia. Semeion=sinal; Logos=estudo Avaliação qualitativa Avaliação quantitativa É a SEMIOLOGIA das células do sangue HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 3. CITE os parâmetros englobados no hemograma completo (leucograma, eritrograma e plaquetograma). HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 4. As fontes de variação PRÉ-ANALÍTICA podem ser divididas em variáveis fisiológicas, variáveis de coleta e manipulação da amostra e variáveis endógenas. Em relação a estas variáveis, assinale a alternativa INCORRETA: A) Em recém-nascidos, pode-se observar aumentos nas contagens de glóbulos vermelhos e nos níveis de hemoglobina. Verifica-se também aumentos nas contagens de linfócitos em crianças. B) Na gravidez, ocorre um aumento do volume plasmático médio, o que leva à hemodiluição. C) Mudanças na postura, principalmente quando o paciente passa da posição deitada para posição em pé ou sentada, causam deslocamento da água corporal do interior dos vasos para o espaço intersticial, resultando em hemoconcentração. D) Em situações de estresse e ansiedade podem ocorrer aumentos temporários nas concentrações de leucócitos. Já em fumantes pode ocorrer a redução nas contagens de leucócitos. E) A coleta de sangue após exercícios físicos pode aumentar a contagem de leucócitos, por fazer um deslocamento dos mesmos do pool marginante para o circulante. HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 5. Para minimizar os erros pré-analíticos é importante padronizar algumas variáveis relativas à COLETA SANGUÍNEA. Sobre estas variáveis é INCORRETO afirmar que: A) A coleta de sangue com agulhas e seringas descartáveis é mais fácil para o flebotomista e causa menos hematomas no paciente do que a coleta com tubos à vácuo. B) A coleta de sangue para hemograma pode ser feita a qualquer hora do dia, exceto após exercícios físicos e refeições lautas ou ricas em gordura. C) A identificação das amostras de sangue deve ocorrer sempre na presença do paciente, antes de sair do local de coleta e deve ocorrer antes da punção. D) Os sistemas à vácuo permitem uma coleta rápida, de múltiplos tubos em uma única punção e a coleta é mais segura para o flebotomista. HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 6. O procedimento de coleta de sangue para determinação de vários testes laboratoriais requer que a sequência dos tubos seja respeitada para que não ocorra contaminação por aditivos nos tubos subsequentes. Marque a opção CORRETA da sequência dos tubos durante a execução do referido processo. A) 1. Tubo de citrato de sódio; 2. Frasco para hemocultura; 3. Tubo com ativador de coágulo, com ou sem gel para obtenção de soro; 4. Tubo de heparina; 5. Tubo de EDTA; 6. Tubo de fluoreto/EDTA. B) 1. Frasco para hemocultura; 2. Tubo de citrato de sódio; 3. Tubo com ativador de coágulo, com ou sem gel para obtenção de soro; 4. Tubo de heparina; 5. Tubo de EDTA; 6. Tubo de fluoreto/EDTA. C) 1. Tubo de fluoreto/EDTA; 2. Tubo de citrato de sódio; 3. Tubo com ativador de coágulo, com ou sem gel para obtenção de soro; 4. Tubo de heparina; 5. Tubo de EDTA; 6. Frasco para hemocultura D) 1. Tubo de heparina; 2. Tubo de citrato de sódio; 3. Tubo com ativador de coágulo, com ou sem gel para obtenção de soro; 4. Frasco para hemocultura; 5. Tubo de EDTA; 6. Tubo de fluoreto/EDTA E) 1. Frasco para hemocultura; 2. Tubo de citrato de sódio; 3. Tubo de EDTA; 4. Tubo de fluoreto/EDTA; 5. Tubo de heparina; 6. Tubo com ativador de coágulo, com ou sem gel para obtenção de soro. HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à Hematologia Etapas na realização de um hemograma Fase pré-analítica: COLETA SANGUÍNEA Ordem dos tubos e as razões para tal ordem Ordem de coleta Tipo do tubo Cor da tampa Razões 1 Hemocultura Geralmente amarela Minimizar as chances de contaminação bacteriana 2 Tubos com citrato de sódio para coagulação Azul Deve ser o 1º tubo com anticoagulante, pois o demais anticoagulantes e aditivos alteram os testes de coagulação 3 Tubos com citrato de sódio para VHS automatizado Preta Minimizar as chances de contaminação por outros anticoagulante 4 Tubos de vidro para soro e sem aditivos Vermelha Prevenir a contaminação por aditivos de outros tubos HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à Hematologia Etapas na realização de um hemograma Fase pré-analítica: COLETA SANGUÍNEA Ordem dos tubos e as razões para tal ordem Ordem de coleta Tipo do tubo Cor da tampa Razões 5 Tubos de plástico para soro, com ativador de coágulo, com ou sem gel separador Amarela ou vermelha Devem ser preenchidos após os tubos de coagulação, pois as partículas de sílica ativam a coagulação e alteram os seus testes 6 Tubos com heparina com ou sem gel separador de plasma Verde A heparina altera os testes de coagulação e interfere na obtenção de soro 7 Tubos com EDTA Roxa O EDTA é o maior responsável por problemas de arraste. Eleva os resultados de TP e TTPa. Diminui os níveis de ferro. 8 Tubos com oxalato/fluoreto de sódio Cinza Aumenta os níveis de sódio e potássio e altera o morfologia dos eritrócitos HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 7. Julgue cada uma das afirmativas abaixo em verdadeira (V) ou falsa (F). ( ) Idealmente, as amostras de sangue normais devem ser processadas em até 4 horas após a coleta e as anormais em até 1 hora depois. Para amostra de hemograma armazenadas entre 2 – 8ºC o processamento pode ser em até 24h. ( ) Para que amostra possa ser contada adequadamente em contadores hematológicos automatizados, ela deve ser homogeneizada antes do exame. ( ) Logo após a coleta, os tubos devem ser homogeneizados vigorosamente por inversão para que o anticoagulante se misture adequadamente na amostra. ( ) O tempo garroteamento não deve ultrapassar 3 minutos e, logo após a entrada do sangue no bisel da agulha, ele deve ser liberado de modo a não haver alterações nos parâmetros hematológicos. ( ) Vários medicamentos interferem nos exames hematológicos e, por isso, o paciente deve ser questionado quanto ao uso de fármacos eventual ou cronicamente. ( ) Idealmente, as extensões sanguíneas devem permanecer em temperatura ambiente até secarem completamente. HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 8. Uma das principais amostras biológicas coletadas, para diversos tipos de exame, é o sangue venoso. Na coleta de sangue, deve-se considerar as seguintes orientações: A) Antes de sua coleta, fazer a assepsia local com álcool a 70º GL, lavar as mãos, colocar luvas, encaixar a agulha na seringa com o auxílio de uma pinça, inspecionar a ponta da agulha (deve estar torta para facilitar sua entrada) e mover o êmbolo da seringa. B) Depois de fazer a assepsia local, colocar as luvas e preparar a seringa e os tubos com identificação do paciente, inspecionar as veias cuidadosamente, verificar a mais adequada para a punção e colocar o torniquete para que as veias fiquem mais salientes. Procede-se com a coleta, mantendo-se o torniquete. C) Fazer a assepsia do local com algodão embebido em álcool 70o GL; em seguida, colocar o torniquete, para que as veias fiquem mais salientes. Após verificar a veia mais adequada, puncionar e coletar o sangue, sem a retiradado torniquete. D) Após os procedimentos iniciais (lavar as mãos, colocar luvas, preparar seringa, agulha, identificar tubos), colocar o torniquete, e verificar a veia mais apropriada. Fazer a assepsia local com álcool 70º GL. Puncionar a veia, retirar o torniquete e proceder com a coleta. E) Após os procedimentos iniciais (lavar as mãos, colocar luvas, preparar seringa, agulha, identificar tubos), colocar o torniquete e verificar a veia mais apropriada. Fazer a assepsia local com álcool 70º GL. Retirar o torniquete, com a agulha na direção da veia selecionada, e rapidamente proceder com sua punção e coleta do sangue. HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 9. A automação no setor de hematologia vem crescendo substancialmente nos últimos anos. CITE três vantagens dos sistema automatizados em hematologia. Diminuição da intervenção humana e maior precisão; Redução de custos e diminuição do tempo de liberação dos resultados; Utilização de pequenos volumes de amostras; Aumento da qualidade dos resultados de exames e maior produtividade. V A N TA G EN S HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 10. Em relação aos analisadores automatizados, assinale a alternativa INCORRETA: A) Todos os analisadores hematológicos notam a presença de uma célula quando a mesma provoca uma alteração durante a passagem através de um campo eletromagnético. B) Há erros, ditos pré-analíticos, que decorrem de imperfeição da amostra de sangue levada à máquina, não de mau processamento. São numerosos e comuns, por exemplo, sangue coagulado, material hemolisado in vitro, anticoagulante em excesso, crioaglutinação e presença de crioaglutininas. C) Enquanto o princípio de impedância utiliza corrente elétrica de alta voltagem para determinar o volume das células, o método da radiofrequência utiliza corrente magnética de baixa voltagem para determinar o volume e a complexidade do núcleo das células. D) Na prática, muitos casos de falsos positivos ocorrem, ou seja, o sistema automatizado emite um flag, mas não há alteração morfológica na lâmina. No entanto, é preferível trabalhar com pequena quantidade de resultados falsos positivos, do que trabalhar com elevada taxa de falsos negativos que podem causar danos aos pacientes devido a omissão de informações relevantes para o diagnóstico e acompanhamento. E) Vários fabricantes fornecem aparelhos de pequeno porte e de baixo custo de aquisição, manutenção e insumos. Fazem as contagens de eritrócitos, leucócitos e plaquetas, dosam hemoglobina e calculam os parâmetros derivados; fornecem uma fórmula leucocitária por volumetria, distinguindo três tipos celulares: pequenas (linfócitos), médias (monócitos) e grandes (granulócitos). HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à Hematologia Etapas na realização de um hemograma Fase analítica: Todos os analisadores automáticos notam a presença de uma célula quando a mesma provoca a alteração durante a passagem de um campo eletromagnético. SISTEMAS AUTOMATIZADOS EM HEMATOLOGIA TÉCNOLOGIAS DE DETECÇÃO E CONTAGEM DE CÉLULAS DO SANGUE MÉTODO ELÉTRICO (IMPEDÂNCIA e RADIOFREQUÊNCIA) MÉTODO ÓPTICO (DISPERSÃO DA LUZ) HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à Hematologia Etapas na realização de um hemograma Fase analítica: SISTEMAS AUTOMATIZADOS EM HEMATOLOGIA ALERTAS SUSPEITOS (“FLAGS”) Analisadores automatizados podem apresentar dificuldades em avaliar células anormais; Os flags sugerem a presença de determinados tipos celulares diferentes dos normais; Isto indica a necessidade de verificação, geralmente pela avaliação microscópica da lâmina de sangue periférico. OBS: existe a possibilidade de pequena taxa de resultados falsos positivos. No entanto, é preferível trabalhar com essa do que com elevada taxa de falsos negativos, que podem causar danos aos pacientes. HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à hematologia 11. Julgue cada uma das afirmativas abaixo em verdadeira (V) ou falsa (F): ( ) O notável progresso em simplicidade e qualidade aportado pelos contadores eletrônicos na Hematologia tornou a observação ao microscópio substituível. ( ) A velocidade do movimento da extensora determina o comprimento da extensão sanguínea: quanto mais rápida, mais comprida ficará a lâmina e vice-versa. ( ) Quanto maior a quantidade de sangue a ser estendida, mais fina ficará a lâmina e quanto menor a quantidade, mais grossa. ( ) O ângulo formado entre a extensora e a lâmina que receberá a extensão influencia no comprimento da extensão: quanto maior, mais comprida e vice-versa. ( ) Os corantes devem fazer notar a policromatocitose (tom acinzentado nos eritrócitos respectivos) e notar a granulação violácea tênue dos neutrófilos; os eosinófilos devem ter grânulos alaranjados óbvios e os plasmócitos devem ter basofilia vista em azul intenso. ( ) Não há consenso entre os laboratórios brasileiros quanto aos critérios de indicação de microscopia; Todos admitem, entretanto, que hemogramas oriundos de clínica onco-hematológica, de pós-transplantados ou sob quimioterapia, e de pacientes graves de UTI, devem ter indicação de microscopia ao menos no primeiro exame. E todos aceitam a presença de flags das máquinas e resultados fora de limites de referência pré-fixados como indicativos dessa necessidade. HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à Hematologia Etapas na realização de um hemograma Fase analítica: MICROSCOPIA A microscopia permanece sendo insubstituível em casos particulares. C R IT ÉR IO S PA R A IN D IC A Ç Ã O D E M IC R O SC O P IA Pós- transplantados Sob quimioterapia Pacientes graves de UTIs Não há consenso nos laboratórios brasileiros quanto aos critérios de indicação de microscopia. HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à Hematologia Etapas na realização de um hemograma Fase analítica: MICROSCOPIA Fatores que influenciam na qualidade das extensões sanguíneas Volume de sangue; Posição em que é colocada a gota de sangue; Qualidade da extensora; Velocidade de movimento com a extensora; Ângulo formado entre a extensora e a lâmina; Suavidade e uniformidade no movimento; Condições do paciente. HEMATOLOGIA CLÍNICAIntrodução à Hematologia Etapas na realização de um hemograma Fase analítica: Coloração: MICROSCOPIA Tipos de corantes hematológicos TRADICIONAIS RÁPIDOS May-Grünwald Giemsa Wrigth Leishman Baseados no método de Field Eritrócitos policromáticos; Neutrófilo com granulação violácea; Eosinófilo com grânulos alaranjados; Plasmócito com citoplasma basófilo. ERITROGRAMA E ANEMIAS -REVISÃO- Índice hematimétrico Aplicação Hemoglobina Diminuído: diagnostica anemias Aumentado: associado com policitemia vera, hipoventilação (DPOC, fumantes, etc) e em RN’s. Hematócrito Diminuído: associado à maioria das anemias. Aumentado: associado com policitemia vera, estados de desidratação (grandes queimados, vômitos, diarreias), hipoventilação (DPOC, fumantes, etc) e RN’s. Eritrócitos Contagem diminuída: associada a maioria das anemias. Contagens aumentadas: associados a policitemia vera, estados desidratação (grandes queimados) e RN’s. VCM Diminuído: relacionado as anemias carenciais, talassemias, anemias de doença crônica. Aumentado: def. vit B12, medicações, algumas anemias hemolíticas, tratamento do HIV, RN´s HCM Valores diminuídos estão associados à hipocromia. Índice hematimétrico Aplicação CHCM Diminuído: nas anemias mais acentuadas. Aumentado: esferocitose. Pode também ser indicatiuvo de coágulo, crioaglutininas, hemólise e lipemia intensa. CHCM baixos ou altos – necessidade de calibração. RDW Aumentado: relacionado à anisocitose Reticulócitos Aumentado: indicador de regeneração eritroide anemias hemolíticas, pós sangramentos, após tratamento de anemias carenciais, recuperação medular pós transplante de M.O. Diminuído: anemias carenciais, anemia aplásica. Eritroblastos Aparecimento: estão relacionados a gravidade da anemia ou reações leucoeritroblásticas. No RN, nos primeiros dias, é fisiológico. Ret-He Aumentados estão relacionadosa uma melhora nas anemias ferroprivas e de doença crônica. IRF Valores > 5% representam recuperação hematopoiética. HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Interpretação laboratorial do eritrograma CONTEÚDO NÚMERO FORMA HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Interpretação laboratorial do eritrograma HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Interpretação laboratorial do eritrograma - Valores de referência: Eritrócitos: M/µL; Hemoglobina: g/dL; Hematócrito: %; VCM: fL. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 1. Como estaria o hematócrito, a hemoglobina e a contagem de eritrócitos, respectivamente, de um indivíduo não-anêmico, logo após ter perdido grande quantidade de sangue e ainda completamente hipovolêmico? 1. Todos baixos; 2. Praticamente os mesmos de antes da perda aguda de sangue; 3. Normal, baixo, baixo; 4. Baixo, normal, normal. HEMATOLOGIA CLÍNICA Anemia pós-hemorrágica Hemorragia súbita: Cessando a hemorragia, com boa hidratação, a volemia restaura- se completamente em 48h: hemograma passa a ser representativo da perda ocorrida. ERITROGRAMA • Inexpressivo, nos primeiros minutos. • Em seguida, com a restauração do volume plasmático, ocorre a hemodiluição. LEUCOGRAMA • Neutrofilia quase imediata. PLAQUETOGRAMA • Trombocitose reacional. Anemias normocíticas e normocrômicas HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 2. Contagem de reticulócitos, isoladamente, serve para avaliar a produção eritróide na medula óssea. Quando associada ao valor diminuído da hemoglobina do hemograma nos dá uma visão bem mais ampla, nos permitindo fazer a triagem entre os 3 grandes grupos fisiopatológicos de anemias: baixa produção; elevada destruição (hemólise) ou perda de sangue, sendo INCORRETO afirmar: 1. Reticulócitos elevados em não-anêmico justificaria um estado hemolítico compensado; 2. Reticulócitos elevados em anêmicos sugeriria uma anemia hemolítica; 3. Reticulócitos normal ou diminuído em anêmico sugere anemia por baixa produção; 4. Reticulócitos normal ou diminuído em anêmico sugere boa resposta ao tratamento para uma anemia por baixa produção. HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Interpretação laboratorial do eritrograma - Contagem de reticulócitos Os eritrócitos policromáticos do hemograma correspondem aos reticulócitos corados pelo azul de cresil brilhante! A policromatofilia está associada com anemias hemolíticas, regeneração medular e resposta ao tratamento de anemias carenciais. Os reticulócitos quase maduros, com poucos grânulos de RNA, possuem aspecto policromático de difícil identificação e, às vezes, não são visíveis ao olho humano. Por isso, a contagem de reticulócitos é mais exata que a policromatofilia em lâmina! HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 3. As anemias hemolíticas podem ser divididas sob dois aspectos: 1) ou com base no defeito da estrutura do eritrócito, em intracorpuscular, onde o defeito é na própria estrutura do eritrócito (são as hemoglobinopatias, enzimopatias, defeitos de membrana, etc.) ou extracorpuscular (sem defeitos na estrutura do eritrócito, sendo decorrentes de problemas imunes e não-imunes, extra- eritrocitários); 2) ou pela herança genética, em hereditárias (geralmente são intracorpusculares) ou adquiridas (extracorpusculares). Pergunta-se: Qual das anemias hemolíticas é exceção à regra, ou seja, possui um defeito intracorpuscular, mas é adquirida (mutação somática)? 1. Talassemias; 2. Hemoglobinúria paroxística noturna (HPN); 3. Anemia aplástica; 4. Anemia de doenças crônicas (ADC). HEMATOLOGIA CLÍNICAIMPORTANTE!!! ANEMIAS HEMOLÍTICAS C au sa s d e H EM Ó LI SE Defeitos na membrana eritrocitária Hemoglobinopatias Defeitos enzimáticos (metabolismo) Fatores extracorpusculares HEMATOLOGIA CLÍNICA ANEMIAS HEMOLÍTICAS INTRACORPUSCULARES Defeitos na membrana Hemoglobinopatias Deficiências enzimáticas Esferocitose Síndromes falcêmicas Deficiência de glicose- 6-fosfato desidrogenase Ovalocitose Outras hemoglobinopatias Deficiência de piruvatoquinase Hemoglobinuria paroxística noturna (adquirida) Deficiência de pirimidina-5- nucleotidase (rara) Outras (muito raras) IMPORTANTE!!! ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 4. Um paciente adulto do sexo masculino com microcitose, nível de hemoglobina dentro do limite para idade (Hb = 14,0 g/dL), Eritrócitos = 6,7 M/mm3 , Ht = 42,3% e um VCM muito diminuído em proporção (63,1 fL) sugere investigação para: 1. Anemia sideroblástica; 2. Anemia ferropriva em início; 3. Anemia de doença crônica; 4. Talassemia beta menor. HEMATOLOGIA CLÍNICA Talassemias β-talassemia - Presença de um gene β0 ou β+ causa uma leve anemia, muito microcítica, amplamente compensada e praticamente assintomática. β-talassemia minor (traço β-talassêmico) Eritrocitose significativa (em ambos os sexos); Anemia moderada (assintomática); VCM muito baixo; HCM ~ 20 fL; CHCM nos limites mínimos do intervalo de referência (sem hipocromia real); RDW normal ou quase normal. Anemias microcíticas e hipocrômicas HEMATOLOGIA CLÍNICA Talassemias β-talassemia β-talassemia minor (traço β-talassêmico) Contagem de reticulócitos – acima da média de referência; Pecilocitose (depende do gene mutante); Pontilhado basófilo é importante no diagnóstico diferencial da anemia ferropênica. Anemias microcíticas e hipocrômicas HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 5. Marque a opção CORRETA: Pode um paciente ter revelado, através de hemograma realizado por automação, anemia normocítica (VCM dentro da faixa de referência) e apresentar micrócitos e macrócitos na distensão corada de sangue? 1. Não, pois se o contador indicou um VCM normal, não se podem observar alterações no tamanho dos eritrócitos; 2. Sim, pois um VCM normal com RDW elevado justifica a presença simultânea de micrócitos e macrócitos, como é comum ocorrer em anemias hemolíticas (micrócitos hipercrômicos – esferócitos, e macrócitos policromáticos nas anemias hemolíticas auto-imunes), (anemia ferropriva em resposta a tratamento com ferro intravenoso, com micrócitos hipocrômicos da anemia mais macrócitos policromáticos da resposta ao tratamento), dentre outros exemplos; 3. Sim, pois um VCM normal indica que toda a população de eritrócitos é de tamanho normal; 4. Não, pois o VCM corresponde ao desvio padrão do volume dos eritrócitos, mas não à média dos seus volumes. HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Interpretação laboratorial do eritrograma - Histograma e RDW Histogramas ilustrativos com RDW normal à esquerda e RDW muito aumentado à direita. HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Interpretação laboratorial do eritrograma - RDW (Red blood cell distribution width) Expressa as variações de tamanho da população eritrocitária; Pode ser o primeiro indício de um distúrbio na eritropoese; Importância do RDW: - Anisocitose é um parâmetro numérico objetivo, matemático, estatisticamente correto e de utilidade clínica; - Dizer que as populações normais de eritrócitos têm volume corpuscular homogêneo é uma afirmativa simplista e criticável. - Útil no diagnóstico diferencial das anemias por deficiente síntese de hemoglobina. RDW “normal” = 11,5 – 14,5 Valores mais baixos não costumam ser vistos; Valores mais altos: ANISOCITOSE. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 6. Com base em que dados laboratoriais as anemias são classificadas morfologicamente? 1. Pela dosagem de hemoglobina; 2. Pelos índices hematimétricos; 3. Pelo hematócrito; 4. Pela contagem de eritrócitos. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias Classificação - Na prática clínica, a anemia pode ser classificada a partir de dois critérios: - Classificação MORFOLÓGICA: 1. Morfológico 2. Fisiológico 1º) Avaliação da Hb (considerar idade, sexo e altitude); 2º) Avaliação do VCM, CHCM e RDW – classificação morfológica das anemias. Classificação morfológica das anemias segundo o VCM e a CHCM MICROCÍTICA E HIPOCRÔMICA NORMOCÍTICA E NORMOCRÔMICA MACROCÍTICA VCM baixo VCM normal VCM alto CHCM baixo CHCM normal HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 7. Marque a alternativa correta: Quais os mecanismosfisiopatológicos que podem levar um indivíduo a ficar verdadeiramente anêmico? 1. Perda de sangue e hemodiluição; 2. Diminuição de produção de eritrócitos na medula e perda de sangue; 3. Aumento da destruição de eritrócitos e hemodiluição; 4. Diminuição de produção de eritrócitos na medula; aumento da destruição de eritrócitos e perda de sangue. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 8. Qual o exame indispensável como ponto de partida para a classificação fisiopatológica das anemias: 1. Dosagem de ferro sérico; 2. Contagem de reticulócitos; 3. Curva de fragilidade osmótica; 4. Eletroforese de hemoglobinas. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias Classificação - Classificação FISIOPATOLÓGICA: Baseia-se no comportamento da contagem de RETICULÓCITOS, que avalia a capacidade da medula óssea em responder à queda da concentração de hemoglobina. ANEMIA Contagem de reticulócitos Diminuída Anemia arregenerativa Aumentada Anemia regenerativa HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias Classificação Classificação FISIOPATOLÓGICA: HIPORREGENERATIVAS • Decorrentes da insuficiência da proliferação eritroide ou da síntese hemoglobínica; • Não há sinais de regeneração compensadora. HIPER-REGENERATIVAS • Causa periférica; • Hemograma mostra sinais de resposta eritropoética medular apropriada no sentido compensador. Distinção entre hipo e hiper-regenerativa: presença/ausência de policromatose/reticulocitose. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias Classificação Considerações IMPORTANTES!!! São HIPER- REGENERATIVAS as anemias decorrentes de: Hemorragia recente Anemia cronologicamente limitada. Reticulocitose vai diminuindo. Encurtamento da sobrevida eritroide (hemólise) Anemias geralmente crônicas. Reticulocitose constante e acentuada. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias Classificação Considerações IMPORTANTES!!! - São HIPORREGENERATIVAS as anemias decorrentes de: Insuficiente síntese de Hb Síntese inapropriada de DNA Eritropoese ineficaz por neoplasia/displasia Falta de tecido eritropoético Insuficiente produção de eritropoetina Combinações dos mecanismos citados HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 9. Associando o tipo fisiopatológico e grupo morfológico, marque a opção INCORRETA: 1. Uma anemia ferropriva inicialmente pode se apresentar como normocítica normocrômica e evoluir para o seu quadro característico microcítico hipocrômica; 2. Uma anemia por hemólise intravascular pode evoluir de normocítica normocrômica para microcítico hipocrômica; 3. Uma anemia hemolítica normocítica pode se transformar em macrocítica; 4. Em se tratando de uma anemia hereditária, uma talassemia menor que é caracteristicamente microcítica poderia evoluir para uma anemia macrocítica. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 10. Marque a alternativa CORRETA: Por que as anemias carenciais tendem a apresentar anisocitose (RDW elevado)? 1. Pois há competição em relação ao elemento nutriente carente pelos diferentes clones de eritroblastos; 2. Pois há perda de sangue; 3. Pois são adquiridas; 4. Pois são hereditárias. HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Interpretação laboratorial do eritrograma - Histograma e RDW Histogramas com microcitose em anemia ferropênica e macrocitose em anemia perniciosa. HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Interpretação laboratorial do eritrograma - RDW (Red blood cell distribution width) Histogramas de anemia ferropênica antes (a) e após (b) tratamento; os mesmos histogramas superpostos pelo computador (c). Histogramas de anemia ferropênica em tratamento em dois analisadores distintos (d) e (e). HEMATOLOGIA CLÍNICA Eritrograma de caso de anemia perniciosa antes e após (17 dias) da injeção de cobalamina. Anemias macrocíticas Deficiência de vitamina B12 Anemias macrocíticas megaloblásticas HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 11. Marque a opção INCORRETA: Uma anemia macrocítica pode ser decorrente de: 1. Reticulocitose; 2. Quimioterapia; 3. Falta de B12 e ácido fólico; 4. Falta de ferro para hemoglobinização dos eritrócitos. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias Classificação Anemias MACROCÍTICAS Megaloblásticas (não-hemolíticas) Não- megaloblásticas (podem ou não ser hemolíticas) HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias macrocíticas Diagnóstico diferencial das anemias MACROCÍTICAS: Aquelas cuja causa é a síntese prejudicada de DNA na medula, que resulta em alterações megaloblásticas nos precursores eritroides. Aquelas cuja macrocitose origina-se por outros mecanismos. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias macrocíticas Anemias macrocíticas não megaloblásticas Fluxograma para diagnóstico das anemias macrocíticas não- megaloblásticas HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias macrocíticas Anemias macrocíticas megaloblásticas Interferência de fármacos Deficiência de vitamina B12; Deficiência ou interferência no metabolismo de folatos. Falta de vitamina B12 ou ácido fólico, interferência de fármacos Bloqueio na síntese de timidilato Bloqueio na síntese de DNA Crescimento não sincronizado do núcleo e citoplasma; Retardo mitótico; Inviabilidade celular. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 12. As anemias hemolíticas são caracterizadas por uma _____(1)_____ e frequentemente também observamos_____(2)_____ no sangue periférico dos pacientes. Esse último achado está relacionado ao _____(3)_____. 1. Diminuída sobrevida eritrocitária (1), policromatofilia (2), aumento do número de reticulócitos circulantes (3); 2. Aumento da sobrevida eritrocitária (1), policromatofilia (2), diminuição do número de reticulócitos circulantes (3); 3. Diminuída produção eritrocitária (1), macrocitose (2), diminuído nível de ferro sérico (3); 4. Diminuída sobrevida eritrocitária (1), hipocromia (2), diminuído nível de ferro sérico (3). HEMATOLOGIA CLÍNICAIMPORTANTE!!! ANEMIAS HEMOLÍTICAS Anemias causadas por aumento da destruição dos eritrócitos ou uma destruição prematura dos mesmos Características gerais das anemias hemolíticas 1. Destruição prematura do eritrócitos RBC e LDH; 2. Aumento compensatório da eritropoese reticulócitos 3. Acúmulo de produtos da degradação de Hb bilirrubinas Sinais e sintomas: aparecem sinais e sintomas gerais de anemia, acrescidos de icterícia e esplenomegalia; HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 13. As anemias hemolíticas podem ser adquiridas ou hereditárias. São exemplos de hemólise de origem hereditária as seguintes condições: 1. Anemia falciforme, anemia ferropriva e deficiência de G6PD; 2. Anemia falciforme, esferocitose hereditária e deficiência de G6PD; 3. Anemia megaloblástica, esferocitose hereditária e anemia hemolítica auto-imune; 4. Anemia ferropriva, mielodisplasia e anemia megaloblástica. HEMATOLOGIA CLÍNICAIMPORTANTE!!! ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 14. A anemia falciforme é uma patologia _____(1)_____ caracterizada por uma _____(2)_____ que faz com que em determinadas condições as hemácias do paciente sofram uma deformidade, produzindo poiquilócitos característicos, chamados _____(3)_____, causando as crises _____(4)_____. 1. Hereditária (1); mutação do gene da cadeia beta da hemoglobina (2); drepanócitos (3); hemolíticas e vasooclusivas (4); 2. Hereditária (1); mutação do gene da cadeia alfa da hemoglobina (2); drepanócitos (3); hemolíticas e hemorrágicas (4); 3. Adquirida (1); deleção do gene da cadeia beta da hemoglobina (2); codócitos (3); hemolíticas e vasooclusivas (4); 4. Hereditária (1); deleção do gene da cadeia beta da hemoglobina (2); drepanócitos (3); hemolíticas e hemorrágicas (4). HEMATOLOGIA CLÍNICA Anemias hemolíticas intracorpusculares - Anemia falciforme Hemoglobinopatias Anemias normocíticas e normocrômicas Eritrócito falcizado Vaso-oclusão Crises de dores ósseas torácicas e abdominais, intensas; Prejuízo do crescimento; Danos no sistema geniturinário, cardiopulmonar e nervoso, além da visão; Anormalidades ósseas, esplenomegalia, hepatomegalia, anemia hemolítica; Suscetibilidade à infecções e formação de úlceras de perna; Predisposição à formação de trombos. HEMATOLOGIA CLÍNICA Anemias hemolíticas intracorpusculares - Anemia falciforme: Hemoglobinopatias Hemograma típico de drepanocitose Icterícia; LDH alta; Redução da haptoglobina. Complicações: crises de sequestração esplênica, crises dolorosas (microinfartos), maior suscetibilidade a infecções. Anemias normocíticas e normocrômicas HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 15. Em relação aos indivíduos com traço falcêmico podemos afirmar que: 1. São frequentemente assintomáticos e apresentam teste do afoiçamento positivo e eletroforese de hemoglobina com perfil AA; 2. São frequentemente sintomáticos e apresentam teste do afoiçamento negativo e eletroforese de hemoglobina com perfil AS; 3. São frequentemente assintomáticos e apresentam teste do afoiçamento positivo e eletroforese de hemoglobina com perfil AS; 4. São frequentemente assintomáticos e apresentam teste do afoiçamento positivo e eletroforese de hemoglobina com perfil SS. HEMATOLOGIA CLÍNICA Anemias hemolíticas intracorpusculares - Síndromes falcêmicas: • Presença de hemoglobina S, pura ou associada a outras hemoglobinas anormais – teste de afoiçamento positivo. Hemoglobinopatias Anemias normocíticas e normocrômicas HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 16. Paciente masculino, 40 anos, apresenta febre alta, calafrios e cansaço aos esforços. Os exames laboratoriais revelaram a presença de grave anemia hemolítica. O teste de Coombs foi negativo, o que afastou a hipótese de que a hemólise possuía mecanismo imunológico. Há relato de viagem recente à região amazônica. Qual patologia infecciosa pode estar relacionada ao quadro clínico apresentado? 1. Dengue hemorrágica; 2. Calazar; 3. Malária; 4. Tuberculose. HEMATOLOGIA CLÍNICA Anemias hemolíticas extracorpusculares Anemias hemolíticas infecciosas e parasitárias - Malária Plasmodium falciparum e Plasmodium vivax; Paroxismo com febre, calafrio e extrema prostração, repetido com periodicidade, conforme a espécie de Plasmodium. Malária Babesiose Bartonelose (doença de Carrion) Outras A malária deve ser a primeira suspeita a ser considerada no diagnóstico de doença febril em viajantes ou residentes de áreas endêmicas! Anemias normocíticas e normocrômicas HEMATOLOGIA CLÍNICA Anemias hemolíticas extracorpusculares Anemias hemolíticas infecciosas e parasitárias - Malária Sinais precoces de hemólise (> 50% dos casos); P. falciparum pode causar hemoglobinúria; Eritrogramas com anemização, policromatose/reticulocitose e bilirrubina indireta alterada; Leucograma com desvio à esquerda, neutrocitopenia ou número normal de neutrófilos; Pesquisa de hematozoários deve ser feita várias vezes; P. falciparum costuma causar trombocitopenia. Anemias normocíticas e normocrômicas HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 17. Julgue cada uma das afirmativas em verdadeira (V) ou falsa (F) sobre anemia na deficiência de ferro: ( ) Está geralmente associada com elevação do VCM. ( ) O HCM geralmente está diminuído. ( ) Pode haver eosinofilia. A eosinofilia, quando presente, sugere verminose como causa. ( ) O diagnóstico facilmente suspeitado em pacientes com Hb < 9,5 g/dL. Em níveis mais altos é importante o diagnóstico diferencial com ADC e talassemias. ( ) O RDW está geralmente reduzido. ( ) Uma dupla população eritroide, com uma população normocítica emergente no meio da anterior microcítica, comprova a etiologia ferropênica da anemia, mesmo se o tratamento tiver sido insuficiente para melhorar significativamente a hemoglobina. HEMATOLOGIA CLÍNICA Anemia ferropênica Eritrograma: HEMOGRAMA MICROCITOSE e HIPOCROMIA Tornam a contagem de eritrócitos mais alta do que a dosagem de Hb Hematócrito discretamente elevado (hipocromia) Observação da microcitose e hipocromia: VCM, HCM e CHCM. Aumento do RDW – variabilidade no aporte diário de ferro. No entanto, o aumento é lento. Valores discordantes entre hipocromia e microcitose podem ocorrer na anemia ferropênica! Anemias microcíticas e hipocrômicas HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 18. Assinale a alternativa CORRETA sobre a anemia macrocítica: A) Ocorre na insuficiência renal. B) Pode ser resultado da deficiência de vitamina B12. C) Ocorre na sequência de doenças inflamatórias crônicas. D) Pode estar associada com talassemia. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias Classificação Anemias MICROCÍTICAS e HIPOCRÔMICAS HEMOLÍTICAS NÃO- HEMOLÍTICAS TALASSEMIAS - Deficiência de ferro; - Sideroblástica; - Doenças crônicas. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias Classificação Anemias NORMOCÍTICAS e NORMOCRÔMICAS HEMOLÍTICAS NÃO- HEMOLÍTICAS Hemoglobinopatias SS e SC Esferocitose Eliptocitose Deficiência de G6PD - Doenças hormonais; - Insuficiência renal crônica; - Doenças crônicas; - Aplasia; - Doenças hepáticas. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias Classificação Anemias MACROCÍTICAS Megaloblásticas (não-hemolíticas) Não- megaloblásticas (podem ou não ser hemolíticas) HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 19. A coloração vital com azul-de-cresil brilhante serve para evidenciar: A) Hemácias em alvo B) Plasmócitos C) Plaquetas D) Anomalias leucocitárias E) Reticulócitos. HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Interpretação laboratorial do eritrograma - Contagem de reticulócitos Os eritrócitos policromáticos do hemograma correspondem aos reticulócitos corados pelo azul de cresil brilhante! A policromatofilia está associada com anemias hemolíticas, regeneração medular e resposta ao tratamento de anemias carenciais. Os reticulócitos quase maduros, com poucos grânulos de RNA, possuem aspecto policromático de difícil identificação e, às vezes, não são visíveis ao olho humano. Por isso, a contagem de reticulócitos é mais exata que a policromatofilia em lâmina! HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 20. A distribuição das células vermelhas do sangue, em uma extensão sanguínea, com variação na forma das hemácias é conhecida por: A) Pecilocitose. B) Macrocitose C) Anisocitose D) Esferocitose E) Microcitose HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Interpretação geral do eritrograma e alterações eritroides - Pecilocitose (poiquilocitose) Presença de formas anormais de eritrócitos; A maioria tem denominações específicas (de acordo com suas características morfológicas individuais), outros não possuem características específicas, sendo chamados de poiquilócitos; Podem ter significância diagnóstica. Pode ser encontrada nas anemias graves com regeneração eritrocitária ativa ou hematopoiese extramedular. O aquecimento do sangue in vitro (T>42ºC) causa uma pecilocitose artefatual extrema! HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 21. Talassemia é causada pela: a) Substituição de um aminoácido na cadeia de globina B) Deficiência de uma enzima para síntese do heme C) Presença de uma hemoglobina instável D) Redução ou ausência na síntese de uma ou mais cadeias de globina. E) Eritrócitos imaturos na circulação HEMATOLOGIA CLÍNICA Talassemias Defeitos genéticos em que há redução (total ou parcial) na síntese de uma ou mais cadeias globínicas da(s) hemoglobina(s) MICROCITOSE de grau variado, com ou sem anemia significativa. Anemias microcíticas e hipocrômicas HEMOLÍTICA! HEMATOLOGIA CLÍNICA Talassemias Anemias microcíticas e hipocrômicas HEMOLÍTICA! Globinas (α, β, γ, δ ) α2β2 = HbA α2γ2 = HbF α2δ2 = HbA2 α β Normal α β Talassemia alfa α β Talassemia beta HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 22. A reticulocitose pode ser observada em algumas patologias. Das patologias a seguir, aquela em que não se observa o aumento de reticulócitos é: A) Esferocitose hereditária B) Tratamento de anemia ferropriva C) Tratamento de anemia por deficiência de vitamina B12 D) Aplasia medular. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 23. Nas anemias hemolíticas os resultados laboratoriais que indicam hemólise intravascular são: A) Bilirrubina indireta: normal; haptoglobina: diminuída; contagem de reticulócitos: normal. B) Bilirrubina indireta: aumentada; haptoglobina: diminuída; contagem de reticulócitos: aumentada. C) Bilirrubina indireta: aumentada; haptoglobina: normal; contagem dereticulócitos: aumentada. D) Bilirrubina indireta: diminuída; haptoglobina: aumentada; contagem de reticulócitos: diminuída. HEMATOLOGIA CLÍNICA Diminuição da sobrevida eritroide HEMÓLISE SINAIS LABORATORIAIS DE HEMÓLISE Hemograma: anemia com sinais de hiper-regeneração (policromatocitose/reticulose) Hiperbilirrubinemia indireta (não conjugada), sem colúria Elevação acentuada da LDH Diminuição e até ausência da haptoglobina Hemoglobinemia livre e hemoglobinúria (na hemólise intravascular) IMPORTANTE!!! ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 24. Um paciente com anemia falciforme em crise realiza um hemograma. O que se pode observar em relação à série vermelha é: A) Ovalócitos, dacriócitos, hemácias crenadas B) Ovalócitos, hemácias em lágrima, hemácias em alvo C) Hemácias em alvo, hemácias crenadas, policromatofilia D) Ovalócitos, dacriócitos, policromatofilia E) Drepanócitos, hemácias em alvo, policromatofilia. HEMATOLOGIA CLÍNICA Anemias hemolíticas intracorpusculares - Anemia falciforme Hemoglobinopatias Anemias normocíticas e normocrômicas Anemia hemolítica normocítica e normocrômica, com Hb que varia entre 5,0 e 11,0 g/dL; Aumento de bilirrubina indireta, diminuição da hemoglobina e aumento de reticulócitos; Presença de drepanócito na extensão sanguínea confirma o diagnóstico de anemia falciforme; Leucometria elevada e trombocitose comum; Observação de sinais de eritropoese acelerada: policromatofilia, pontilhado basófilo, eritroblastos, microesferocitos, codócitos e corpúsculo de Howel-Jolly. C A R A C TE R ÍS TI C A S LA B O R AT O R IA IS HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 25. O acantócito é uma alteração morfológica da hemácia encontrada na: A) Ovalocitose hereditária B) Abetalipoproteinemia. C) Esferocitose hereditária D) Estomatocitose hereditária HEMATOLOGIA CLÍNICAEritrograma Formas anormais (pecilócitos) de significação diagnóstica Acantócitos: eritrócitos contraídos (densos), esferoides, com espículas de dimensões e distribuição irregulares; algumas têm ponta alargada; - Deformação irreversível – formação in vivo; - Hipofunção esplênica e pós-esplenectomia, acompanhados de corpos de Jolly; - Hepatopatias avançadas (comum), abetalipoproteinemia congênita; - Deficiência de tocoferol nos primeiros meses de vida. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 26. Todas são caracterizadas como anemia hemolítica, exceto: A) Anemia falciforme B) Anemia sideroblástica. C) Esferocitose hereditária D) Anemia microangiopática HEMATOLOGIA CLÍNICA Anemia sideroblástica Anemias microcíticas e hipocrômicas DEFEITO NA PRODUÇÃO DO HEME Ferro livre no eritroblasto Depósito na mitocondria Sideroblastos em anel – coloração de Perls Diminuição da protoporfirina ou incorporação inadequada de Fe à protoporfirina O acúmulo de Fe ocorre porque a absorção continua e o transporte para a síntese de Hb também! HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias 27. Os instrumentos automatizados fornecem histogramas da distribuição de volume que fazem notar a presença de mais de uma população de eritrócitos. A maioria deles também quantifica esta variação do volume, um equivalente da estimativa do grau de_______ao microscópio, que é denominado________________- _____. Esse parâmetro pode ser expresso como___________ou como coeficiente de variação(CV). Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas. A) Anisocitose; “amplitude de distribuição dos eritrócitos” - RDW; desvio-padrão (DP). B) Hemoglobina; “hemoglobina corpuscular média”- HCM; média C) Poiquilocitose; “concentração da hemoglobina corpuscular média”- CHCM; média D) Hematócrito; “volume corpuscular médio”- VCM; mediana E) Reticulocitose; “amplitude de distribuição de hemoglobina”- HDW; desvio-padrão (DP) ALGUNS CASOS CLÍNICOS HEMATOLOGIA CLÍNICACasos clínicos Eritrograma de mulher adulta. Qual provável diagnóstico? Valor de referência masculino Valor de referência feminino Eritrócitos 4,07 M/µL 4,50 – 5,90 milhões/mm³ 4,00 – 5,00 milhões/mm³ Hemoglobina 10,4 g/dL 14,0 – 18,0 g/dL 12,0 – 16,0 g/dL Hematócrito 31,2 % 41,0 – 54,0% 36,0 – 45,0% RDW 20,8 % 10,0 – 15,0% 10,0 – 15,0% VCM 76,8 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ HCM 25,6 pg 26,0 – 34,0 pg 26,0 – 34,0 pg CHCM 28,4 % 31,0 – 37,0% 31,0 – 37,0 % Pecilocitose 1+, reticulócitos 1,55%. DICA: A análise dos marcadores relacionados ao metabolismo do Fe mostrou que o Fe sérico e a saturação da transferrina estavam baixos e a TIBC alta. HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias microcíticas e hipocrômicas Deficiência de ferro, β-talassemia menor e α-talassemia menor: DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL VCM < 80 fL RDW alto Deficiência de ferro RDW normal Talassemias menores Idade e sexo do paciente Origem étnica do paciente CONSIDERAR! HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias microcíticas e hipocrômicas Diagnóstico laboratorial diferencial de uma anemia hipocrômica HEMATOLOGIA CLÍNICACasos clínicos Hemograma de homem adulto. Qual provável diagnóstico? Valor de referência masculino Valor de referência feminino Eritrócitos 6,06 M/µL 4,50 – 5,90 milhões/mm³ 4,00 – 5,00 milhões/mm³ Hemoglobina 12,4 g/dL 14,0 – 18,0 g/dL 12,0 – 16,0 g/dL Hematócrito 36,6 % 41,0 – 54,0% 36,0 – 45,0% RDW 14,4 % 10,0 – 15,0% 10,0 – 15,0% VCM 64,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ HCM 20,2 pg 26,0 – 34,0 pg 26,0 – 34,0 pg CHCM 32,0 % 31,0 – 37,0% 31,0 – 37,0 % Pecilocitose 1+, leptócitos 1-2+, policromatocitose 1-2+, eritrócitos com pontilhado basófilo. DICA: Índice de Mentzer = 10,5 Índice de Green & King = 47,3 HEMATOLOGIA CLÍNICA Talassemias β-talassemia β-talassemia minor (traço β-talassêmico) Índice de Mentzer em 20 casos de β-talassemia minor e 30 casos de anemia ferropriva. Anemias microcíticas e hipocrômicas HEMATOLOGIA CLÍNICA Talassemias β-talassemia β-talassemia minor (traço β-talassêmico) Índice de Green & King (VCM² x RDW)/(Hb X100) Eritrogramas típicos de β- talassemia minor (104 homens e 220 mulheres) Anemias microcíticas e hipocrômicas HEMATOLOGIA CLÍNICACasos clínicos Hemograma de homem adulto. Valor de referência masculino Valor de referência feminino Eritrócitos 2,65 M/µL 4,50 – 5,90 milhões/mm³ 4,00 – 5,00 milhões/mm³ Hemoglobina 11,6 g/dL 14,0 – 18,0 g/dL 12,0 – 16,0 g/dL Hematócrito 33,0 % 41,0 – 54,0% 36,0 – 45,0% RDW 24,0 % 10,0 – 15,0% 10,0 – 15,0% VCM 124,5 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ HCM 43,8 pg 26,0 – 34,0 pg 26,0 – 34,0 pg CHCM 35,2 % 31,0 – 37,0% 31,0 – 37,0 % Qual o diagnóstico diferencial? HEMATOLOGIA CLÍNICAAnemias macrocíticas Diagnóstico diferencial Anemias macrocíticas megaloblásticas O hemograma na deficiência de vitamina B12 é idêntico ao da carência de ácido fólico – HEMOGRAMAS DE ANEMIAS MEGALOBLÁSTICAS! HEMATOLOGIA CLÍNICACasos clínicos Hemograma de homem adulto. Qual o provável diagnóstico? Valor de referência masculino Valor de referência feminino Eritrócitos 2,26 M/µL 4,50 – 5,90 milhões/mm³ 4,00 – 5,00 milhões/mm³ Hemoglobina 7,2 g/dL 14,0 – 18,0 g/dL 12,0 – 16,0 g/dL Hematócrito 21,2 % 41,0 – 54,0% 36,0 – 45,0% RDW 17,1 % 10,0 – 15,0% 10,0 – 15,0% VCM 93,8 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ HCM 31,8 pg 26,0 – 34,0 pg 26,0 – 34,0 pg CHCM 33,9 % 31,0 – 37,0% 31,0 – 37,0 % Policromatocitose 3+, Drepanócitos 3+, Leptócitos 1+ Eritroblastos 11/100 leucócitos Reticulócitos 14,2% (320920/µL) IRF 0,506 HEMATOLOGIA CLÍNICACasos clínicos CASO 1 Valor de referência masculino Valor de referência feminino Eritrócitos 4,6 M/µL 4,50 – 5,90 milhões/mm³ 4,00 – 5,00 milhões/mm³ Hemoglobina 13,2 g/dL 14,0 – 18,0 g/dL 12,0 – 16,0 g/dL Hematócrito 42,3 % 41,0 – 54,0% 36,0 – 45,0% RDW 12,6 % 10,0 – 15,0% 10,0 – 15,0% VCM 89,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ HCM 20,2 pg 26,0 – 34,0 pg 26,0 – 34,0 pg CHCM 31,2 % 31,0 – 37,0% 31,0 – 37,0 % HEMATOLOGIA CLÍNICACasos clínicos CASO 2 Valor de referência masculino Valor de referência feminino Eritrócitos 5,8 M/µL 4,50 – 5,90milhões/mm³ 4,00 – 5,00 milhões/mm³ Hemoglobina 13,0 g/dL 14,0 – 18,0 g/dL 12,0 – 16,0 g/dL Hematócrito 41,7% 41,0 – 54,0% 36,0 – 45,0% RDW 13,1 % 10,0 – 15,0% 10,0 – 15,0% VCM 76,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ HCM 20,3 pg 26,0 – 34,0 pg 26,0 – 34,0 pg CHCM 31,1 % 31,0 – 37,0% 31,0 – 37,0 % HEMATOLOGIA CLÍNICACasos clínicos CASO 3 Valor de referência masculino Valor de referência feminino Eritrócitos 7,3 M/µL 4,50 – 5,90 milhões/mm³ 4,00 – 5,00 milhões/mm³ Hemoglobina 16,3 g/dL 14,0 – 18,0 g/dL 12,0 – 16,0 g/dL Hematócrito 52,8% 41,0 – 54,0% 36,0 – 45,0% RDW 15,2 % 10,0 – 15,0% 10,0 – 15,0% VCM 87,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ HCM 28,5 pg 26,0 – 34,0 pg 26,0 – 34,0 pg CHCM 30,8 % 31,0 – 37,0% 31,0 – 37,0 % HEMATOLOGIA CLÍNICACasos clínicos CASOS 4 e 5 4 5 Valor de referência masculino Valor de referência feminino Eritrócitos 5,0 M/µL 4,6 M/µL 4,50 – 5,90 milhões/mm³ 4,00 – 5,00 milhões/mm³ Hemoglobina 9,0 g/dL 8,4 g/dL 14,0 – 18,0 g/dL 12,0 – 16,0 g/dL Hematócrito 29,3 % 27,5% 41,0 – 54,0% 36,0 – 45,0% RDW 17,6 % 13,6 % 10,0 – 15,0% 10,0 – 15,0% VCM 71,0 µ³ 68,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ HCM 24,5 pg 21,4 pg 26,0 – 34,0 pg 26,0 – 34,0 pg CHCM 28,5% 30,8 % 31,0 – 37,0% 31,0 – 37,0 % HEMATOLOGIA CLÍNICACasos clínicos CASO 6 Valor de referência masculino Valor de referência feminino Eritrócitos 2,3 M/µL 4,50 – 5,90 milhões/mm³ 4,00 – 5,00 milhões/mm³ Hemoglobina 4,6 g/dL 14,0 – 18,0 g/dL 12,0 – 16,0 g/dL Hematócrito 14,8% 41,0 – 54,0% 36,0 – 45,0% RDW 15,8 % 10,0 – 15,0% 10,0 – 15,0% VCM 76,0µ³ 80,0 – 100,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ HCM 19,5 pg 26,0 – 34,0 pg 26,0 – 34,0 pg CHCM 30,8 % 31,0 – 37,0% 31,0 – 37,0 % HEMATOLOGIA CLÍNICACasos clínicos CASO 7 Valor de referência masculino Valor de referência feminino Eritrócitos 3,4 M/µL 4,50 – 5,90 milhões/mm³ 4,00 – 5,00 milhões/mm³ Hemoglobina 11,3 g/dL 14,0 – 18,0 g/dL 12,0 – 16,0 g/dL Hematócrito 35,7% 41,0 – 54,0% 36,0 – 45,0% RDW 15,9 % 10,0 – 15,0% 10,0 – 15,0% VCM 118 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ 80,0 – 100,0 µ³ HCM 28,5 pg 26,0 – 34,0 pg 26,0 – 34,0 pg CHCM 31,6 % 31,0 – 37,0% 31,0 – 37,0 %