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TEORIA LITERÁRIA

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Prévia do material em texto

• 0 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, do romance A Hora da 
Estrela, de Clarice Lispector. 
“Proponho-me a que não seja complexo o que 
escreverei, embora obrigado a usar palavras 
que vos sustentam. A história – determino com 
falso livre-arbítrio – vai ter uns sete 
personagens e eu sou um dos mais importantes 
deles, é claro. Eu, Rodrigo S. M. Relato antigo, 
este, pois não quero ser mordenoso e inventar 
modismos à guisa de originalidade. Assim é que 
experimentarei contra os meus hábitos uma 
história com começo, meio e “gran finale” 
seguido de silêncio e de chuva caindo. 
(...) Quem antes afiançar que essa moça não se 
conhece senão através de ir vivendo à toa. Se 
tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” 
Cairia estatelada em cheio no chão. É que 
“quem sou eu?” 
Provoca necessidade. E como satisfazer a 
necessidade? Quem se indaga é incompleto. 
A pessoa de quem vou falar é tão tola que às 
vezes sorri para os outros na rua. Ninguém lhe 
responde ao sorriso porque nem ao menos a 
olham. 
(...) De uma coisa tenho certeza: essa narrativa 
mexerá com uma coisa delicada: a criação de 
uma pessoa inteira que na certa está tão viva 
quanto eu. Cuidai dela porque meu poder é só 
mostrá-la para que vós a reconheçais na rua, 
andando de leve por causa da esvoaçada 
magreza. E se for triste a minha narrativa? 
Depois na certa escreverei algo alegre, embora 
alegre por quê? Porque também sou um 
homem de hosanas e um dia, quem sabe, 
cantarei loas que não as dificuldades da 
nordestina.” 
(LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. São 
Paulo: Rocco, 1998.) 
 
Indique que tipo de narrador está sendo 
desenvolvido no trecho. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
Modo dramático. 
Resposta Correta: 
 
Narrador onisciente 
intruso. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. 
No trecho, 
percebemos que a 
obra está narrada na 
terceira pessoa: 
Rodrigo S. M. narra a 
história da 
nordestina 
(Macabéa), 
realizando diversos 
comentários a 
respeito de si 
mesmo, do próprio 
ato de escrever e da 
personagem, 
dialogando com o 
leitor ao dizer 
“Cuidai dela (...)”. 
 
 
Pergunta 2 
0,25 em 0,25 pontos 
 
 
Leia os itens a seguir e analise a relação entre 
as citações do texto O ponto de vista na ficção, 
de Norman Friedman e o tipo de narrador, de 
acordo com a classificação proposta pelo autor. 
 
1. Câmera - “(...) A aparência dos 
personagens, o que eles fazem e 
dizem, o cenário - todos os materiais 
da estória, portanto - podem ser 
transmitidos ao leitor unicamente 
através da mente de alguém 
presente” (FRIEDMAN, 2002, p. 
177). 
2. Onisciente intruso - “(...) De modo 
semelhante, o leitor tem acesso a 
toda amplitude de tipos de 
informação possíveis, sendo 
elementos distintivos dessa 
categoria os pensamentos, 
sentimentos e percepções do 
próprio autor; ele é livre não apenas 
para informar-nos as ideias e 
emoções das mentes de seus 
personagens como também as de 
sua própria mente.” (FRIEDMAN, 
2002, p. 173). 
3. Modo dramático - “As informações 
disponíveis ao leitor (...) limitam-se 
em grande parte ao que os 
personagens fazem e falam; suas 
aparências e o cenário devem ser 
dados pelo autor (...): nunca há, 
entretanto, nenhuma indicação 
direta sobre o que eles percebem 
(...), o que pensam ou sentem. Isso 
não significa dizer, é claro, que os 
estados mentais não possam ser 
inferidos a partir da ação e do 
diálogo”. (FRIEDMAN, 2002, p. 178). 
2. 
 
É correto a correlação que se faz em: 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
II e III, apenas. 
Resposta Correta: 
II e III, apenas. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta. 
Interpretando a 
tipologia de 
Friedman, se existe 
registro da 
percepção a partir de 
um personagem, não 
teremos uma 
câmera. Como vimos, 
quando a opinião da 
voz narrativa é 
impressa no texto, 
temos o narrador 
onisciente intruso e 
quando as 
informações 
apresentadas 
limitam-se às ações e 
falas dos 
personagens, sem 
desenvolvimento 
sobre suas 
percepções, temos o 
modo dramático. 
 
Pergunta 3 
0,25 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, do romance A Hora da 
Estrela, de Clarice Lispector. 
“Quem antes afiançar que essa moça não se 
conhece senão através de ir vivendo à toa. Se 
tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” 
Cairia estatelada em cheio no chão. É que 
“quem sou eu?” 
Provoca necessidade. E como satisfazer a 
necessidade? Quem se indaga é incompleto. 
A pessoa de quem vou falar é tão tola que às 
vezes sorri para os outros na rua. Ninguém lhe 
responde ao sorriso porque nem ao menos a 
olham. 
Voltando a mim: o que escreverei não pode ser 
absorvido por mentes que muito exijam e 
ávidas de requintes. Pois o que estarei dizendo 
será apenas nu. Embora tenha como pano de 
fundo – e agora mesmo – a penumbra 
atormentada que sempre há nos meus sonhos 
quando de noite atormentado durmo. Que não 
se esperem, então, estrelas no que se segue: 
nada cintilará, trata-se de matéria opaca e por 
sua própria natureza desprezível por todos. É 
que a esta história falta melodia cantabile. O 
seu ritmo é às vezes descompasso. E tem fatos. 
Apaixonei-me subitamente por fatos sem 
literatura – fatos são pedras duras e agir está 
me interessando mais do que pensar, de fatos 
não há como fugir. 
Pergunto-me se eu deveria caminhar à frente 
do tempo e esboçar logo um final. Acontece 
porém que eu mesmo ainda não sei bem como 
isto terminará. E também porque entendo que 
devo caminha passo a passo de acordo com um 
prazo determinado por horas: até um bicho lida 
com o tempo. E esta é também a minha mais 
primeira condição: a de caminhar 
paulatinamente apesar da impaciência que 
tenho em relação a essa moça.” 
(LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. São 
Paulo: Rocco, 1998.) 
 
Assinale a alternativa correta em relação ao 
modo de enunciação observado. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
A digressão é o modo 
enunciativo 
amplamente 
explorado nesta 
obra, assim como em 
outras de Clarice 
Lispector. No trecho 
em destaque, 
observa-se que as 
reflexões a respeito 
da construção de 
personagem 
desencadeiam 
reflexões sobre o ato 
da escrita e sobre o 
próprio narrador, e 
vice-versa. 
Resposta Correta: 
 
A digressão é o modo 
enunciativo 
amplamente 
explorado nesta 
obra, assim como em 
outras de Clarice 
Lispector. No trecho 
em destaque, 
observa-se que as 
reflexões a respeito 
da construção de 
personagem 
desencadeiam 
reflexões sobre o ato 
da escrita e sobre o 
próprio narrador, e 
vice-versa. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta. 
Conhecida pela 
ampla utilização de 
digressões, Clarice 
Lispector não 
poderia escrever sua 
última obra 
diferente. Na leitura 
de A Hora da Estrela, 
percebemos em 
diversos momentos a 
relação de 
espelhamento entre 
a personagem de 
quem o narrador 
conta a história (a 
nordestina Macabéa) 
e a personagem que 
cria para si próprio, 
de nome Rodrigo S. 
M. Isto torna-se 
possível na narração 
através do uso do 
modo digressivo, 
uma vez que as 
reflexões sobre um 
aspecto puxam 
reflexões sobre os 
demais aspectos, em 
um contínuo até o 
fim da história. 
 
Pergunta 4 
0 em 0,25 pontos 
 
 
Baseando-se em seus conhecimentos a respeito 
da tipologia da narração proposta por Norman 
Friedman e também da classificação de Gerard 
Genette, assinale a alternativa que estabelece 
adequadamente uma relação entre os conceitos 
de ambos teóricos. 
 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
O narrador 
onisciente neutro é 
sempre 
homodiegético. 
Resposta Correta: 
 
O narrador 
personagem é 
sempre 
autodiegético. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. O 
narrador personagem, 
por se tratar de um 
tipo de narrador que é, 
também, protagonista 
da história narrada, 
narrando a mesma a 
partir do centro, é 
sempre autodiegético. 
Lembrando-se dos 
conceitos da diegese, 
dizer que um narrador 
é autodiegético 
significa dizer que 
este narra sua própria 
experiência partindo 
de um ângulo central, 
já o homodiegético 
parte de um ângulo 
mais distanciado paranarrar uma história da 
qual faz parte; por fim, 
o heterodiegético 
narra uma história de 
que não faz parte. 
 
 
Pergunta 5 
0 em 0,25 pontos 
 
 
Leia os trechos a seguir, retirados do romance A 
menina morta , de Cornélio Penna. 
“- Não dona Frau, vancê não pode mais costurar 
êsse babado no vestido, neste vestido (...). 
(...) Considerou com grave atenção a roupa posta 
diante dela pela escrava a reconheceu tristemente 
ter esquecido de não se tratar de vestuário de gala 
destinado a figurar nas reuniões da Côrte 
longínqua, apenas entrevista quando de sua vinda 
da Europa para ‘As Américas’. Aquêle pesado 
estofo de pregas duras não iria revestir o corpinho 
quente e agitado da criança que recebera com 
tanto carinho e crescera tão diferente da imperiosa 
e morena imaginada por ela… (...)” 
Capítulo I. 
“(...) Era ali que devia ser posto o pequenino 
caixão de cetim branco, nesse momento quase 
terminado por José Carapina, e fôra esse trabalho 
demorado porque o escravo o fazia sem enxergar 
bem o que tinha diante de si, de tal modo seus 
olhos estavam nublados. (...) Não era o suor que 
lhe caía do rosto, e abria pequenas manchas no 
pinho de Riga, muito branco e marmoreado por 
desenhos em sépia, mas sim lágrimas puras e 
cristalinas, em contraste luminoso com a pele 
negra e enrugada. Na alma do velho carpinteiro 
cativo enovelavam-se pequenos e confusos 
problemas, que se formavam e desapareciam sem 
que êle pudesse perceber onde estava a verdade 
e até onde ia a tentação do demônio, pois parecia-
lhe grande crime estar a fazer o caixão onde seria 
aprisionada a Sinhazinha. (...)” 
Capítulo II. 
“(...) Mas agora Bruno sabia que o passeio seria 
bem triste… Ia buscar o padre que viria abençoar 
a Sinhazinha, para que ela pudesse partir para 
sempre. Como não iria ela para o Céu, se os anjos 
deviam estar ansiosos para tê-la em sua 
companhia? Pensou, pois sempre imaginara que 
os serafins deviam ter aquêle rosto pequeno e 
redondo (...). 
As bestas olharam para êle, e pôde ler naquelas 
pupilas luminosas compreensão de tal modo 
perfeita que não lhe foi possível resistir, e deixou 
as lágrimas correrem, sem ao menos espiar para 
todos os lados se alguém o via nesse estado (...).” 
Capítulo III. 
(PENNA, Cornélio. A menina morta. Rio de 
Janeiro: José Olympio, 1970.) 
Indique a que tipo de narrador o texto parece 
aderir. 
 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
“Eu” como 
testemunha. 
Resposta Correta: 
 
Onisciência seletiva 
múltipla. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. 
Como podemos 
observar nos trechos 
transcritos, o narrador 
acompanha as 
reflexões, sentimentos 
e percepções de 
diversas personagens 
(Dona Frau, José 
Carapina, Bruno), sem 
se ater a uma em 
específico, mostrando 
o que se passa na 
mente destas 
personagens hora 
utilizando o discurso 
indireto livre, hora 
sumarizando as 
experiências. 
 
 
Pergunta 6 
0 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, extraído do conto O dia 
do desmoronamento, de Juan Rulfo. 
“- Isto aconteceu em Setembro. Não em 
Setembro deste ano mas sim no do ano 
passado. Ou foi no ano anterior, Melitón? 
- Não, foi no ano passado. 
- Sim, eu bem me lembrava. Foi em Setembro 
do ano passado, pelo dia vinte e um. Ouve-me, 
Melitón, Não foi a vinte e um de Setembro o 
dia do tremor de terra? 
- Foi um pouco antes. Quer-me parecer que foi 
a dezoito. 
- Tens razão. Eu por esses dias andava em 
Tuxcacuesco. Até vi quando se desmoronavam 
as casas como se fossem feitas de mel, 
simplesmente, retorciam-se assim, fazendo 
trejeitos, e vinham as paredes inteiras para o 
chão. E as pessoas saíam dos escombros todas 
aterrorizadas, correndo direitinhas para a igreja 
aos gritos. Mas esperem. Ouve, Melitón, 
parece-me que em Tuxcacuesco não existe 
nenhuma igreja. Tu não te lembras? 
- Não há. Ali não restam senão umas paredes 
feitas em quatro bocados que dizem que foi a 
igreja há coisa de duzentos anos; mas ninguém 
se lembra dela, nem de como era; aquilo mais 
parece um curral abandonado infestado de 
figueirinhas. 
- Dizes bem. Então não foi em Tuxcacuesco que 
me apanhou o tremor de terra, deve ter sido no 
El Pochote. Mas El Pochote é um rancho, não 
é?” 
(RULFO, Juan. O dia do desmoronamento. In: 
RULFO, Juan. A planície em chamas. Lisboa: 
Cavalo de Ferro Editores Ltda, 2003. p. 121-
129.) 
 
Assinale a alternativa que corresponde ao tipo 
de narrador do texto, considerando-se que a 
estrutura apresentada no trecho segue até o 
final do conto. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
Câmera. 
Resposta Correta: 
Modo dramático. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. 
Como vimos, o modo 
dramático 
caracteriza-se pela 
omissão do narrador, 
de forma que os 
acontecimentos, 
percepções e 
descrições 
apreendem-sem 
através das falas das 
personagens. O que 
diferencia este tipo 
de narração de uma 
câmera ou narrador 
observador é 
justamente a 
ausência de 
descrições externas 
às falas das 
personagens. 
 
 
Pergunta 7 
0,25 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, retirado do texto O 
Narrador, do crítico Walter Benjamin: 
“Por mais familiar que seja seu nome, o 
narrador não está de fato presente entre nós, 
em sua atualidade viva. Ele é algo de distante, e 
que se distancia ainda mais. Descrever um 
Leskov como narrador não significa trazê-lo 
mais perto de nós, e sim, pelo contrário, 
aumentar a distância que nos separa dele. 
Vistos de uma certa distância, os traços grandes 
e simples que caracterizam o narrador se 
destacam nele. Ou melhor, esses traços 
aparecem, como um rosto humano ou um 
corpo de animal aparecem num rochedo, para 
um observador localizado numa distância 
apropriada e num ângulo favorável. Uma 
experiência quase cotidiana nos impõe a 
existência dessa distância e desse ângulo de 
observação”. 
(BENJAMIM, Walter; BRASILIENSE, Editora (Ed.). 
Magia e técina, arte e política: O narrador. 
1936. Disponível em: 
<http://letrasorientais.fflch.usp.br/sites/letrasorientais
.fflch.usp.br/files/BENJAMIN, Walter_O narrador 
(._.).pdf>. Acesso em: 03 ago. 2019.) 
 
Considerando seus conhecimentos a respeito 
da tipologia de Norman Friedman, bem como 
os tipos de narrador e modos de elocução mais 
frequentes em cada um; os textos já vistos até 
aqui e o fragmento em destaque, assinale a 
alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
O narrador 
observador ou 
câmera, da mesma 
forma em que 
distancia-se da 
narração, também 
produz um efeito 
estético de maior 
afastamento do 
leitor em relação ao 
texto, ao passo em 
que este acompanha 
a história deste 
ponto de vista: de 
observador das 
ações. 
Resposta Correta: 
 
O narrador 
observador ou 
câmera, da mesma 
forma em que 
distancia-se da 
narração, também 
produz um efeito 
estético de maior 
afastamento do 
leitor em relação ao 
texto, ao passo em 
que este acompanha 
a história deste 
ponto de vista: de 
observador das 
ações. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta. 
Tomando por base o 
excerto de Walter 
Benjamin, se o 
narrador se coloca 
distante do leitor, 
assim também estará 
o leitor mais ou 
menos distante em 
relação à história a 
depender do tipo de 
narrador, já que o 
ponto de vista a 
partir do qual lemos 
uma história será 
também o ponto de 
vista do narrador. 
Assim, o narrador 
observador ou 
câmera, até pela 
ampla utilização da 
cena como modo de 
elocução em seu 
texto, tende a 
produzir um maior 
efeito de 
afastamento entre o 
leitor e o texto em 
questão, visto que o 
leitor neste caso 
localiza-se também 
como observador, 
afastado da história. 
 
Pergunta 8 
0,25 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, retirado do texto O ponto de 
vista na ficção , de Norman Friedman: 
Já que o problema do narrador é a transmissão 
apropriada de sua estória ao leitor, as questões 
devem ser algo como: 1) Quem fala ao leitor? (...); 
2) De que posição (ângulo) em relação à estória 
ele a conta? (de cima, da periferia, do centro, 
frontalmente ou alternando); 3) Que canais de 
informação o narradorusa para transmitir a estória 
ao leitor? (palavras, pensamentos, percepções e 
sentimentos do autor; ou palavras e ações do 
personagem; pensamentos, percepções e 
sentimentos do personagem: através de qual - ou 
de qual combinação - destas três possibilidades 
as informações sobre estados mentais, cenário, 
situação e personagem vêm?); e 4) A que 
distância ele coloca o leitor da estória? (próximo, 
distante ou alternando?). 
O PONTO DE VISTA NA FICÇÃO: O 
desenvolvimento de um conceito crítico. São 
Paulo: Revista Usp , maio 2002. Norman 
Friedman. Disponível em: 
<http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/331
95>. Acesso em: 30 ago. 2019. 
Com base em seus conhecimentos a respeito da 
tipologia de Norman Friedman, assinale a 
alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
A câmera destaca-se 
em relação aos 
outros tipos de 
narrador pelo 
apagamento da 
figura do narrador, 
pretendendo-se, 
então, esvaziada de 
intenção. Neste tipo 
de narração, 
predomina o modo 
de elocução de cena. 
 
Resposta Correta: 
 
A câmera destaca-se 
em relação aos 
outros tipos de 
narrador pelo 
apagamento da 
figura do narrador, 
pretendendo-se, 
então, esvaziada de 
intenção. Neste tipo 
de narração, 
predomina o modo 
de elocução de cena. 
 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta. De 
acordo com 
Friedman (2002), o 
narrador tipo câmera 
seria o último estágio 
do apagamento de 
sua figura, 
caracterizando-se 
então pelo registro 
de uma cena. Ainda 
segundo o autor, 
ambos os narradores 
oniscientes 
acontecem, em 
geral, na terceira 
pessoa. Entretanto, 
há de se considerar 
que “(...) A ausência 
de intromissão não 
implica 
necessariamente, 
contudo, que o autor 
negue a si mesmo 
uma voz ao usar o 
Narrador Onisciente 
Neutro” (FRIEDMAN, 
2002, p. 174). Já em 
relação aos 
narradores 
personagem e 
protagonista, estes 
diferenciam-se em 
relação ao ângulo em 
que posicionam-se 
na história: o 
narrador 
protagonista, como o 
próprio nome 
sugere, narra do 
centro (e se não 
estiver narrando do 
centro, pode ser 
considerado, então, 
personagem). 
Quanto à onisciência 
seletiva comum e a 
onisciência seletiva 
múltipla, a diferença 
está justamente no 
modo de elocução, 
visto que na 
onisciência seletiva 
comum o narrador 
costuma sumarizar o 
que está se passando 
na mente dos 
personagens, 
enquanto que na 
onisciência seletiva 
múltipla o narrador 
mostra em cena o 
que cada 
personagem está 
sentindo. 
 
Pergunta 9 
0,25 em 0,25 pontos 
 
 
Leia a seguir um fragmento do conto Colinas 
como elefantes brancos, de Ernest Hemingway. 
“‘Você faria uma coisa por mim?’ 
‘Faria qualquer coisa por você.’ 
‘Você pode parar de falar, por favor, por favor, 
por favor?’ 
Ele não disse nada mas olhou para as malas 
encostadas na mureta da estação. Tinham 
etiquetas de todos os hotéis em que haviam 
dormido. 
‘Mas eu não quero que você faça’, ele disse, ‘eu 
não me importo com nada.’ 
‘Eu vou gritar’, a moça disse. 
A mulher atravessou a cortina com dois copos 
de cerveja e os depositou sobre os apoios de 
feltro úmidos. ‘O trem chega em cinco 
minutos’, ela disse. 
‘O que ela disse?’, perguntou a moça. 
‘Que o trem chega em cinco minutos.’ 
A moça deu um sorriso radiante para a mulher, 
para agradecer. 
‘Acho melhor levar as malas para o outro lado 
da estação’, o homem disse. Ela sorriu para ele. 
‘Está bem. Depois volte e terminamos a 
cerveja.’ 
Ele pegou as duas malas pesadas e carregou-as 
pela estação até os trilhos do outro lado. 
Espreitou mas não conseguiu ver o trem. 
Voltando, entrou no salão do bar, onde as 
pessoas que esperavam o trem estavam 
bebendo. Bebeu um anis no balcão e olhou 
para as pessoas. Todas esperavam 
ordeiramente pelo trem. Atravessou a cortina 
de contas. Ela estava sentada à mesa e sorriu 
para ele. 
 ‘Está se sentindo melhor?’, ele perguntou. 
 ‘Estou bem’, ela disse. ‘Não tem nada de 
errado comigo. Estou bem.’” 
(HEMINGWAY, Ernest. Colinas como elefantes 
brancos. Tradução: Samuel Titan Jr.. Disponível 
em: 
<http://stoa.usp.br/gabrielamorandini/files/2130/1207
5/7+Colinas+como+Elefantes+Brancos+-
+Ernest+Hemingway+OK.pdf>. Acesso em: 03 ago. 
2019.) 
 
Assinale a alternativa que melhor corresponde 
ao tipo de narrador apresentado. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
Câmera. 
Resposta Correta: 
Câmera. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta. 
Observamos a 
existência de 
diversos diálogos e 
de uma descrição 
dos movimentos do 
homem, da mulher e 
das demais pessoas 
no mesmo ambiente 
(a estação de trem). 
A respeito desta 
descrição, 
observamos também 
uma busca por 
imparcialidade, visto 
que não existem 
julgamentos ou 
valorações das 
atitudes de nenhum 
personagem. Este 
apagamento do 
narrador em um 
texto com tais 
características é 
típico do narrador 
câmera ou 
observador. 
 
Pergunta 10 
0 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
O rugido do jaguar abala a floresta; mas o 
caçador também despreza o jaguar, que já 
cansou de vencer. 
Elle chama-se Jaguaré, o mais feroz jaguar da 
floresta; os outros fogem espavoridos quando 
de longe o pressentem. 
Não é esse o inimigo que procura, porém outro 
mais terrível para vencê-lo em combate de 
morte e ganhar nome de guerra. 
Jaguaré chegou à idade em que o mancebo 
troca a fama do caçador pela glória do 
guerreiro. 
Para ser aclamado guerreiro por sua nação é 
preciso que o jovem caçador conquiste esse 
título por uma grande façanha. 
Por isso deixou a taba dos seus, e a presença de 
Jandyra, a virgem formosa que lhe guarda o 
seio de esposa. 
Mas o sol três vezes guiou o passo rápido do 
caçador através das campinas, e três vezes 
como agora deitou-se além nas montanhas da 
Aratuba, sem mostrar-lhe um inimigo digno de 
seu valor. 
 
O romance Ubirajara, de José de Alencar, 
possui um subtítulo que diz “Lenda Tupy”. Lido 
o trecho apresentado, retirado do primeiro 
capítulo do livro, assinale a alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
A utilização de um 
narrador testemunha 
já indica por si só 
traços de uma busca 
por verossimilhança 
na obra, visto que 
este tipo de narrador 
é considerado de 
maior confiabilidade 
em oposição ao 
narrador onisciente 
intruso ou aos 
narradores 
personagem e 
protagonista. 
 
Resposta Correta: 
 
Justamente, a 
utilização de um 
subtítulo como este, 
que diz “Lenda Tupy” 
indica uma busca por 
verossimilhança na 
obra por parte do 
autor, que pretende 
compor um mito a 
respeito da formação 
do estado do 
Tocantins. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. 
O subtítulo e o tipo 
de narrador 
escolhidos por José 
de Alencar nos 
apontam para uma 
tentativa de escrever 
uma história 
confiável, criar, de 
fato, um mito de 
formação. Pensando 
sobre isto, faz 
sentido, pensando 
nas características do 
narrador onisciente 
neutro, que o modo 
de elocução 
escolhida seja o da 
sumarização. 
 
Segunda-feira, 2 de Dezembro de 2019 23h59min56s BRT 
 
 
 
 
De: Camila Fernandes <mila.cfs@hotmail.com> 
Enviado: terça-feira, 3 de dezembro de 2019 00:39 
Para: Jéssica Souza <jhessy.fds@outlook.com> 
Assunto: ENC: Teoria Literaria 
 
 
 
 
 
 
 
De: Camila Fernandes <mila.cfs@hotmail.com> 
Enviado: terça-feira, 26 de novembro de 2019 01:43 
Para: Camila Fernandes <mila.cfs@hotmail.com> 
Assunto: Teoria Literaria 
 
1 
0,25 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, extraído do conto O dia 
do desmoronamento, de Juan Rulfo. 
“- Isto aconteceu em Setembro. Não em 
Setembro deste ano mas sim no do ano 
passado. Ou foi no ano anterior, Melitón? 
mailto:%3Cmila.cfs@hotmail.com
mailto:%3Cjhessy.fds@outlook.com
mailto:%3Cmila.cfs@hotmail.com
mailto:%3Cmila.cfs@hotmail.com
- Não, foi no ano passado. 
- Sim, eu bem me lembrava. Foi em Setembro 
do ano passado, pelo dia vinte e um. Ouve-me, 
Melitón, Não foi a vinte e um de Setembro o 
dia do tremor de terra? 
- Foi um pouco antes. Quer-me parecer que foi 
a dezoito. 
- Tens razão. Eu por esses dias andava em 
Tuxcacuesco. Até vi quando se desmoronavamas casas como se fossem feitas de mel, 
simplesmente, retorciam-se assim, fazendo 
trejeitos, e vinham as paredes inteiras para o 
chão. E as pessoas saíam dos escombros todas 
aterrorizadas, correndo direitinhas para a igreja 
aos gritos. Mas esperem. Ouve, Melitón, 
parece-me que em Tuxcacuesco não existe 
nenhuma igreja. Tu não te lembras? 
- Não há. Ali não restam senão umas paredes 
feitas em quatro bocados que dizem que foi a 
igreja há coisa de duzentos anos; mas ninguém 
se lembra dela, nem de como era; aquilo mais 
parece um curral abandonado infestado de 
figueirinhas. 
- Dizes bem. Então não foi em Tuxcacuesco que 
me apanhou o tremor de terra, deve ter sido no 
El Pochote. Mas El Pochote é um rancho, não 
é?” 
(RULFO, Juan. O dia do desmoronamento. In: 
RULFO, Juan. A planície em chamas. Lisboa: 
Cavalo de Ferro Editores Ltda, 2003. p. 121-
129.) 
 
Assinale a alternativa que corresponde ao tipo 
de narrador do texto, considerando-se que a 
estrutura apresentada no trecho segue até o 
final do conto. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
Modo dramático. 
Resposta Correta: 
Modo dramático. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta. 
Como vimos, o modo 
dramático 
caracteriza-se pela 
omissão do narrador, 
de forma que os 
acontecimentos, 
percepções e 
descrições 
apreendem-sem 
através das falas das 
personagens. 
 
Pergunta 2 
0,25 em 0,25 pontos 
 
 
Baseando-se em seus conhecimentos a respeito 
da tipologia da narração proposta por Norman 
Friedman e também da classificação de Gerard 
Genette, assinale a alternativa que estabelece 
adequadamente uma relação entre os conceitos 
de ambos teóricos. 
 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
O narrador 
personagem é 
sempre 
autodiegético. 
Resposta Correta: 
 
O narrador 
personagem é 
sempre 
autodiegético. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta. O 
narrador personagem, 
por se tratar de um 
tipo de narrador que é, 
também, protagonista 
da história narrada, 
narrando a mesma a 
partir do centro, é 
sempre autodiegético. 
 
Pergunta 3 
0,25 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, retirado do texto O ponto de 
vista na ficção , de Norman Friedman: 
Já que o problema do narrador é a transmissão 
apropriada de sua estória ao leitor, as questões 
devem ser algo como: 1) Quem fala ao leitor? (...); 
2) De que posição (ângulo) em relação à estória 
ele a conta? (de cima, da periferia, do centro, 
frontalmente ou alternando); 3) Que canais de 
informação o narrador usa para transmitir a estória 
ao leitor? (palavras, pensamentos, percepções e 
sentimentos do autor; ou palavras e ações do 
personagem; pensamentos, percepções e 
sentimentos do personagem: através de qual - ou 
de qual combinação - destas três possibilidades 
as informações sobre estados mentais, cenário, 
situação e personagem vêm?); e 4) A que 
distância ele coloca o leitor da estória? (próximo, 
distante ou alternando?). 
O PONTO DE VISTA NA FICÇÃO: O 
desenvolvimento de um conceito crítico. São 
Paulo: Revista Usp , maio 2002. Norman 
Friedman. Disponível em: 
<http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/331
95>. Acesso em: 30 ago. 2019. 
Com base em seus conhecimentos a respeito da 
tipologia de Norman Friedman, assinale a 
alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
A câmera destaca-se 
em relação aos 
outros tipos de 
narrador pelo 
apagamento da 
figura do narrador, 
pretendendo-se, 
então, esvaziada de 
intenção. Neste tipo 
de narração, 
predomina o modo 
de elocução de cena. 
 
Resposta Correta: 
 
A câmera destaca-se 
em relação aos 
outros tipos de 
narrador pelo 
apagamento da 
figura do narrador, 
pretendendo-se, 
então, esvaziada de 
intenção. Neste tipo 
de narração, 
predomina o modo 
de elocução de cena. 
 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta. De 
acordo com 
Friedman (2002), o 
narrador tipo câmera 
seria o último estágio 
do apagamento de 
sua figura, 
caracterizando-se 
então pelo registro 
de uma cena. Ainda 
segundo o autor, 
ambos os narradores 
oniscientes 
acontecem, em 
geral, na terceira 
pessoa. Entretanto, 
há de se considerar 
que “(...) A ausência 
de intromissão não 
implica 
necessariamente, 
contudo, que o autor 
negue a si mesmo 
uma voz ao usar o 
Narrador Onisciente 
Neutro” (FRIEDMAN, 
2002, p. 174). Já em 
relação aos 
narradores 
personagem e 
protagonista, estes 
diferenciam-se em 
relação ao ângulo em 
que posicionam-se 
na história: o 
narrador 
protagonista, como o 
próprio nome 
sugere, narra do 
centro (e se não 
estiver narrando do 
centro, pode ser 
considerado, então, 
personagem). 
Quanto à onisciência 
seletiva comum e a 
onisciência seletiva 
múltipla, a diferença 
está justamente no 
modo de elocução, 
visto que na 
onisciência seletiva 
comum o narrador 
costuma sumarizar o 
que está se passando 
na mente dos 
personagens, 
enquanto que na 
onisciência seletiva 
múltipla o narrador 
mostra em cena o 
que cada 
personagem está 
sentindo. 
 
Pergunta 4 
0 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, de Esperando Godot, 
obra de Samuel Beckett. 
“Vladimir: Temos que comemorar, mas como? 
(Pensa) Levante que lhe dou um abraço. 
(Oferece a mão a Estragon). 
Estragon (irritado): Daqui a pouco, daqui a 
pouco. 
Silêncio. 
Vladimir (magoado, com frieza)> Pode-se saber 
onde o senhor passou a noite? 
Estragon: Numa vala. 
Vladimir (espantado): Numa vala! Onde? 
Estragon (sem indicar): Logo ali. 
Vladimir: E eles não bateram em você? 
Estragon: Bateram, mas não demais. 
Vladimir: Os mesmos de sempre? 
Estragon: Os de sempre? Não sei. 
Silêncio. 
Vladimir: Quando paro para pensar… estes anos 
todos… não fosse eu… o que teria sido de 
você…? (Com firmeza) Não seria mais do que 
um montinho de ossos, neste exato momento, 
sem sombra de dúvida. 
Estragon (ofendido): E daí? 
Vladimir (melancólico): É demais para um 
homem só. (Pausa. Com vivacidade) Por outro 
lado, qual a vantagem de desanimar agora, é o 
que eu sempre digo. Deveríamos ter pensado 
nisso milênios atrás, em 1900. 
Estragon: Chega. Ajude aqui a tirar esta 
porcaria. 
Vladimir: De mãos dadas, pular do alto da torre 
Eiffel, os primeiros da fila. Éramos gente 
distinta, naquele tempo. Agora é tarde demais. 
Não nos deixariam nem subir. (Estragon luta 
com a bota) O que você está fazendo?” 
(BECKETT, Samuel . Esperando Godot. São 
Paulo: Companhia das Letras, 2017. Trad. Fábio 
de Souza Andrade.) 
 
Indique qual tipo de narrador está categorizado 
no texto. 
Resposta 
Selecionada: 
 
Onisciência seletiva 
múltipla. 
Resposta Correta: 
Modo dramático. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. A 
apresentação das 
características, 
sentimentos e 
percepções das 
personagens, no 
trecho, se dá 
exclusivamente pelas 
falas e apresentações 
de cenário. De certa 
maneira, o modo 
dramático se 
aproxima muito das 
peças teatrais. 
 
 
Pergunta 5 
0,25 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir: 
“Uma voz chega a alguém no escuro. Imaginar. 
A alguém deitado de costas no escuro. Isso ele 
pode dizer pela pressão nas partes traseiras e 
pela mudança do escuro quando ele fecha os 
olhos e de novo quando os abre de novo. Só 
uma pequena parte do que é dito pode ser 
verificada. Como por exemplo quando ele ouve, 
Você está deitado de costas no escuro. Então 
ele deve reconhecer a verdade do que é dito. 
Mas de longe a maior parte do que é dito não 
pode ser verificada. Como por exemplo quando 
ouve, Você viu a luz primeiro em tal e tal dia. Às 
vezes os dois se combinam como por exemplo, 
Você viu a luz primeiro em tal e tal dia e agora 
está deitado de costas no escuro. Um 
expediente talvez da incontrovertibilidade de 
um para ganhar crédito para o outro. Aquela 
então é a proposição. A alguém deitado de 
costas no escuro uma voz conta de um passado. 
Com alusões ocasionais a um presente e mais 
raramente a um futuro como por exemplo, 
Você acabará como está agora. E num outro 
escuro ou no mesmo um outro imaginando 
tudo por companhia. Depressa deixa-lo. 
(...) Inventor da voz e do seu ouvinte e dei si 
mesmo.Inventor de si mesmo por companhia. 
Deixar assim. Ele fala de si mesmo como de um 
outro. Ele diz falando de si mesmo, Ele fala de si 
mesmo como de um outro. A si mesmo ele 
inventa também por companhia. Deixar assim. 
Confusão também é companhia até certo ponto 
Melhor esperança adiada que nenhuma. Até 
certo ponto Até o coração começar a 
desgostar-se. Companhia também até certo 
ponto. Melhor um coração desgostoso que 
nenhum. Até começar a partir-se. Então 
falando de si mesmo ele conclui por enquanto, 
Por enquanto deixar assim.” 
(BECKETT, Samuel. Companhia. In: BECKETT, 
Samuel. Companhia e outros textos. 
São Paulo: Globo, 2012. p. 27-64.) 
 
No conto Companhia, obra de Samuel Beckett, 
a interpretação do tipo de narrador é crucial 
para a apreensão de sentido. Pensando nisso, 
leia o trecho a seguir e assinale a alternativa 
correta em relação aos recursos formais 
utilizados pelo autor quanto ao modo de 
enunciação. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
O modo enunciativo 
predominante em 
Companhia é a cena, 
pois como visto no 
trecho em destaque, 
são descritos 
cenários e 
percepções a todo 
momento. 
Resposta Correta: 
 
O modo enunciativo 
predominante em 
Companhia é a cena, 
pois como visto no 
trecho em destaque, 
são descritos 
cenários e 
percepções a todo 
momento. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta correta. 
Observamos no 
trecho que em 
nenhum momento a 
voz do narrador 
resume o que está 
acontecendo - pelo 
contrário, todo o 
desenvolvimento da 
narrativa é muito 
elíptico, quase sem 
chegar a conclusão 
alguma sobre 
qualquer coisa. Logo, 
o modo 
predominante 
quanto à enunciação 
é o da cena. 
Também, quanto ao 
estilo, predomina o 
indireto livre, sendo 
a ferramenta que 
permite que, no 
texto, a voz do 
narrador e as 
percepções do 
“alguém” narrado 
sejam, em certo 
momento, 
indissociáveis. 
 
 
Pergunta 6 
0 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, do romance A Hora da 
Estrela, de Clarice Lispector. 
“Quem antes afiançar que essa moça não se 
conhece senão através de ir vivendo à toa. Se 
tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” 
Cairia estatelada em cheio no chão. É que 
“quem sou eu?” 
Provoca necessidade. E como satisfazer a 
necessidade? Quem se indaga é incompleto. 
A pessoa de quem vou falar é tão tola que às 
vezes sorri para os outros na rua. Ninguém lhe 
responde ao sorriso porque nem ao menos a 
olham. 
Voltando a mim: o que escreverei não pode ser 
absorvido por mentes que muito exijam e 
ávidas de requintes. Pois o que estarei dizendo 
será apenas nu. Embora tenha como pano de 
fundo – e agora mesmo – a penumbra 
atormentada que sempre há nos meus sonhos 
quando de noite atormentado durmo. Que não 
se esperem, então, estrelas no que se segue: 
nada cintilará, trata-se de matéria opaca e por 
sua própria natureza desprezível por todos. É 
que a esta história falta melodia cantabile. O 
seu ritmo é às vezes descompasso. E tem fatos. 
Apaixonei-me subitamente por fatos sem 
literatura – fatos são pedras duras e agir está 
me interessando mais do que pensar, de fatos 
não há como fugir. 
Pergunto-me se eu deveria caminhar à frente 
do tempo e esboçar logo um final. Acontece 
porém que eu mesmo ainda não sei bem como 
isto terminará. E também porque entendo que 
devo caminha passo a passo de acordo com um 
prazo determinado por horas: até um bicho lida 
com o tempo. E esta é também a minha mais 
primeira condição: a de caminhar 
paulatinamente apesar da impaciência que 
tenho em relação a essa moça.” 
(LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. São 
Paulo: Rocco, 1998.) 
 
Assinale a alternativa correta em relação ao 
modo de enunciação observado. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
O recurso do estilo 
indireto livre é 
amplamente 
utilizado na obra, 
pois como 
demonstrado no 
trecho, as reflexões 
da personagem 
nordestina e do 
narrador misturam-
se. 
Resposta Correta: 
 
A digressão é o modo 
enunciativo 
amplamente 
explorado nesta 
obra, assim como em 
outras de Clarice 
Lispector. No trecho 
em destaque, 
observa-se que as 
reflexões a respeito 
da construção de 
personagem 
desencadeiam 
reflexões sobre o ato 
da escrita e sobre o 
próprio narrador, e 
vice-versa. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. 
Conhecida pela 
ampla utilização de 
digressões, Clarice 
Lispector não 
poderia escrever sua 
última obra 
diferente. Na leitura 
de A Hora da Estrela, 
percebemos em 
diversos momentos a 
relação de 
espelhamento entre 
a personagem de 
quem o narrador 
conta a história (a 
nordestina Macabéa) 
e a personagem que 
cria para si próprio, 
de nome Rodrigo S. 
M. Isto torna-se 
possível na narração 
através do uso do 
modo digressivo, 
uma vez que as 
reflexões sobre um 
aspecto puxam 
reflexões sobre os 
demais aspectos, em 
um contínuo até o 
fim da história. 
 
 
Pergunta 7 
0 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o texto a seguir. 
O rugido do jaguar abala a floresta; mas o 
caçador também despreza o jaguar, que já 
cansou de vencer. 
Elle chama-se Jaguaré, o mais feroz jaguar da 
floresta; os outros fogem espavoridos quando 
de longe o pressentem. 
Não é esse o inimigo que procura, porém outro 
mais terrível para vencê-lo em combate de 
morte e ganhar nome de guerra. 
Jaguaré chegou à idade em que o mancebo 
troca a fama do caçador pela glória do 
guerreiro. 
Para ser aclamado guerreiro por sua nação é 
preciso que o jovem caçador conquiste esse 
título por uma grande façanha. 
Por isso deixou a taba dos seus, e a presença de 
Jandyra, a virgem formosa que lhe guarda o 
seio de esposa. 
Mas o sol três vezes guiou o passo rápido do 
caçador através das campinas, e três vezes 
como agora deitou-se além nas montanhas da 
Aratuba, sem mostrar-lhe um inimigo digno de 
seu valor. 
 
O romance Ubirajara, de José de Alencar, 
possui um subtítulo que diz “Lenda Tupy”. Lido 
o trecho apresentado, retirado do primeiro 
capítulo do livro, assinale a alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
No trecho, somos 
apresentados a 
Jaguaré, que logo 
percebemos como 
personagem 
principal da história 
pela exaltação de 
suas qualidades feita 
pelo narrador 
testemunha. 
Resposta Correta: 
 
Justamente, a 
utilização de um 
subtítulo como este, 
que diz “Lenda Tupy” 
indica uma busca por 
verossimilhança na 
obra por parte do 
autor, que pretende 
compor um mito a 
respeito da formação 
do estado do 
Tocantins. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. 
O subtítulo e o tipo 
de narrador 
escolhidos por José 
de Alencar nos 
apontam para uma 
tentativa de escrever 
uma história 
confiável, criar, de 
fato, um mito de 
formação. Pensando 
sobre isto, faz 
sentido, pensando 
nas características do 
narrador onisciente 
neutro, que o modo 
de elocução 
escolhida seja o da 
sumarização. 
 
Pergunta 8 
0 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, retirado do texto O 
Narrador, do crítico Walter Benjamin: 
“Por mais familiar que seja seu nome, o 
narrador não está de fato presente entre nós, 
em sua atualidade viva. Ele é algo de distante, e 
que se distancia ainda mais. Descrever um 
Leskov como narrador não significa trazê-lo 
mais perto de nós, e sim, pelo contrário, 
aumentar a distância que nos separa dele. 
Vistos de uma certa distância, os traços grandes 
e simples que caracterizam o narrador se 
destacam nele. Ou melhor, esses traços 
aparecem, como um rosto humano ou um 
corpo de animal aparecem num rochedo, para 
um observador localizado numa distância 
apropriada e num ângulo favorável. Uma 
experiência quase cotidiana nos impõe a 
existência dessa distância e desse ângulo de 
observação”. 
(BENJAMIM, Walter; BRASILIENSE, Editora (Ed.). 
Magia e técina, arte e política: O narrador. 
1936. Disponível em: 
<http://letrasorientais.fflch.usp.br/sites/letrasorientais
.fflch.usp.br/files/BENJAMIN, Walter_O narrador 
(._.).pdf>. Acesso em: 03 ago. 2019.) 
 
Considerando seus conhecimentos a respeito 
da tipologia de Norman Friedman, bem como 
os tipos de narrador e modos de elocução mais 
frequentes emcada um; os textos já vistos até 
aqui e o fragmento em destaque, assinale a 
alternativa correta. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
Um narrador 
onisciente intruso 
impele o leitor a uma 
distância maior em 
relação ao texto. 
Resposta Correta: 
 
O narrador 
observador ou 
câmera, da mesma 
forma em que 
distancia-se da 
narração, também 
produz um efeito 
estético de maior 
afastamento do 
leitor em relação ao 
texto, ao passo em 
que este acompanha 
a história deste 
ponto de vista: de 
observador das 
ações. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. 
Tomando por base o 
excerto de Walter 
Benjamin, se o 
narrador se coloca 
distante do leitor, 
assim também estará 
o leitor mais ou 
menos distante em 
relação à história a 
depender do tipo de 
narrador, já que o 
ponto de vista a 
partir do qual lemos 
uma história será 
também o ponto de 
vista do narrador. 
Assim, o narrador 
observador ou 
câmera, até pela 
ampla utilização da 
cena como modo de 
elocução em seu 
texto, tende a 
produzir um maior 
efeito de 
afastamento entre o 
leitor e o texto em 
questão, visto que o 
leitor neste caso 
localiza-se também 
como observador, 
afastado da história. 
Já o narrador 
onisciente intruso 
pode ou não afastar 
o leitor: ao mesmo 
tempo em que este 
tipo de narrador 
impele o leitor a 
acompanhar suas 
opiniões pessoais, a 
seguir uma 
interpretação 
enviesada dos fatos 
narrados, há 
momentos também 
em que pode afastar 
o leitor (ou tentar 
afastar) para fins 
estéticos, como 
ocorre em algumas 
obras de Machado 
de Assis, por 
exemplo em 
Memórias Póstumas 
de Brás Cubas: “A 
obra em si mesma é 
tudo: se te agradar, 
fino leitor, pago-me 
da tarefa; se te não 
agradar, pago-te com 
um piparote, e 
adeus.” (ASSIS, 
Machado de. 1881). 
 
 
Pergunta 9 
0 em 0,25 pontos 
 
 
Leia a seguir um fragmento do conto Colinas 
como elefantes brancos, de Ernest Hemingway. 
“‘Você faria uma coisa por mim?’ 
‘Faria qualquer coisa por você.’ 
‘Você pode parar de falar, por favor, por favor, 
por favor?’ 
Ele não disse nada mas olhou para as malas 
encostadas na mureta da estação. Tinham 
etiquetas de todos os hotéis em que haviam 
dormido. 
‘Mas eu não quero que você faça’, ele disse, ‘eu 
não me importo com nada.’ 
‘Eu vou gritar’, a moça disse. 
A mulher atravessou a cortina com dois copos 
de cerveja e os depositou sobre os apoios de 
feltro úmidos. ‘O trem chega em cinco 
minutos’, ela disse. 
‘O que ela disse?’, perguntou a moça. 
‘Que o trem chega em cinco minutos.’ 
A moça deu um sorriso radiante para a mulher, 
para agradecer. 
‘Acho melhor levar as malas para o outro lado 
da estação’, o homem disse. Ela sorriu para ele. 
‘Está bem. Depois volte e terminamos a 
cerveja.’ 
Ele pegou as duas malas pesadas e carregou-as 
pela estação até os trilhos do outro lado. 
Espreitou mas não conseguiu ver o trem. 
Voltando, entrou no salão do bar, onde as 
pessoas que esperavam o trem estavam 
bebendo. Bebeu um anis no balcão e olhou 
para as pessoas. Todas esperavam 
ordeiramente pelo trem. Atravessou a cortina 
de contas. Ela estava sentada à mesa e sorriu 
para ele. 
 ‘Está se sentindo melhor?’, ele perguntou. 
 ‘Estou bem’, ela disse. ‘Não tem nada de 
errado comigo. Estou bem.’” 
(HEMINGWAY, Ernest. Colinas como elefantes 
brancos. Tradução: Samuel Titan Jr.. Disponível 
em: 
<http://stoa.usp.br/gabrielamorandini/files/2130/1207
5/7+Colinas+como+Elefantes+Brancos+-
+Ernest+Hemingway+OK.pdf>. Acesso em: 03 ago. 
2019.) 
 
Assinale a alternativa que melhor corresponde 
ao tipo de narrador apresentado. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
Modo dramático. 
Resposta Correta: 
Câmera. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. 
Apesar da grande 
quantidade de 
diálogos, que 
poderiam nos levar a 
pensar no modo 
dramático como 
escolha para este 
texto, observamos a 
existência de uma 
descrição dos 
movimentos do 
homem, da mulher e 
das demais pessoas 
no mesmo ambiente 
(a estação de trem). 
A respeito desta 
descrição, 
observamos também 
uma busca por 
imparcialidade visto 
que não existem 
julgamentos ou 
valorações das 
atitudes de nenhum 
personagem. Este 
apagamento do 
narrador em um 
texto com tais 
características é 
típico do narrador 
câmera ou 
observador. 
 
 
Pergunta 10 
0 em 0,25 pontos 
 
 
Leia o trecho a seguir, retirado do livro Grande 
sertão: veredas, de Guimarães Rosa. 
“Ao ver, o menino mandou encostar; só 
descemos. – ‘Você não arreda daqui, fica 
tomando conta!’ – ele falou para o canoeiro, 
que seguiu de cumprir aquela autoridade, 
desde que amarrou a corrente num pau-
pombo. Aonde o menino queria ir? Sofismei, 
mas fui andando, fomos, na vargem, no meio 
avermelhado do capim-pubo. Sentamos, por 
fim, num lugar mais salientado, com pedras, 
rodeado por áspero bamburral. Sendo de 
permanecer assim, sem prazo, isto é, o quase 
calados, somente. Sempre os mosquitinhos era 
que arreliavam, o vulgar. – ‘Amigo, quer de 
comer? Está com fome?’ – ele me perguntou. E 
me deu a rapadura e o queijo. Ele mesmo, só 
tocou em miga. Estava pitando. Acabou de 
pitar, apanhava talos de capim-capivara, e 
mastigava; tinha gosto de milho-verde, é dele 
que a capivara come. Assim quando me veio 
vontade de urinar, e eu disse, ele determinou: – 
‘Há-te, vai ali atrás, longe de mim, isso faz…’ 
Mais não conversasse; e eu reparei, me 
acanhava, comparando como eram pobres as 
minhas roupas, junto das dele.” 
(ROSA, João Guimarães. Grande sertão: 
veredas. São Paulo: Nova Aguilar, 1994. 
Disponível em: <http://stoa.usp.br/carloshgn/files/-
1/20292/GrandeSertoVeredasGuimaresRosa.pdf>. 
Acesso em: 03 ago. 2019.) 
 
Assinale a alternativa que indica 
adequadamente o tipo de narrador que está 
sendo desenvolvido no romance. 
 
Resposta 
Selecionada: 
 
Narrador 
protagonista. 
Resposta Correta: 
 
“Eu” como 
testemunha. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta incorreta. A 
única mente de que 
temos acesso é a do 
narrador, não 
sabemos de nada a 
respeito do que se 
passa com o menino 
além do que nos é 
narrado. Entretanto, 
observa-se pelo uso 
do pronome oblíquo 
me e do tempo 
verbal conjugado na 
primeira pessoa que 
o narrador está 
falando de si mesmo, 
de uma posição 
acima do momento 
de sua história, como 
observador dos fatos 
que já sucederam. 
 
 
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