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Organizaçao do Estado

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COMEÇANDO DO ZERO 
DIREITO CONSTITUCIONAL
AULA 09:
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
ELEMENTOS DO ESTADO
Território – elemento físico do Estado, define a extensão da soberania estatal. Compreende a terra firme, mar territorial, plataforma continental, zona contígua, zona econômica exclusiva e espaço aéreo.
Povo – elemento humano do Estado. Segundo a doutrina constitucional, compreende os brasileiros natos e naturalizados, ainda que não se encontrem dentro do território brasileiro (vínculo jurídico). Difere dos conceitos de população, puramente quantitativo (aqueles que, independentemente do título, encontrarem-se em território brasileiro, sejam nacionais, estrangeiros ou, mesmo, apátridas), e de nação, de ordem antropológica (nação compreende uma comunidade unida por uma identidade cultural e por valores e aspirações comuns).
 
C) Governo – trata-se do elemento político do Estado, que pressupõe a existência de um poder soberano. Compreende o conjunto de órgãos pelos quais o Estado desempenha as funções necessárias à consecução de seus fins.
Dalmo Dallari também menciona finalidade como quarto elemento.
2. FORMAS DE ESTADO 
Por formas de Estado, entendemos a maneira como o poder se distribui, espacialmente, em cada Estado, indicando um maior ou menor grau concentração.
2.1. Do Estado unitário (simples)
Centralização do poder em um único centro (monismo de poder), responsável pela emanação de normas jurídicas, que terão abrangência nacional.
É possível, porém, a existência de algum grau de descentralização político-administrativa, sem que isso torne o Estado em uma Federação, instituindo-se províncias (Uruguai e China), departamentos (França). Nesse caso, não teremos Estados unitários puros, mas Estados unitários descentralizados administrativamente ou política e administrativamente. Em todo caso, só haverá uma instância legislativa nos Estados unitários.
 O Brasil já teve organização unitária no período imperial! A Federação apenas foi adotada na Constituição de 1891.
2.2. Da Federação
2.2.1. Histórico – originada nos Estados Unidos (1787), por agregação das antigas 13 colônias, anteriormente confederadas, para formação de um Estado soberano único.
2.2.2. Características
Descentralização política;
Repartição de competências  gera autonomia administrativa e legislativa aos entes federados, porém, a soberania pertence ao Estado Federal;
Constituição rígida como base jurídica com um órgão guardião;
Indissolubilidade (inexistência do direito de secessão sob pena de intervenção);
Existência de um órgão de representação dos Estados-membros (Senado);
Equilíbrio e inexistência de hierarquia entre os entes federados.
2.2.3. CLASSIFICAÇÃO DAS FEDERAÇÕES
A despeito de guardarem características comuns, as federações se apresentam, ao redor do mundo, com variadas configurações e com níveis de autonomia dos entes diferentes em cada Estado. Por isso, é conveniente agrupá-las segundo alguns critérios, dos quais, os mais aceitos pela doutrina são os seguintes:
a) Quanto ao processo de formação: federação por agregação (centrípeta ou por aglutinação), constituída a partir da união de entes outrora soberanos para constituir um Estado único (modelo americano, 1787) ou federação por desagregação (centrífuga ou por segregação), oriundo da repartição de poder de um Estado outrora unitário. O Brasil é uma federação centrífuga.
Federação e Confederação não são expressões sinônimas: a Federação é uma forma de Estado e proíbe a secessão de seus membros. Já a Confederação não dá origem a um novo Estado. Trata-se de uma relação entre Estados que se associam por acordo internacional, podendo denunciar o acordo, exercendo o direito de secessão. 
b) Quanto ao modo de distribuição de atribuições: 
federação dual (separação rígida de competências, sem colaboração entre os entes ou interpenetração de atribuições)
federação por cooperação (apesar da separação de competências, há algumas matérias nas quais os entes atuam conjuntamente – competências comuns e concorrentes). O Brasil é uma federação cooperativa.
c) Quanto à simetria ou homogeneidade de tratamento entre os entes: 
federação simétrica (equilíbrio na atribuição de competências e tratamento aos entes de mesmo grau) 
federação assimétrica (tratamentos jurídicos diferenciados a entes de mesmo grau, em razão de suas assimetrias fáticas). O federalismo brasileiro é simétrico.
d) Quanto aos níveis de descentralização:
Federação de 1º grau: apenas um nível de descentralização. Ademais da União, apenas os Estados. Ocorre em quase todas as federações do mundo.
Federação de 2º grau: exclusividade brasileira, prevê, além do ente central, dois níveis, sendo um regional (Estados) e um local (municípios), totalizando três eixos de poder (Federação tricotômica).
O Distrito Federal ocupa uma posição sui generis, pois não pode ser subdividido em municípios (art. 32 da CF), cabendo-lhe competências estaduais e distritais (art. 32, §1º).
Já os Territórios Federais não são entes da Federação, mas meras autarquias territoriais. Tanto que não possuem representação no Senado Federal (embora possam eleger 4 deputados, cada). 
2.2.4. Autonomia dos entes federados
Autonomia política (autogoverno): os entes possuem as suas próprias instituições políticas, com a presença dos três poderes em seus respectivos âmbitos (exceção dos municípios quanto ao Judiciário);
Auto-organização: capacidade de se estruturarem por meio das respectivas constituições e leis orgânicas.
Obs.: Os municípios se auto-organizam, por meio de leis orgânicas, entretanto, estas não gozam de status constitucional.
Autolegislação: todos os entes possuem competências legislativas próprias ou em conjunto com outros membros da Federação.
Obs.: Inexiste hierarquia entre as leis dos diversos entes.
Autoadministração: atribuição de competências materiais (executivas ou administrativas) aos diversos entes.
2.2.5. Limitações à autonomia dos entes federados (art. 19 da CF)
Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público (princípio da laicidade);
A União não possui soberania, mas mera autonomia. Apenas exerce, internacionalmente, a representação da República Federativa do Brasil.
Recusar fé aos documentos públicos (princípio da veracidade dos documentos públicos);
criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si (princípio da não-discriminação), exceto distinções previstas na própria Constituição da República (ex.: cargos privativos de brasileiros natos)
As vedações do artigo 19 da Constituição são consideradas princípios constitucionais estabelecidos.
JURISPRUDÊNCIA TEMÁTICA:
Laicidade do Estado
É constitucional, segundo a jurisprudência, a presença de símbolos religiosos em repartições públicas, por se tratar de aspectos intrínsecos à cultura nacional, sem que impliquem atentado à laicidade estatal.
Invocação à proteção de Deus no preâmbulo: não é norma de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais (por sequer se tratar de norma), mas não há inconstitucionalidade na referência a Deus pelas cargas magnas locais. (STF, ADI 2076/AC)
Não-discriminação
É inconstitucional a lei estadual que estabeleça como condição de acesso a licitação pública, para aquisição de bens ou serviços, que a empresa licitante tenha a fábrica ou sede no Estado-membro. [ADI 3.583, rel. min. Cezar Peluso, j. 21-2-2008, P, DJE de 14-3-2008.]
 
3. DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA
 
3.1. Repartição de competências
3.1.1. Princípio da preponderância do interesse – abrangência dos interesses envolvidos é determinante da titularidade da competência. Assim, cabem:
à União, os interesses nacionais (art. 22, ex.: política nacional de transportes; Direito Penal; normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares);aos municípios, os interesses locais (art. 30, I); e 
aos estados-membros, de forma residual (em regra), dispor sobre os interesses regionais (art. 25, §1º).
 
3.1.2. Técnica de repartição 
I – competências enumeradas para a União e remanescentes para os Estados (Brasil); 
II – competências são enumeradas para os Estados e remanescentes para a União (caso do Canadá); 
III – todas as atribuições são enumeradas tanto para os Estados quanto para a União (é o caso da Venezuela).
3.1.3. Classificação das competências 
Materiais (políticas ou administrativas) – são competências para a prestação de serviços, edição e execução de políticas públicas, entre outras atuações de índole político-administrativa, que não requerem a edição de leis.
Legislativas – delimitam as matérias de atribuição de cada ente para legislar.
3.2. DA UNIÃO
A União compreende o ente de abrangência territorial nacional, não devendo, porém, ser confundido com o Estado brasileiro. Este é o sujeito de Direito Internacional Público, detentor da soberania. Já a União integra o Estado brasileiro, desempenhando funções inerentes a este. Cabe, também, à União, a representação do Estado brasileiro.
 3.2.1. COMPETÊNCIAS DA UNIÃO
Materiais (políticas ou administrativas) 
 exclusivas (art. 21)  são exercidas unicamente pela União, de forma incomunicável com outros entes, na medida em que são indelegáveis.
comuns/paralelas (arts. 23, 179, 180, 215, 225), exercidas em conjunto com os demais entes (representam o federalismo de cooperação).
 
 
b) Legislativas 
privativas da União (art. 22 da CF)  são exercidas, isoladamente, pela União (modelo horizontal de distribuição de competências), gerando inconstitucionalidade formal (orgânica) de leis de outros entes que versarem sobre as matérias elencadas entre essas competências. Entretanto, diferentemente das competências exclusivas, são delegáveis aos Estados por meio de Lei Complementar, segundo o parágrafo único do art. 22.
A cooperação entre os entes, quanto às competências comuns, será disciplinada por leis complementares (art. 23, parágrafo único, da CF/1988)
Além da exigência de Lei Complementar, a delegação de competência deve atender a mais duas condições:
Limitar-se a temas específicos dentro da matéria;
Ser estendida, uniformemente, a todos os Estados e Distrito Federal.
concorrentes (art. 24)  exercidas conjuntamente com os Estados e Distrito Federal, que legislarão em caráter suplementar, adequando as normas gerais da União (§1º) às suas realidades locais (2º). Aqui, adota-se o modelo vertical de repartição de competências, instituindo-se um condomínio legislativo.
 
Nas matérias de competência concorrente, caso a União não edite normas gerais, os Estados/DF legislarão, com competência plena, em caráter supletivo, suprindo tais lacunas (art. 24, §3º, da Constituição Federal). 
Na superveniência de norma geral da União contrária às normas supletivas dos Estados/DF, estas ficarão com a eficácia suspensa. Por outro lado, se as normas gerais enfim editadas pela União não conflitarem com aquelas outrora produzidas, supletivamente, pelos entes menores, estas continuarão eficazes, convivendo com as normas da União.
JURISPRUDÊNCIA TEMÁTICA:
Enunciados da Súmula do STF
SÚMULA VINCULANTE 39: Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.
SÚMULA VINCULANTE 46: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.
 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
3.3. DOS ESTADOS-MEMBROS
3.3.1. COMPETÊNCIA RESIDUAL OU REMANESCENTE
Os Estados-membros correspondem ao primeiro nível de descentralização político-administrativa da Federação Brasileira. Compete-lhe atuar nos assuntos de interesse regional, entretanto, a exata definição desse nível de interesse não foi detalhado pelo constituinte, que preferiu adotar, para a maior parte da esfera de atuação estadual, um critério residual em relação aos Municípios e União.
3.3.2. COMPETÊNCIAS RESERVADAS  a despeito da regra da competência residual, o constituinte reservou, expressamente, algumas matérias para lida pelos Estados-membros:
exploração de gás canalizado (art. 25, §2º);
instituição, por meio de Lei Complementar, de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões (art. 25, §3º);
legislar sobre o procedimento de criação de distritos por seus municípios (art. 30, IV).
JURISPRUDÊNCIA TEMÁTICA:
Enunciados da Súmula do STF
SÚMULA VINCULANTE 2: É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
Precedentes relevantes (STF)
Inconstitucionalidade de lei estadual que regule a profissão de despachante  competência privativa da União legislar em matéria trabalhista (ADI 4.387)
Inconstitucionalidade de lei estadual que estabeleça prioridade de tramitação para processos que versem sobre violência doméstica  competência privativa da União legislar em matéria processual (ADI 3.483)
Inconstitucionalidade de lei estadual que regule a profissão de despachante  competência privativa da União legislar em matéria trabalhista (ADI 4.387)
Inconstitucionalidade de lei estadual que estabeleça prioridade de tramitação para processos que versem sobre violência doméstica  competência privativa da União legislar em matéria processual (ADI 3.483)
Inconstitucionalidade de lei estadual que regule prazo máximo para autorização de exames por planos de saúde  competência privativa da União para legislar em Direito Civil e em matéria de seguros (ADI 4.701/PE)
Inconstitucionalidade de leis estaduais que prevejam parcelamento e cancelamento de multas de trânsito  competência privativa da União para legislar sobre trânsito. (ADI 3.708/MT)
Inconstitucionalidade de lei estadual que disponha sobre defesa de direitos indígenas  competência privativa da União (ADI 1.499)
Inconstitucionalidade de lei estadual/municipal que estabeleça gratuidade de estacionamento em estabelecimentos privados (shoppings, supermercados etc.)  competência privativa da União legislar sobre Direito Civil (ADI 3.710/GO)
Inconstitucionalidade de lei estadual/distrital que estabeleça penalidade para condutores flagrados em estado de embriaguez  competência privativa da União em matéria de trânsito (ADI 3.269)
Constitucionalidade de lei estadual que defina quantidade máxima de alunos por sala de aula  competência concorrente em matéria de educação (ADI 4.060/SC)
Constitucionalidade de lei estadual que regule procedimento para homologação de acordo de alimentos firmado pela Defensoria Pública  competência concorrente para legislar sobre procedimentos em matéria processual(ADI 2.922/RJ)
Inconstitucionalidade de Lei estadual que disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em presídio  invade a competência da União para legislar sobre telecomunicações (ADI 3835/MS)
Por outro lado, o STF considerou constitucional, por se tratar de proteção ao consumidor, lei do RJ que dispensava do prazo de carência o cliente de operadora de telefonia por perda de emprego (ADI 4.908)
Inconstitucionalidade de lei local que impeça cobrança de tarifa de assinatura básica de telefonia competência privativa da União (ADI 4.369)
Inconstitucionalidade de lei local que restrinja comercialização, estocagem e trânsito de produtos agrícolas importados no Estado, ainda que por preservação da saúde dos habitantes  A matéria é predominantemente de comércio exterior e interestadual, sendo, portanto, de competência privativa da União (ADI 3.813)
Inconstitucionalidade de lei estadual que disponha sobre depósito recursal como requisito de admissibilidade de recursos nos Juizados Especiais. (ADI 4.161)
3.4. DOS MUNICÍPIOS
3.4.1. Auto-organização  os municípios se auto-organizam, porém, o instrumento para essa atuação, a Lei Orgânica Municipal, não possui status constitucional.
 Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição; (...)  A RESPEITO DESTES 3 INCISOS, ATENTAR PARA A PEC 18/2020
3.4.2. COMPETÊNCIAS MUNICIPAIS
Além da União, os Municípios também possuem competências reservadas, previstas no art. 30 da Constituição.
 Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; (...)
JURISPRUDÊNCIA TEMÁTICA:
SÚMULA VINCULANTE Nº 38: É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. Não se aplica a bancos!
SÚMULA VINCULANTE Nº 49: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
SÚMULA Nº 19 DO STJ: A fixação do horario bancario, para atendimento ao publico, e da competencia da união.
Constitucionalidade de lei municipal que impeça realização de eventos patrocinados por distribuidoras de bebidas alcoólicas ou cigarros em imóveis do município  não há ofensa à competência privativa da União em matéria de propaganda, por se tratar de lei de interesse local, atinente ao uso de imóveis pertencentes à edilidade (RE 305470/SP)
JURISPRUDÊNCIA TEMÁTICA:
Municípios não possuem competências concorrentes, porém, podem suplementar as leis nacionais/estaduais em questões de interesse local , a exemplo de proteção ambiental (STF, RE 729726 AgR/SP)
3.4.3. DA FISCALIZAÇÃO DAS CONTAS DOS MUNICÍPIOS
a) Disponibilização das contas para análise (art. 31, §3º)
As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
b) Níveis de controle (art. 31, caput e §§1º e 2º)
Controle interno: pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal.
Tribunal de Contas do Município x Tribunal da Contas dos Municípios: 
Os tribunais ou conselhos de contas dos municípios são órgãos estaduais, que atuam fiscalizando e as contas de todos os municípios do Estado-membro. Estes podem ser criados ou extintos normalmente (na hipótese de extinção, suas competências migrarão para o Tribunal de Contas do Estado). 
Já os tribunais, conselhos ou órgãos de contas municipais integram a Administração municipal e não podem mais ser criados, apesar de a Constituição haver mantido os já existentes, a exemplo do TCM do Rio de Janeiro.
Controle externo: a cargo do Legislativo municipal, com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver
Tribunal de Contas do Município (onde houver) > Tribunal/Conselho de Contas dos Municípios (onde houver, à falta do anterior) > Tribunal de Contas do Estado (à falta dos demais).
c) Competência para o julgamento das contas públicas nos municípios
Contas do Prefeito: são julgadas pela Câmara Municipal, após parecer do órgão de contas competente, que só poderá ser superado por voto de 2/3 dos vereadores.
Demais agentes: pelo órgão de contas competente (Tribunal de Constas do Estado ou do Município; Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios), conforme a ordem de prevalência a seguir:
CRIAÇÃO DE ESTADOS E DE MUNICÍPIOS
	CRIAÇÃO DE ESTADOS	CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
	Art. 18, §3º, da CF/1988
CONSULTA PRÉVIA, VIA PLEBISCITO, À POPULAÇÃO DIRETAMENTE INTERESSADA*;
LEI COMPLEMENTAR FEDERAL.
Para o STF, a expressão “população diretamente interessada” constante do § 3º do art. 18 da CF deve ser entendida como a população tanto da área desmembrada do Estado-membro como a da área remanescente (ADI 2650/DF, rel. Min. Dias Toffoli, 24.8.2011)
	Art. 18, §4º, da CF/1988
ESTUDO DE VIABILIDADE MUNICIPAL;
CONSULTA PRÉVIA, VIA PLEBISCITO, ÀS POPULAÇÕES ENVOLVIDAS*;
LEI ESTADUAL;
OBEDIÊNCIA AO PRAZO ESTIPULADO EM LC FEDERAL*
- Essa LC jamais existiu. Para o STF, essa norma é de eficácia limitada, logo, é inconstitucional a criação de municípios.
- A EC 57/2008 convalidou os municípios criados até 31/12/2006.
 Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar.
3.5. DO DISTRITO FEDERAL (ART. 32)
3.5.1. Natureza: é um ente da federação, conforme o art. 1º da Constituição, mas possui uma posição peculiar em relação aos demais, pois, diferentemente dos Estados-membros (art. 32, caput), não pode se subdividir em municípios. 
3.5.2. Competências: acumula competências estaduais e municipais (art. 32, §1º).
3.5.3. Autonomia parcialmente tutelada pela União: o Distrito Federal possui um grau de autonomia inferior ao dos demais entes federados, pois algumas das competências estaduais, que, por extensão, deveriam ser estendidas ao DF, são exercidas pela União.
São competências da União, tutelando a autonomia do DF, por exemplo:
* Organizar e manter o Judiciário (TJDFT), o Ministério Público (MPDFT), a Polícia Civil, a Polícia Militar, a Polícia Penal e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
* Legislar sobre organização judiciária do DF e do MPDFT.
JURISPRUDÊNCIA TEMÁTICA
SÚMULA VINCULANTE Nº 39: Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.
3.5.4. Auto-organização
Conforme o art. 32, caput, da Constituição Federal, o Distrito Federal se auto-organiza,tendo como referência a Lei Orgânica Distrital. 
A Lei Orgânica do DF possui uma posição peculiar: como nela estarão compreendidas matérias de competência estadual e municipal, apenas as primeiras terão status constitucional.
3.6. Territórios
a) Natureza: não são entes da Federação, mas meras autarquias territoriais, pertencentes à União (art. 18, §2º, da CF).
b) Criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem: serão reguladas em lei complementar (art. 18, §2º).
c) Divisão em municípios: é possível, conforme o art. 33, §1º, da CF.
d) Julgamento das contas do governo do Território: compete ao Congresso Nacional, após parecer prévio do TCU (art. 33, §2º, da CF)
e) Judiciário e funções essenciais à justiça nos territórios: nos territórios com mais de 100 mil habitantes, vinculados à União, Judiciário (1ª e 2ª instâncias), Ministério Público e Defensoria Pública. 
f) Representação parlamentar:
Os territórios federais poderão eleger 04 (quatro deputados federais).
Já senadores não poderão ser eleitos pelos territórios, pois estes não integram a Federação como entes políticos.
INTERVENÇÃO
 
INTERVENÇÃO
Histórico – no Brasil, foi prevista, primeiramente, na Constituição de 1934;	
Finalidade – manutenção do pacto federativo (mecanismo de estabilização constitucional);
Princípios norteadores: I – princípio da não intervenção (a intervenção será excepcionalíssima); II – princípio da necessidade; III – princípio da temporariedade; IV – princípio da proporcionalidade.
Abrangência: intervenção federal (nos Estados e nos Municípios situados em Territórios Federais) e intervenção estadual (apenas nos Municípios localizados nos respectivos territórios).
Modalidades:
Espontânea – Independe de provocação, podendo ser executada, de ofício, pelo Presidente da República. Requer, porém, ouvida prévia do Conselho da República (art. 90, I) e do Conselho de Defesa Nacional (art. 91, §1º, II).
 Após a decretação, o Presidente submete o Decreto ao Congresso em 24h!
 
Hipóteses de decretação da intervenção FEDERAL espontânea:
manter a integridade nacional;
repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
	a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos 	consecutivos, salvo motivo de força maior;
	b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta 	Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;
Hipóteses de intervenção ESTADUAL e FEDERAL espontânea em municípios:
se deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
2. Intervenção provocada (coata) – Depende de provocação externa, seja por solicitação ou requisição.
Hipóteses de intervenção FEDERAL provocada:
Por solicitação dos Poderes Executivo e Legislativo das Unidades da Federação, a fim de lhes garantir o livre exercício;
 
Por requisição do STF se a coação for empregada contra o Judiciário dos entes;
Por requisição do STF, TSE ou STJ, no caso de desobediência a ordem ou decisão judicial;
Por provimento, pelo STF, de ADI Interventiva, por proposta do Procurador-Geral da República, nos casos de recusa à execução de lei federal ou para assegurar observância aos princípios constitucionais sensíveis: forma republicana, sistema representativo e regime democrático; direitos da pessoa humana; autonomia municipal; prestação de contas da administração pública, direta e indireta; aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Hipótese de intervenção ESTADUAL provocada em MUNICÍPIOS:
o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
3. Procedimento
3.1. Ouvida dos Conselho da República e da Defesa Nacional (sem caráter vinculante);
3.2. Decreto Interventivo – ato indelegável do Presidente da República, no plano federal, e do Governador, no âmbito estadual.
3.2.1. Prazo – não há prazo fixo, porém, deve ser determinado no decreto (art. 36, §4º.
3.2.2. Pressupostos materiais – hipóteses dos arts. 34 (Federal) e 35 (Estadual)
3.2.3. Pressupostos formais – amplitude, prazo e as condições de execução e, se couber, nomeará o interventor. 
3.2.4. Submissão ao Congresso Nacional ou Assembleia Legislativa, para aprovação, no prazo de 24h
4. ADI Interventiva
4.1. Natureza jurídica – ação de controle concentrado de constitucionalidade, porém, inserido num caso concreto. Visa a pôr termo a um conflito federativo.
4.2. Legitimidade – exclusiva do Procurador-Geral da República.
4.3. Fundamento – violação a algum dos princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII, da Constituição) ou recusa à execução de lei federal.
4.4. Efeitos – a princípio, o Presidente da República, por determinação do STF, suspenderá o ato impugnado, sendo desnecessária a aprovação do Congresso Nacional. Se não for bastante para restabelecer a normalidade, o Presidente decretará a intervenção, aí, sim, submetendo o decreto ao Parlamento.
 
QUESTÕES – ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO
 
1. (CESPE – DPE/AC – Defensor Público/2017) Assinale a opção correta
É concorrente da União e do estado do Acre a competência para legislar sobre
a) propaganda comercial local.
b) desapropriação de área compreendida no território estadual.
c) organização da DP do estado. 
d) trânsito e transporte, nos limites do estado.
e) serviço postal estadual.
 
2. (CESPE – DPU/2017 – Defensor Público Federal) Julgue o item a seguir
Os estados e os municípios podem legislar sobre responsabilidade por dano ao meio ambiente.
( ) CERTA ( ) ERRADA
3. (CESPE – AGU/2015 – Advogado da União) Julgue os itens a seguir
Entre as características do Estado federal, inclui-se a possibilidade de formação de novos estados-membros e de modificação dos já existentes conforme as regras estabelecidas na CF.
( ) CERTA ( ) ERRADA
4. Seria constitucional norma instituída por lei estadual exigindo depósito recursal como pressuposto para sua interposição no âmbito dos juizados especiais cíveis do estado, uma vez que esse tema está inserido entre as competências legislativas dos estados-membros acerca de procedimento em matéria processual.
( ) CERTA ( ) ERRADA
 
5. (CESPE – TJPR/2017 – Juiz Substituto) Assinale a opção correta:
a) Não violará a competência privativa da União para legislar sobre propaganda a aprovação, por câmara municipal, de lei que proíba a realização de eventos patrocinados por distribuidoras de bebidas alcoólicas ou cigarros em imóveis do município. 
b) Segundo o STF, embora seja da União a competência legislativa pertinente aos serviços de telecomunicações e energia elétrica, não será inconstitucional lei estadual que impeça a cobrança da tarifa de assinatura básica pelas prestadoras do serviço.
c) Tornar-se-á dispensável o parecer do tribunal de contas do estado na apreciação das contas anuais prestadas pelos prefeitos que não for oferecido no prazo de cento e oitenta dias.
d) Por tratar de segurança pública, norma estadual que discipline bloqueadores de sinal para telefones celulares em zonas de presídios não invadirá competência legislativa da União sobre telecomunicações. 
 
6. (CESPE – TRF1/2015 – Juiz Federal) Assinale a opção correta.
a) Cabe, em todos os casos, ao presidente da República a iniciativa de decretação de intervenção federal nos estados e no DF, competindo-lhe, ainda, formalizá-la mediante decreto.
b) A intervenção nos municípios cabe somente aos estados-membros, salvo emmunicípios localizados nos territórios federais, caso em que a concretização da intervenção compete ao Senado Federal.
c) A fiscalização do município compete à assembleia legislativa do respectivo estado, mediante controle externo, com o auxílio dos tribunais de contas dos estados ou do município ou dos conselhos ou tribunais de contas dos municípios, onde houver.
d) O poder de instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, é dos estados, que devem editar lei complementar para fazê-lo.
e) É dos estados a competência para instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos.
 7. (FCC – DPE-PR/2017 – Defensor Público) Ao dispor sobre a Organização Político-Administrativa do Estado, a Constituição Federal reservou determinadas competências materiais e legislativas à União, aos Estados Membros, ao Distrito Federal e aos Municípios. A respeito das competências, é correto afirmar:
a) é competência privativa dos Estados fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar. 
b) os Municípios podem explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei.
c) compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre procedimentos em matéria processual,, 
d) é competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios legislar sobre serviço postal.
e) em se tratando de competência legislativa concorrente, a União poderá estabelecer normas gerais e específicas.
 
D) incorreta em relação a Joana, pois os servidores do Poder Judiciário não podem filiar-se a sindicato, e correta quanto ao sindicato, desde que haja determinação judicial;
E) incorreta em relação a Joana, que somente pode ser obrigada a exercer cargo de direção no sindicato, não a sindicalizar-se, e correta quanto ao sindicato, que defende a categoria.
 
8. (FCC – DPE-RS/2017 – Analista Processual) Será incompatível com a Constituição Federal a lei 
a) complementar estadual que institua região metropolitana, consistente no agrupamento de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. 
b) complementar federal que autorize os Estados a legislarem sobre questões específicas em matéria de direito do trabalho. 
c) municipal que autorize a exploração direta ou mediante concessão de serviços locais de gás canalizado. 
d) estadual que disponha sobre a criação, organização e supressão de distritos no âmbito dos Municípios. 
e) Municipal, de iniciativa da Câmara Municipal, que fixe os subsídios de Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários municipais
 
9. (FCC – DPE-RS/2017 – Analista Processual) Lei municipal que, na defesa dos interesses do consumidor, fixe o horário de funcionamento de estabelecimentos que comercializem medicamentos será 
a) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a competência legislativa suplementar do Estado, para atender a suas peculiaridades, em matéria de defesa do consumidor, estando sujeita a reclamação perante o Supremo Tribunal Federal. 
b) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a competência legislativa concorrente atribuída à União e aos Estados para legislar sobre produção e consumo, estando sujeita a ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
c) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a competência privativa da União para legislar sobre direito civil, estando sujeita a reclamação perante o Supremo Tribunal Federal. 
d) incompatível com a Constituição Federal, na medida em que ofende a competência do Congresso Nacional para legislar sobre direito do consumidor, estando sujeita a ação direta de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
e) compatível com a Constituição Federal, por se tratar de exercício regular de competência do Município para legislar sobre assuntos de interesse local.
 
10. (FCC – PC-AP/2017 – Agente de Polícia) A Constituição Federal, ao tratar das competências legislativas dos entes federativos, atribui aos Estados a competência para 
a) suplementar as normas gerais da União sobre procedimentos em matéria processual, cabendo-lhes, na hipótese de não haver normas gerais da União, exercer a competência legislativa plena para atender a suas peculiaridades. 
b) editar normas específicas sobre direito processual, independentemente de delegação da União, desde que não contrariem as normas gerais editadas pela União nessa matéria. 
c) legislar, privativamente, em matéria de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
d) editar normas específicas sobre emigração e imigração no território do Estado, independentemente de delegação da União, desde que não contrariem a legislação federal nessa matéria. 
e) legislar sobre desapropriação, na hipótese não haver lei federal dispondo sobre a matéria, sendo que a superveniência da lei federal suspende a eficácia da lei estadual naquilo que lhe for contrário.
 
11. (FCC – TRE-PR/2017 – Analista Judiciário) Considera-se compatível com a Constituição Federal, por não implicar ofensa a competência material ou legislativa da União, a lei estadual que 
a) disciplina a destinação de armas de fogo apreendidas pelas Polícias Civil e Militar do Estado. 
b) determina a observância de prazos máximos, pelos planos de saúde, para a autorização da realização de exames, de acordo com a faixa etária dos usuários. 
c) condiciona a suspensão do fornecimento de energia elétrica, por falta de pagamento, à comunicação prévia ao usuário pela empresa prestadora do serviço público. 
d) estabelece a obrigatoriedade de as empresas de telefonia instalarem equipamentos bloqueadores de sinal celular nas unidades prisionais do Estado. 
e) concede anistia a servidores públicos do Estado pela prática de infrações administrativas disciplinares.
 
12. (FCC – DPE-ES/2016 – Defensor Público) Legislar sobre Direito do Trabalho; assistência jurídica e defensoria pública; e procedimentos em matéria processual, compete,
a) privativamente à União.
b) privativamente à União; concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal e concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal, respectivamente.
c) concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal.
d) privativamente à União; privativamente à União e concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal, respectivamente.
e) concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal, concorrentemente à União, aos Estados e ao Distrito Federal e privativamente à União; respectivamente.
 
GABARITO:
C 9. E
CERTA 10. A
CERTA 11. E
ERRADA 12. B 
A 
D 
C
C

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