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Atividade 1
O Conselho Federal de Psicologia define os Centros de Atenção Psicossocial para Álcool e outras Drogas (CAPS-AD), estabelecido pela Portaria do Ministério da Saúde nº 336, de 19 de fevereiro de 2002, como um equipamento de cuidado, articulado em rede, voltado para “[...] pacientes com transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas” (CFP, 2019).
Referência:CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CFP). Referências técnicas para atuação de psicólogas(os) em políticas públicas de álcool e outras drogas. 2. ed. Brasília: CFP, 2019. 
Com base no que você conhece sobre esse serviço e sobre a abordagem da Psicologia perante situações que envolvam uso de substâncias psicoativas, discorra sobre uma possibilidade de atuação nesse contexto.
Segundo as Referências Técnicas para atuação de psicólogas(os) em Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas (CFP, 2019), a abordagem da Psicologia diante das situações que envolvam o uso de substâncias psicoativas, não deve se resumir a julgamentos contrários ou a favor do uso de tais substâncias, mas avaliar e fazer as intervenções de acordo com os cientificamente construídos e eticamente embasados.
Dessa maneira, o(a) psicólogo(a) deve analisar criticamente e contextualizada históricosocialmente o uso de drogas. A prioridade do atendimento deve ser o acolhimento, e somente depois fazer o diagnóstico que deverá ter a garantia de uma continuidade de atuação para que o paciente seja beneficiado. Assim, o profissional da Psicologia não deve ter um olhar estigmatizante para o usuário de drogas, visto que isso poderia atrapalhar a condução da recepção e da condução do tratamento desses pacientes.
As políticas públicas de saúde ainda são os principais acessos para o cuidado de usuários de drogas no Brasil. Dessa forma, os serviços que se baseiam na vertente de um atendimento mais humanizado são os CAPSad e os Consultórios na Rua (CnaR), pois visam a estratégias de redução de danos como forma de cuidado. 
De acordo com o Conselho Federal de Psicologia (2019), a atuação com usuários de drogas é desenvolvida em uma rede de atenção psicossocial que deve buscar garantir a integralidade do cuidado. Desse modo, mesmo que o foco seja no fenômeno da drogadição, não é possível desvincular esse comportamento de um contexto de saúde geral, o que demanda trabalho multiprofissional, interdisciplinar e em rede. (In: JACINTO, Pablo Mateus dos Santos. Temas contemporâneos em psicologia atuação junto às pessoas com deficiência (PCD) e trabalho voltado à temática da drogadição e medicalização.)
No mais, principalmente quando inserido nas políticas públicas direcionadas à atenção a esses sujeitos, a(o) psicóloga(o) deve realizar algumas atividades, tais como: atividades individuais e grupais com base na lógica da clínica ampliada; realização de oficinas terapêuticas; visitas e atendimentos domiciliares e às famílias; atividades de fortalecimento comunitário. Também deve é importante que haja, atendimentos de desintoxicação; abordagem na rua orientada pela estratégia de redução de danos, inserção do usuário na rede socioassistencial. essas atividades devem ser dirigidas pelos princípios dos Direitos Humanos e serem baseadas nos compromissos éticos da Psicologia (CFP, 2019). Levando em consideração que o uso de drogas pode ser um risco considerável para outros comportamentos, é indispensável que, além do atendimento psicológico, haja a atuação em conjunto de uma equipe multiprofissional que abranja diferentes linhas de cuidado visando uma integralidade.