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FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA FUNDAMENTAL (BMF 310) – 2020/2
ESTUDO DIRIGIDO 1 – Absorção, vias de administração e distribuição de fármacos.
Nome: Anna Carolina Couto Fogaça DRE: 117301727
Professor: Carlos Alberto Manssour Fraga
1) O transporte através das membranas biológicas envolvidos na absorção de fármacos, precisa de uma travessia que pode ocorrer a favor de um gradiente de concentração, como por exemplo: no transporte paracelular e difusão simples,contra um gradiente de concentração eletroquímico, que é um transporte mediado por proteínas carreadoras; e também por meio de transporte especializado, por endocitose.
O transporte paracelular serve para administração de fármacos hidorssolúveis, íons e produtos de baixa massa molecular. Ex: Atenolol
Na difusão simples é utilizado fármaco que se difunde pela membrana biológica a favor de um gradiente de concentração pela sua solubilidade na camada lipídica, que inclusive, é o transporte usado na maioria dos fármacos. Ex: Rifampina
O transporte mediado por proteínas carreadoras é utilizado por fármacos grandes e polares, ou seja, hidrofílicos que pode exigir entrada de energia ( transporte ativo) ou não precisar ( difusão facilitada). Ex: Etinilestradiol
E o transporte por endocitose, utiliza-se fármacos que ligam-se a receptores de supefície celular que provoca a formação de vesículas que englobam o fármaco. Ex: Insulina
2) Vias de administração e suas barreiras de absorção no que afeta sua biodisponibilidade dos fármacos:
Transdérmica: A biodisponibilidade do fármaco nessa via de administração no quesito de absorção vai ser lenta e prolongada. É ideal para fármacos lipofílicos que tem baixa biodisponibilidade oral e também é ideal para fármacos que são eliminados rapidamente no organismo.
DESVANTAGEM: Pode causar atraso no acesso ao local de ação farmacológica.
Intravenosa Intraarterial: A absorção não é via de regra necessária, pois é adequada para substâncias e misturas complexas, ideal para fármacos protéicos de alta massa molecular e peptídeos e permite a titulação da dosagem
DESVANTAGEM: São necessárias técnicas de assepsia estritas
Subcutânea Intramuscular: Dependendo do diluente do fármaco, em meio aquoso é imediata e preparo em depósito a liberação é lenta e prolongada. Adequada se o volume é moderado para algumas suspensões pouco solúveis.
DESVANTAGEM: Dor e necrose se o fármaco for irritante.
Sublingual inalatória: sua biodisponibilidade tem absorção sistêmica direta e rápida, porém a maioria dos fármacos tem essa absorção incompleta e erradica.
DESVANTAGEM: Principal via de adictos, ou seja, o fármaco pode acessar rapidamente o cérebro.
Retal: Seu padrão de absorção é errática e variável, como 50% da drenagem da região retal não passa pela circulação portal, a biotransformação dos fármacos pelo fígado é minimizada com o uso desta via. A vantagem adicional da via retal é evitar a destruição do fármaco no ambiente GI.
DESVANTAGEM: O fármaco pode irritar a mucosa retal, e também não é uma via bem aceita.
Oral: O padrão de absorção é variado, os fármacos orais são facilmente autoadministrados, e a toxicidade e/ou a dosagem excessiva podem ser neutralizadas com antídotos como o carvão ativado. Porém, as vias envolvidas na absorção oral são as mais complicadas, e o baixo pH do estômago inativa alguns fármacos. Uma ampla variedade de preparações orais é disponibilizada, incluindo preparações revestidas (entéricas) e de liberação prolongada.
DESVANTAGEM: Os fármacos podem ser biotransformados antes de serem absorvidos sistemicamente.
3) Se a curva de absorção fosse acelerada, a substância no sítio de absorção aumentaria bastante seu percentual na primeira hora, diminuiria um pouco pela substância absorvida no organismo, mas depois aumentaria de novo a curva por ela ser metabolizada.
Se a curva de absorção fosse lentificada, a substância no sítio de absorção aumentaria exponencialmente seu percentual de dosagem na primeira hora, diminuiria pela substância absorvida no organismo, e gradativamente continuaria a diminuir quando essa substância fosse excretada.
4) Uma substância ácida teoricamente é melhor absorvida em um ambiente ácido, pois ela estaria em sua forma não dissociada, aumentando seu caráter lipofílico. Mas a imagem B ilustrada mostra que o ácido acetilsalicílico foi mais bem absorvido no intestino com o pH 5,5 ao invés do estômago que tem o pH 1-3. Em teoria isso é contraditório, mas na prática, a absorção ocorre em maior parte do tempo no intestino devido as suas vilosidades, chegando a ter uma área de superfície de até 100x maior do que o estômago, e isso acaba sendo um fator determinante o suficiente para que a absorção ocorra preferencialmente no intestino.
5) a. Os fármacos lipofílicos se movem mais facilmente através das membranas biológicas. Esses fármacos se dissolvem nas membranas lipídicas e permeiam toda a superfície celular. O principal fator que influencia a distribuição do fármaco lipofílico é o fluxo de sangue para aquela área. Em contraste, os fármacos hidrofílicos não penetram facilmente nas membranas celulares e devem passar através de junções com fendas. . Fármacos lipossolúveis atravessam facilmente a barreira hematencefálica porque podem se dissolver facilmente na membrana das células endoteliais. Fármacos ionizados ou polares em geral fracassam ao tentar vencer a barreira hematencefálica, pois são incapazes de atravessar as células endoteliais, que não apresentam junção com fendas.
b. A via administrada pelo fármaco amina quaternário, como no exemplo da questão, a d-tubocurarina, é intramuscular, usada como um relaxante muscular adespolarizante, e a excreção biliar dela depende da lipossolubilidade do fármaco e de um sistema específico de transporte ativo. Parte da d-tubocurarina é ligada as plasma e o restante fica livre, diminuindo o pH se obtem menor ligação á proteína e aumenta a quantidade de substâncias livres. Porém ela deve ser evitada por causa da liberação de histamina. 
6) Comprimido sólido – VANTAGEM: Precisão da dose; Estabilidade química, física e microbiológica. 
DESVANTAGEM: Compressibilidade dos pós.
Comprimidos revestidos/Cápsulas – VANTAGEM: Proteção da mucosa gástrica,mascarar características organolépticas desagradáveis 
DESVANTAGEM: Cuidados na administração
Suspensão – VANTAGEM: Melhor estabilidade do fármaco ( sal solúvel x forma livre), forma farmacêutica líquida de fácil deglutição. 
DESVANTAGEM: Sistema instável pois sofre sedimentação
Solução – VANTAGEM: Rapidez de absorção no trato gastrointestinal, facilidade de deglutição, homogeneidade na dose e flexibilidade de doses
DESVANTAGEM: Apresentam menor estabilidade físico-química e microbiológica do que a forma sólida, dificuldade de acondicionamento e transporte.
7) Na criança a maior taxa de água total em relação ao peso reflete em uma menor fração lipofílica do fármaco no tecido adiposo, que, por sua vez, reflete diretamente na absorção do fármaco, visto que a água terá maior capacidade de solvatar o fármaco, tendo então uma menor absorção. A capacidade de metabolismo hepático do fármaco está relacionada a maior capacidade ao fármaco estar disponível na sua forma ionizada, porém essa forma ionizada, que é mais hidrossolúvel, só deveria acontecer após a metabolização hepática, onde o fármaco deixaria de ser não ionizado, consequentemente mais lipossolúvel e passaria a ser mais ionizado, consequentemente mais hidrossolúvel. Como esse já é o perfil do fármaco devido a grande quantidade de água disponível, o metabolismo se torna não tão eficiente. Além disso, por haver uma baixa absorção, a quantidade de fármaco disponível para ser metabolizada também é baixa. A capacidade de eliminação renal do fármaco será alta, visto que a maior parte do mesmo já está na sua forma mais hidrossolúvel. No adulto há um equilíbrio entre todos os fatores analisados. A quantidade de água no organismo flete em na fração lipofílica do fármaco em uma quantidade, tendo um melhor equilíbrio entre a hidrossolubilidade necessáriapara a liberação do fármaco e a lipofilicidade necessária para que o fármaco consiga permear a biomembrana e ser absorvido. A capacidade de metabolismo hepático do fármaco também acontece de maneira normal, já que o fármaco se encontra na sua forma lipossolúvel, podendo assim passar pelas fases de oxidação e conjugação da metabolização. Como consequência final desse quadro teremos uma boa capacidade de eliminação renal do fármaco, visto que grande parte do mesmo foi metabolizada e deixada mais hidrossolúvel para a excreção. No idoso temos o contrário do que acontece com a criança. A baixa taxa de água corporal vai levar a uma grande fração lipofílica do fármaco, visto que terá pouco água passa solvatá-lo. Isso ai acarretar numa maior capacidade de metabolização do fármaco quando comparada a criança, mas menor que a comparada ao adulto, porque o fármaco estará majoritariamente na sua forma lipofílica, dificultando os processos de oxidação e conjugação da metabolização. Com isso, teremos uma baixa capacidade de eliminação renal decorrente da baixa hidrossolubilidade do fármaco.
8) .Peso do paciente = 60kg .Dose = 50mg/Kg . Cp = 0,1 mg/mL
. A cada 1 mL = 0,001 L
 0,1 mL = X L
 X = 0,0001 L
Vd = dose / Cp
Vd = 50/ 0,1
Vd = 500 L (convertendo) = 0,5 L = 500 mL

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