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FARMACOCINÉTICA RESUMO

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RESUMO POR JENNIFER BIANCA GOMES MACHADO – 531237. TURMA: MAT3B. 
FAMACOLOGIA 
Farmacocinética 
Conceito: Estuda o caminho percorrido de uma substancia química, em particular, 
um fármaco no interior de um organismo vivo. 
 
Processos farmacocinéticos: administração, absorção, 
distribuição, biotransformação/metabolização e 
excreção. 
Absorção 
● É a transferência de um fármaco desde o seu local 
de administração até a circulação sanguínea. 
●A velocidade e a eficiência da absorção dependem 
do ambiente onde o fármaco é absorvido, das suas 
características químicas e da via de administração (o 
que influencia sua biodisponibilidade) 
●A administração de fármacos pela via intravenosa 
não depende da absorção, pois o medicamento é 
injetado diretamente na corrente sanguínea. 
●A grandeza dos efeitos de um fármaco no 
organismo é quase sempre proporcional ao seu grau 
de absorção, o que determina a escolha da via de 
administração e a dosagem. Por exemplo: existe 
medicamentos que são bem absorvidos pela via oral, 
e outros que mesmo em alta dosagem não são bem 
absorvidos pelos sulcos digestório daí devem ser 
administrados por outra vida (parental). 
●A água é o melhor liquido para um medicamento 
ser ingerido, e a sua quantidade ideal para a ingestão 
é aproximadamente 250mL. 
●Em relação aos momentos ideal para ingestão é 
importante buscar um equilíbrio entre o estomago 
completamente vazio e estômago cheio: 
Ex: antibióticos – 1hr antes e 2hrs depois das refeições principais. 
●O duodeno é o principal local de absorção de 
fármacos). 
●Para que um fármaco possa ser absorvido e 
distribuído é preciso transpor barreiras teciduais que 
são compostas por membranas celulares (membrana 
plasmática), que possui características lipoproteicas. 
Assim, um composto químico, para se espalhar 
através dessas membranas, dependerá de suas 
propriedades físico-químicos de miscibilidade em um 
meio predominantemente oleoso. 
●Os fármacos podem ser absorvidos do trato 
gastrointestinal inferior por: difusão passiva, difusão 
facilitada, transporte ativo ou endocitose: 
↠ Difusão Passiva: O fármaco se move da região de 
concentração alta para a de concentração baixa. A 
difusão passiva não envolve transportador, não é 
saturável e apresenta baixa especificidade estrutural. 
A maioria dos fármacos é absorvida por esse 
mecanismo. 
↠Difusão Facilitada: Os fármacos entram na célula 
por meio de proteínas transportadoras 
transmembrana especializadas que facilitam a 
passagem de moléculas grandes. Ele não requer 
energia, pode ser saturado e pode ser inibido por 
compostos que competem pelo transportador. 
 ↠Transporte Ativo: Ele é capaz de mover fármacos 
contra um gradiente de concentração – ou seja, de 
uma região com baixa concentração de fármaco para 
outra com concentração mais elevada. Esse processo 
é saturável. Os sistemas de transporte ativo são 
seletivos e podem ser inibidos competitivamente por 
outras substâncias cotransportadas. 
 ↠Endocitose e exocitose: Estes tipos de absorção 
são usados para transportar fármacos 
Diferenças na absorção de fármacos 
excepcionalmente grandes através da 
membrana celular. A endocitose envolve o 
engolfamento de moléculas do fármaco pela 
membrana e seu transporte para o interior 
da célula pela compressão da vesícula cheia de 
fármaco. A exocitose é o inverso da endocitose. 
●A absorção é influenciada pelas seguintes 
propriedades das drogas: 
↠ Lipossolubilidade, o que vale dizer solubilidade da 
droga na bicamada lipídica da membrana plasmática, 
permitindo a passagem dela por difusão passiva. 
↠ Hidrossolubilidade, que só permitem absorção 
quando existem nas membranas sistêmicas 
transportadores específicos e canais ou pros 
hidrofílicos. 
↠ Estabilidade química da molécula da droga; 
4.. Peso molecular, tamanho e volume da molécula da 
droga; 
↠ Carga elétrica da molécula da droga (polaridade, 
ionização, pH do meio); 
↠ Forma farmacêutica (capsulas, soluções, etc.) 
↠ Velocidade de dissolução da droga e, quando 
administrada por via oral, compatibilidade com as 
secreções gastrointestinais; 
↠ Concentração da droga no local de absorção 
● Biodisponibilidade 
↠A quantidade e a velocidade na qual o princípio ativo 
de um fármaco é absorvido a partir da forma 
farmacêutica, alcançando, assim, o local de ação, 
expressam o que se chama de biodisponibilidade. 
 
 
↠ Indica a fração absorvida do fármaco, resultado da 
via de administração, de propriedades físico-químicas 
do fármaco e de certos fatores presentes nos 
pacientes, como ocorre com os transportadores. 
↠Quanto maior for a biodisponibilidade de um 
fármaco, mais rápida será sua resposta terapêutica. 
↠Essa propriedade pode ser afetada pelo grau de 
desintegração ou dissolução das formas 
farmacêuticas nos líquidos orgânicos, ou seja, um 
mesmo princípio ativo pode apresentar uma 
biodisponibilidade maior ou menor de acordo com a 
formulação farmacêutica. 
↠A biodisponibilidade é decrescente conforme o 
fármaco se apresente nas seguintes formas 
farmacêuticas: Solução > emulsão > suspensão > 
cápsula > comprimido > drágea. 
↠A biodisponibilidade é maior e mais previsível 
quando o fármaco é administrado por via parenteral. 
↠ A dose, a forma farmacêutica e a via de 
administração influem na biodisponibilidade das drogas. 
↠ As soluções que são administradas por 
via intravenosa, por exemplo, criam níveis plasmáticos 
de concentração imediatos e elevados. 
↠Situações clínicas que alteram a farmacocinética, 
podem modificar a biodisponibilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● As vias de administração e a absorção 
↠ Via oral: A absorção intestinal é feita inicialmente 
pelo fígado. A absorção lingual é feita pelas veias 
abaixo da língua que é transferida diretamente para a 
corrente sanguínea. 
- Vantagem: Facilidade de administração; Menos 
dispendiosa. 
- Desvantagem: Pode causar náuseas ou vômitos; 
Diarreias; Dificuldade para engolir. 
↠Via anal: Os fármacos administrados por essa via 
podem possuir as seguintes formas: supositório, 
irrigação ou lavagem, clister ou enema. 
- Vantagem: Protege os fármacos suscetíveis da 
inativação gastrointestinal e hepática. 
- Desvantagem: A absorção pode ser incompleta, 
especialmente em pacientes com motilidade intestinal 
aumentada; Pode irritar a mucosa. 
↠Via Intradermica: Possui uma absorção lenta: 
↠Via Subcutânea: Possui uma absorção lenta, através 
dos capilares, de forma contínua e segura. 
↠Via intramuscular: Via muito utilizada, devido a 
absorção rápida. 
↠Via Endovenosa: Introdução de medicamento 
diretamente na veia, logo o processo absorção é 
inexistente. 
↠Via tópica ou administração epidérmica: Absorção 
rápida. 
↠Via respiratória inalatória ou pulmonar: Nebulização 
e vaporização possui uma absorção rápida nos 
pulmões. 
 
 
 
 
 
 
● Para avaliar a biodisponibilidade de um fármaco, são 
traçadas curvas de concentração sanguínea em 
função do tempo, de onde são extraídos seguintes 
parâmetros farmacocinéticos: 
↠ Meia-vida (T¹/²) – tempo que uma droga leva para 
reduzir sua concentração plasmática à metade, 
independente da dose administrada. 
↠ Concentração plasmática máxima (C máx) - É a 
maior concentração sanguínea causada pelo fármaco. 
É diretamente proporcional à absorção. 
↠ Área sob a curva (AUC) – Medida fiel da quantidade 
de droga que penetra no sangue. 
 ● Alguns conceitos utilizados para o estudo de 
biodisponibilidade: 
↠ Equivalentes farmacêuticos: Medicamentos que 
contém a mesma substancia ativa, na mesma 
quantidade e forma farmacêutica. 
↠ Medicamentos bioequivalentes: Medicamentos que 
ao serem administrado na mesma dosagem e 
condições experimentais, não apresentam diferencias 
significativas em relação a biodisponibilidade. 
↠ Equivalência terapêutica: Dois medicamentos são 
considerados terapeuticamente equivalentes se 
forem farmaceuticamente equivalentes e, após sua 
administração na mesmadose molar, seus efeitos em 
relação à eficácia e segurança forem essencialmente 
os mesmos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distribuição 
● Os fármacos penetram na circulação sanguínea 
por administração direta (via intravenosa) ou indireta, 
após absorção a partir do local de aplicação. 
● A perfusão sanguínea (volume do fluxo sanguíneo 
que cada tecido ou órgão recebe do coração) é 
diretamente proporcional à distribuição de fármaco, 
ou seja, quanto maior a perfusão sanguínea, maior é 
a distribuição de fármaco). 
● A droga chega primeiro nos órgãos mais 
vascularizados (sistema nervoso central, pulmão, 
coração) e depois sofre redistribuição aos tecidos 
menos irrigados (tecido adiposo, por exemplo). 
● Uma vez no sangue, distribuem-se aos diferentes 
tecidos do organismo, onde irão exercer suas ações 
farmacológicas. 
 ● O teor e a rapidez de distribuição de um fármaco 
dependem, principalmente, de sua ligação às 
proteínas plasmáticas e teciduais. 
● Após a absorção, eles apresentam-se no plasma 
na forma livre apenas parcialmente, pois uma 
proporção maior ou menor do fármaco irá se ligar às 
proteínas plasmáticas, geralmente à albumina e às 
alfa-globulinas. 
● Os fármacos ligados à proteínas não conseguem 
atravessar a barreira endotelial para chegar no tecido, 
logo a sua distribuição e metabolismo será menor, 
porém, possui maior tempo de ação. 
● Somente a fração livre do fármaco é responsável 
pelo seu efeito. 
● A quantidade de um fármaco que se liga as 
proteínas vai depender de três fatores: 
↠ Concentração de fármaco livre 
↠ Afinidade do fármaco pelos locais de ligação 
↠ Concentração das proteínas 
●Toda vez que a fração livre do fármaco deixa o 
plasma e se distribui aos tecidos, uma proporção 
correspondente se desliga das proteínas plasmáticas 
e torna-se livre. 
Tipos de fármacos e ligação ás proteínas 
plasmáticas: 
↠ Fármacos de classe 1: a dose é menor que os locais 
disponíveis de ligação. A maioria dos fármacos estão 
ligados a albumina, e a concentração de fármacos 
livres é baixa. 
↠ Fármacos de classe II: a dose é maior que os locais 
disponíveis de ligação. A maioria das moléculas de 
albumina tem fármaco ligado, e a concentração de 
fármaco livre é significativa. 
↠ Administração de fármacos de classe I e classe II: 
Ambos tipos de fármacos são administrados 
simultaneamente. 
Biotransformação 
● Após serem absorvidos e distribuídos aos locais 
de ação para exercerem seus efeitos 
farmacológicos, os fármacos são biotransformados 
(metabolizados), na grande maioria das vezes. 
● Por biotransformação entende-se um conjunto de 
reações enzimáticas que transformam o fármaco 
num composto diferente daquele originalmente 
administrado, para que possa ser eliminado. 
●O fígado é o ponto principal de biotransformação 
de fármacos. 
● Embora a biotransformação classicamente efetue 
a inativação de fármacos, alguns metabólitos são 
farmacologicamente ativos — às vezes, muito mais 
que o composto original. Uma substância inativa ou 
fracamente ativa que tenha um metabólito ativo é 
denominada profármaco, em especial se projetada 
para liberar a porção ativa de modo mais efetivo. 
● Alguns fármacos são eliminados com tanta eficácia 
pelo fígado ou pela parede intestinal que a quantidade 
que chega à circulação sistêmica é consideravelmente 
menor do que a absorvida. Esse processo é 
denominado de metabolismo de primeira passagem 
ou metabolismo pré-sistêmico, que resulta na 
diminuição da biodisponibilidade do fármaco. 
● Os fármacos podem ser biotransformados por 
oxidação, redução, hidrólise, hidratação, conjugação, 
condensação ou isomerização; mas, qualquer que 
seja o processo, o objetivo é de facilitar sua excreção. 
● As enzimas envolvidas na biotransformação 
encontram-se em muitos tecidos, mas, em geral, 
concentram-se no fígado. Os índices de 
biotransformação de fármacos variam entre os 
pacientes. Alguns pacientes metabolizam um fármaco 
tão rapidamente que suas concentrações plasmáticas 
e teciduais de eficácia terapêutica não são alcançadas; 
em outros, o metabolismo pode ser tão lento que as 
doses habituais têm efeitos tóxicos. Os índices 
individuais de biotransformação de fármacos são 
influenciados por fatores genéticos, doenças 
coexistentes (em particular, hepatopatias crônicas e 
insuficiência cardíaca avançada) e interações entre 
fármacos (em especial as que envolvem indução ou 
inibição de biotransformação). 
● Para muitos fármacos, a biotransformação ocorre 
em 2 fases. As reações na fase I englobam a 
formação de um novo grupo funcional ou modificado 
ou clivagem (oxidação, redução, hidrólise); essas 
reações são não sintéticas. As reações na fase II 
englobam a conjugação com alguma substância 
endógena (p. ex., ácido glucurônico, sulfato, glicina); 
essas reações são sintéticas. Os metabólitos formados 
nas reações sintéticas são mais polares e, portanto, 
mais prontamente excretados pelos rins (na urina) e 
pelo fígado (na bile) que aqueles formados por 
reações não sintéticas. Alguns fármacos só são 
submetidos às reações das fases I ou II; assim, os 
números de fase refletem a classificação funcional, em 
vez de sequencial. 
● O sistema enzimático mais importante da fase I da 
biotransformação é o citocromo P-450 (CYP450), 
uma superfamília microssômica de isoenzimas que 
catalisam a oxidação de muitos fármacos. Os elétrons 
são supridos pela NADPH-CYP450 redutase, uma 
flavoproteína que transfere elétrons da NADPH 
(forma reduzida do fosfato de nicotinamida-adenina 
dinucleotídio) para o citocromo P-450. 
● É importante que o cirurgião-dentista tenha 
conhecimento do significado dos citocromos P450, 
sistema enzimático responsável pela 
biotransformação de inúmeros fármacos, pois certos 
medicamentos empregados em odontologia podem 
servir como substratos, indutores ou inibidores desse 
sistema. 
Eliminação 
● Após serem absorvidos, distribuídos e 
biotransformados pelo organismo, os fármacos são 
eliminados para o meio externo, em geral através dos 
rins, podendo também ser excretados pelos pulmões, 
pela bile, pelas fezes, pelo suor, pelas lágrimas, pela 
saliva e pelo leite materno. 
● Entre os fatores que influenciam na velocidade 
de eliminação de fármacos pela via renal, destacam- 
-se os de ordem fisiológica, como a idade do paciente, 
que deve sempre ser levada em consideração no 
momento da prescrição. Nos idosos, por exemplo, a 
eliminação de certos medicamentos pela urina pode 
ser prejudicada, por apresentarem a função renal 
diminuída. Isso justifica o emprego de doses menores 
de benzodiazepínicos em idosos (p. ex., lorazepam), 
para se evitar a maior duração de seus efeitos. 
●A excreção pelo leite materno também limita o 
uso de alguns medicamentos em lactantes, que 
podem causar diretamente efeitos adversos na 
criança. Como o leite materno é ligeiramente ácido 
(pH 6,5), substâncias básicas como a codeína tendem 
a se acumular neste líquido.

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