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Trabalho Custos II docx

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SENHORA DO PATROCÍNIO
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
NOME: RGM:
Trabalho da (s) disciplina (s) Gestão de Custos II apresentado (s)
ao curso de Administração da faculdade de Administração e
Negócios do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio
ao (à) Prof.º(ª).
SALTO, 25 DE JANEIRO DE 2018
1. CUSTOS PARA DECISÃO
Os custos podem ser classificados de diversas maneiras, de acordo com sua finalidade.
Quanto ao volume de produção os custos são classificados em fixos e variáveis. Esta
classificação é muito utilizada para o cálculo do sistema de custos variável.
1.1 Custos Fixos, Lucro e Margem de Contribuição
Despesas ou Custos fixos são aqueles que não sofrem alteração de valor em caso de
aumento ou diminuição da produção. Independem portanto, do nível de atividade, conhecidos
também como custo de estrutura.
Exemplos:
● Limpeza e Conservação
● Aluguéis de Equipamentos e Instalações
● Salários da Administração
● Segurança e Vigilância
Possíveis variações na produção não irão afetar os gastos acima, que já estão com seus
valores fixados. Por isso chamamos de custos fixos.
Despesas e Custos Variáveis
Classificamos como custos ou despesas variáveis aqueles que variam
proporcionalmente de acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores dependem
diretamente do volume produzido ou volume de vendas efetivado num determinado período.
Exemplos:
● Matérias-Primas
● Comissões de Vendas
● Insumos produtivos (Água, Energia)
Apropriação dos Custos Fixos e Variáveis 
No sistema de custo variável o custo final do produto (ou serviço) será a soma do
custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos considerados
diretamente no resultado do exercício. Neste sistema a geração de riqueza está na venda e não
na produção.
Vale lembrar que este sistema de custos não é permitido pelo legislação fiscal, e serve
somente para fins gerenciais. O custo de absorção é o utilizado legalmente conforme
o Decreto 3.000/99. Neste método todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são
distribuídos para todos os produtos feitos, pouco importando se estes são fixos ou variáveis.
Desta forma os produtos acabam absorvendo os custos, o que gerou o nome deste método
(custo por absorção).
 
Vantagens do Custeio Variável 
Mesmo não sendo aceito pela legislação fiscal, o custeio variável apresente vantagens
sobre as demais. Podemos destacar as seguintes:
 
 - Apresenta o Resultado Operacional em função das vendas
 - Não há necessidade de adotar critérios de rateio para apropriar custos fixos, já que
esses são deduzidos diretamente do resultado.
 - Torna evidente a Margem de Contribuição de cada produto, muito utilizada no
processo decisório.
http://www.portaltributario.com.br/rir.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/custeioporabsorcao.htm
Lucro
Lucro é o que se ganha a partir de algo ou alguém; o rendimento; um privilégio ou
vantagem em relação a algo.
O lucro é considerado todo o rendimento positivo obtido através de uma negociação
econômica ou de qualquer outro gênero. Na economia, o lucro é tudo o que foi ganhou ou
recebido a partir de um ato de comercialização financeira.
Em um sentido figurado, o lucro pode também ser entendido como todo o ganho que
um indivíduo tem sem fazer grande esforço; os benefícios que a vida ou o trabalho traz; o que
se ganha a mais do que foi inicialmente investido.
Lucro presumido
O lucro presumido é um modelo de tributação simplificada do Imposto de Renda de
Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O lucro presumido é uma das formas de determinar o lucro apurado, ou seja, a base de
cálculo do IRPJ.
Para aplicar o lucro presumido, a empresa deve possuir algumas características:
● Faturamento inferior aos R$ 78 milhões por ano;
● Não atuar no mercado financeiro;
● Não usufruir de benefícios fiscais;
● Não ter rendimentos vindos do exterior;
● Destinado para pequenas e médias empresas que são prestadoras de serviços;
Lucro real
O lucro real é o modelo geral para a apuração do Imposto de Renda de Pessoas
Jurídicas.
Este modelo de lucro é considerado o mais complexo entre as formas de determinar a
base de cálculo do IRPJ.
O lucro real se baseia na contabilidade da empresa (o lucro líquido), acrescentando os
ajustes fiscais positivos e negativos. O cálculo do lucro real pode ser feito anualmente ou
trimestralmente, dependendo do formato de negócios da empresa.
Lucro cessante
De acordo com o Código Civil brasileiro, o lucro cessante é o "ganho razoável que
alguém deixou de obter sobre a coisa a que tinha direito, por culpa ou inexecução de
obrigação de outrem. Privação de um lucro ou interesse previsto".
Margem de Contribuição
A margem de contribuição é um indicador que mostra o quanto sobra da receita com
as vendas de produtos ou serviços para pagar os custos fixos do negócio e gerar
lucro. Também chamada de ganho bruto ou de lucro bruto, a margem de contribuição é
calculada subtraindo-se da receita a soma entre as despesas e os custos variáveis.
Os custos e as despesas variáveis são aqueles que têm relação direta com o volume de
venda do produto. Ou seja, quanto mais produtos forem vendidos, maiores serão esses gastos.
Para os custos, são exemplos a matéria-prima, a água e a energia utilizadas na fabricação. Já
os impostos que incidem sobre a venda e a comissão paga aos vendedores são exemplos de
despesas variáveis. 
Além desses gastos, as empresas possuem também os chamados custos e despesas
fixos, que são aqueles que não dependem do volume de produtos comercializados. É o caso
do aluguel do espaço e do pagamento dos funcionários que não trabalham diretamente na
produção ou na venda, como é o caso do pessoal administrativo.
A margem de contribuição é uma ferramenta gerencial que permite ver se a receita que
sobra da venda dos produtos ou mercadorias é suficiente para cobrir os gastos fixos do
negócio. É por meio dessa análise que se pode entender por que uma empresa que vende bem
não consegue gerar lucro para os seus sócios.
O conceito de margem de contribuição se refere a todo o leque de produtos ou serviços
oferecidos pela empresa. Se esse cálculo considerar o peso que cada produto possui na receita
total, obtém-se a margem de contribuição ponderada.
Também é possível calcular a margem de contribuição unitária, ou seja, para cada
produto separadamente. Esse cálculo mostra o quanto cada produto contribui para os
resultados finais, garantindo que nenhum deles esteja dando prejuízo.
Conhecer a margem de contribuição é essencial para fazer a precificação dos produtos.
Além disso, a partir da margem de contribuição, o empresário consegue calcular o ponto de
equilíbrio financeiro. Por definição, o ponto de equilíbrio é aquele em que as receitas se
igualam aos custos e despesas. Ele permite saber qual a quantidade mínima de produtos a
serem vendidos para que o negócio não fique no vermelho.
Se o negócio não estiver dando lucro, o empresário pode estudar meios de aumentar
sua margem de contribuição. Isso pode ser feito tanto pela adoção de um preço de venda mais
equilibrado como pela redução dos gastos variáveis.
1.2 Limitações na Capacidade de Produção
Nas diversas áreas de produção, existe a preocupação do lucro por produção, dado pela
margem de contribuição unitária ou contribuição marginal e razão de contribuição ou índice
de margem de contribuição (a maioria das decisões de curto prazo dentro da análise de custos
embasa-se nesses conceitos).
Nas grandes escalas de produção, pode ocorrer limitação da capacidade de produção
por fator limitante. Conforme Bornia (2010, p. 56) “[...] quando existir um fator que limita a
produção (tempo escasso, falta de matéria-prima, etc.), a análise deve ser feita em função
desse fator limitante. Assim, a margem de contribuição de um produto tem que ser dividida
pela utilização do fator limitante por esse produto”.
Temos que ter em mente que o conceito de margem de contribuição pelofator
limitante da capacidade de produção é o que determinará a tomada de decisão. Se a decisão
tomada for baseada no lucro unitário após a apropriação de todos os custos fixos, essa decisão
pode trazer prejuízos para a empresa porque o custeio por absorção não é a ferramenta
adequada para esse fim.
Podemos deduzir que na maior parte dos processos de produção existirá fator
limitante, seja ele a curto ou longo prazo, pois pode não existir a possibilidade de produção
contínua, sem quebra na produção.
Nesse caso, Martins ( 2010, p. 196) nos diz que, “[...] quando não há limitação na
capacidade produtiva, mais rentável será o produto que apresentar maior Margem de
Contribuição por unidade e quando existir algum fator de limitação, mais rentável será o
produto que tiver maior Margem de Contribuição pelo fator de limitação da capacidade
produtiva.”
Martins também nos dá a ideia de uma combinação de produtos para maximização do
lucro ou o que podemos chamar também de “mix de produção” de acordo com vários fatores
limitantes dentro da escala de produção. Para otimizar a variação desses fatores, é importante
estudar a tomada de decisão, que requer informação, análise e principalmente, previsão dos
resultados.
Nélo (2008, p. 134) afirma que a tomada de decisões a respeito do mix de produtos
oriundos dos diversos fatores limitantes deve:
Considerar fatores internos e externos à empresa. Os externos
referem-se principalmente aos preços dos produtos, empresas
competidoras, produtos substitutos, produtos complementares, canais
de distribuição, fornecedores, clientes, localização industrial,
impostos, taxas de juros dentre outros. Os fatores internos estão
relacionados principalmente ao uso da capacidade industrial, à oferta
(preços e quantidades) de matérias-primas, de recursos humanos, aos
produtos conjuntos etc. Observe-se que os fatores externos causam
impactos nos preços dos produtos finais e dos insumos, enquanto os
internos influenciam principalmente o custo de produtos. Em suma, a
determinação do mix de produtos influencia diretamente a
competitividade empresarial.
Quando a empresa considera a hipótese de mix de produção, leva-se em conta não
somente os fatores limitantes, tais como mão-de-obra, matéria prima, horas/produção, mas
também fatores internos e externos que podem alterar o resultado final do produto
Por outro lado, (Silva e Lins (2010, p. 202)
[...] há restrições ao uso do conceito em tomadas de decisão. A
primeira restrição é que deve-se observar a quantidade demandada
para produtos ou serviços e não apenas a margem de contribuição
unitária. A segunda é a existência de limitações de recursos. Em
ambos os casos, não se deve usar a margem de contribuição unitária
sem que sejam ponderadas as duas restrições mencionadas.
Ao determinarmos a rentabilidade do negócio partindo do princípio da relação do
produto por margem de contribuição por fator limitante, levamos em consideração todos os
fatores que podem impactar a produção, tantos externos quanto internos, e assim, analisar e
gerir a produção.
A finalidade da análise por fator limitante é mostrar qual poderá ser a rentabilidade do
negócio mediante impedimentos produtivos e qual produtos devemos incentivar produção.
Caso não haja fator limitante de capacidade produtiva, o produto que possui margem de
contribuição por unidade é o que interessa ser produzido e vendido. Caso contrário, a decisão
correta ocorre quando calculamos a margem de contribuição por fator limitante da capacidade
produtiva.
1.3 Custeio Variável
Cada método tem suas vantagens e desvantagens, mas, para efeitos contábeis, somente
o custeio por absorção é admissível. O custo padrão pode ser adotado na contabilidade, desde
que as variações ocorridas sejam ajustadas em períodos mínimos trimestrais.
O Método de Custeio Direto, ou Variável, atribui para cada custo um classificação
específica, na forma de custo fixos ou custos variável. O custo final do produto (ou serviço)
será a soma do custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos
considerados diretamente no resultado do exercício. Gerencialmente, é um método muito
utilizado, mas, por sua restrição fiscal e legal, sua utilização implica na exigência de 2
sistemas de custos:
1. O sistema de custo contábil (absorção ou integral) e
2. Uma sistemática de apuração paralela, segregando-se custos fixos e
variáveis.
2. PONTO DE EQUILÍBRIO
O cálculo do ponto de equilíbrio é um dos métodos mais importantes para um bom
controle financeiro de qualquer negócio. Com ele é possível entender a quantidade de vendas
que precisam ser realizadas para que o as receitas igualem os custos e despesas, resultando em
lucro zero.
Contudo, existem 3 variações do cálculo de ponto de equilíbrio que pode ser
importante conhecer. Veja abaixo:
● Ponto de Equilíbrio Contábil
● Ponto de Equilíbrio Financeiro
● Ponto de Equilíbrio Econômico
Para fazer o cálculo desses 3 métodos, você pode levar em consideração sues dados
contábeis ou gerenciais, de acordo com a sua realidade e disponibilidade de informações.
Antes de entrarmos nas diferenças de cada um, vale a pena lembrar o conceito de
margem de contribuição, essencial para o cálculo dessas 3 variações do break even point, que
é o preço de venda unitário menos os custos diretos para a produção de um produto ou
prestação de um serviço.
2.1 Ponto de Equilíbrio Contábil
Esse é o método mais utilizado e mostra para você a quantidade de vendas necessárias
para que o seu lucro seja zero.
● Lucro = Zero
● Fórmula: PEC = Gastos Fixos / Margem de Contribuição
● Vantagem: Leva em consideração seus demonstrativos contábeis para te
mostrar exatamente o quanto você precisa vender para ficar com lucro zero. Ou seja, qualquer
quantidade abaixo desse valor deverá ser inaceitável para o seu negócio, pois irá resultar em
prejuízo.
2.2 Ponto de Equilíbrio Econômico
Nesse caso, a empresa determina um lucro mínimo desejado para se embutir no
cálculo, representando uma remuneração ao capital investido nela. Na prática, esse cálculo
sempre deveria ser utilizado em conjunto com o ponto de equilíbrio contábil, já que existem
sempre dois parâmetros de análise financeira, quanto vender para não ter prejuízo e quanto
vender para lucrar o desejado.
● Lucro = Zero + Remuneração do Capital Próprio
● Fórmula: PEE = (Gastos Fixos + Lucro Desejado) / Margem de Contribuição
● Vantagem: O cálculo já leva em consideração o quanto você quer de lucro, te
ajudando a entender a quantidade de produtos ou serviços que precisam ser vendidos para
você ter retorno.
2.3 Ponto de Equilíbrio Financeiro
Também é conhecido como ponto de equilíbrio de caixa por alguns autores e não leva
em consideração a depreciação e a amortização, fatores que diminuem o lucro contabilmente,
mas que gerencialmente não representam saída de caixa do seu negócio.
● Lucro = Zero – Depreciação
https://luz.vc/planilhas-empresariais/planilha-de-calculo-de-ponto-de-equilibrio-excel
● Fórmula: PEF = (Gastos Fixos – Gastos não Desembolsáveis) /
Margem de Contribuição
● Vantagem: O cálculo não leva em consideração gastos que não vão sair
do seu caixa, te mostrando exatamente quanto você precisa vender para ficar com o lucro
zerado. O único problema dessa abordagem é que ela não te prepara para momentos de troca
de máquinas ou equipamentos que precisarão ser trocados no futuro.
3. FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
A formação de preços é muito mais do que o simples processo de acumular custos e
acrescentar uma margem de lucro. Com muita frequência, a formação de preços é tratada de
forma simplista, sendo o maior cuidado não deixar escapar nenhum item do custo.
 Para que o preço calculado produza consequências satisfatórias no curto, médio e
longo prazo, alguns princípios devem ser observados. É importante lembrar que erros no
processo de formação de preços podem não ter efeitos negativos sobre a empresa apenas no
curto prazo. A longo prazo, esses erros trarão consequências de alguma forma.
3.1 Mix
O Mix de Preços é a determinaçãodo valor de acordo com o seu público e
qualidade oferecida. É ainda de primordial importância dentro do Composto de Marketing,
por isso deve ser levado em consideração quatro aspectos gerais. Como o Preço é o fator que
gera a demanda, se o valor do produto for muito baixo, a demanda será alta; Se o Preço
de determinado produto for alterado com frequência em ações promocionais é importante
utilizar a estratégia correta de mapeamento de preços; O frequente monitoramento das
compras e quanto os consumidores comprarão de determinado produto e a Análise do lucro
do produto, baseado em sua comercialização e distribuição.
Segundo Philip Kotler, as estratégias que compõe o Mix de Preços são baseadas na
qualidade do produto e nas formas de condições de pagamento. São elas: Estratégia Premium
referente a produtos de qualidade e valor altos, oferecidos a determinados nichos de mercado.
Estratégia de Penetração determinada também a produtos de máxima qualidade, porém com
um preço moderado para obter rápido market-share. Estratégia de Superbarganha
caracterizada pelas promoções e cujo objetivo é a rápida introdução no mercado, com
produtos de alta qualidade por preços atrativos. Estratégia de Preço Alto a qual valoriza o
produto para obter lucro rápido, oferecendo produto de qualidade mediana a um valor alto.
Estratégia de Qualidade Média ou Comum, com valor de produto aceitável combinado a sua
qualidade. Estratégia de Barganha com produto de qualidade média e preço abaixo do padrão.
Estratégia de Artigos de Qualidade Inferior, com preço razoável para produto de qualidade
inferior. Por último, a Estratégia de Preços Baixos, que objetiva a venda de um alto volume de
mercadoria, onde o produto e o valor são de baixa qualidade.
Compõe ainda o Mix de Preços, as estratégias para descontos também abordadas
por Kotler, conforme explicação: Desconto de Caixa, com a opção de aplicação de desconto
no valor para pagamento a vista. Desconto Sobre Volume, a qual segue a proporção de
quanto maior a quantidade comprada, menor o custo por unidade, oferecendo mais
conveniência ao consumidor. Desconto Comercial (ou Funcional) cujos descontos são
praticados pela empresa fabricante aos membros do seu canal de distribuição. Por último o
Desconto de Baixa Estação, muito praticado por redes de hotéis em épocas sazonais,
oferecendo descontos para determinados meses cuja procura é baixa.
Contudo, para uma eficaz composição do Mix de Preços, é importante se levar em
consideração um valor adequado ao objetivo da marca e alinhado ao público-alvo, que
satisfaça as necessidades do consumidor e gere lucratividade a empresa.
3.2 Formação do Preço de Venda
A definição do preço de venda de um produto é fator determinante para o sucesso da
empresa em um mercado competitivo. Porém, este é um assunto que causa muitas dúvidas aos
empresários, principalmente os de primeira viagem. E, ao contrário do que muitos
empreendedores em início de carreira pensam, a formação do preço de venda de um produto
não é algo que pode ser criado de qualquer maneira, sem uma lógica a ser seguida.
Por isso, hoje vamos falar um pouco sobre como definir o preço de venda dos
produtos de uma empresa, considerando seus objetivos, dicas importantes a serem seguidas,
problemas que podem ocorrer e também exemplos de formação de preço. Mas primeiro,
vamos à definição de preço de venda:
O Sebrae define, em seu site, o preço de venda da seguinte maneira:
“PREÇO DE VENDA É O VALOR QUE DEVERÁ COBRIR O CUSTO DIRETO DA
MERCADORIA, PRODUTO OU SERVIÇO, AS DESPESAS VARIÁVEIS (COMO IMPOSTOS
E COMISSÕES), AS DESPESAS FIXAS PROPORCIONAIS (COMO ALUGUEL, ÁGUA,
LUZ, TELEFONE, SALÁRIOS E PRÓ-LABORE), ALÉM DE PERMITIR A OBTENÇÃO DE
UM LUCRO LÍQUIDO ADEQUADO”.
Desta forma, existem situações em que as decisões sobre os preços dos produtos tem
importância fundamental na competição do mercado. São elas:
– Quando a empresa estabelece o preço pela primeira vez;
– Quando as circunstâncias levam a empresa a considerar as possibilidades de alterar
os preços;
– Quando a concorrência inicia alteração de preços;
– Quando a empresa produz itens com demandas e/ou custos inter-relacionados.
Os principais objetivos da fixação do preço de venda? Veja abaixo quais são:
– Penetração no mercado: a empresa estabelece o preço com o intuito de conseguir
grande participação no mercado.
– Selecionar o mercado: a empresa estabelece o preço visando atingir segmentos
específicos de mercado.
– Pronta recuperação de caixa: geralmente empresas em dificuldades financeiras
estabelecem um preço que permite o rápido retorno de caixa.
– Promover linha de produtos: neste caso, o preço é usado com o intuito de promover a
venda de todos os produtos da linha.
– Maximizar o lucro: o preço é estabelecido tendo em vista a maximização do retorno
para a empresa.
– Eliminar a concorrência: o preço estabelecido tem o propósito da eliminação da
concorrência, havendo, em alguns casos, o uso ou prática dodumping (exportação por preço
inferior ao vigente no mercado interno para conquistar mercados ou dar vazão a excesso de
oferta; ou venda por preço abaixo do custo para afastar concorrentes).
Além do aspecto financeiro, a definição do preço de venda deve levar em conta o
aspecto mercadológico. O preço deverá estar próximo do praticado pelos concorrentes diretos
da mesma categoria de produto e de qualidade. Também devem ser considerados o nível de
conhecimento de marca, o tempo de mercado, o volume de vendas já conquistado e a
agressividade da concorrência.
Se o preço praticado pelo mercado for menor que o encontrado a partir dos custos
internos da empresa, o empresário deverá refazer os cálculos financeiros para avaliar a
viabilidade de seu negócio.
Alguns fabricantes estabelecem o preço que a distribuidora deverá praticar junto aos
seus clientes, provavelmente indústria ou comércio varejista. Outros apenas oferecem um
valor de referência, deixando para a distribuidora a decisão pelo valor de preço que será
praticado. Portanto, isto depende da negociação entre fabricantes e distribuidores.
Dicas para a formação do preço de venda
– Ao definir o preço de venda, devem ser levadas em conta as particularidades do
segmento de atuação;
– É preciso ter um bom planejamento, com metas claras de lucratividade e
dimensionamento de capacidade de vendas;
– Não vale a pena entrar no jogo dos concorrentes predatórios, que não conseguem se
diferenciar e derrubam os preços. É melhor investir em diferenciais;
– Os estoques podem ser minimizados aumentando a linha de produtos;
– O giro deve ser maximizado. Deve ser dada preferência aos itens que complementem
a atual linha trabalhada, aumentando assim as vendas e o giro dos produtos;
– Vale investir em comunicação. Os clientes devem ser informados sobre os novos
itens vendidos, que devem ser expostos de forma mais atraente, facilitando a aceitação dos
consumidores.
– A linha de produtos deve ser mantida. A interrupção resulta em perda de
credibilidade junto aos consumidores;
– A falta de produtos tem de ser evitada. Se necessário, eles devem ser substituídos por
similares.
3.3 Mark Up
Markup ou Mark Up é um índice aplicado sobre o custo de um produto ou serviço
 para a formação do preço de venda, baseado na ideia de cost plus pricing ou preço margem;
que consiste basicamente em somar-se ao custo unitário do produto ou serviço uma margem
de lucro para obter-se o preço de venda.
O preço deve ser suficiente para cobrir todos os custos, despesas e impostos e no final
gerar um lucro na venda para manter a empresa ativa, desta forma podemos simplificar a
estrutura do mark-up onde o preço e igual a somatória de todos os elementos inclusive o
lucro desejado.
(+) Custos
(+) Despesas
(+) Impostos
(+) Lucro
(=) Preço de venda
No exemplo abaixo, utilizando números e mostrar como calcular um preço de venda
utilizando o Markup Divisor e Multiplicador.
Formula Markup Divisor (MKD)
Exemplo 01: Suponhamos que você paga hoje R$ 1,00 (Custo) no quilo da chapa de
aço, o ICMS é de 18%, PISe COFINS 4,65%, comissão do vendedor 2,5%, despesas
administrativas 6% e seu lucro desejado ante o imposto de 20%.
 Estrutura: 
 Preço de venda (PV) = 100,00%
 ICMS na venda = 18,00%
 Pis e Cofins = 4,65%
 Comissões = 2,50%
 Depesas Adm = 6,00%
 Lucro antes dos impostos = 20,00%
 Total (CTV)- Custo Total Venda = 51,15%
MKD = (PV – CTV) / 100
MKD = (100 – 51,15) / 100
MKD = 48,85 / 100
MKD = 0,4885
Se utilizamos o índice do Markup Divisor seria o custo de R$ 1,00 / 0,4885= R$
2,05 o preço do quilo para garantir o pagamento de todos os custos, impostos e gerar um lucro
de 20%.
Formula Markup Multiplicador (MKM)
MKM = 1 / MKD
MKM = 1 / 0,4885
MKM = 2,047708 ou 2,05
Se utilizarmos este índice do Markup multiplicador o custo seria R$ 1,00 X 2,05 = R$
2,05 o quilo ou seja chegamos também no mesmo valor usando esta formula.
Confirme na tabela abaixo a estrutura onde foi aplicado o Mark-UP de 2,05 que é suficiente
para gerar lucro de 20% sobre a venda.
Demonstração do
Resultado:
Preço de Venda (PV) R$2,05 100%
(-) Custos Aquisição
Chapa (R$ 1,00) (48,85%)
(-) ICMS (R$ 0,37) (18%)
(-) Pis e Cofins (R$ 0,09) (4,65%)
(-)Comissões (R$ 0,05) (2,5%)
(-) Despesa Adm (R$ 0,13) (6 %)
= Lucro R$ 0,41 (20 % )
Lucro de 20% sobre o preço de venda de R$ 2,05, igual a R$ 0,41, que representa 41%
sobre o preço de custo e não 104% sobre a venda.
Veja:
= 0,41 / 2005 x 100
= 0,20 x 100
= 20% Lucro
Sabendo que o Mark-UP multiplicador é de 2,05 na aquisição de um produto onde se
manter os mesmo impostos e despesas e se deseja gerar um lucro de 20% basta pegar o custo
do produto e multiplicar por este índice de 2,05.
Exemplo 02: Vamos ver outro exemplo na compra de um determinado Tubo de aço.
Custo Kg R$ 6,00
MKM = 2,05
PV = R$ 12,2825 
 
Demonstração do
Resultado:
Preço de Venda (PV) R$12,2825 100%
(-) Custos Aquisição
Chapa (R$ 6,00) (48,85%)
(-) ICMS (R$ 2,21) (18%)
(-) Pis e Cofins (R$ 0,57) (4,65%)
(-)Comissões (R$ 0,30) (2,5%)
(-) Despesa Adm (R$ 0,73) (6 %)
= Lucro R$ 2,4725 (20 % )
Lucro de 20% sobre o preço de venda de R$ 12,2825, igual a R$ 2,4725 
= 2,4725 / 12,2825 x 100
= 0,201 x 100
= 20% Lucro
4. CUSTOS PARA CONTROLE
Os gastos ocorridos durante produção, fornecidos através de relatórios periódicos
gerenciais, são a base das tomadas de decisões da direção da empresa de modo que, tenham
total possibilidade de acertos.
Em um mercado altamente competitivo onde uma decisão errada poderá acarretar
grande perda de credibilidade, de clientes e consequentemente grande perda de numerários, o
sistema de controle é de suma importância para à administração, desde que todos os
componentes da organização tenham contribuído.
4.1 Custo Padrão X Custo Real
A grande finalidade do Custo-Padrão é o controle dos custos, tendo como objetivo o
de fixar uma base de comparação entre o que ocorreu de custo e o que deveria ter ocorrido. O
custo padrão não elimina o Real, nem diminui sua tarefa, aliás, a implantação do padrão só
pode ser bem sucedida onde já exista um bom Sistema de Custo Real. Uma outra grande
finalidade do Custo-Padrão, decorrente da adoção de qualquer base de comparação fixada
para efeito de controle, é o efeito psicológico sobre o pessoal. Este efeito pode ser positivo ou
negativo.
Em resumo, conforme LEONE (1997), " o objetivo principal do custo-padrão é
estabelecer uma medida planejada que será usada para compará-los com os custos reais ou
históricos(aqueles que aconteceram e foram registrados pela Contabilidade) com a finalidade
de revelar desvios que serão analisados e corrigidos, mantendo, assim, o desempenho
operacional dentro dos rumos previamente estabelecidos".
As vantagens mais importantes do custo padrão são: remover e medir a eficiência do
sistema produtivo; Controlar e reduzir os custos; Simplificar os processos de custo; Avaliar
inventários e desempenho; e Fixar preços de venda. Os responsáveis pela implementação de
padrões na empresa são os próprios donos, mas para funcionar e usa-los são todos
funcionários e seu sucesso irá depender do grau de seriedade que a empresa der à localização
e saneamento das diferenças encontradas entre o padrão e o real, por ocasião de suas
comparações.
Os pontos positivos, se o padrão for fixado considerando-se metas difíceis, mas não
impossíveis de serem alcançados, acabará por funcionar como alvos e desafio realmente de
todo pessoal, com mais ênfase ainda, se tiver sido firmado com a participação dos
responsáveis pela produção. Haverá uma preocupação por parte dos altos administradores em
analisar as comparações e eliminação das divergências
Quanto aos pontos negativos, se o padrão for fixado com base num conceito ideal,
cada funcionário já saberá de antemão que o valor é inatingível, que todo e qualquer esforço
jamais culminará na satisfação máxima de objetivo alcançado, e poderá haver a criação de um
espírito psicológico individual e coletivo amplamente desfavorável. Há tendência dos
administradores se acostumarem aos relatórios (considerará utópico para a realidade) e não se
preocuparem com as informações nele contidas.
Real
O Custo Real representa o custo acontecido.
Características
● Como instrumento de planejamento estratégico, o custo real têm pouco
significado;
● O custo real para avaliação de inventário serve apenas para atender às
necessidades legais e fiscais;
O custo real tem validade no sentido em que, após a análise de suas variações, em
cima de um custo-padrão, se identificam as causas do porquê das variações, e através dela, se
permitem corrigir os rumos atuais.
● Fixação do padrão
O padrão a estabelecer, deve, sempre que possível, ser fixado em quantidades físicas e
valores monetários, quer de mão-de-obra, kWh, horas-máquinas, etc. A fixação final do
Custo-Padrão de cada bem ou serviço produzidos depende de um trabalho conjunto entre a
Engenharia de Produção(cabe fazer as fixações físicas) e a Contabilidade de Custos (cabe
transformar as fixações físicas em valores monetários). Segundo MARTINS (1995;336),
recomenda que sua implantação não seja imposto à empresa totalmente e sim a certos
produtos ou departamentos ou para certos tipos de custos, pois deve ser instalado onde se
julgue necessário. Recomenda ainda, que seja observado o aspecto dinâmico quanto a sua
implantação, ou seja, para melhor sucesso do próprio sistema, a implantação (na maioria dos
casos) deve ser gradual e ampliada.
4.2 Análise das Variações de Mão de Obra
Quando se refere à mão-de-obra direta, a expressão variação de uso ou de eficiência
substituirá a variação de quantidade e, ao invés da variação de preço, usa-se a expressão
variação de taxa. A variação da mão-de-obra direta será calculada utilizando-se a Variação da
taxa (preço) e eficiência. A interpretação das variações deste item é bastante complexa, visto a
dificuldade do próprio estabelecimento do seu Custo-Padrão, que é mais complexo do que no
caso dos materiais, pois existe a influência direta do comportamento humano, que é bastante
variável e que reflete em maior ou menor eficiência. Logo, o custo-padrão da mão-de-obra
direta pode ter taxas diferenciadas para cada tipo de função, ou, então, se trabalha com médias
ponderadas.
Já o custo real unitário sofre as mesmas observações e pode aumentar por acréscimos
inesperados de salários por ocasião da fixação do padrão. Assim, a eficiência da utilização e o
desempenho da mão-de-obra-direta determinarão o significado da variação de uso.
As variações de mão-de-obra, quando desfavoráveis, podem ter as seguintes causas:
falha na supervisão direta; horas-extras em excesso e sem necessidade; relações de trabalhos
estressantes e sob pressões, evidenciando caráter coercitivo, ao invés de incentivar a correção
das ineficiências e de motivar os funcionários; doença de empregados; má qualidade dos
instrumentos de trabalho; imperfeição no treinamento dos funcionários novatos (departamento
de pessoal); falta de planos de crescimento nas carreiras dos empregados; condições
econômicas (indisponibilidades de técnicos qualificados no mercado) são consideradascomo
incontroláveis variações de preço e taxas salariais incontroláveis pela empresa.
Quando favoráveis, poderão ser identificados vários aspectos positivos, destacando-se
o bom treinamento dos funcionários, ambiente interno com ênfase em boas relações humanas;
conhecimento das políticas salariais governamentais e de acordos sindicais, que poderiam ser
levadas em conta na previsão dos padrões, supervisão das horas trabalhadas, evitando-se
horas extras em excesso e garantindo o descanso do empregado.
4.3 Análise das Variações de Matéria Prima
Os dois aspectos a serem analisados são com referência a variação da quantidade e a
variação dos preços. Depois de estabelecidos os padrões de preços e quantidades, já tendo os
preços e as quantidades reais, calculam-se as variações. As variações, isoladamente, carecem
de uma análise qualitativa, pois apenas identificar se elas são favoráveis ou desfavoráveis
deixará um vácuo para a tomada de decisão.
É preciso destacar os aspectos quantitativos, analisar as suas causas, o seu significado,
as responsabilidades e os reflexos comportamentais no todo, não apenas em um centro de
responsabilidade. A variação de quantidade será favorável, quando a quantidade (real)
consumida for menor que a quantidade prevista. Caso contrário, isto é, se consumirmos mais
unidades de matéria-prima do que prevíamos, a variação da quantidade será desfavorável. Já a
variação de preços será desfavorável, se o custo unitário real for maior que o custo unitário
padrão, e será desfavorável, se o custo unitário padrão for maior que o custo unitário real.
Quando ocorre uma variação de quantidade favorável, a análise pode indicar se houve
eficiência do setor produtivo, a partir do consumo de menos matéria-prima e de uma boa
supervisão da área. Caso a variação de quantidade seja desfavorável, isso pode ser indício que
houve ineficiência de departamento da produção, ou do de compras, que ao adquirir a
matéria-prima não tenha verificado a qualidade, enfatizando somente o menor preço.
Já a variação de preços de matéria-prima fica influenciada pela avaliação de estoques,
conforme menciona Iudícibus e Marion (2000). Ë difícil identificar e atribuir esta variação,
visto que o padrão é fixado numa data mais antiga. Uma alternativa é corrigir esses padrões
por índices gerais de preços. Se, após essas observações o custo unitário padrão continuar
menor que o custo unitário real, então as suspeitas podem recair sobre o departamento de
compras.
Pode ser que não esteja havendo uma boa seleção dos fornecedores, mas deve-se ter
atenção não somente ao menor preço real para comprar, mas também à qualidade oferecida e
necessária à manutenção do padrão dos produtos da empresa, como mencionado
anteriormente. Uma matéria-prima de má qualidade pode acrescentar mais custos aos
produtos, mais quantidade consumida, mais horas de trabalho, mais desgaste dos
funcionários, além de prejudicar a linha de produtos da empresa.
Os preços são difíceis de serem controlados, pois podem fugir da responsabilidade dos
compradores, porque pode haver aumento simplesmente devido à inflação ou devido a um
fenômeno de oferta e procura. A tendência com referência aos preços é que os custos unitários
reais sejam sempre maiores que os padrões, mesmo que estes sejam corrigidos sempre, pois
os custos reais aumentam antes e mais rapidamente. O departamento de compras tem um
papel fundamental na aquisição da matéria prima utilizada no processo produtivo.
Os responsáveis por esse setor devem ter um bom treinamento e serem qualificados
para atender às solicitações dos engenheiros de produção, no que tange a qualidade da
matéria-prima. Por isso, deve haver uma sintonia entre as áreas funcionais para evitar
desperdícios e maiores custos. A atividade do setor de compras reside na responsabilidade dos
seus gestores. Algumas merecem ser destacadas como, por exemplo: garantir disponibilidade
de insumos de qualidade aceitável oriundos de fornecedores de confiança e que reduzem
custos; realizar boa negociação dos contratos de fornecimento de materiais, levando em conta,
além do preço, a qualidade, a confiança, contribuindo para a redução de custos; controlar os
preços, mantendo a sua atualização (cotação); conseguir descontos por pagamentos a vista,
conforme fluxo de caixa da empresa (comunicação com departamento financeiro); analisar as
cotações e negociações, quando for a prazo, não se esquecendo do impacto dos juros. Para
Robbins (2000) descreve-nos a importância do Lote Econômico de Compra (LEC): “O lote
econômico de compra busca equilibrar quatro custos de estoque: os custos de compra, custos
de requisição, custos de manutenção e custos de estocagem. O objetivo do LEC é reduzir
custos de manutenção e requisição”. A responsabilidade do setor de compra influencia outros
departamentos, assim toda variação deve ser investigada, levando em conta as interfunções
empresariais. O comportamento ético dos compradores é essencial para a imagem da empresa
e do próprio funcionário, assim uma das vantagens do uso do Custo-padrão é dificultar e
coibir certas manobras antiéticas, pois o cálculo das diferenças e suas análises serão
verificados.
4.4 Análise das Variações de Custos Indiretos
O custo de fabricação se compõe de três elementos de custo: o material direto, a
mão-de-obra direta e o custo indireto de fabricação. Material direto é aquele cuja
transformação pela mão-de-obra direta leva ao produto acabado. Mão-de-obra direta, como
acaba de ser dito, é a que transforma o material direto no produto acabado. Todos os demais
custos de fabricação são por exclusão indiretos. Incluem como parcelas principais: materiais
indiretos, salários indiretos, encargos sociais, depreciação, luz e força etc..
Os custos diretos são custos de produto, que são conhecidos quando o produto está
pronto. Os custos indiretos são custos de período de tempo, conhecidos ao fim de um
determinado período, que é normalmente de um mês. Portanto, os custos indiretos não são
conhecidos ao término do produto e o que se objetiva com a aplicação de métodos para
obtenção do custo indireto é exatamente tornar possível sua alocação entre vários produtos
fabricados por uma empresa ou simplesmente para um único produto. Sem o conhecimento do
custo indireto qualquer procedimento posterior, que em última instância visa a apurar o custo
de fabricação, seria impossível.
Deve ainda acrescentar-se a estas considerações preliminares que a aplicação do custo
indireto é feita a priori, baseada em estimativas derivadas de um orçamento. A aplicação dos
custos indiretos de fabricação pode ser feita na prática contábil, independentemente da
existência, ou não, de um sistema de custos-padrão.
Quando a empresa adota um sistema de custos-padrão ela faz, inclusive, aplicação dos
custos indiretos porque o coeficiente de aplicação dos custos indiretos de fabricação aplicados
é uma forma de padrão de preço para os custos indiretos de fabricação; assim sendo, a
variação de aplicação é efetivamente uma variação de preço para os custos indiretos de
fabricação.
Esta observação é destinada aos leitores familiarizados com a teoria do custo-padrão,
que não constitui, evidentemente, o objeto do presente trabalho. Os leitores não familiarizados
com a teoria do custo-padrão poderão passar por cima desta observação que tem por escopo
dar uma visão de conjunto, localizando este artigo no quadro geral da Contabilidade
Industrial. Mesmo assim, a observação que segue, informará melhor o leitor mais interessado.
O custo-padrão é o custo que o produto deveria ter em condições de fabricação
pré-definidas. Por isso mesmo, também pode ser determinado a priori, tal qual o coeficiente
de aplicação do custo indireto aplicado. O custo de fabricação-padrão se compõe igualmente
de três parcelas básicas:
• material direto-padrão derivado das especificações e desenhos do produto;
• mão-de-obra direta-padrão derivada de estudos de tempos e movimentos;
• uso indireto de fabricação-padrão derivado da aplicação feita com base namão-de-obra direta-padrão.
 
Análise das Variações
Através das fórmulas que definem as variações dos custos indiretos de fabricação, a
variação de aplicação dos custos indiretos de fabricação pode ser analisada em função de duas
componentes, isto é, duas variações que somadas uma a outra constituem a variação de
aplicação.
Essa separação ou análise é de grande valor prático: permite identificar as causas da
variação total e encontrar a sua explicação. Assim, por exemplo, vemos que a variação de
orçamento dos custos indiretos de fabricação deriva do fato de se orçar, para um dado nível do
volume de produção, custos indiretos diferentes daquele em que a empresa realmente
incorreu. Já a variação da capacidade é devida a um erro de orçamento da capacidade de
produção, isto é, a empresa produziu mais ou menos o que se havia orçado, em termos de
unidades contábeis de produção. O valor prático dessa análise está em ajudar o administrador
de empresa responsável pela feitura do orçamento, a identificar os erros cometidos com a sua
própria origem e assim, poder fazer melhores orçamentos no futuro.
O conhecimento do custo indireto de fabricação aplicado, conforme já se salientou
anteriormente, permite o conhecimento do custo de fabricação no mesmo momento em que a
fabricação termina, não sendo necessário esperar até o fim do mês, quando são conhecidos os
custos indiretos de fabricação efetivos.
5. CONCLUSÃO
O mercado atual é altamente competitivo, e este cenário faz com que as empresas
busquem alternativas eficazes para se manter no mercado e uma delas é o controle dos custos
envolvidos nas atividades da empresa. Através das informações geradas pelos sistemas de
custeios, as empresas têm informações valiosas para a tomada de decisão, e montagem de
estratégias para manter-se no mercado. Afinal, não adianta simplesmente aumentar as receitas
sem o devido controle do comportamento dos custos envolvidos, ou seja, qualquer empresa
terá problemas quando suas receitas aumentarem em uma proporção inferior ao aumento dos
custos.
Então neste trabalho apresentamos quais os tipos de sistemas de custeios existentes
para que o controle dos custos possa ser realizado e apresentamos os conceitos e indicadores
mais significativos necessários ao processo de tomada de decisão que os sistemas de custeios
podem proporcionar. Mas é importante lembrar que os custos das empresas não são estáticos,
é necessário sempre avaliar o ambiente de negócio no qual a empresa está inserida, as
mudanças tecnológicas e mercadológicas.
Pois o que hoje fazes parte do processo operacional com a chegada de alguma nova
tecnologia pode se tornar desperdício. Por isso os gestores devem sempre buscar novas
alternativas e conhecimentos necessários para a gestão adequada de custos. Assim utilizando
as informações geradas, como uma ferramenta eficaz para a sobrevivência das empresas no
mercado.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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https://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/humanas/administracao/custos-para
-controle/
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAACLQAG/custo-padrao
https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/2377/2377
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901968000100005
https://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/humanas/administracao/custos-para-controle/
https://www.zemoleza.com.br/trabalho-academico/humanas/administracao/custos-para-controle/
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAACLQAG/custo-padrao
https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/2377/2377

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