Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 1/19 AO2 Entrega 12 dez em 23:59 Pontos 6 Perguntas 10 Disponível 1 dez em 0:00 - 12 dez em 23:59 12 dias Limite de tempo Nenhum Instruções Histórico de tentativas Tentativa Tempo Pontuação MAIS RECENTE Tentativa 1 129 minutos 6 de 6 As respostas corretas estarão disponíveis em 13 dez em 0:00. Pontuação deste teste: 6 de 6 Enviado 9 dez em 19:02 Esta tentativa levou 129 minutos. Importante: Caso você esteja realizando a atividade através do aplicativo "Canvas Student", é necessário que você clique em "FAZER O QUESTIONÁRIO", no final da página. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 1 Leia o texto abaixo: O Código Civil de 2002 trata, no seu Livro II, Título I, do “Direito de Empresa”. Desaparece a figura do comerciante, e surge a figura do empresário (da mesma forma, não se fala mais em sociedade comercial, mas em sociedade empresarial). A mudança, porém, está longe de se limitar a aspectos terminológicos. Ao disciplinar o direito de empresa, o direito brasileiro afasta-se, definitivamente, da ultrapassada teoria dos atos de comércio, e incorpora a teoria da empresa ao nosso ordenamento jurídico, adotando o conceito de empresarialidade para delimitar o âmbito de incidência do regime jurídico comercial. Não se fala mais em comerciante, como sendo aquele que pratica habitualmente atos de comércio. Fala-se agora em empresário, sendo https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833/history?version=1 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 2/19 este o que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços” (CC/02, art. 966). (RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito Comercial ou Direito Empresarial? – Notas sobre a evolução do ius mercatorum. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php? id=887391. Acesso em: 29 jul. I. É obrigatória a inscrição do empresário ou da sociedade na Junta Comercial PORQUE II. O registro na Junta Comercial confere existência e regularidade à atividade empresarial, sendo que a principal sanção pela ausência de registro é a responsabilização ilimitada dos sócios pelas obrigações empresariais.2019). As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 3/19 Alternativa A: A alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa da I. A asserção I é verdadeira, pois a inscrição do empresário ou da sociedade na Junta Comercial é requisito obrigatório, pois é ele que dá existência legal à atividade empresária e confere a ela regularidade. A asserção II é verdadeira, pois a exploração de atividade econômica sem o devido registro sujeita o seu titular a várias sanções, dentre elas, a responsabilização ilimitada dos sócios pelas obrigações empresariais. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 2 Leia o texto a seguir: Os contratos fazem parte do nosso cotidiano e decorrem da colaboração, da confiança, da promessa e do crédito. Desde que observadas regras e determinados princípios, podemos concluir que são pactos que fazem “lei entre as partes”, vinculando-as. Portanto, para que possam existir, devem possuir requisitos que possam torná- los válidos. Não obstante, os contratos também têm um fim, havendo formas normais e anormais de sua extinção. Tendo em vista a impossibilidade do ser humano de viver sozinho, a convivência com seus semelhantes proporcionou-lhe diversas experiências bem como vontades, que costumeiramente eram viabilizadas por outras pessoas. Com o intuito de atender suas necessidades, o homem começou a negociar, inventando a troca, a doação e o empréstimo. Entretanto, com o passar do tempo, necessidades foram surgindo e, para que pudessem ser satisfeitas, diversos novos acordos passaram a ser celebrados. Para que possa produzir efeitos, exige-se que sua validade se submeta a determinados requisitos objetivos, subjetivos e formais, de forma que a ausência de quaisquer destes requisitos invalida o 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 4/19 negócio, não produz o efeito jurídico em questão e é nulo ou anulável, além de não ser resguardado pelo Direito. Disponível em: https://stephanyakie.jusbrasil.com.br/artigos/557989484/os- elementos-dos-contratos-e-os-requisitos-de-sua-validade (https://stephanyakie.jusbrasil.com.br/artigos/557989484/os-elementos-dos-contratos-e- os-requisitos-de-sua-validade) . Acesso em: 19 de maio de 2021. Adaptado Considerando o trecho acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I. Os elementos dos contratos são as características inerentes ao ato, o objeto do contrato, o preço outorgado e o acordo de uma das partes. PORQUE II. Um objeto de contrato existe a partir do momento que o contrato é concretizado, um exemplo é uma obrigação de algo que precisa ser realizado. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. As asserções I e II são proposições falsas. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. https://stephanyakie.jusbrasil.com.br/artigos/557989484/os-elementos-dos-contratos-e-os-requisitos-de-sua-validade 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 5/19 A alternativa está correta. As asserções I e II são proposições falsas, pois, dentro de um contrato, temos os elementos do contrato, são as características inerentes ao ato e são: o objeto do contrato, o preço convencionado e o acordo das partes – ou seja, de mais de uma parte. Além disso, para que o contrato seja formado e assim possa ser executado, é necessário que exista um objeto, como uma obrigação de dar ou de fazer ou não fazer, que deve ter uma contraprestação nos contratos onerosos, que será decidida após as partes conversarem a respeito de seus interesses, portanto, o objeto é definido antes da formação e execução do contrato. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 3 Leia o texto abaixo: Dona Maria trabalha como copeira na empresa XYZ Corporate há mais de 15 anos. Nos últimos 6 meses, o salário de Dona Maria foi pago em atraso, e houve rumores de que a empresa estava “mal das pernas”. Certo dia, Dona Maria chegou para trabalhar e encontrou a empresa fechada. Todos os funcionários estavam do lado de fora do prédio, sem poder entrar para trabalhar, e sem qualquer explicação a respeito do ocorrido. Nos dias que se seguiram, Dona Maria soube que a empresa foi encerrada na Junta Comercial, que os sócio-proprietários fugiram para o exterior sem pagar as verbas trabalhistas a que seus funcionários – incluindo Dona Maria – teriam direito, e que também havia pedido de decretação de falência da empresa formulado por seus credores. De acordo com o texto apresentado, avalie as afirmações a seguir: I - O encerramento irregular da empresa na Junta Comercial, sem o pagamento das verbas trabalhistas dos funcionários, configura fraudee abuso de direito, e autoriza a desconsideração da personalidade jurídica. 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 6/19 II - Pelo princípio da autonomia patrimonial, é impossível os sócios responderem por dívidas assumidas pela sociedade, ainda que tenha havido fraude contra os credores. III. Pelo princípio da subsidiariedade da responsabilidade dos sócios, os sócios apenas responderão pelas dívidas da sociedade após o esgotamento dos bens dela, e mesmo assim observando-se as limitações impostas pela lei. IV - O intuito da desconsideração da personalidade jurídica é considerar os bens dos sócios e da sociedade como uma universalidade que deve responder pelas dívidas da sociedade em caso de fraude ou abuso de direito. É correto o que se afirma em: I, II e III II, apenas I, II e IV, apenas II e III, apenas I, apenas 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 7/19 A resposta está correta, pois apenas as afirmações I, II e IV são verdadeiras. A asserção I é verdadeira, pois o encerramento irregular da empresa na Junta Comercial, sem o pagamento das verbas trabalhistas dos funcionários, configura fraude e abuso de direito, autorizando a desconsideração da personalidade jurídica, nos termos do art. 28 do Código de Defesa do Consumidor. A asserção II é falsa. Pelo princípio da autonomia patrimonial, os bens, direitos e obrigações da pessoa jurídica não se confundem com os dos seus sócios, porém, estes poderão ser responsabilizados depois de executados os bens da sociedade e se constatada a fraude ou abuso de direito. A asserção III é verdadeira, pois o princípio da subsidiariedade da responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais significa que, em caso de dívida assumida pela sociedade, os bens dos sócios apenas poderão ser executados após a execução dos bens da sociedade, e mesmo assim observando- se eventuais limitações impostas pela lei. Esse princípio é uma decorrência do princípio da autonomia patrimonial. A asserção IV é verdadeira, pois o intuito da desconsideração da personalidade jurídica é afastar a divisão existente entre os bens dos sócios e da empresa, considerando-os como uma universalidade de bens que deve responder pelas dívidas da sociedade assumidas pelos sócios com fraude ou abuso de direito. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 4 Leia o texto a seguir: Contrato é o termo surgido no Direito Romano que é um termo jurídico- histórico, isto é, compreende não só a ordem jurídica que teve lugar ao longo da história de Roma, mas também as ideias e experiências surgidas desde o momento da fundação da cidade até a desagregação 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 8/19 do Império após a morte de Justiniano, num clima de formalismo, de inspiração religiosa, o contrato se firmou, no direito canônico assegurando à vontade humana a possibilidade de criar direitos e obrigações. Natural dos canonistas, a teoria da autonomia da vontade foi desenvolvida pelos enciclopedistas filósofos e juristas que perceberam a Revolução Francesa e afirmaram a obrigatoriedade das convenções, equiparando-as, para as partes contratantes à própria lei. Surge assim o princípio: “pacta sunt servanda”. São os jusnaturalistas que levam o contratualismo ao seu apogeu, baseando num contrato a própria estrutura estatal (O Contrato Social de Rousseau) e fazendo com que, em determinadas legislações, o contrato não mais se limite a criar obrigações podendo criar, modificar ou extinguir qualquer direito, inclusive os direitos reais. Disponível em: https://direito.legal/direito-privado/conceito-de- contratos/. Acesso em: 20 de maio de 2021 No contexto da definição de contratos, assinale a opção correta. O contrato jurídico é inerente e é a partir dele que surge a manifestação de vontade. Diante da formalização do contrato, o objeto ou conteúdo requer que seja ilícito. Com o advento do novo código civil em 2002, as relações civis passam por grandes mudanças, sendo as partes relacionadas a contratos as menos afetadas. Contrato é um negócio jurídico pelo qual as partes se ajustam para alcançar objetivos específicos. Ato unilateral é outro termo que pode ser utilizado no lugar de contrato. 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 9/19 A alternativa está correta. O contrato é um negócio jurídico pelo qual as partes se ajustam para alcançar objetivos específicos, dessa forma, contrato trata- se de um acordo de vontades com a finalidade de produzir efeitos jurídicos. O negócio jurídico são atos jurídicos que decorrem da manifestação de vontade das partes com o objetivo de atingir uma finalidade específica. É por meio dele que as partes se vinculam e estabelecem regras que irão disciplinar seus interesses. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 5 Leia o texto abaixo: O trabalhador que já tiver o direito de se aposentar poderá utilizar as regras atuais mesmo que entre com pedido após a aprovação da reforma da Previdência. O relatório com as novas regras da aposentadoria deve ser discutido no plenário da Câmara nesta terça- feira (9), com previsão de aprovação antes do dia 18, quando começa o recesso parlamentar. Quem cumpriu os requisitos para se aposentar pelas regras atuais está preservado pelo direito adquirido e não será afetado pela reforma da Previdência. Nesses casos, o trabalhador mantém o direito de se aposentar pelos critérios presentes, mesmo que Projeto de Emenda à Constituição da reforma entre em vigor. Isso vale para qualquer direito, porque a legislação, em tese, não pode retroagir, apenas ser aplicada a partir do momento em que passar a vigorar. “Essa é uma questão definida dentro do sistema judiciário. Durante a reforma da Previdência no fim dos anos 1990, houve uma controvérsia, mas o STF [Supremo Tribunal Federal] se posicionou na época sobre o assunto e determinou que o direito adquirido vale para quem tenha completado os requisitos nos termos da norma anterior. Não precisa ter feito o requerimento, basta ter completado o direito”, 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 10/19 explica o mestre em direito constitucional Rodrigo Mello, professor de direito no Centro Universitário de Brasília (Uniceub). (R7. Quem tem já direito a se aposentar pode usar regra atual após reforma. Disponível em: https://noticias.r7.com/economia/quem-tem-ja-direito-a-se-aposentar-pode-usar-regra-atual-apos- reforma-08072019. Acesso em: 30 jul. 2019) O direito adquirido revela-se como uma faceta de qual princípio constitucional? Princípio do devido processo legal Princípio do contraditório e da ampla defesa Princípio da proporcionalidade Princípio da legalidade Princípio da segurança jurídica A resposta está correta. O princípio da segurança jurídica está relacionado à sucessão das leis no tempo e no espaço, e está ligado à confiança que o cidadão tem de que as mudanças no ordenamento jurídico não irão afetar os direitos existentes quando da promulgação de uma nova lei, e é por isso que o inc. XXXVI do art. 5° da Constituição Federal determina que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Se um direito não foi exercido e uma nova lei é promulgada, ele se transforma em direito adquirido, porque esse direito era exercitável e exigível à época da lei antiga, e a lei nova não prejudicá-lo. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 6 Leia o texto abaixo: 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 11/19 Interpretar é a busca do sentido, tornar compreensível. Como a lei pode apresentar vários sentidos, há que se escolher um deles, pois só com um deles elapode ser aplicada. Saber qual deva ser, no seu tipo abstrato, o sentido decisivo para o efeito da aplicação da lei, qual seja — dum modo geral — o ponto de vista em que o intérprete deve colocar-se para determinar o sentido legal prevalecente, eis aqui o primeiro e capital problema que a doutrina da interpretação das leis terá de resolver. (ANDRADE, 1987, p. 10) Applicare em seu sentido original aponta para a idéia de enroscar, juntar. No jargão jurídico aplicar é colocar a norma em contato com um referente objetivo, que são os fatos e atos (FERRAZ JÚNIOR, 2003, p. 485). (BROCHADO, Mariá. Apontamentos sobre hermenêutica jurídica. Revista Jurídica da Presidência, v. 13, n. 100, jul./set. 2011, pp. 227-261. Disponível em: https://revistajuridica.presidencia.gov.br/index.php/saj/article/view/155/148. Acesso em: 31 jul. 2019). Considerando o texto apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. A hermenêutica jurídica fixa o sentido e alcance das normas para aplicá-las às relações sociais, ocupando-se de interpretar apenas a lei. PORQUE II. Ao julgar, o juiz deve interpretar literalmente a lei, aplicando ao caso concreto a sua percepção pessoal sobre as normas jurídicas, de modo a definir com clareza sua incidência ao caso concreto. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I. 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 12/19 A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa As asserções I e II são proposições falsas. Alternativa A: A resposta está correta, pois as duas asserções são falsas. A asserção I é falsa, pois a hermenêutica jurídica é a ciência que busca interpretar o Direito, revelando seu sentido e fixando o alcance das normas jurídicas; ela não se ocupa de interpretar apenas lei, ela também se ocupa de interpretar os fatos sociais, e seu objetivo é o de fornecer ao intérprete os parâmetros para a solução de casos concretos. A asserção II é falsa, pois, ao julgar, o juiz deve interpretar o Direito – e não a lei – para chegar ao verdadeiro sentido e alcance das normas jurídicas a serem aplicáveis ao caso concreto. O juiz não deve aplicar suas percepções pessoais ao caso concreto, mas sim, o Direito 0,6 / 0,6 ptsPergunta 7 Leia o texto abaixo: O juiz do Trabalho Marcio Jose Zebende, da 23ª vara de Belo Horizonte/MG, deixou de reconhecer o vínculo de emprego entre um motorista e empresa 99 Tecnologia Ltda., dona do aplicativo 99. Para o magistrado, a relação jurídica entre as partes não foi a de emprego, mas de autêntico trabalho autônomo. (…) O magistrado verificou que era o autor que escolhia o modo e a forma de execução do trabalho, decidindo a jornada e os dias em que iria ou não exercer o labor, podendo, até mesmo, trabalhar em plataformas concorrentes, como a Uber e Cabify. O julgador entendeu que ficou 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 13/19 demonstrado que o motorista possuía um mínimo de capacidade econômica para suportar os riscos da atividade, inclusive com os gastos com a manutenção do veículo utilizado. "A meu ver, o reclamante livremente aderiu à reclamada, e, agora, busca simplesmente abjurar o ajuste, renegar o pactuado, renunciar a sua autonomia de vontade e ao seu consentimento contratual, e, contrariando o que vivenciou, vir bater às portas da Justiça do Trabalho para se transformar em uma mero empregado." (MIGALHAS. Motorista não consegue vínculo empregatício com app 99. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI292763,41046- Motorista+nao+consegue+vinculo+empregaticio+com+app+99. Acesso em: 31 jul. 2019). De acordo com o texto apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. No caso acima transcrito, o juiz entendeu que o motorista renunciou à sua autonomia de vontade e ao consentimento contratual ao aderir ao serviço do aplicativo de transportes. PORQUE II. A autonomia da vontade compreende a liberdade de contratar em suas três dimensões: liberdade de contratar propriamente dita, liberdade de estipular o contrato e liberdade de determinar o conteúdo do contrato, enquanto o consentimento contratual dá origem ao contrato. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I. As asserções I e II são proposições falsas. 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 14/19 A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa A resposta está correta, pois a proposição I é falsa, mas a II é verdadeira. A asserção I é falsa, pois o motorista exerceu sua autonomia da vontade e deu seu consentimento contratual ao aderir ao aplicativo de transportes, e o juiz entendeu que, ao pretender o reconhecimento do vínculo empregatício, o motorista está justamente querendo renunciar à autonomia da vontade e ao consentimento contratual. A asserção II é verdadeira, pois a autonomia da vontade compreende a liberdade de contratar em suas três dimensões: liberdade de contratar propriamente dita, liberdade de estipular o contrato e liberdade de determinar o conteúdo do contrato, e o consentimento contratual é o acordo de vontade entre as partes que dá origem ao contrato. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 8 Leia o texto a seguir: A Constituição (CF) de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, é a que rege todo o ordenamento jurídico brasileiro hoje. Desde a independência do Brasil em 1822, é a sétima constituição que nosso país tem – e a sexta desde que somos uma República. A CF/88 faz 30 anos em 2018 e é um marco aos direitos dos cidadãos brasileiros, por garantir liberdades civis e os deveres do Estado. Em 05 de outubro de 1988, sua promulgação foi marcada pelo discurso do então deputado federal e participante da Assembleia Constituinte, Ulysses Guimarães: “A Constituição pretende ser a voz, a letra, a vontade política da sociedade rumo à mudança. Que a promulgação seja nosso grito: 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 15/19 Muda para vencer! Muda, Brasil!” Disponível em: https://www.politize.com.br/constituicao-de-1988/ (https://www.politize.com.br/constituicao-de-1988/) . Acesso em: 19 de maio de 2021 A partir da leitura do texto, assinale a alternativa correta. No texto constitucional não há hipóteses de situações excepcionais. Constituição é uma soma dos fatores reais do poder que regem um país. Constituição é uma estrutura integrada por um conjunto de normas de natureza e finalidades indistintas. Constituição Federal de 1988 não afirma que a República Federativa do Brasil se constitui em um Estado Democrático de Direito. Os elementos orgânicos da Constituição organizam as regras do Direito tributário. A alternativa está correta. Constituição é uma soma dos fatores reais do poder que regem um país, quer dizer, a monarquia, a burguesia, a aristocracia, os banqueiros e, em certos casos, também o povo são partes integrantes da Constituição. Dessa forma, quando todos esses fatores reais de poder são escritos em um papel, eles passam a constituiro verdadeiro direito. A Constituição não é uma mera folha de papel, ela deve refletir as forças sociais que compõem o poder. https://www.politize.com.br/constituicao-de-1988/ 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 16/19 0,6 / 0,6 ptsPergunta 9 Leia o texto abaixo: José adquiriu, sob a modalidade de arrendamento mercantil, um veículo novo cujo preço foi parcelado em 72 prestações de R$ 600,00, que pagava com os recursos provenientes do salário que recebia na empresa em que trabalhava. No entanto, José perdeu o emprego e sua situação financeira modificou-se, restando impossibilitado de pagar as parcelas do empréstimo. José, então, propôs ação judicial com base na teoria da imprevisão, pedindo a revisão do contrato de arrendamento mercantil para que o prazo se estendesse para 144 meses e, consequentemente, o valor da parcela fosse reduzido à metade, ou seja, R$ 300,00. O juiz negou o pedido. Considerando o texto apresentado, avalie as afirmações a seguir: I - No contexto das relações de trabalho, o desemprego não pode ser considerado evento extraordinário e imprevisível que torna excessivamente oneroso o cumprimento do contrato, a ponto de permitir a sua revisão. II - No caso, a teoria da imprevisão não pode ser aplicada porque não basta a mera alteração na situação financeira de José, sendo necessário que ele não pudesse prever a mudança desse estado quando da celebração do contrato. III. Aplica-se ao caso em tela a cláusula rebus sic stantibus, pela qual as regras do contrato devem continuar a valer, desde que as condições de fato existentes no momento da assinatura do contrato continuem as mesmas. É correto o que se afirma apenas em: I, II e III I e II I II e III II 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 17/19 A resposta está correta, pois todas as afirmações são verdadeiras. A asserção I é verdadeira, pois o desemprego é fato do cotidiano que, no contexto das relações trabalhistas, é previsível, diante da possibilidade de demissão a qualquer momento. A asserção II é verdadeira, pois não basta a mera alteração nas circunstâncias de fato para justificar a quebra do contrato. Para se admitir a intervenção judicial no contrato, é essencial que as partes não pudessem prever a mudança desse estado quando de sua celebração e, no caso, o desemprego não é circunstância extraordinária e imprevisível. A asserção III é verdadeira, pois a teoria da imprevisão consiste na possibilidade de revisão judicial dos contratos quando ocorrem eventos extraordinários e imprevisíveis, tornando-se excessivamente oneroso o cumprimento da obrigação por uma das partes contratantes. A teoria da imprevisão é viabilizada pela aplicação da cláusula rebus sic stantibus, pela qual as regras do contrato devem continuar a valer, desde que as condições de fato existentes no momento da assinatura do contrato continuem as mesmas. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 10 Leia o texto abaixo: A DPU (Defensoria Pública da União) elaborou uma nota técnica em que afirma que a portaria publicada nesta semana pelo ministro Sérgio Moro (da Justiça e Segurança Pública) sobre a deportação de “pessoa perigosa” viola a Constituição e legislações sobre o direito migratório. A análise, feita por coordenadores da DPU, afirma que a portaria 666/2019 fere diversos dispositivos da Constituição, da Lei de Migração (13.445/2017) e da Lei do Refúgio (9.474/1997). Segundo o 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 18/19 texto, ficam prejudicados em especial a garantia do devido processo legal no âmbito migratório, o contraditório e a ampla defesa. (…) O documento chama atenção para o fato de a portaria criar um novo mecanismo no direito migratório chamado de “deportação sumária”. Os técnicos afirmam que o instituto não existe no ordenamento brasileiro e permitirá, com base em portaria ministerial, que qualquer imigrante esteja sob risco de ser deportado a qualquer momento “sob alegações genéricas de periculosidade, por meio de um processo administrativo materialmente inexistente, sem a adequada possibilidade de defesa e produção de prova e sem qualquer vinculação com a regularidade, ou não, de sua situação migratória no País”. (O SUL. Portaria de Sergio Moro sobre a deportação de estrangeiros viola a Constituição, diz a Defensoria da União. Disponível em: http://www.osul.com.br/a-portaria-de-sergio-moro-sobre-a- deportacao-de-estrangeiros-viola-a-constituicao-diz-a-defensoria-da-uniao/. Acesso em: 31 jul. 2019). De acordo com o texto apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. A Portaria 666/2019 viola a Constituição Federal, em especial, os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. PORQUE II. Pelo princípio do devido processo legal, que compreende os princípios do contraditório e da ampla defesa, a parte de um processo tem direito à plenitude de defesa, consistente em conhecer as alegações relevantes do processo e contrapondo-se a elas, utilizar todos os meios jurídicos disponíveis para se defender, e produzir as provas que entende cabíveis. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I. 09/12/2021 19:02 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/16346/quizzes/62833 19/19 A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. Alternativa A: A resposta está correta, pois as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. De acordo com o texto apresentado, a Portaria 666/2019 viola a Constituição Federal, em especial, os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, pois esses princípios asseguram à parte envolvida em um processo que conheça as alegações em seu desfavor, contrapondo-se a elas, utilize todos os meios jurídicos disponíveis para se defender, e produza as provas que entende cabíveis, no que se chama de “plenitude de defesa”. Segundo a Defensoria da União, o instituto da “deportação sumária”, por não possibilitar ao imigrante a apresentação de defesa técnica por advogado e a produção de provas, viola os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa Pontuação do teste: 6 de 6
Compartilhar