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Relatório de Microbiologia - Cocos Gram Positivos

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Relatório de Aula Prática – Disciplina de Microbiologia
CASO 1:
1. Caracterização do Problema
Foi exposto um caso clínico de uma menina de 05 anos em uma consulta pediátrica. A menina apresenta lesões na pele avermelhadas, pruriginosas(que provoca coceira), com exsudato purulento (acumulo de neutrófilo, que interage com o agente agressor provocando destruição tecidual). Foi relato pela mãe que há 06 meses a criança esteve na casa dos avós em Mato Grosso onde foi picada por inseto. A partir desse momento as lesões melhoram e pioram, todavia não há remissão completa (fase em que não há sinais de atividade do doença, cura).Por fim, a paciente apresentava histórico de asma e rinite alérgica. Foi solicitado um exame laboratorial de cultura das secreções das feridas.
2. Objetivos
• Identificação de microrganismos Gram positivo
Compreender quais os cocos de maior importância médica; Como fazer a diferenciação entre Staphylococcus Aureus e Streptococcus Pyogenes. Compreender as características morfológicas dos cocos e, por fim, compreender o processo de identificação etiológica dos cocos.
3. Materiais e Métodos
1. Observação do crescimento nas placas. Foi observada cultura em ágar sangue e em manitol.
2. Observada da cultura em microscópio. Foi observada a morfologia das colônias, previamente coloridas com a técnica de Gram.
3. Teste da Catalase.
- Materiais utilizados: lâmina para microscopia, alça de platina, bico de bunsen e peróxido de hidrogênio 3%.
-Para realização de tal teste coletou-se o centro de uma colônia a ser identificada e esfregou-se em uma lâmina de vidro. Colocou-se sobre este esfregaço, uma gota de peróxido de hidrogênio a 3 % e observou-se se houve formação de bolhas.
4. Teste da Coagulase em tubo.
-Materiais utilizados: tubo de ensaio com 0,5 ml de plasma e alça de platina.
-Este teste é baseado na presença de coagulase livre que reagem com um fator plasmático formando um complexo que atua sobre o fibrinogênio liberando a fibrina. Nesse teste é utilizado 0,1 ml de caldo BHI, incubado por uma noite, com colônia suspeita em um tubo de ensaio com 0,5 de plasma, a seguir, essa mistura é incubada por 4 horas em estufa ou banho maria, por fim, a formação de coágulo pode ser observada com uma inclinação suave do tubo de ensaio. A presença de coágulo ao final do teste é indicativo de colônia bacteriana de Staphylococcus aureus.
4. Resultados
Examinando o crescimento da cultura em placas de ágar sangue e em manitol, houve crescimento de colônias em ambos os meios, com as seguintes características: em ágar sangue, colônias amarelo-acinzentas cercada por zonas claras de beta-hemólise, em ágar manitol é observado o crescimento de colônias acinzentadas rodeadas de uma zona amarela e, principalmente, a fermentação do meio que passa da coloração vermelho-rosado para amarelo. A observação em microscópio mostrou bactérias gram-postivas (coloração roxa) em formato de cachos irregulares semelhantes a cachos de uvas. Ao se realizar o teste da catalase é notado a degradação da água oxigenada (peróxido de hidrogênio) evidenciado pela formação de bolhas em lamina de vidro. Por fim, foi realizado o teste da coagulase que, após incubação, demonstrou formação de coágulo, esse resultado, por conseguinte, confirma se tratar de uma colônia de Staphylococcus aureus.
Teste da Coagulase
Teste da Catalase
A- Placas de Ágar manito/ sangue
B- Vista microscópica
5. Discussão
• Discutir os resultados obtidos. Incluir fundamentação teórica sobre o tema exposto
a) Microrgnismo estudado
b) Importância clínica
c) Características particulares (S. aureus e infecções de pele: doenças causadas pelos S. aureus, importância clínica, diagnóstico laboratorial, importância em infeções hospitalares.
Observou-se o crescimento da cultura em Ágar sangue e Ágar Manitol, dado que o Manitol é um meio seletivo que permite o crescimento de Estaphylococcus, também foi observado o crescimento em Ágar Sangue, que, por se tratar de um meio não seletivo, possibilita o crescimento de Staphyloccocus e outras classes de bactérias, apresentou-se como colônias grandes de células esféricas dispostas em forma de cachos, amarelo-acinzentadas, cercada de zonas de Beta hemólise. Dessa forma, pode-se deduzir que a cultura em questão trata-se de Estaphylococcus aureus do grupo coagulase-positivo. Tal proposição pode ser ratificada pelo teste da catalase e coagulase positivos respectivamente, o primeiro é indicativo da classe bacteriana Staphylococcus, haja vista que eles possuem a enzima catalase que converte peróxido de hidrogênio em água e oxigênio (o oxigênio é liberado macroscopicamente em forma de bolhas), o segundo indica que se trata de um Staphylococcus aureus pois, o mesmo, produz a coagulase, uma proteína semelhante a enzima que coagula o plasma oxalatado ou citratado na presença de um fator contido no soro. A coagulase pode depositar fibrina na superfície do microrganismo com o objetivo de impedir sua ingestão por células fagocítica ou sua destruição no interior da célula do hospedeiro, esse teste é caracterizado macroscopicamente pela formação de coágulo que pode ser visto inclinando suavemente o tubo de ensaio a 90 graus na vertical.
O Staphylococcus aureus é uma bactéria gram-postiva esférica, organizado em agrupamentos irregulares semelhantes a cachos de uvas. Todos Staphilococcus produzem catalase ao contrário dos Streptococcus. A catalase é um importante fator de virulência, uma vez que o peróxido de hidrogênio é microbicida e sua degradação limita a capacidade de os neutrófilos promoveram a morte do microrganismo. Ademais, S. aureus distingue-se dos demais Staphylococcus principalmente pela produção de coagulase. A coagulase é uma enzima que provoca a coagulação do plasma por ativar protrombina, originando trombina. A trombina, então, catalisa a ativação do fibrinogênio, originando o coágulo de fibrina.S. aureus produz um pigmento carotenoide que confere uma coloração dourada a suas colônias. Este pigmento aumenta a patogenicidade do organismo por inativar o efeito microbicida de superóxidos e outras espécies reativas de oxigênio no interior dos neutrófilo. Mais de 90% das linhagens de S. aureus contêm plasmídeos que codificam β-lactamase, a enzima que degrada diversas penicilinas, mas não todas. Algumas linhagens de S. aureus são resistentes às penicilinas resistentes à β-lactamase, como meticilina e nafcilina, devido a alterações na proteína de ligação à penicilina de sua membrana celular. Essas linhagens são comumente conhecidas como S. aureus resistentes à meticilina (MRSA, do inglês, methicillin-resistant S. aureus) ou S. aureus resistentes à nafcilina (NRSA, do inglês, nafcillin-resistant S. aureus). Linhagens raras, denominadas S. aureus de resistência intermediária à vancomicina (VISA, do inglês, vancomycin-intermediate S. aureus), exibindo sensibilidade reduzida à vancomicina, emergiram, bem como linhagens totalmente resistentes à vancomicina.
S. aureus possui vários componentes importantes de parede celular e antígenos. A proteína A é a principal proteína da parede celular. Ela corresponde a um importante fator de virulência, uma vez que se liga à porção Fc da IgG no sítio de ligação do complemento, impedindo, assim, a ativação do complemento. Como consequência, não há produção de C3b, e a opsonização e a fagocitose dos organismos são significativamente reduzidas. A proteína A é utilizada em determinados testes no laboratório clínico porque se liga à IgG e forma um “coaglutinado” com complexos antígeno-anticorpo. Os estaphylococcus coagulase-negativos não produzem a proteína A. Os ácidos teicoicos são polímeros de ribitol fosfato. Medeiam a adesão dos estafilococos às células mucosas e desempenham um papel na indução de choque séptico. A cápsula polissacarídica também é um importante fator de virulência. Existem 12 sorotipos, embora os tipos 5 e 8 sejam responsáveis por 85% das infecções. A cápsula é pouco imunogênica, fato que dificultou a produção de uma vacina efetiva. A maioria das linhagens de S. aureus é revestidapor uma pequena quantidade de cápsula polissacarídica (microcápsula), a qual é antifagocitária. Existem 11 sorotipos com base na antigenicidade do polissacarídeo capsular. O peptideoglicano de S. aureus exibe propriedades do tipo endotoxina, isto é, pode estimular a produção de citocinas pelos macrófagos, como também pode ativar as cascatas do complemento e de coagulação. Isso explica a capacidade de S. aureus causar os achados clínicos do coque séptico, embora não possua endotoxina.
Quanto a sua transmissão, os seres humanos são reservatórios de estaphylococccus. O nariz é o principal sítio de colonização de S. aureus e aproximadamente 30% dos indivíduos são colonizados em algum momento. O estado de portador nasal crônico aumenta o risco de infecção por S. aureus. A pele, especialmente de profissionais hospitalares e pacientes, também corresponde a um sítio comum de colonização por S. aureus. O contato manual representa um importante mecanismo de transmissão, e a lavagem das mãos diminui a transmissão. S.aureus também é encontrado na vagina de aproximadamente 5% das mulheres, predispondo-as à síndrome do choque tóxico.
Por último, referente a patogênese do S.aureus, ele causa doença por meio da produção de toxinas e pela indução de inflamação piogênica (produz pus). A lesão típica de infecção por S. aureus é o abscesso. Os abscessos sofrem necrose central e geralmente drenam para o exterior (p. ex., furúnculos), mas os organismos podem também ser disseminados na corrente sanguínea. Várias toxinas são produzidas por S.aureus , pode-se destacar três com importância clinica: 1) A enterotoxina causa intoxicação alimentar, caracterizada por vômito proeminente e diarreia aquosa não sanguinolenta. A toxina atua como um superantígeno no interior do trato gastrintestinal, estimulando a liberação de grandes quantidades de interleucina-1 (IL-1) e interleucina-2 (IL-2) por macrófagos e células T auxiliares, respectivamente. O vômito proeminente é aparentemente causado por citocinas liberadas pelas células linfoides, estimulando o sistema nervoso entérico a ativar o centro de vômito no cérebro. A enterotoxina é relativamente termorresistente e, desse modo, não é inativada pela cocção rápida. É resistente ao ácido gástrico, bem como às enzimas do estômago e jejuno. Há seis tipos imunológicos de enterotoxinas, tipos A-F.(2) A toxina da síndrome do choque tóxico (TSST, do inglês, toxic shock syndrome toxin) causa choque tóxico, especialmente em mulheres menstruadas fazendo uso de absorvente higiênico IAinterno, ou em indivíduos apresentando infecções de ferimentos. O choque tóxico também ocorre em pacientes utilizando tampão nasal para estancar sangramento nasal. (3) A esfoliatina causa a síndrome da “pele escaldada” em crianças. É “epidermolítica” e atua como uma protease que cliva a desmogleína dos desmossomos, levando à separação da epiderme na camada de células granulares. Vale destacar, também, que a doença piogênica mais comum de Staphylococcus aureus são infecções de pele, elas incluem impetigo, furúnculos, carbúnculos paroníquia, celulite, foliculite, hidradenite supurativa, conjuntivite, infecções de pálpebras (blefarite) e infecções de mama pós-parto (mastite). Infecções necrotizantes graves de pele e tecidos moles(relacionado a linhas resistentes a antibióticos supracitadas).
6. Referências Bibliográficas :
· MICROBIOLOGIA MÉDICA E IMUNOLOGIA- WARREN LEVINSON
· MICROBIOLOGIA MÉDICA – JAWETZ, MELNICK E ADELBERG
· https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia/mod_5_2004.pdf
· MIMICA, Marcelo, Diagnóstico laboratorial de resistência à oxacilina em Staphylococcus aureus. Jornal brasileiro de Patologia, v.43, p.6, dezembro de 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1676-24442007000600003. Acessado em : 19/09/21
CASO 2:
1. Caracterização do Problema
O caso apresenta um adolescente de 12 anos do sexo masculino. O histórico anterior inclui amidalites de repetição, e um episódio de infecção há um mês, que foi tratato com antibióticos. Na consulta, apresenta-se com edema nos membros, urina escassa, febre, mal-estar geral. 
Solicitado exame laboratorial – Cultura de material de garganta
Laboratório – Semeado em placas de Agar sangue e Manitol
2. Objetivos
• Identificação de microrganismos Gram Positivos
Compreender quais os cocos de maior importância médica;
Como fazer a diferenciação entre Staphylococcus Aureus e Streptococcus Pyogenes. 
Compreender as características morfológicas dos cocos 
Compreender o processo de identificação etiológica dos cocos.
3. Materiais e Métodos
• Descrever a metodologia empregada para a execução do(s) experimento(s) e como os objetivos foram, até o presente momento alcançados.
a. Observação do crescimento nas placas. 
Foi observada a cultura em ágar sangue e em manitol.
b. Observação da cultura em microscópio.
Foi observada a morfologia das colônias, previamente coloridas com a técnica de Gram.
c. Teste da Catalase. 
Os materiais utilizados foram: lâmina para microscopia, alça de platina, bico de bunsen e água oxigenada 3%. 
 Para realização de tal teste, coletou-se o centro de uma colônia a ser identificada e esfregou-se em uma lâmina de vidro. Colocou-se sobre este esfregaço, uma gota de água oxigenada a 3% e observou-se se houve formação de bolhas.
d. Teste da Bacitracina.
Os materiais utilizados foram: placa de petry com ágar sangue inoculadas com Streptococcos, dicos para realização de antibiograma para organismos gram positivos (disco de 0,04 U de bacitracina). 
Para realização de tal teste, o disco de bacitracina é aplicado à placa de ágar que tenha um inóculo com 4 ou 5 colônias puras de Streptoccocus a ser testado. A presença de qualquer halo de inibição ao redor do disco é interpretado como sensibilidade a bacitracina e indicativo de S. Pyogenes. 
4. Resultados
Ao observar o crescimento da cultura em placas de ágar sangue e em manitol, houve crescimento de colônia apenas no meio de ágar sangue, com as seguintes características: colônias menores (puntiformes),beges ou alaranjadas, e com halos de hemólise total .
A observação em microscópio mostrou bactérias gram positivas (coradas em roxo), em formato de cocos, agrupados de dois em dois ou formando longas cadeias.Quanto ao teste da catalase, não houve a decomposição do peróxido de hidrogênio ( sem formação de bolhas).
O teste da bacritracina se mostrou positivo, com formação de halo de inibição ao redor do disco.
Não foi possível anexar fotos ao resultado, pois as culturas de Estreptococos estavam contaminadas, e os testes práticos não foram, de fato, realizados. 
5. Discussão
Observou-se o crescimento da cultura apenas em Ágar sangue, dado que o Manitol é um meio seletivo que permite o crescimento de Estafilococos, mas não de Estreptococos. O Ágar Sangue, por se tratar de um meio não seletivo, possibilitou o crescimento da cultura em questão, que apresentou-se como colônias menores, puntiformes, beges ou alaranjadas, além da característica de Beta hemólise. Dessa forma, pode-se deduzir que a cultura em questão trata-se de Estreptococos do grupo A, Beta hemolítico. Tal proposição pode ser ratificada pelo teste da catalase, cujo resultado é positivo para Estafilococos e negativo para Estreptococos. Estreptococos não possuem a enzima catalase, que converte o peróxido de hidrogênio em oxigênio e água, e dessa forma o oxigênio não é liberado e não há a formação de bolhas. O resultado do teste da catalase confirmou, portanto, a identificação do Estreptococos.
O teste da Bacitracina tem a finalidade de diferenciar S. pyogenes de outras cepas do grupo A ou de outras espécies com colônias β-hemolíticas. Ao mostrar a sensibilidade da cultura à bacitracina, o teste identificou a cultura como Estreptococos pyogenes.
Estreptococos pyogenes são bactérias de formado esférico, dispostas em cadeias. São Gram positivos e produzem cápsulas de ácido hialurônico que impedem a fagocitose. 
 Crescem em meios sólidos em forma de colônias discoides, e é Beta-hemolítico. Seu principal fator de virulência é a proteína M,que aparece em forma de projeções semelhantes a pelos na parede celular.
As amostras sob suspeita de conterem estreptococos são cultivadas em ágar sangue. O S. pyogenes pode ser rapidamente identificado por testes rápidos e específicos para a presença do antígeno específico do grupo A. Os estreptococos do grupo A também podem ser identificados por inibição do crescimento com bacitracina.
Quanto às doenças causadas por essa bactéria, a porta de entrada do Pyogenes determina o principal quadro clínico. Na Eripsela, a porta de entrada é a pele, e apresenta edema maciço e borda de infecção de rápida progressão. Já a celulite ocorre após infecção associada a traumatismo leve, queimaduras, feridas ou incisões cirúrgicas; não há borda de infecção bem delimitada. A fasceite necrosante é um processo infeccioso onde ocorre uma extensa necrose da pele, tecidos e fáscia. A febre puerperal consiste em septicemia que se origina a partir de ferida infectada (endometrite). A bacteriemia ou sepse em feridas traumáticas ou cirúrgicas pode ser rapidamente fatal. A infecção mais comum causada pelo Pyogenes é a faringite estreptocócia. A piodermatite ocorre nas camadas superficiais da pele, e consiste em vesículas que se rompem e áreas que sofrem erosão e cuja superfície exposta é recoberta de pus e crostas. A síndrome do choque tóxico estrepcocócico caracteriza-se por choque, bacteriemia, insuficiência respiratória e falência múltipla dos órgãos.
Quanto às doenças pós estreptocócicas, podemos citar a febre reumática e a glomerulonefrite, que ocorrem devido a hipersensibilidade, e de uma a quatro semanas após uma infecção aguda por S. pyogenes. A Glomerulonefrite ocorre após infecção cutânea (piodermite, impetigo) ou faringite, e pode ser iniciada pela formação de complexos antígeno-anticorpo sobre a membrana basal glomerular. O paciente apresenta sangue e proteína na urina, edema e hipertensão. A febre reumática é precedida de faringite, e resulta em lesão do músculo e das valvas cardíacas; ocorre devido a uma reação cruzada dos antígenos da membrana celular do S. pyogenes com antígenos do tecido cardíaco humano.
6. Referências Bibliográficas
· MICROBIOLOGIA MÉDICA E IMUNOLOGIA- WARREN LEVINSON
· MICROBIOLOGIA MÉDICA – JAWETZ, MELNICK E ADELBERG
· https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/microbiologia/mod_5_2004.pdf
· COUSER, William, Patogênese e tratamento do glomerulonefrite – uma atualização. Jornal brasileiro de Nefrologia, janeiro de 2016. Disponível em: https://doi.org/10.5935/0101-2800.20160016 . Acessado em : 19/09/21

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