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1 APOSTILA PARTA LEITURA REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO SOBRE EMPREENDEDORISMO E INTRAEMPREENDEDORISMO Empreender significar gerir um negócio próprio, e segundo o livro Empreendedor Corporativo “O ato de empreender é, portanto, tão antigo quanto a civilização. Tem como marcos iniciais a descoberta do fogo, a invenção da roda e a sistematização da escrita” (ANGELO, 2003, p.23). Nota-se que desde o início dos tempos a sociedade vem desenvolvendo técnicas de gerir negócios. Entende-se que o empreendedor é aquele que rege o próprio negócio, cujas atitudes visam sempre o desenvolvimento e lucro da empresa, as preocupações em melhorar os processos, diminuir os gastos, ambiente interno e externo, também estão presentes nas atividades desenvolvidas de um empreendedor. Pressupõe-se que as preocupações do empreendedor estão sempre além das suas atividades, buscando sempre o melhor para a empresa. E atualmente nota-se que muitos colaboradores não possuem esse tipo de responsabilidade. Segundo Angelo (2003, p.9) o empreendedorismo não trata-se apenas de desenvolver as próprias habilidades, mas também influenciar todas as pessoas ao redor em prol de um crescimento conjunto, “Empreender significa enxergar mais que muitos, ter o entusiasmo de poucos, disciplina de execução e capacidade de motivar os companheiros de jornada.” Pressupõe-se que as pessoas possuem comportamento empreendedor, mesmo que sem perceber, um bom exemplo seria o filho que ao decidir sair da casa de seus pais, o filho tende a se tornar o empreendedor de sua própria vida, tendo em vista que, terá de se preocupar com contas, alimentação e outros gastos de sua residência. Entende-se que o comportamento empreendedor está presente dentro do indivíduo mesmo sem sua percepção. Ao sair de casa a pessoa tem de decidir qual será o meio de transporte mais adequado para chegar ao local de destino, ela sabe exatamente o que ou quanto gastar durante 2 o dia e caso surja algo diferente ela deve saber lidar com essa anomalia em seu dia de forma que sua decisão seja a mais apropriada para a situação. As pessoas que entendem e conseguem se organizar de forma adequada para todas as situações de seu dia, pensando em cada esquina que pode virar, ou mesmo no meio de transporte a tomar, começam a buscar novos meios de sair da rotina, economizar tempo e ganhar em outros pontos, como um tempo maior de descanso, ou maior aproveitamento no trabalho. “... os empreendedores internos são “agitadores” e “subversivos”, gente inquieta e permanentemente insatisfeita.” (ANGELO, 2003, pg. 26). 2.2 O comportamento intraempreendedor Conforme estudado anteriormente entende-se que, este tipo de comportamento é algo que vive dentro de cada ser, existe desde o início dos tempos, mas não quer dizer que todos possam alcança-lo. Compreende-se que o intraempreendedor é aquela pessoa cuja meta é realizar suas atividades dentro de uma empresa, agindo como se fosse sua própria companhia. Visando sempre o melhor e menos custoso, o intraempreendedor age como se estivesse dentro de sua própria empresa, procura sempre conhecer detalhadamente os processos, mesmo que não sejam de sua alçada. “Decerto, o intra-empreendedor deve pautar-se sempre pela busca da inovação, ainda que precise compatibilizar os interesses gerais da corporação, de acionistas e investidores.” (ANGELO, 2003, pg.27). Angelo defende a ideia de que o intraempreendedor deve ser sempre inovador, não pode se conceder o luxo de acostumar com o sucesso de uma inovação, deve sempre buscar melhorar e aprimorar aquilo que pode. Adquirir o comportamento intraempreendedor não é simples, pode levar anos, tendo em vista que muitas dessas características, o sujeito adquire ao longo de sua vida. “Trazem em suas biografias indícios dessa tendência. São aqueles que desde cedo se apresentavam para organizar os bailes da escola ou que vendiam pipas para os garotos do bairro.” (ANGELO, 2003, pg. 26). 3 O comportamento intraempreendedor mostra-se importante para as organizações, visto que os colaboradores terão maior conhecimento das atividades, normas e procedimentos da empresa como um todo, proporcionando uma visão mais ampla nos momentos de decisões importantes. Um colaborador que simplesmente se contenta em realizar as tarefas que lhe são concedidas, não possui comportamento intraempreendedor. O intraempreendedor busca além daquilo que lhe é solicitado, este sente a necessidade de buscar o melhor e se satisfaz ao saber que a empresa está lucrando com sua decisão. “Para os economistas modernos, todo empreendedor é importante para a economia e provoca impacto, a partir do momento em que influencia e a molda profundamente.” (BARLETO, 2005, pg.19). O colaborador que realiza suas atividades como empreendedor está disposto a mudar o mercado, visto que ele estará sempre buscando informações interna e externamente, na sua busca de aumentar os lucros e melhorar os processos da empresa. O mais interessante de desenvolver o comportamento intraempreendedor é que o colaborador ou empreendedor cresce juntamente com a organização que está ajudando. Atualmente as empresas estão priorizando o treinamento intraempreendedor para seus funcionários mais antigos e buscando essa qualidade nos novos estagiários que estão começando suas carreiras. “As pesquisas com escopo comportamentalista expandiram-se para outras esferas. Buscou-se assim conhecer aspectos como as habilidades requeridas e até métodos de aprendizado pessoal e organizacional necessários para ajustamento de um comportamento.” (BARLETO, 2005, pg.20). Os resultados são mais efetivos quando a pessoa busca desenvolver a atividade com mais responsabilidade que lhe é concedida, além disso, de fato o colaborador se sentirá mais motivado, a superar seus próprios limites, enxergar onde ele é capaz de chegar e terá maior senso de realização em suas rotinas empresariais. “O intraempreendedor não gosta de burocracia que atravanque seu caminho, quer autonomia e liberdade para realizar aquilo que têm vontade” (CARBONE, 1996, p.99). 4 O colaborador que se sente preso nas suas atividades e a organização não concede a ele a liberdade de inovar, ou ao mesmo modificar os processos existentes, terá menor desempenho em sua carreira e se sentirá cada vez mais desmotivado. O colaborador intraempreendedor sente a necessidade de inovação, garantir o crescimento pessoal e profissional, e deseja exatamente o mesmo para a organização na qual está atuando, ele não se sente satisfeito ao perceber que os processos não estão automatizados, procura sempre ganhar o máximo de tempo e aproveita sua carga horária até o último minuto. “O empreendedorismo pode atuar como estratégia corporativa das organizações em resposta às pressões ambientais competitivas, por meio de inovações ou práticas miméticas.” (BARLETO, 2005, pg.144). Entende-se que as empresas estão sofrendo com as grandes mudanças do mercado interno e externo, e mediante essas mutações as organizações necessitam de colaboradores preparados e dispostos a enfrentar essas mudanças, buscando sempre o crescimento da empresa. REFERÊNCIAS ANGELO, E.B. Empreendedor Corporativo: a nova postura de quem faz a diferença. Ed. Campus LTDA. 2003, pg. 1-30. CARBONE, P. P. Os heróis do setor público: a teia cultural engolindo o empreendedor. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v.30. n.3, p.93102, maio/jun. 1996. CERVO, Amado Luiz. Metodologia científica. 5. Ed. São Paulo: Makron Books, 2002. GUIMARÃES, T. B. C. Empreendedorismo como estratégia corporativa: um estudo do caso grupo Algar. Tese Acadêmica, Curitiba, 2005.
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