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Kamila Química Mono (Reparado)

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27
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
KAMILA PINTO DA SILVA
RETENÇÃO DISCENTE NO ENSINO SUPERIOR: ESTUDO DO CURSO DE QUÍMICA PRESENCIAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
FORTALEZA – CEARÁ
2018	
KAMILA PINTO DA SILVA
RETENÇÃO DISCENTE NO ENSINO SUPERIOR: ESTUDO DO CURSO DE QUÍMICA PRESENCIAL NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ
Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Química do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado. 
Orientadora: Profª. Drª. Solange de Oliveira Pinheiro
	
FORTALEZA – CEARÁ
2018
. 
DEDICO
À minha família e a todos que torcem pelo meu sucesso! 
AGRADECIMENTOS 
A Deus, pelo o dom da vida e por me conceder fé, forças e me iluminar na jornada da vida.
A minha querida mãe, que sempre me incentivou e me ajudou de todas as formas a concretizar os meus sonhos.
Ao meu pai, pelo exemplo de retidão e ensinamentos que contribuíram para formação do meu caráter.
Ao meu irmão, pelo encorajamento e auxílio nos meus estudos.
Ao meu namorado, pelo o amor e compreensão nos meus momentos ausente para conclusão deste trabalho.
Aos meus familiares que compartilharam comigo as alegrias e incertezas nessa trajetória.
A minha orientadora Profª. Drª. Solange de Oliveira Pinheiro, pela a paciência, apoio e confiança, além de ser uma referencial de professora.
A Profª. Drª. Cristiane Maria Sampaio Forte pela disposição e carinho por ajudar-me co-orientando, além de fornecer dados para minha pesquisa.
Agradeço a todos que direta ou indiretamente contribuíram para a minha formação acadêmica.
“Há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade”.
Albert Einstein
RESUMO
A retenção estudantil é um dos problemas que atingem negativamente as instituições de ensino superior, principalmente as universidades públicas. Esta pesquisa teve por objetivo identificar as causas da retenção dos alunos inseridos no Programa de Acompanhamento ao Discente (PRADIS) desde a sua implantação no período de 2013.1 a 2017.2, identificar a eficácia do programa, bem como propor ações institucionais no combate a retenção discente no curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Ceará. A pesquisa trata de um estudo de caso com abordagem quanti-qualitativa. Os dados foram coletados por meio de pesquisa documental, questionário e entrevista. O tratamento dos dados quantitativos foi feito pelo o programa Microsoft Excel 2007 e para os dados qualitativos foi realizada a técnica de análise de conteúdo. Os resultados evidenciaram que as principais causas da permanência prolongada são a dificuldade em conciliar trabalho e estudo, repetências sucessivas, problemas financeiros, didática do corpo docente e infraestrutura na universidade. Quanto aos demais fatores encontrados todos estão relacionados direta ou indiretamente ao aluno. Esta pesquisa também identificou que o PRADIS é uma política eficaz no combate a permanência prolongada. No final da pesquisa foi possível propor por meio do discente, bem como da universidade ações interventivas à retenção. Diante dos resultados obtidos foi possível concluir que combater a permanência prolongada dos discentes é um papel em conjunto de todos os envolvidos com essa problemática buscando sempre meios para minimizá-la.
Palavras-chave: PRADIS. Retenção. Permanência Prolongada.
ABSTRACT
Student retention is one of the problems that negatively affect higher education institutions, especially public universities. This research had as objective to identify the causes of the retention of the inserted studentsin the Student Accompaniment Programsince its implementation in the period from 2013.1 to 2017.2. To identify the effectiveness of the program, as well as propose institutional actions in the fight against student retention in the course of Chemistry Degree of the State University of Ceará. The research deals with a case study with quantitative-qualitative approach.Data were collected through documentary research, questionnaire and interview. The treatment of the quantitative data was done by the program Microsoft Excel 2007 and for the qualitative data the technique of content analysis was carried out.The results showed that the main causes of prolonged stay are the difficulty to reconcile work and study, successive repetitions, financial problems, didactics of the faculty and infrastructure in the university. As for the other factors found, all are directly or indirectly related to the student. This research also identified that PRADIS is an effective policy in the fight against prolonged permanence. At the end of the research it was possible to propose, through the student as well as the university, intervention actions to retention. In view of the results obtained, it was possible to conclude that combating the students' prolonged permanence is a joint role of all those involved with this problem, always seeking ways to minimize it.
Key words: PRADIS. Retention. Prolonged Stay.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Relação dos discentes PRADIS do curso de Química .................................... 22 
Gráfico 2 - Fatores que ocasionam a retenção estudantil ................................................... 24 
Gráfico 3 - Reprovações por nota ....................................................................................... 34 
Gráfico 4 - Propostas Interventivas à Retenção .................................................................. 39 
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Causas da retenção apontadas nos estudos brasileiros................................ 22 
Quadro 2 - Sugestões intervenientes à retenção de acordo com seu motivador............ 23
Quadro 3 - Tempo máximo para conclusão de cursos de graduação do CCT 
 da capital...................................................................................................... 25
Quadro 4 - Tempo de permanência na UECE quando do ingresso no PRADIS.......... 26
Quadro 5 - Súmula das principais idéias dos entrevistados........................................... 25
LISTA DE SIGLAS
	ABRUEM
	Associação Brasileiras dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais
	CCT 
	Centro de Ciências e Tecnologia
	CONSU 
	Conselho Universitário da UECE
	DCNs
	Diretrizes Curriculares Nacionais
	IES 
	Instituições de Ensino Superior
	IFCE
	Instituto Federal do Ceará
	FIES
	Financiamento Estudantil
	PNAES
	Programa Nacional de Assistência Estudantil
	PRADIS
	Programa de Acompanhamento Discente
	PROJUR
	Procuradoria jurídica
	PROGRAD 
	Pró-Reitoria de Graduação
	PROUNI
	Programa Universidade para Todos
	SESU 
	Secretaria de Ensino Superior 
	UECE 
	Universidade Estadual do Ceará
	UEL
	Universidade Estadual de Londrina
	UFES
	Universidade Federal do Espírito Santo
	UFF
	Universidade Federal Fluminense
	UFP
	Universidade Federal de Pernambuco
	UFG 
	Universidade Federal de Goiás
	UFOP
	Universidade Federal de Ouro Preto
SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 
	15
	2 OBJETIVOS ................................................................................................
	17
	2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................
	17
	2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 
	17
	3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..............................................................
	18
	3.1 RETENÇÃO DISCENTE ..............................................................................18
	3.1.1 Causas da retenção ......................................................................................
	19
	3.1.2 Ações ou propostas estudantis no combate a retenção .............................
	21
	3.2 O CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DA UECE .....................
	24
	3.3 PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DISCENTE – PRADIS COMO POLÍTICA DE COMBATE A RETENÇÃO PROLONGADA ..................
	 25
	4 METODOLOGIA .......................................................................................
	29
	5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...............................................................
	31
	5.1 RESULTADOS DA ANÁLISE DOCUMENTAL .......................................
	31
	5.1.1 Análise da situação dos discentes do curso de licenciatura em QUÍMICA/CCT no PRADIS ..................................................................................
	
31
	5.1.2 Análise do tempo de permanência quando do ingresso no PRADIS ......
	32
	5.2 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO ........................................................
	33
	5.2.1 Análise dos motivos da retenção estudantil ...............................................
	33
	5.2.2 Análises das reprovações por nota dos discentes ......................................
	35
	5.2.3 Análise das propostas dos discentes para evitar a permanência prolongada.................................................................................................................
	
39
	5.3 RESULTADOS DA ANÁLISE DA ENTREVISTA COM OS GRADUADOS PELO PRADIS ................................................................................
	
39
	6 CONCLUSÃO ..............................................................................................
	41
	 REFERÊNCIAS ...........................................................................................
	43
	 APÊNDICES ................................................................................................
	49
	 APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS MATRICULADOS NO PRADIS DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DA UECE ................................................................................................
	
49
	 APÊNDICE B - RESPOSTAS REFERENTES ÀS QUESTÕES SUBJETIVAS DO QUESTIONÁRIO ......................................................................
	
52
	 APÊNDICE C - ENTREVISTA COM OS GRADUADOS PELO PRADIS......................................................................................................................
	
55
1. INTRODUÇÃO
A retenção prolongada dos discentes nas instituições superiores tanto públicas quanto privadas é uma das problemáticas que o ensino superior vem enfrentando e ocasiona muitas vezes no decorrer da trajetória acadêmica o abandono do curso, da instituição ou até mesmo do sistema de ensino. Toda instituição atribui um prazo para conclusão dos cursos, e quando o aluno fica retido além do tempo previsto isso acarreta em um maior gasto público na formação de nível superior, além de afetar o próprio discente que fica desmotivado por não concluir seus objetivos. 
Erradicar a retenção é inevitável, pois como nem sempre os planos ocorrem exatamente da maneira que foi idealizada, ocorrendo diversos motivos, sejam pessoais, financeiros ou institucionais que levam o aluno a atrasar ou a desligar-se definitivamente de seu Curso. Porém, está ao alcance das instituições buscar formas de minimizar a permanência prolongada por meio de políticas públicas. Nesse contexto, a partir da criação do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), houve um crescimento significativo de políticas de acesso e permanência estudantil, no qual um dos objetivos é minimizar as taxas de retenção.
Seguindo nessa perspectiva de combater esse fenômeno, a Universidade Estadual do Ceará (UECE) em 2012, implantou o Programa de Acompanhamento Discente (PRADIS). O objetivo desse projeto é dar apoio institucional ao discente para a conclusão do curso na maior brevidade possível.
O programa surge com intenção para reduzir custos para a universidade e auxiliar os discentes na graduação, mas também faz-se necessário conhecer e compreender os fatores responsáveis pela retenção prolongada dos alunos da Universidade Estadual do Ceará (UECE) queé de suma importância por colaborar com o autoconhecimento da instituição sobre seu sistema de ensino, planejamento, avaliação, entre outros. Estudos desta natureza podem possibilitar ações político-administrativa e pedagógica por parte da universidade, voltadas para melhorias no processo ensino-aprendizagem, de maneira a reduzir o problema da retenção e de possíveis evasões. Com isso, a instituição poderá construir vínculos mais consistentes com seus alunos, além de viabilizar a formação de profissionais com menor ônus financeiro para a sociedade que custeia a formação desses estudantes.
Então, esta pesquisa visa identificar e analisar os principais fatores determinantes para a retenção excessiva dos alunos do curso de Licenciatura em Química da UECE, compreender a importância do PRADIS na formação acadêmica, além de buscar ações para minimizar os índices de retenção.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Estudar os motivos da retenção dos alunos no Curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Ceará através do Programa de Acompanhamento ao Discente (PRADIS).
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Analisar as causas que provocam a retenção dos discentes de modo mais significativo.
· Identificar o tempo de permanência dos alunos no curso de Química.
· Buscar alternativas para minimizar a inserção dos alunos do Curso no Programa.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 RETENÇÃO DE DISCENTES
A retenção estudantil no Ensino Superior é um fenômeno que vêm sendo estudado tanto no âmbito nacional como internacional. Enquanto no Brasil, a retenção tem uma concepção negativa; internacionalmente, atribui-se uma concepção positiva. Pois, o aluno brasileiro retido acarreta em ônus maior ao Estado, já o aluno estrangeiro retido é visto como aquele que obteve sucesso, persistindo com os estudos até a conclusão de seu curso. (MORAES, 2015).
No âmbito internacional, conforme Lenning, Bean e Sauer (1980 apud PEREIRA, 2013), o aluno retido é considerado aquele que consegue completar, continuar, ou retomar seus estudos. Embora, os educadores internacionais tenham discutido e definido diversos conceitos sobre a retenção, há uma definição a qual é consenso entre eles: quando o aluno obtém sucesso ao conseguir realizar sua meta ou objetivo, todo esse processo é compreendido como retenção. Esses autores ainda se preocuparam em destacar que esse objetivo, não necessariamente é apenas a obtenção da graduação; podendo ser também considerados objetivos: a obtenção de um emprego ou de uma formação específica realizada no decorrer do curso. Seguindo nessa mesma linha de compreensão da retenção estudantil, Boston e Ice (2011 apud MORAES, 2014), definem a retenção de modo mais abrangente ao afirmar que esse fenômeno é tanto referente ao êxito do aluno como da instituição.
Seguindo a conceituação positiva sobre a permanência prolongada, Castaño et al (2006) consideram como aluno retido aquele que permanece na universidade e consegue concluir seu curso, e que todos os meios devem ser realizados para que a retenção dos estudantes aconteça, uma vez que, do contrário, o aluno se evade, e gera consequências socioeconômicas, como alto custo e atraso na formação de mão de obra especializada.
Já no Brasil, um dos estudos de grande relevância sobre retenção foi realizada por meio da Comissão Especial de Estudos sobre a Evasão nas Universidades Públicas Brasileiras, organizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), Associação Brasileiras dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (ABRUEM) e pela Secretaria de Ensino Superior(SESU). A comissão considera a retenção como sendo a “permanência nos cursos para além do tempo máximo de integralização curricular”. (ANDIFES et al., 1996). Seguindo esse mesmo raciocínio,Vasconcelos e Silva (2012) afirmam que “a retenção é traduzida como a condição de um aluno, após um número máximo de anos e/ou período manter-se ainda, matriculado em um curso em um tempo maior do que o planejado pelo currículo de determinada instituição.” Além de indicarem que a retenção causa diversos danos perceptíveis para a sociedade, tais como: aumento do gasto público, carência de mão de obra especializada, menor eficiência produtiva das empresas e perda de competitividade nacional,entre outros.
Outra maneira de conceituar a retenção é considerada quando o discente mantém vínculo com a instituição, porém possui reprovações que resulta em um tempo maior para a sua integralização curricular. (SANTOS; NASCIMENTO; RIOS, 2000). De modo semelhante, Lautert, Rolim e Loder (2011) definem como aluno retido aquele que reprova, devido a não atingir o conceito mínimo nas avaliações escolares, necessário a sua aprovação.
Apesar do significado de retenção no Brasil ser semelhante ao dos países estrangeiros. O modo como encara-se o fenômeno é diferente. Então, para esta pesquisa a permanência excessiva estudantil será considerada de acordo com os estudos nacionais, ou seja, o fenômeno é percebido como algo negativo e que necessita ser remediado. Para tanto, o conceito utilizado sobre o fenômeno foi abordado por Pereira (2013), onde a permanência prolongada é a condição em que o estudante necessita de um tempo maior do que o previsto na grade curricular para integralização da carga horária do curso.
3.1.1 Causas da retenção
Diante da definição do fenômeno da retenção discente, percebe-se uma necessidade de mapear esse possível obstáculo, apontando suas causas e, a partir daí, tomar decisões assertivas quanto à prevenção ou correção do fenômeno. (JÚNIOR, 2015).
Em uma pesquisa atual realizada por Rosa e Santos (2018) nos cursos do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal de Goiás (UFG) foi verificar as causas de retenção nesses cursos. Constatou-se que a permanência prolongada está relacionada a múltiplos fatores, como: vulnerabilidade socioeconômica; dificuldade em conciliar trabalho e estudo; problemas didáticos/pedagógicos por parte dos professores; reprovações excessivas; alto nível de exigência; e elevado grau de dificuldade do curso.
Um estudo realizado pela a Universidade Federal Fluminense (UFF), verificou junto aos estudantes que os condicionantes mais impactantes para retenção são a jornada de trabalho, um fluxograma “engessado”, a distância entre domicílio e Universidade, a relação professor-aluno e a existência de poucas atividades práticas (UFF, 2015).
Em outra pesquisa abordada por Rissi e Marcondes (2011), quando investigado sobre reprovação e retenção nos cursos de graduação da Universidade Estadual de Londrina (UEL), afirmam que o desestímulo provocado pela complexidade dos conteúdos das disciplinas dos cursos superiores em relação aos do Ensino Médio; dificuldade em conciliar trabalho e estudo; e falha na seleção para ingresso de estudantes com perfil para o curso desejado são fatores relacionados à permanência prolongada. 
A Comissão Especial de Estudos sobre a Evasão nas Universidades Públicas Brasileiras, em seu estudo também se preocupou com as causas que ocasionam a retenção estudantil e sugeriu as seguintes situações:
• cursos em que se permite a concomitância de mais de uma habilitação, retardando a diplomação; 
• cursos com encadeamento rígido de pré-requisitos, nos quais a reprovação em apenas uma disciplina da cadeia dificulta o desenvolvimento do curso no tempo normal (tanto mais forte é o fenômeno quanto se trata de cursos nos quais o acesso ao "ciclo profissional" supõe a conclusão do ciclo básico);
• universidades que adotam o regime seriado, no qual a eventual ruptura do fluxo normal da grade curricular, provoca retardo mínimo de um semestre letivo; 
• exigência de trabalho final (projeto ou monografia), sem a necessária preparação do estudante; 
• alta flexibilidade nas IESP no trato da questão da integralização dos cursos; este dado é significativo ao se considerar as disparidades de especificações e cumprimento das normas de jubilamento ou de recusa de matrícula; 
• cursos em que algumas disciplinas são responsáveis por um alto índice de reprovação, retendo o aluno por vários períodos, como, sistematicamente, acontece nas disciplinas iniciais, básicas de Matemática, Química ou Física, ...(ANDIFES et al., 1996, p. 31-32).
Observa-se que os estudos sobre a retenção prolongada no Brasil, de maneira geral, foram realizados a nível local investigando as causas da retenção de um curso em particular ou de modo coletivo utilizando critérios específicos. Apenas um estudo, foi realizado a nível nacional pela a Comissão Especial, anteriormente citada. Portanto, “os principais focos dos estudos foram estimar o número de alunos retidos, identificar características desses alunos e levantar as causas da retenção nos cursos estudados.” De acordo com essas pesquisas, o quadro abaixo elenca as principais causas encontradas.(PEREIRA et al., 2014).
Quadro 1 - Causas da retenção apontadas nos estudos brasileiros.Fonte: Pereira et al. (2014).
3.1.2 Ações ou propostas estudantis no combate a retenção
A educação exerce uma grande influência para que uma sociedade se desenvolva. A partir dela se consegue a evolução humana, assim como ganhos econômicos e intelectuais. Então, para atingir o crescimento socioeconômico é preciso haver políticas nas instituições de ensino superior (IES), fazendo com que os alunos concluam seus cursos (SOECHI et al., 2018).Visando a expansão do ensino superior, os governos anteriores implantaram políticas de acesso como o Financiamento Estudantil (FIES) e o Programa Universidade para Todos (PROUNI). (FRITSCH, 2015). Porém, apenas essas medidas de acesso não garantem a permanência e formação dos alunos.
 Devido a essa problemática que as universidades enfrentam muitas vem adotando medidas de combate à permanência prolongada como a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) que buscou compreender as causas da retenção discente juntamente com as da evasão, realizando estudos de maneira ampla nos cursos de Engenharia. Então, a partir de suas pesquisas com intuito de minimizar essas problemáticas sugeriu algumas medidas como: prosseguir com as pesquisas visando diagnosticar o fluxo dos estudantes nos diversos cursos de graduação, levantar discussões sobre os programas de vestibular, apoiar incisivamente os programas de monitoria ou programas afins para disciplinas do básico, fortalecer ou implantar nos cursos a orientação acadêmica, além de fazer com que os docentes da universidade exerçam de modo atuante tanto no ato de construir como de conduzir os projetos políticos pedagógicos dos cursos nos quais estão inseridos. (RIOS; SANTOS; NASCIMENTO, 2001).
Outra universidade que também se preocupou em estabelecer meios de minimizar os índices de retenção estudantil foi a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). A instituição vem fazendo pesquisas isoladamente, investigando causas e ações intervenientes para cada curso. Um dos estudos foi realizado especificamente com os alunos e coordenadores do curso de Artes. Após identificar quais são as causas da retenção estudantil sugeriram as seguintes medidas: estudos individualizados das estruturas dos cursos, alcançando as grades de ofertas das disciplinas e os currículos como um todo, bem como um estudo da infraestrutura do Centro de Artes; uma revisão da administração universitária, com o intuito de melhorar a comunicação institucional, modificar a atuação do Coordenador e envolver o corpo docente; e a criação e implementação de uma política institucional, pedagógica e educacional que integre, aconselhe e oriente os alunos com o intuito de acompanhá-los desde o seu ingresso até a conclusão do seu curso(GAMA, 2015).
Nesse contexto, diversos cursos da UFES como o de Geografia e Letras-Português também realizaram estudos sobre a retenção estudantil. De acordo com a pesquisa de Moraes (2015), foi proposto ações de intervenção institucional relacionada com a sua respectiva causa, conforme o quadro abaixo:
 Quadro 2 - Sugestões intervenientes à retenção de acordo com seu motivador.
	MOTIVADOR DA RETENÇÃO
	SUGESTÃO DE INTERVENÇÃO INSTITUCIONAL
	Dificuldade de adaptação à dinâmica do curso/ da universidade
	- Realizar palestras de apresentação do curso e da universidade aos calouros; 
- Debater a possibilidade de redução da carga horária do curso, principalmente nos primeiros semestres, para adaptação dos discentes; e
-Realizar atividades esportivas e culturais de forma a integrar o discente e seus familiares com outros alunos e também com a instituição.
	Dificuldades enfrentadas por problemas emocionais
	- Orientar os alunos sobre os atendimentos disponíveis pela UFES na área da saúde, como o atendimento psicológico; e
- Ampliar o atendimento psicológico já disponibilizado.
	Gravidez
	- Realizar planejamento com as estudantes grávidas, ajudando-as a organizar o tempo; 
- Realizar acompanhamento das alunas em regime de exercícios domiciliares; e
- Ampliar oferta de vagas na creche da universidade para as mães que não tem apoio para os cuidados com o filho.
	Dificuldades com os horários da oferta de disciplinas
	- Ofertar as disciplinas no turno para qual o discente foi aprovado no vestibular, principalmente as obrigatórias, garantindo também a oferta de disciplinas optativas no horário no qual o estudante se encontra na universidade.
	Falta de didática e atualização dos professores
	- Investir na capacitação e atualização dos professores, não só por meio da participação em programas formais como doutorado, mas também com a realização de cursos e capacitações pela instituição, de forma periódica.
	Trabalho de Conclusão de Curso
	- Preparar os alunos desde o início do curso para o momento do TCC, com eventos específicos de ensino da metodologia e da realização da pesquisa, e também de organização de tempo; e
- Disponibilizar espaço para o aluno tirar dúvidas a respeito do desenvolvimento TCC.
	Inexistência de programas de suporte e acompanhamento de estudantes que apresentem dificuldades de rendimento em disciplinas fundamentais do curso
	- Desenvolver e apoiar programas de monitorias e grupos de estudo; e
- Fazer levantamento dos alunos com dificuldades e realizar aulas específicas para buscar suprir as deficiências.
	Pouco tempo para dedicação aos estudos fora da sala de aula
	- Repensar a grade curricular das graduações, de forma com que o aluno tenha horários disponíveis para a realização de atividades no turno em que estuda, oportunizando assim a troca de informações com os colegas de curso e o desenvolvimento dos exercícios indicados pelos professores.
	Ausência ou número muito pequeno de programas institucionais para o estudante
	- Ampliar os programas de monitoria e iniciação científica para alunos e estimulá-los a participar dessas atividades; e
- Discutir formas dos estudantes trabalhadores participarem dos programas institucionais para se sentirem incluídos e terem uma formação mais ampla para a atuação na área profissional em que estudam.
	Reprovações por falta ou por nota
	- O colegiado deve acompanhar os alunos reprovados a cada período, pois esse é um indicativo de retenção que necessita de investigação junto aos discentes e aos professores.
 Fonte: Moraes, 2015.
Outras estratégias foram elaboradas pela a Universidade Federal de Pernambuco (UFP), em um estudo de caso realizado com os alunos da graduação do curso de Engenharia de Produção. Após, uma identificação de causas que ocasionam tanto a retenção como a evasão estudantil estabeleceu-se as medidas abaixo:
· Integralização do curso em 10 semestres o que permite uma melhor distribuição das disciplinas ao longo dos 10 semestres e uma carga horária plena de 3.600 horas (antes era de 3.270 horas);
· Unificação das engenharias – o que possibilita aumentar o nível de escolaridade dos alunos que entrarão no CTG e uma maior concorrência para o curso de Engenharia de Produção;
· Redução da carga horária nos primeiros semestres – isso irá permitir que os alunos tenham um período de adaptação ao ambiente universitário;
· Aproximar a Coordenação dos alunos – fazer com que a Coordenação tenha um papel menos burocrático, aproximando-se dos alunos por meio dos representantes de classe; 
· Criar a figura do tutor – o tutor teria a responsabilidade de acompanhar o desempenho de um conjunto de alunos recém-ingressos, orientando-os e definindo os procedimentos de reforço escolar;
· Criar a figura do monitor de reforço – esses monitores teriam a responsabilidade de dar aulas de reforço aos alunos recém-ingressos, sob a coordenação dos tutores; 
· Projeto Final de Curso (PFC) – divulgar amplamente e com antecedência os prazos associados à disciplina PFC, envolvendo proposta de projeto, entrega do projeto, avaliação, correção, entrega na Biblioteca Central;
· Estágio curricular – desenvolver um programa de ação junto às empresas, mostrando os benefícios do estágio curricular e visando captar oportunidades de estágio; 
· Extinguir a opção de matrícula vínculo – a opção de trancamento por 4 semestres permaneceria, sendo a matricula-vinculo extinta;
· Ativar o jubilamento – com a volta do jubilamento, os alunos ficariam mais ligados no curso e menos dispersos. (CAMPELLO, LINS, 2008, p. 10-11).
3.2 O CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DA UECE
 O curso de licenciatura em Química da Universidade Estadual do Ceará foi criado com o objetivo de formar discentes aptos a atuar no ensino de Química, essencialmente no ensino médio. O curso é estruturado com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), visa preparar profissionais da educação conscientes de sua responsabilidade sócio-histórica, da sua atuação como produtor de conhecimento e do compromisso com um ensino de qualidade. (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, 2018).
 O curso compreende a carga horária total de 3128 horas equivalentes a 184 créditos. As disciplinas específicas são de responsabilidades do Curso de Licenciatura em Química, enquanto as demais são ministradas pelos diferentes cursos, centros ou faculdades afins da UECE. O período de funcionamento do curso é vespertino e noturno, oferencendo semestralmente 30 vagas em cada turno, totalizando 60 vagas por semestre.
 O corpo docente do curso é formado por professores da UECE lotados em vários dos seus cursos de licenciatura. Os professores das disciplinas específicas pertencem ao Curso de Licenciatura em Química do Centro de Ciências e Tecnologia, composto por 24 professores. Dos quais, doze (12) efetivos e um visitante possuem a titulação de Doutor (54,2%), seis (06) são Mestres efetivos e um substituto (29,2%) e dois (02) são Especialistas (8,3%). Apenas um docente não possui título de pós-graduação.
 Os demais professores do curso são lotados nos seguintes: Matemática, dois professores; Geografia, um professor substituto de mineralogia (disciplina opcional); Biologia, três professores, sendo um doutor em Biologia Molecular (disciplina opcional), um doutor em microbiologia e doutor em Biologia Geral; Estatística, um doutor; Computação, dois professores (disciplina opcional) e Pedagogia, duas disciplinas em um total de quatro professores; Psicologia, duas disciplinas em um total de quatro professores.
 O curso é vinculado ao Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual do Ceará sediado no Campus do Itapery, é dotado de uma boa infraestrutura dispondo de Salas de Aula, Laboratórios de Química, Física, Biologia e Computação, Biblioteca Central, Auditórios, Sala de Coordenação, Sala de Recursos Pedagógicos, Sala de Seminários e Gabinetes de Professores. Além de possuir linhas de pesquisas nas áreas de Química Orgânica, Inorgânica, Ambiental,Físico-Química, Analítica e Educação em Química.
 Com uma constante preocupação em oferecer cursos de qualidade a Universidade Estadual do Ceará apresenta um plano metodológico curricular visando contemplar ao licenciado, uma formação abrangente, generalista e interdisciplinar em conteúdos dos diversos campos da Química, bem como proporcionar habilidades para a prática pedagógica e cidadania. Buscando também a valorização na relação professor-aluno, respeitando o direito à vida e ao bem-estar de seus alunos e demais cidadãos.
3.3 PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DISCENTE – PRADIS COMO POLÍTICA DE COMBATE A RETENÇÃO PROLONGADA.
Na Universidade Estadual do Ceará tem se observado que muitos discentes ultrapassam o prazo máximo de conclusão do curso gerando despesas altas para a instituição, como também impedindo de serem ofertadas novas vagas para alunos. Nesse contexto, em dezembro de 2012 criou-se o PRADIS, mediante a resolução n° 921/2012 do Conselho Universitário da UECE – CONSU visando apoiar o aluno para que ele conclua seu curso com a maior celeridade possível. A partir do momento que o estudante excede o tempo máximo de integralização, ele tem a chance de aderir-se ao programa e se formar no prazo que equivale ao tempo de seu curso mais 50% (UECE, 2014a).
Conforme a resolução n° 1378/2017 - CONSU, o aluno que ao atingir o tempo máximo de integralização curricular terá a sua matrícula on line automaticamente bloqueada, e encaminhado um comunicado ao aluno que o mesmo encontra-se no PRADIS. Para os Cursos vinculados ao Centro de Ciências e Tecnologia, os prazos máximos de conclusão dos cursos estão ilustrados no quadro abaixo:
Quadro 3– Tempo máximo para conclusão de cursos de graduação do CCT da capital
 Fonte: adaptado da Resolução n° 1378/2017 - CONSU
O aluno ao ter sua matrícula bloqueada deverá preencher e entregar à PROGRAD os seguintes documentos: o termo de adesão ao PRADIS e a atualização de cadastro para dar prosseguimento ao curso. Depois de ingressar no programa o aluno terá um Plano Individual de Curso – PIC. Esse plano é elaborado pela a Coordenação do curso com auxílio da PROGRAD. Será fornecido ao discente um novo prazo para a conclusão de seu curso, após extrapolação do prazo máximo de acordo como a fórmula abaixo:
QSP = QCR + 1
 20
Onde: QSP = Quantidade de Semestres Prorrogáveis;
QCR = Quantidade de Créditos Remanescentes.
 
 Ainda conforme a resolução a qual regulamenta o PRADIS é definido que a contagem do tempo de integralização não é levado em consideração os períodos de trancamento total da matrícula, porém o discente poderá realizar no máximo quatro trancamentos totais de matrícula durante o curso.(UECE,2017)
A Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) classificou o PRADIS da seguinte forma:
· PRADIS I - alunos que foram incluídos no programa no semestre de 2013.1 
· PRADIS II - alunos que foram incluídos no programa no semestre de 2013.2
· PRADIS III - alunos que foram incluídos no programa no semestre de 2014.1 
· PRADIS IV - alunos que foram incluídos no programa no semestre de 2015.1
· PRADIS V - alunos que foram incluídos no programa no semestre de 2015.2
· PRADIS VI - alunos que foram incluídos no programa no semestre de 2016.1
· PRADIS 0 (READMISSÃO) - Alunos que estavam em situação de abandono, que excederam o tempo máximo da conclusão do curso e no momento que solicitaram a readmissão foram incluídos no PRADIS.
Portanto, a PROGRAD determinou que enquanto houver alunos na situação de retenção do prazo máximo de integralização do curso, a classificação se dará sucessivamente no decorrer dos semestres letivos.
O aluno PRADIS, encontra-se classificado em diversas situações como: cursando, cancelado, desistente, desligado ex-officio ou graduado. Ao aderir o termo de adesão PRADIS, o aluno já é considerado cursando. Caso, o discente descumpra o termo de adesão ou não realize a matrícula se encontrará na situação de cancelado, podendo correr o risco de ser expulso da instituição (desligado ex-officio). Já o desistente é aquele que ao se matricular por meio do programa desiste de continuar o curso por algum motivo. Conforme artigos 11 e 12 da resolução Nº 1378/2017:
Art. 11 – Será desligado do PRADIS e, consequentemente do quadro discente da UECE, o estudante que exceder o número máximo de semestres determinado por esta Resolução, além daquele que for reprovado, no semestre, em todas as disciplinas em que se encontre matriculado, não integralizando créditos. 
Art. 12 – O descumprimento, no todo ou em parte, das obrigações constantes do Termo de Adesão ao PRADIS implica em exclusão do aluno do quadro discente da UECE, sendo a ele assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa, em processo administrativo dirigido à PROGRAD, aberto especificamente com esta finalidade pelo interessado.
Após, o processo de ampla defesa ser analisado pela a procuradoria jurídica (PROJUR) e o parecer seja deferido, o aluno voltará a ser matriculado no programa, porém se o parecer for indeferido, o aluno será desligado ex-officio. Já os alunos que cumpriram com os prazos do PRADIS serão graduados.
4. METODOLOGIA
Esta pesquisa se classifica como descritiva, pois segundo Gil (2008, p. 28) “as pesquisas deste tipo têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”. Adotou-se, como estratégia de pesquisa, o método de estudo de caso, único e incorporado, a partir da classificação de Yin (2001). No tocante à abordagem, esta pesquisa é classificada como mista: quantitativa e qualitativa. O estudo foi realizado na UECE no campus do Itapery com os alunos do curso de Licenciatura em Química que foram inclusos no PRADIS. O estudo foi realizado em três etapas: análise documental, questionário e entrevista.
Para análise documental foi realizada por meio de materiais fornecidos pela a PROGRAD como as resoluções de n° 921/2012, n° 1378/2017 do Conselho Universitário da UECE e uma planilha referente à relação dos alunos PRADIS. Foi feita uma análise com todos os 176 alunos que ingressaram por meio do PRADIS desde a sua implantação até o semestre 2017.2, visando identificar o tempo de permanência na universidade, situação do aluno e a eficácia do programa para a formação dos discentes. 
 Já o questionário foi elaborado visando identificar as causas de retenção estudantil com base na pesquisa bibliográfica verificada nos estudos de: Rissi e Marcondes 2011; UFF, 2015; Rosa e Santos 2018; ANDIFES et al., 1996; Pereira et al. , 2014). Foi feito por meio do formulário Online do GoogleDocs, ficando disponível por trinta dias para recebimento de respostas. Enviou-se para todos os 23 alunos que ingressaram no programa até o semestre 2017.2 e que estavam na situação de cursando, porém apenas 10 alunos responderam o questionário. Foram feitas perguntas subjetivas e objetivas. Referente às perguntas objetivas que encontram-se no apêndice A, utilizou-se de acordo com Likert (1932) uma escala de cinco pontos de respostas possíveis para mensuração de atitudes. A cada item, foi atribuída uma escala quantitativa, como segue: 1 – nenhuma importância; 2 – de pouca importância; 3 – moderadamente importante; 4 – importante e 5 – muito importante. 
Para analisar os itens da escala de Likert, foi utilizado o cálculo do Ranking Médio (RM) proposto por Oliveira (2005). Nesse modelo, atribui-se um valor de 1 a 5 para cada resposta a partir da qual é calculada a média ponderada para cada item, baseando-se na frequência das respostas. Dessa forma, foi obtido o RM por meio da seguinte estratégia: 
Média Ponderada (MP) = Σ ( fi.Vi)
e Ranking Médio (RM) = MP / (NS)
Onde fi = frequência observada de cada resposta para cada item; 
Vi = valor de cada resposta e 
NS = nº de sujeitos.
Quanto mais próximo de 5 o RM, maior a influência na permanência excessiva do aluno na universidade.
Já para as perguntas subjetivas do questionário queencontram-se no apêndice A, foi realizada uma análise de conteúdo das respostas que é um conjunto de técnicas de análise das comunicações (BARDIN, 1977). É feito uma interpretação puramente do registro em si do discurso.
Na última etapa desta pesquisa, realizou-se da mesma forma que os autores Marconi e Lakatos (2011), uma entrevista despadronizada que por meio dela deixou-se o entrevistado livremente para tratar do tema. A entrevista foi realizada por meio telefônico na qual foi feita uma pergunta aos alunos que se graduaram por meio do PRADIS até o semestre 2017.2, visando compreender a eficácia do programa na perspectiva deles. Dos 87 graduados pelo o programa, conseguiu-se realizar a entrevista com oito alunos. Para análise dos dados também foi feita uma interpretação das respostas.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 RESULTADOS DA ANÁLISE DOCUMENTAL
5.1.1 Análise da situação dos discentes do curso de licenciatura em químicaCCT no PRADIS
O Gráfico 1 representa a relação de todos os alunos do Curso de Licenciatura em Química que participaram do PRADIS, portanto, os alunos que ultrapassaram o prazo máximo de sete anos para a conclusão do curso. Os dados foram coletados desde o semestre 2013.1 ao semestre 2017.2.
Gráfico 1- Relação dos discentes PRADIS do curso de Licenciatura em Química
Fonte: Dados da PROGRAD (2017).
Conforme os dados acima, dentre os 176 alunos retidos no curso de Licenciatura em Química entre os semestres 2013.1 ao semestre 2017.2; 87 (49%) conseguiram se graduar, 38 (22%) foram desligados, 25(14%) foram cancelados, 23 (13%) ainda estão ou estavam cursando e apenas 3 (2%) desistiram de continuar no programa, no Curso.
Foi perceptível constatar que desde a criação do PRADIS até o semestre 2017.2 houve mais alunos graduados do que alunos nas demais situações. É importante frisar que apesar das diversas dificuldades enfrentadas pelos os discentes no decorrer do curso, as quais foram relatadas em outro momento da pesquisa, o programa vem conseguindo êxito na missão de fazer os alunos se graduarem além de evitar mais gastos para a instituição.
É possível perceber também que a maioria dos alunos após extrapolar o prazo máximo não têm a intenção de abandonar o curso, caso contrário, teriam evadido antes de aderir ao programa, pois a taxa de desistentes foi muito baixa. Pode-se inferir que os alunos que já estão com poucos créditos remanescentes desejam se formar.
5.1.2 Análise do tempo de permanência quando do ingresso no PRADIS
O quadro 4 apresenta a quantidade de alunos e seus respectivos tempos de permanência no curso de Licenciatura em Química desde a implantação do PRADIS até o segundo semestre de 2017.2.
Quadro 4 – Tempo de permanência na UECE quando do ingresso no PRADIS
	 
	≥ 25 anos
	< 25 e ≥ 20anos
	< 20 e ≥ 15 anos
	<15 e ≥ 10 anos 
	< 10 anos
	Total
	2013.1
	1
	5
	11
	7
	0
	24
	2013.2
	3
	2
	15
	22
	0
	42
	2014.1
	0
	0
	0
	22
	0
	22
	2015.1
	0
	0
	2
	10
	0
	12
	2015.2
	0
	0
	0
	22
	0
	22
	2016.1
	0
	1
	1
	8
	0
	10
	2016.2
	0
	0
	1
	2
	8
	11
	2017.1
	0
	0
	0
	1
	17
	18
	2017.2
	0
	0
	0
	1
	14
	15
	Total
	4
	8
	30
	95
	39
	176
Fonte: Dados da PROGRAD (2017).
Através do quadro acima é observado que antes do programa de acompanhamento discente, os alunos passavam muitos anos na universidade sem conseguir se graduar, porém não abandonavam o curso. Após a criação dessa política de acompanhamento ao discente, vêm se reduzindo progressivamente a quantidade desses alunos ao longo do tempo de Curso. 
Portanto, o programa vem se desenvolvendo como uma política institucional eficiente tanto por dar apoio ao aluno em conseguir se formar como para a instituição reduzindo custos, pois conforme Fialho, Pfeiffer, Prestes (2014) os custos causados pelo abandono/atraso da graduação representam um grande empecilho à eficiência na gestão universitária. A previsão orçamentária das Universidades toma como base, entre outros fatores, o número de alunos ativos na instituição. A retenção, exige repasses financeiros além do esperado, uma vez que, a instituição é levada a manter toda uma estrutura física, tecnológica e de recursos humanos para atender um conjunto de discentes que permanecerá além do tempo regular.
5.2 RESULTADOS DO QUESTIONÁRIO
5.2.1 Análise dos motivos da retenção estudantil
 O gráfico 2 representa as respostas dos cursandos quando perguntado nas questões objetivas (vide apêndice A), quais os motivos de maior relevância que ocasionam a permanência prolongada no curso de licenciatura em Química.
Gráfico 2 – Fatores que ocasionam a retenção estudantil
 Fonte: Dados da Pesquisa (2018)
Na compreensão e experiência dos cursandos, o fator de maior influência à permanência prolongada é a dificuldade em conciliar trabalho e estudo com (RM = 4,8), seguido de repetência sucessiva (RM = 4,2), problemas financeiros (RM = 4,1), didática do corpo docente (RM = 4,1) e o quarto mais influente fator é a infraestrutura na universidade (3,6). O fator menos influente é a adaptação ao ensino superior (RM = 2,2).
Em outras pesquisas nacionais esses fatores também foram relatados por discentes, como no estudo realizado por Rosa e Santos (2018), onde a dificuldade em conciliar trabalho e estudo também é considerada o fator mais significativo que ocasiona a retenção. De fato, depois de uma jornada de trabalho é difícil conseguir uma disponibilidade de tempo para estudar, pois apenas frequentar as aulas não garante aprendizagem significativa.
Outro fator que pode ser derivado devido à escassez do tempo é a repetência sucessiva. Porém, a repetência pode estar ligada a outros fatores como afirma Genghini (2006), que o baixo rendimento escolar pode estar relacionado à dificuldades de aprendizagem no Ensino Superior. Essas dificuldades podem ser déficit de leitura e interpretação de textos bem como deficiências nos cálculos aritméticos elementares.
Quanto às dificuldades financeiras relacionadas aos processos de retenção apontadas por Martins, Bitencourt, Barbosa e Santos (2014) também foram observadas nessa pesquisa como um condicionante da retenção. Diversos alunos com menos condições socioeconômicas necessitam trabalhar para sobrevivência e isso atrapalha de certa forma nos estudos, como já mencionado anteriormente, devido à falta de tempo. Percebe-se então que algumas variáveis tem uma relação muito próxima.
No geral, a maioria dos fatores de retenção dependem mais de causas individuais ou do ambiente externo às instituições de ensino. Apesar, das causas internas seres ínfimas comparadas às externas, não significa que os gestores, coordenadores e docentes não devam procurar soluções de medidas interventivas a essa problemática.
 Com o intuito de verificar se tinha algum motivo não abordado pelo o questionário nas perguntas objetivas. Perguntou-se aos discentes na questão subjetiva de número 3: Qual o motivo de maior relevância o fez atrasar o curso de química? Caso tenha outro motivo cite e comente.
 As respostas (vide apêndice B) fornecidas pelos os discentes 2, 3, 4, 6, 8 e 10 acerca dos motivos de maior relevância para retenção corroboram com as já elencadas pela a fundamentação teórica e pelas perguntas objetivas do questionário que são dificuldades em conciliar trabalho e estudo, problemas familiares e de saúde, porém alguns discentes trouxeram outros motivos bem específicos como:
Discente 1 - De uma maneira geral, a pouca assistência das universidades em oferecer recursos para permanência do aluno no curso, o que no caso é bem diferente em outras instituições públicas.
Discente 5 - Falta de tempo.
Discente 7 - Tempo para escrever a monografia.
Discente 9 - Falta de orientação eficaz e pouca preparação para desenvolvimento da monografia. 
 Com relação à assistência estudantil citada pelo o discente 1 a UECE já têm políticas visando à permanência do aluno como o restaurante universitário, bolsas de estudos e de assistência aos alunos com baixas condições socioeconômicas entre outras. Apesar dessas políticas seremmais voltadas para evitar outra problemática do ensino superior; a evasão estudantil, pode-se evitar também a retenção estudantil quando ocasionadas pela a falta de tempo (citada pelo o discente 5 e 7), fornecendo-se bolsas de assistência, com isso o estudante não necessariamente precisa trabalhar. Como as bolsas são para meio período, os alunos conseguem ter mais tempo para os estudos evitando uma possível retenção devido a reprovações.
 Já a orientação ineficaz e a falta de competência para a realização do trabalho de conclusão de curso citada pelo o discente 9, realmente são motivos que podem fazer com que os discentes passem mais tempo na universidade visto que o trabalho de conclusão de curso requer tempo e habilidades para a pesquisa realizada.
5.2.2 Análise das reprovações por nota dos discentes
O gráfico 3 representa as disciplinas que os alunos mais encontram dificuldades obtendo reprovações. 
Gráfico 3: Reprovações por nota
 Fonte: Dados da Pesquisa (2018).
O Gráfico 3 apresenta que Química Orgânica 2 possui o maior índice de reprovação com 15%, depois vêm Cálculo 1 com 12% , Analítica 1, Analítica 2 e Cálculo 2 cada um com 10% de reprovação, Monografia e Projeto de Monografia 7% cada, Física Geral, Química Geral 1 e Química Geral 2 com 5% cada, Química Orgânica 1, Libras e História da Química com 3% cada e Didática, Inorgânica 1 e Química Orgânica 3 foram as que representaram menor taxa de reprovação com 2% cada.
Silveira, Gomes e Santos (2010) realizaram uma pesquisa com alunos do Instituto Federal do Ceará (IFCE) do curso de licenciatura em Química e verificou-se que uma das disciplinas de química considerada mais difícil é Química Orgânica, mais precisamente quando se trata do assunto de reações químicas. Com relação ao nosso estudo, a disciplina de Química Orgânica 2 por apresentar uma taxa de reprovação elevada, pode estar relacionada com o conteúdo extenso e complexo das reações químicas. Já para as demais disciplinas que contém cálculo com índice elevado de reprovação pode estar relacionado com a inabilidade dos alunos em fazer cálculos como apontam também Melo e Naves (2015), numa pesquisa que as disciplinas com índices mais altos de reprovação estão ligadas ao cálculo, na área de Exatas.
Devido o conhecimento ser algo contínuo, consequentemente uma má formação no ensino básico, principalmente na disciplina de matemática que é utilizada muitas vezes como ferramenta de apoio para aprendizagem na Química pode resultar em uma dificuldade de assimilação dos conteúdos no ensino superior. Outro problema desencadeador e talvez o de maior impacto na aprendizagem é a falta de domínio em compreender e interpretar textos. Pois, não basta que o aluno compreenda as ciências naturais, é preciso ser um bom leitor caso contrário toda a sua aprendizagem seja em que campo for pode ficar comprometida. Como o processo de ensino-aprendizagem é uma via de mão dupla, dependendo tanto da capacidade do aluno em apreender como da competência do professor em transpassar o conhecimento da melhor maneira possível, podemos ainda acrescentar outro contribuinte para o insucesso nas disciplinas de cálculo: a metodologia de ensino utilizada pelo professor.
Com relação às disciplinas de Monografia e Projeto de Monografia, apesar de não serem disciplinas que exijam obrigatoriamente cálculos, teve uma quantidade de reprovação considerável. Podemos deduzir por serem cadeiras que exijam tempo e dedicação, habilidades com a escrita e uso da tecnologia, certos alunos encontram dificuldades.
5.2.3 Análise das propostas dos discentes para evitar a permanência prolongada
De acordo com o gráfico 4 foi feita uma análise com base nas respostas dos discentes retidos (ver Apêndice C), das sugestões para evitar a retenção.
Gráfico 4 - Propostas Interventivas à Retenção
 Fonte: Dados da Pesquisa (2018).
Quando perguntado aos dez alunos retidos sobre sugestões de medidas interventivas foram citadas a assistência financeira-pedagógica por 6 (43%) dos alunos, a didática do professor por 2 (14%), a qualidade de disciplinas ligadas a monografia por 2 (14%), a maleabilidade à faltas por 2 (14%), o discente evitar trabalhar por 1 (7%) e a instituição evitar greve por 1 (7%).
É perceptível notar que na visão dos alunos a assistência financeira-pedagógica é considerada de grande importância no auxílio da conclusão do curso. Pode-se inferir que devido à muitos alunos estudarem e trabalharem, não conseguem ter tempo para dedicar-se aos estudos. Daí a importância de auxilio seja com bolsas de estudo ou financeira ou até mesmo uma melhor relação professor aluno. 
A didática do professor é outro fator importante, pois pode fazer com que o ensino-aprendizagem não seja significativo. Muitos alunos também encontram dificuldades com a cadeira de monografia que pode ser desde ao assunto do tema como dificuldades com escrita, então faz-se necessário uma orientação eficaz por parte dos docentes e um compromisso maior do aluno. De acordo com Santos e Luz (2013), os alunos se queixam que seus professores dominam o conteúdo de ensino, contudo, não conseguem utilizar as técnicas didáticas corretas para ajudá-los a compreender. Portanto, é de extrema importância que os docentes sempre estejam se qualificando e procurem meios de aperfeiçoamento do ensino-aprendizagem.
Já as outras medidas sugeridas pelos os discentes como evitar trabalhar, instituição evitar greves e maleabilidade à faltas não podem ser regras a serem seguidas à risca. Pois não querer trabalhar é algo relativo, parte da necessidade de cada aluno, a instituição evitar greves depende de uma série de decisões tomadas em coletivo e a flexibilidade em relação à faltas parte da relação professor-aluno. Apesar de todas essas situações influenciarem direta ou indiretamente para a retenção estudantil.
5.3 RESULTADOS DA ANÁLISE DA ENTREVISTA COM OS GRADUADOS PELO PRADIS
Após a análise quantitativa da influência do programa institucional e da análise dos fatores determinantes para a permanência excessiva na universidade. Foi realizada apenas uma pergunta aos entrevistados com o objetivo de buscar uma melhor compreensão de acordo com a perspectiva dos graduados com relação à importância do programa para a conclusão do seu curso. Conforme o quadro 5 encontra-se as visões dos entrevistados.
Quadro 5 - Súmula das principais idéias dos entrevistados
	QUESTÃO
	Qual a importância do PRADIS para a conclusão do seu curso de Química? Comente abertamente.
	ENTREVISTADO 1
	“ [...] é muito difícil para o aluno que cursa a faculdade à noite e durante o dia trabalhar o dia todo, dessa forma o programa me deu segurança pra poder concluir o curso no tempo que realmente eu poderia ”.
	ENTREVISTADO 2
	“ Eu considero que o PRADIS é um programa que pressiona o aluno a se formar o mais rápido possível, faz com que o aluno adquira responsabilidade e tenha compromisso com o curso [...] "
	ENTREVISTADO 3
	“ O PRADIS serve para disciplinar o aluno que não está compromissado com o curso, pois se o aluno sabe que tem um tempo indeterminado para concluir o curso ele vai adiando até onde puder [...] ”
	ENTREVISTADO 4
	" [...] O PRADIS fez eu criar ânimo me colocando em uma situação que ou eu termino ou não termino [...] "
	ENTREVISTADO 5
	" [...] para mim o PRADIS veio para fazer com que eu conclui-se logo o meu curso e confesso, se eu soubesse que teria mais tempo, teria adiado mais ainda.”
	ENTREVISTADO 6
	“O PRADIS gerou em mim um senso de urgência, pois quando eu soube que poderia perder o curso sendo desligada da universidade fui correr atrás do tempo perdido [...]"
	ENTREVISTADO 7
	“ [...] para mim o PRADIS foi mais um alerta, assim como para alguns colegas meus, ou termina o curso ou perde, no caso consegui me graduar.”
	ENTREVISTADO 8
	“O PRADIS foi importante, pois me proporcionou apoio para a conclusão do meu curso, já que excedi o tempo limite de conclusão [...]”
Fonte: Dados da pesquisa (2018).
Na visão dos entrevistados 1 e 8 o programa tem um papel importante no sentidode dar apoio ao aluno, possibilitando um tempo maior para a conclusão de seu curso de acordo com a situação em que se encontra cada aluno. Pois como já citado na literatura muitas são as causas de atraso na conclusão do curso, como a indisponibilidade de tempo, por isso fornecer um tempo maior ao aluno é uma forma de ajudá-lo.
Já para os entrevistados 2, 3, 4, 5, 6 e 7 outras funções importantes que o PRADIS desempenha são a de pressionar e disciplinar o aluno, fazendo com que ele adquira responsabilidade com o seu curso. Os alunos antes do programa não se preocupavam em graduar-se o mais rápido possível, devido à universidade não determinar o prazo máximo de conclusão. Conforme as respostas dos entrevistados, onde afirmam que adiariam mais ainda a conclusão de curso sabendo da possibilidade de um tempo maior para concluí-lo, percebe-se que a procrastinação é uma ação comum entre os discentes. De acordo com Solomon e Rothblum (1984 apud Semprebon, Amaro, Beuren, 2017) a procrastinação acadêmica pode ser definida como o atraso voluntário do discente em realizar tarefas acadêmicas. Esse atraso ocorre de maneira freqüente na academia, devido à dificuldade em realizar as tarefas concomitantemente, além das causas relacionadas a problemas pessoais como saúde, financeiros entre outros.
Enfim, todos os entrevistados consideram que o PRADIS influencia positivamente auxiliando o aluno a concluir seu curso.
6. CONCLUSÃO:
Por meio desta pesquisa, foi possível identificar a influência positiva do Programa de Acompanhamento ao Discente (PRADIS) como auxílio na conclusão do curso de Licenciatura em QuímicaCCT da UECE. Pois desde a sua implantação o programa vem conseguindo graduar os discentes evitando também uma possível evasão no final do curso.
Outro fator importante obtido após a instituição estabelecer uma nova contagem de tempo, de acordo com a quantidade de créditos remanescentes, para a conclusão do curso foi o de diminuir o tempo de permanência dos alunos na Universidade. Antes dessa medida institucional, os discentes passavam muitos anos postergando a sua graduação, gerando muitos gastos, além de impossibilitar de um novo aluno de ocupar a vaga.
Quando realizada a investigação sobre os motivos da permanência prolongada no curso de Licenciatura em Química, concluiu-se que os principais motivos de atraso de acordo com a perspectiva dos retidos estão relacionados a fatores externos à instituição como a dificuldade em conciliar trabalho e estudo, a repetência sucessiva, problemas financeiros, desmotivação com o curso, problemas familiares, distância entre domicílio e universidade, problemas de saúde, formação de família, deficiência da educação básica, curso concomitante ao de Química e não adaptação ao ensino superior. Já os fatores relacionados à instituição, constatou-se que são os menos influentes para que o aluno atrase o curso como a didática do corpo docente e a infraestrutura da universidade.
Neste estudo também conseguiu-se obter propostas de medidas intervenientes à retenção como políticas de assistência tanto de recursos financeiros como pedagógicos ao aluno, maleabilidade com relação à faltas, melhorar a qualidade das cadeiras relacionadas à monografia para uma boa elaboração da mesma, rever a didática do corpo docente, discentes evitarem trabalhar e instituição evitar as greves.
É de extrema importância para gestores, educadores e pesquisadores que buscam compreender o que impede de a formação superior seja concluída. Portanto, para pesquisas futuras, com base nas propostas de ações no combate à retenção levantadas pelos discentes, sugere-se o estudo sistemático com os docentes para verificar quais medidas possam ser concretizadas, além de buscar outras ações para que os alunos não extrapolem o prazo máximo do curso, diminuindo a inserção de alunos no PRADIS.
REFERÊNCIAS
BARCELOS, J. A. Retenção Discente nos Cursos de Graduação do Centro Universitário do Norte do Espírito Santo Implantados a Partir do Reuni. 2015. 116 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Gestão Pública, Programa de Pós-graduação em Gestão Pública do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2015. Disponível em: <http://repositorio.ufes.br/bitstream/10/2526/1/tese_9191_Dissertação%20Final%20-%20Alexandre%20Barcelos.pdf>. Acesso: 15 jun. 2018.
BARDIN. L. Análise de conteúdo. Lisboa: Editora Edições 70, 1977. Disponível em: <https://www.ets.ufpb.br/pdf/2013/2%20Metodos%20quantitat%20e%20qualitat%20-%20IFES/Livros%20de%20Metodologia/10%20-%20Bardin,%20Laurence%20-%20Análise%20de%20Conteúdo.pdf.> Acesso em: 30 mar. 2018.
BRASIL. Decreto n° 7234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES, Brasília, DF, jul 2010. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7234.htm>. Acesso em: 28 mar. 2018
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YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001
APÊNDICES
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS MATRICULADOS NO PRADIS DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DA UECE
PREZADO (A) ALUNO (A)
Este questionário tem como objetivo avaliar as causas de atraso na conclusão dos alunos do curso de química.
ATENÇÃO:
Todas as questões requerem a coleta de informações. Portanto, por favor, não deixe nenhuma questão sem resposta.
IDENTIFICAÇÃO: 
 (
Ano/Semestre
)N° DE MATRÍCULA: INGRESSO NA UECE: 
1. DADOS PESSOAIS:
1.1 Sexo: ( ) F ( ) M
1.2 Idade: 	
1.3 Estado Civil: 
1.4 Possui filhos: ( ) Sim ( ) Não
1.5 Ocupação atual: 
1.6 Reside em Fortaleza: ( ) Sim ( ) Não
2. Na sequência abaixo, assinale de acordo com o nível de importância (0 = nenhuma importância; 5 = muito importante) que cada um destes fatores internos e externos de retenção podem influenciar no atraso de conclusão do curso.
2.1 Infraestrutura na Universidade
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.2 Didática do corpo docente
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.3 Não adaptação ao ensino superior
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.4 Problemas familiares
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.5 Deficiência da educação básica
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.6 Realização de outro curso concomitante ao de Química
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.7Problemas financeiros
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.8 Repetência sucessivas na graduação
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.9 Desmotivação com o curso
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.10 Dificuldades em conciliar trabalho e estudo.
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.11 Distância entre domicílio e universidade.
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.12 Formação familiar
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
2.13 Problemas de saúde
(0) (1) (2) (3) (4) (5)
3. Qual o motivo de maior relevância quevocê acredita ter o levado a atrasar ou abandonar o curso de Química? ? Caso tenha outro motivo cite e comente.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
4. Qual (is) medida (s) você acredita que poderia ser realizada pelo o aluno, o professor ou pela a universidade para evitar o abandono ou atraso do curso na graduação?
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
5. Quais disciplinas você reprovou e quantas vezes?
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
APÊNDICE B
RESPOSTAS REFERENTES ÀS QUESTÕES SUBJETIVAS DO QUESTIONÁRIO
Questão 3 - Qual o motivo de maior relevância o fez atrasar o curso de química? Caso tenha outro motivo cite e comente.
Discente 1 - De uma maneira geral, a pouca assistência das universidades em oferecer recursos para permanência do aluno no curso, o que no caso é bem diferente em outras instituições públicas.
Discente 2 - Problema de saúde e problema familiar
Discente 3 - O tempo para uma maior dedicação ao curso, conciliar trabalho e estudo não é fácil.
Discente 4 - Conciliar trabalho e estudo.
Discente 5 - Falta de tempo.
Discente 6 – Trabalho.
Discente 7 - Tempo para escrever a monografia.
Discente 8 - Problemas familiares e indisponibilidade de tempo por causa do trabalho, os professores por sua vez não compreendem e tome reprovação por falta.
Discente 9 - Falta de orientação eficaz e pouca preparação para desenvolvimento da monografia. 
Discente 10 - Dificuldade em trabalhar e estudar.
Questão 4 - Quais disciplinas do curso você reprovou e quantas vezes?
Discente 1 - Química orgânica 1, uma vez; Química Orgânica 2, três vezes; Analítica 1, três vezes, Analítica 2, uma vez e Projeto de Monografia, duas vezes.
Discente 2 –Química Geral 2, duas vezes e Analítica 2, duas vezes.
Discente 3 –Química Geral 1, duas vezes; Física, uma vez; Projeto de Monografia, uma vez e Monografia, duas vezes.
Discente 4 –Cálculo 2, três vezes; Orgânica 2, uma vez; Física Geral, duas vezes; Analítica 2, uma vez, Libras, uma vez e História da Química, uma vez.
Discente 5 –Monografia, duas vezes e Analítica 1, duas vezes.
Discente 6 –Cálculo 1, duas vezes; Cálculo 2, uma vez, Orgânica 2, uma vez e Analítica 2, uma vez.
Discente 7 –Cálculo 1, uma vez; Cálculo 2, uma vez e Analítica 2, uma vez.
Discente 8 –Cálculo 1, uma vez; Química Orgânica 2, duas vezes e Cálculo 2, uma vez.
Discente 9 –Química Geral 1, uma vez; Química Geral 2, uma vez; Analítica I, uma vez; Cálculo I, duas vezes; e Orgânica 2, uma vez.
Discente 10 –Didática, Libras, Inorgânica I, Orgânica 2, Orgânica 1, Projeto de Monografia,
Química Orgânica 3 e História da Química.
Questão 5 – Qual(is) medida(s) você acredita que poderia ser realizada pelo o aluno, o professor ou pela a universidade para evitar o atraso na conclusão do curso?
Discente 1 - Assistência no transporte, assistência pedagógica, programas de bolsas e de iniciação a docência, interação da coordenação com os alunos. Mais acessibilidade do corpo docente com os alunos.
Discente 2 - Grupo de estudos, listas de exercícios corrigidas pelo professor, maior humanização por parte dos professores.
Discente 3 - Alguns professores são muito rígidos no q se refere a presença. No meu caso o atraso se deu mais pela falta de tempo e dedicação da minha parte. Acabei dando prioridade ao emprego.
Discente 5 - Um número maior de bolsas para os alunos do curso. Tendo um auxílio financeiro o aluno vai poder passar mais tempo na universidade, vai ter mais disponibilidade de tempo e condições físicas e psicológicas para estudar. Para os professores, alguns podem melhor sua didática, Se atualizar um pouco ou até mesmo ser mais receptivo com os alunos, uma boa relação aluno x professor também ajuda. Um ponto relevante também é o a monografia, o curso exige sua apresentação, mas não fornece condições adequadas para as pesquisas, nem os professores têm tanta disponibilidade para acompanhar os alunos.
Discente 6 - Pelo professor: didática maleável , universidade : evitar greves, aluno: evitar trabalhar (se possível , só estagiar no máximo).
Discente 7 - Percepção dos professores para a deficiência de alguns alunos.
Discente 8 - Mais estrutura, mais motivação para os alunos escreverem artigos, trabalhos, ter mais proximidade professor/aluno não só com aqueles que são monitores, IC's, que trazem benefícios para os docentes.
Discente 9 - Analisar a vida pessoal do aluno. Nem sempre ele falta porque quer.
Discente 10 - Melhorar a qualidade da cadeiras Estrutura e desenvolvimento do Trabalho Científico, para que o aluno se sinta capaz de fazer a monografia. Diminuir a apatia da coordenação e aumentar a comunicação com os alunos, auxiliando com antecedência e dando suporte para que o aluno enxergue a importância de se investir numas produções antecipada do trabalho de conclusão do curso. Melhorar a qualidade das aulas ministradas em sala. Alguns professores são muito despreparados .
APÊNDICE C - ENTREVISTA COM OS GRADUADOS PELO PRADIS
1) Qual a importância do PRADIS para a conclusão do seu curso de Química? Comente abertamente.
Homens
Entrevistado 1 : “O Pradis pra mim foi importante pelo fato de eu não ter concluído o curso no tempo regulamentar, tive uma nova oportunidade de dar continuidade ao curso e colar grau. É muito difícil para o aluno que cursa a faculdade a noite e durante o dia trabalha o dia todo, dessa forma o programa me deu segurança para poder concluir o curso no tempo que realmente eu poderia” 
Entrevistado 2: “ Eu considero que o PRADIS é um programa que pressiona o aluno a se formar o mais rápido possível, faz com que o aluno adquira responsabilidade e tenha compromisso com o curso. O programa gera melhorias tanto para os alunos quanto para a universidade pois, o discente ao postergar o seu curso impede de um novo aluno assumir a vaga, além de gerar muitos gastos para a instituição.”
Entrevistado 3: “ O PRADIS serve para disciplinar o aluno que não está compromissado com o curso, pois se o aluno sabe que tem um tempo indeterminado para concluir o curso ele vai adiando até onde puder. Então, vejo o PRADIS como algo positivo tanto para auxiliar o aluno na tomada de decisão de concluir o curso ou ser desligado da instituição para que outro aluno possa assumir a vaga. Além de evitar custos altos para a instituição com esse aluno.”
Entrevistado 4: “Eu estava bem desmotivado para terminar o curso. Na verdade sentia vergonha por achar que apesar de ter tido que escolher trabalhar, e não me arrependo disso, eu acredito que eu teria muitas outras chances academicamente falando. Eu tinha professores que acreditavam e investiram em meu potencial. Mas, fazemos escolhas constantemente e elas sempre têm consequências, essa foi a minha, atrasar o curso. Então, o PRADIS fez eu criar ânimo me colocando em uma situação que ou eu termino ou não termino. Para minha situação e para o tipo de pessoa que sou, acredite, determinada. Então, foi suficiente para eu terminar o curso. Acreditava que eu não iria terminar, pensei em muitas vezes em fazer o Enem para aproveitar o curso em outra universidade. Estava exatamente pensando este dias. Como Deus foi bom e me deu a oportunidade de ter minha graduação!!. Tenho 13 anos lecionando e hoje posso dizer que tenho minha graduação! Só tenho pensamentos positivos sobre o PRADIS.”
Mulheres:
Entrevistado 5: “O PRADIS veio como um ultimato para mim, pois no meu caso como faltava apenas a monografia eu deixava sempre para depois a conclusão desta, e como
também trabalho e cuido de casa fui atrasando o término do meu curso. Então para mim o PRADIS veio para fazer com que eu conclui-se logo o meu curso e confesso, se eu soubesse que teria mais tempo, teria adiado mais ainda.”
Entrevistado 6: “O PRADIS gerou em mim um senso de urgência, pois quando eu soube que poderia perder o curso sendo desligada da universidade fui correr atrás do tempo perdido. Outra situação ocorrente com

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