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Simulado ENEM - 1 Dia (Ciclo 2)

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Prévia do material em texto

1º DIA
CADERNO
2
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
DIGITAL*
 
 
 
 
 
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 dispostas da seguinte 
maneira: a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às 
questões relativas à língua estrangeira escolhida (inglês ou espanhol)**.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com 
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue o CARTÃO-RESPOSTA.
8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova.
* Este caderno de provas reproduz as questões aplicadas no 2° Poliedro Enem Digital. 
** Se nenhuma opção for indicada, a correção considerará o gabarito de inglês.
1o DIA
CADERNO
1
AZUL
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 2
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
To Helen
Helen, thy beauty is to me
Like those Nicean barks of yore,
That gently, o’ver a perfumed sea,
The weary, wayworn wanderer bore
To his own native shore.
Disponível em: <https://www.poetryfoundation.org>. Acesso em: 19 maio 2020.
No fragmento do poema de Edgar Allan Poe, o eu lírico
A apresenta um herói de guerra em amores por Helen.
B canta grandes vitórias em batalhas de outrora.
C apresenta a personagem como responsável pela glória da 
Grécia.
D canta sua vitória por desposar uma mulher com tamanha 
beleza.
E enaltece a figura de Helen, comparando-a às belezas da 
Antiguidade Clássica.
QUESTÃO 02 
Mark, Todd, and Zola came to law school to change the 
world, to make it a better place. But now, as third-year students, 
these close friends realize they have been duped. They all 
borrowed heavily to attend a third-level, for-profit law school so 
mediocre that its graduates rarely pass the bar exam, let alone 
get good jobs. And when they learn that their school is one of 
a chain owned by a shady New York fund operator who also 
happens to own a bank specializing in student loans, the three 
know they have been caught up in The Great Law School Scam.
But maybe there’s a way out. Maybe there’s a way to escape 
their crushing debt, expose the bank and the scam, and make a 
few bucks in the process. But to do so, they would first have to 
quit school. And leaving law school a few short months before 
graduation would be completely crazy, right? Well, yes and no...
Disponível em: <https://www.goodreads.com>. Acesso em: 30 abr. 2019.
O texto refere-se ao livro Rooster Bar, a obra mais recente 
de John Grisham. Com a leitura, é possível perceber que as 
personagens
A são estudantes de Direito em uma instituição renomada.
B decidiram mudar de curso poucos meses antes da 
formatura.
C deixaram o idealismo de lado a fim de ganhar muito dinheiro.
D descobriram-se parte de um esquema de empréstimos 
estudantis.
E passaram no exame da ordem e já têm bons empregos 
garantidos.
QUESTÃO 03 
Feeling sad or having a depressed mood.
Loss of interest or pleasure in activities once enjoyed.
Changes in appetite – weight loss or gain unrelated to 
dieting.
Trouble sleeping or sleeping too much.
Loss of energy or increased fatigue.
Increase in purposeless physical activity (e.g., 
hand-wringing or pacing) or slowed movements and speech 
(actions observable by others).
Feeling worthless or guilty.
Difficulty thinking, concentrating or making decisions.
Thoughts of death or suicide.
Disponível em: <https://www.psychiatry.org>. Acesso em: 30 dez. 2019.
A lista apresentada está relacionada ao tema depressão e 
corresponde a
A possíveis tratamentos para a doença. 
B fatores que levam uma pessoa a ter a doença. 
C outras doenças tão graves quanto a depressão. 
D sintomas apresentados por quem tem a doença. 
E dicas para quem auxilia no tratamento de pessoas com a 
doença. 
QUESTÃO 04 
The Fox and the Crow 
A Fox once saw a Crow fly off with a piece of cheese in its beak 
and settle on a branch of a tree. ‘That’s for me, as I am a Fox,’ said 
Master Reynard, and he walked up to the foot of the tree. ‘Good 
day, Mistress Crow,’ he cried. ‘How well you are looking today: 
how glossy your feathers; how bright your eye. I feel sure your 
voice must surpass that of other birds, just as your figure does; let 
me hear but one song from you that I may greet you as the Queen 
of Birds.’ The Crow lifted up her head and began to caw her best, 
but the moment she opened her mouth the piece of cheese fell to 
the ground, only to be snapped up by Master Fox. ‘That will do,’ 
said he. ‘That was all I wanted. In exchange for your cheese I will 
give you a piece of advice for the future. Do not trust flatterers.’ 
BROWN, Keith. Encyclopedia of Language and Linguistics. 2ed. Elsevier Science, 2005.
Na fábula, Esopo apresenta uma lição de moral sobre não se 
deixar levar por bajuladores. Essa bajulação ocorrida no texto 
é representada pela frase
A ‘That’s for me, as I am a Fox,’
B ‘Good day, Mistress Crow,’
C ‘How well you are looking today’.
D ‘let me hear but one song from you’.
E ‘That will do’, said he. ‘That was all I wanted.’
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 3
QUESTÃO 05 
This is a game-based app from one of the fastest growing 
brands in the world which boasts over 40 million active users from 
180 nations. Here, you can share exciting experiences, discover 
more games, and play in any language you like regardless of your 
age or device. Its mission is to make learning awesome. Indeed, 
it engages the heart, the body, and the mind, bringing a wild and 
powerful experience right at your fi ngertips. Its straightforward 
features appeal to both students and educators because they reach 
beyond a typical classroom setting.
In Kahoot, you’ll fi nd various sporting events, corporate 
powerhouses and all types of social and educational context. 
Teachers get to create fun games based on multiple choice 
questions. Then, students can register in the game rooms 
using any devices and special codes and compete with peers. 
The application of a game on real classroom questions is a 
way of encouraging students to perceive exams with a positive 
attitude. This also promotes group discussion creating what is 
called ‘campfi re moments’. As such, students get to pursue their 
educational goals proactively by creating Kahoots. In essence, 
Kahoot is a wonderful tool for any teacher or student whether 
used as re-energizing technique or attention grabber.
Disponível em: <https://www.greenprophet.com>. Acesso em: 30 abr. 2019.
Esse texto apresenta uma ferramenta educacional chamada 
Kahoot. A relação entre os vocábulos game, users e educational 
goals no texto refere-se ao ato de
A encorajar os alunos a focar mais no jogo do que nos 
estudos para as provas.
B criar uma disputa sobre o conteúdo escolar entre os 
educadores e os alunos.
C motivar os alunos a aprender novos idiomas para participar 
de jogos diferentes.
D aplicar um jogo para promover nos alunos uma atitudepositiva em relação às provas.
E levar os alunos a formar equipes, inscrever-se e participar 
de vários tipos de eventos esportivos.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
El cambio climático en España
[…] El cambio climático se ha instalado en España y sus 
efectos se notan ya, principalmente, en las temperaturas. Por 
ejemplo, el verano dura ahora de media en España casi cinco 
semanas más que a principios de los años ochenta. Y, además, 
es más caluroso. La Agencia Estatal de Meteorología (Aemet) 
y el Ministerio para la Transición Ecológica han presentado 
este martes un avance de los datos del proyecto Open Data 
Climático, que recoge algunas evidencias de los impactos del 
calentamiento global en España en los últimos 40 años.
Según los datos aportados por el ministerio, hay más de 
32 millones de personas en España directamente afectadas 
por las consecuencias. […]
Disponível em: <https://elpais.com>. Acesso em: 26 mar. 2020. (Adaptado)
Nota-se, pela leitura do texto, que “el cambio climático” é visto 
como
A consequência das ações dos ministérios.
B a causa das alterações do clima.
C consequência do aquecimento global.
D causa do aquecimento global.
E causa das ações humanas.
QUESTÃO 02 
Disponível em: <www.mundogaturro.com>. Acesso em: 19 maio 2020.
A intenção humorística da tirinha se dá pelo(a)
A onomatopeia utilizada no penúltimo quadrinho.
B jogo de palavras entre os verbos “sentir” e “sentar”.
C falta de vocabulário de Gaturro para convencer Ágatha.
D impaciência de Gaturro ao explicar seu sentimento a 
Ágatha.
E equívoco de Gaturro ao conjugar o verbo “sentar” como 
“siento”, no presente.
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 4
QUESTÃO 03 
Mi niña se fue a la mar
Mi niña se fue a la mar,
a contar olas y chinas,
pero se encontró, de pronto,
con el río de Sevilla.
Entre adelfas y campanas
cinco barcos se mecían,
con los remos en el agua
y las velas en la brisa.
¿Quién mira dentro la torre
enjaezada, de Sevilla?
Cinco voces contestaban
redondas como sortijas.
El cielo monta gallardo
al río, de orilla a orilla.
En el aire sonrosado,
cinco anillos se mecían.
GARCÍA LORCA, Federico. Disponível em: <http://blogs.utopia.org.br>. 
Acesso em: 26 mar. 2019.
No verso “pero se encontró, de pronto”, o termo em destaque 
indica algo que
A ultrapassou o limite.
B aconteceu tardiamente.
C passou despercebido.
D aconteceu de repente.
E aconteceu com dificuldade.
QUESTÃO 04 
El pueblo que esconde el secreto contra el alzhéimer
Así viven en Yarumal, una de las poblaciones de Colombia 
con miles de portadores del gen de la demencia precoz
Los habitantes de Yarumal creyeron, durante años, que 
se trataba de un embrujo. Los enfermos pensaban que les 
había caído una maldición que les condenaba a olvidar y, al 
fallecer, los sacerdotes registraban la causa de su muerte 
como "reblandecimiento de cerebro". Por estas regiones de 
Antioquia, en el noroeste de Colombia, nadie sabía qué era el 
alzhéimer. Lo que compartían miles de habitantes del pueblo, 
esa pérdida de la memoria en cuanto cumplían los 40 años, 
la falta de movilidad y el deterioro mental, la llamaban “una 
enfermedad puesta”. Para ellos, era un castigo.
Fue solo hace treinta años cuando el trabajo de los 
investigadores colombianos Francisco Lopera y Lucía 
Madrigal, del Grupo de Neurociencias de la Universidad de 
Antioquia (GNA), abrió una puerta para entender lo que estaba 
sucediendo en los pueblos de Yarumal, Ituango, Angostura y 
Belmira. Allí, miles de personas de 25 familias compartían algo 
más que un simple parentesco: tenían una mutación en el gen 
de la presenilina 1, por la cual desarrollan alzhéimer temprano. 
Con el tiempo, a esta se le llamó “la mutación paisa”.
[...]
Disponível em: <https://elpais.com>. Acesso em: 18 nov. 2019.
De acordo com o texto, os pesquisadores descobriram que
A a religião poderia ser a cura mais adequada para a doença.
B o parentesco era o que causava o Alzheimer nos mais 
idosos.
C se desenvolvia o Alzheimer pela precariedade escolar do 
local.
D a localização das cidades ajudava a causar a doença 
precocemente.
E se desenvolvia o Alzheimer precocemente, por causa de 
uma mutação genética.
QUESTÃO 05 
Oda al Dos de Mayo
Oigo, patria, tu aflicción,
y escucho el triste concierto
que forman, tocando a muerto,
la campana y el cañón;
[…]
GARCÍA, Bernardo López. Disponível em: 
<https://www.poetasandaluces.com>. Acesso em: 18 nov. 2019.
Diante da expressão dos versos, pode-se inferir que eles 
fazem referência a um(a)
A situação de migração.
B cenário de pobreza.
C cenário de guerra.
D surto de doença.
E crise política.
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06 
Dia seguinte, manhã alteando para os lados do mar, Benedita, 
já desobrigada que, quando a noite andava a meio, o Chico de 
Ifigênia, embora muito engrossado nos panos pela imprudência 
do atraso, rompeu galhardias, embandeirado de todo, para 
alegria das duas, ela falou para o coronel-padrinho Tuniquinho 
Marimbondo, aquela hora já de plantão no corredor da fazenda, 
em atalaia enxerida para saber notícias da doença de Ifigênia:
— A moça já tá bem mai mio, nhô, sim, cum a graça de Deus! 
A fevre já passo, meu sinhô. Mai essa menina percisa é se casá 
que já tá no tempo... Percisa é de ranjá um marido que essas 
fevres má, panhada nos banho de água malina, só passa mermo, 
no que se diz passá de um todo, é cum marido dento de casa.
SANTOS, J. C. Benedita Torreão da Sangria Desatada. Rio de Janeiro: Fundação Ceciliano 
Abel de Almeida, 1983 (Adaptado).
No fragmento, observa-se que o narrador apresenta a fala 
da personagem em uma linguagem que a caracteriza. Essa 
variação linguística tem o intuito de demonstrar um(a)
A modo de falar errado, o que denota inferioridade.
B problema de comunicação por parte do interlocutor.
C linguagem social própria de determinada comunidade.
D uso de uma linguagem inadequada ao se dirigir ao patrão.
E desconhecimento da língua e da fala de forma desconexa.
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 5
QUESTÃO 07 
O bullying é um problema social mundial que acontece, na 
maioria das vezes, com crianças e dentro do ambiente escolar. 
O que quase ninguém sabe é que as relações familiares podem 
influenciar diretamente o envolvimento de estudantes com 
o bullying. 
Os resultados da pesquisa da Escola de Enfermagem da 
USP mostraram que os estudantes sem envolvimento com o 
bullying tinham melhores interações familiares, demonstradas 
pelo cuidado, afeto e boa comunicação com os pais, que, por 
sua vez, mantinham boa relação conjugal. Além disso, os pais 
desses estudantes estabeleciam regras dentro de casa, como 
também supervisionavam seus filhos, sabendo onde eles 
estavam nas horas livres. 
De acordo com a pesquisa, as famílias dos estudantes 
envolvidos com bullying são consideradas menos funcionais. 
Isso quer dizer que elas não colaboram com o crescimento dos 
sentimentos positivos, não realizam boa comunicação entre os 
moradores da casa, assim como não auxiliam nas tomadas de 
decisões de forma saudável, ou seja, tendo como base a troca 
de ideias de forma conjunta ao invés da imposição. [...]
Disponível em: <https://jornal.usp.br>. Acesso em: 20 nov. 2019. (Adaptado).
Considerando o texto lido, pode-se afirmar que a reportagem
A define o bullying como um processo dissociado da relação 
familiar.
B critica a relação estabelecida entre os filhos agressivos e 
os pais permissivos.
C condena o posicionamento das famílias que não atuam na 
educação dos jovens. 
D revela a importância da qualidade da relação entre filhos e 
pais na prevenção do bullying.
E opõe-se ao tratamento que muitos jovens recebem de 
suas famílias estruturadas e atenciosas.
QUESTÃO 08 
... O José Carlos está melhor. Lhe dei uma lavagem de 
alho e um chá de hortelã. Eu zombei do remédio da mulher, 
mas fui obrigada a lhe dar porque atualmente a gente se 
arranja como pode. Devido ao custo de vida,temos que voltar 
ao primitivismo. Lavar nas tinas, cozinhar com lenha.
... Eu escrevia peças e apresentava aos diretores de 
circos. Eles me respondia:
— É pena você ser preta.
Esquecendo eles que eu adoro a minha pele negra, e 
o meu cabelo rústico. Eu até acho o cabelo de negro mais 
iducado do que o cabelo de branco. Porque o cabelo de preto 
onde põe, fica. É obediente. E o cabelo de branco, é só dar 
um movimento na cabeça, ele já sai do lugar. É indisciplinado. 
Se é que existe reincarnações, eu quero voltar sempre preta.
JESUS, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favelada. 
São Paulo: Círculo do Livro, [s.d.]. (Adaptado)
Na obra Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus, há 
uma narradora-personagem que
A busca seu desenvolvimento acadêmico, por isso insiste 
em escrever peças para o circo.
B se conforma com a pobreza da favela porque acredita nos 
desígnios de Deus e do destino.
C se sente inferior pelo fato de ser negra, pobre e ter pouca 
ou nenhuma formação acadêmica.
D faz da palavra sua arma para mostrar as dificuldades da 
vida, embora desprovida de formação acadêmica. 
E usa um vocabulário rebuscado e inacessível à maior parte 
dos leitores, mas não atende à norma-padrão da língua.
QUESTÃO 09 
O legado de Mandela, 30 anos depois
[...] Havia 260 jornalistas espremidos no jardim da mansão 
onde Mandela dormira sua primeira noite em liberdade, 
depois de quase três décadas na prisão. Logo de início, o ex- 
-prisioneiro fez questão de exalar descontração. Contou piada 
e falou do seu café da manhã fora das grades. No cardápio, 
flocos de cereais, bacon, ovos e chá com leite. Quando um 
jornalista sul-africano se identificou e disparou a pergunta, 
Mandela, antes de responder, comentou: “Ah, então é você! Li 
vários de seus textos na prisão!”.
Em sua entrevista coletiva, o ex-prisioneiro enfatizou o 
caminho da pacificação. Descreveu a luta armada, opção de 
décadas anteriores, como “resposta à violência do apartheid”.
Mandela, o líder da luta contra o regime racista, transformou-
-se em Mandela, o conciliador e construtor da nova África 
do Sul. Desmontou o regime racista e impediu que o país 
mergulhasse numa guerra civil. Gravou marcas indeléveis na 
história contemporânea.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 28 fev. 2020 (Adaptado).
Há recursos textuais que aproximam o interlocutor do 
momento da produção do discurso, isso pôde ser alcançado 
na entrevista por meio da frase
A “o ex-prisioneiro fez questão de exalar descontração.”.
B “Ah, então é você! Li vários de seus textos na prisão!”.
C “o ex-prisioneiro enfatizou o caminho da pacificação.”.
D “Descreveu a luta armada, opção de décadas anteriores”.
E “Desmontou o regime racista e impediu que o país 
mergulhasse em uma guerra civil.”.
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 6
QUESTÃO 10 
Os usuários de ônibus e carros de passeio, devido às 
longas permanências em pé ou sentado na mesma posição, 
comumente sentem sintomas típicos de estresse, tais como 
batimentos cardíacos elevados e respirações curtas. Segundo 
o médico do esporte João Antonio da Silva Júnior, membro 
da Sociedade Mineira de Medicina e do Esporte e médico 
do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas 
Gerais, os moradores de centros urbanos deveriam ser mais 
ativos, por isso ele recomenda a bicicleta.
“A bike é um dos aparelhos mais interessantes já criados 
– nos faz suar o que nos leva a gastar calorias e perder peso. 
Com a bicicleta, nós também liberamos endorfina, que gera a 
sensação de prazer durante e depois do exercício”, detalha 
Silva Júnior.
O especialista ressalta a importância do exercício físico 
para o sistema cardiovascular pois aumenta a respiração, 
dilata os vasos sanguíneos, melhora a circulação e diminui 
o estresse. Além disso, durante a pedalada, vários grupos 
musculares são trabalhados com um desgaste menor do que 
uma corrida ou um treino na academia.
Disponível em: <https://www.otempo.com.br>. Acesso em: 28 fev. 2020. (Adaptado).
De acordo com o texto, o uso periódico da bicicleta e traz 
benefícios à saúde de quem a utiliza, contribuindo para
A melhorar a respiração e a redução da endorfina.
B reduzir a quantidade de endorfina e a perda de peso.
C fortalecer a musculatura e o desgaste das articulações.
D melhorar a circulação e o fortalecimento da musculatura. 
E aumentar a atividade aeróbica e a redução da capacidade 
cardiorrespiratória.
QUESTÃO 11 
Parece-me gente de tal inocência que, se nós 
entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, 
visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as 
aparências. E, portanto, se os degredados que aqui hão de 
ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido 
que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza, se farão 
cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso 
Senhor que os traga, porque certamente esta gente é boa e de 
bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer 
cunho que lhe quiserem dar, uma vez que Nosso Senhor lhes 
deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o fato 
de Ele nos para aqui trazer creio que não foi sem causa. E 
portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé 
católica, deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que 
com pouco trabalho seja assim!
CAMINHA, P. V. A carta. Belém: NEAD; UNAMA, [s.d.].
Nesse trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, está presente 
a ideia de
A idealização da terra.
B fundação nacionalista.
C catequização dos indígenas.
D preocupação com o trabalho.
E proximidade com a natureza. 
QUESTÃO 12 
TEXTO I
Quando pequena, eu achava natural não ter mãe; por 
alguns anos, bastou-me saber que fora boa e bonita, adoecera 
e tivera de nos deixar. Mas na adolescência sofri com essa 
privação; imaginava que, viva, minha mãe resolveria todos os 
meus problemas e desmancharia todas as minhas angústias. 
Minhas amigas tinham mães; para mim sobrara apenas Berta: 
uma moça de colônia, forte e despachada, mas que nada 
entendia de minha carência de afeto, e pensava resolver todos 
os problemas com uma boa risada. 
LUFT, L. Reunião de família. 13 ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
TEXTO II
Absorvendo-me na contemplação da manhã, penetrado de 
ternura, inclinei a cabeça para o ombro de Ema, como um filho, 
entrecerrando os cílios, vendo o campo, os tetos vermelhos 
como coisas sonhadas em afastamento infinito, através de um 
tecido vibrante de luz e ouro.
Desde essa ocasião, fez-se-me desesperada necessidade 
a companhia da boa senhora. Não! Eu não amara nunca assim 
a minha mãe. Ela andava agora em viagem por países remotos, 
como se não vivesse mais para mim. Eu não sentia a falta. Não 
pensava nela... Escureceu-me as recordações aquele olhar 
negro, belo, poderoso, como se perdem as linhas, as formas, 
os perfis, as tintas, de noite, no aniquilamento uniforme da 
sombra... Bem pouco, um resto desfeito de saudades para 
aquela inércia intensa, avassalando.
POMPEIA,R. O ateneu. São Paulo: Moderna, 1983.
Com base na leitura dos trechos de Reunião de família, de 
Lya Luft, e de O ateneu, de Raul Pompeia, conclui-se que, nas 
duas obras, há o(a)
A abandono familiar por livre escolha materna.
B aversão pela mãe e por qualquer pessoa que a 
representasse.
C necessidade de projeção da figura materna em outras 
mulheres.
D satisfação de poder contar com o apoio materno durante 
a infância.
E desinteresse por parte da mãe no período da infância e da 
adolescência.
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 7
QUESTÃO 13 
Policarpo era patriota. Desde moço, aí pelos vinte anos, 
o amor da pátria tomou-o todo inteiro. Não fora o amor 
comum, palrador e vazio; fora um sentimento sério, grave e 
absorvente. Nada de ambições políticas ou administrativas; 
o que Quaresma pensou, ou melhor: o que o patriotismo o 
fez pensar foi num conhecimento inteiro do Brasil, levando-o 
a meditações sobre os seus recursos, para depois então 
apontar os remédios, as medidasprogressivas, com pleno 
conhecimento de causa.
Não se sabia bem onde nascera, mas não fora decerto 
em São Paulo, nem no Rio Grande do Sul, nem no Pará. 
Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo: 
Quaresma era antes de tudo brasileiro. Não tinha predileção 
por esta ou aquela parte de seu país, tanto assim que aquilo 
que o fazia vibrar de paixão não eram só os pampas do Sul 
com o seu gado, não era o café de São Paulo, não eram o ouro 
e os diamantes de Minas, não era a beleza da Guanabara, não 
era a altura da Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves 
Dias ou o ímpeto de Andrade Neves – era tudo isso junto, 
fundido, reunido, sob a bandeira estrelada do Cruzeiro. 
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 20 abr. 2019.
Com base no fragmento de O triste fim de Policarpo Quaresma, 
de Lima Barreto, o pensamento latente na personagem é o de
A comoção nacionalista, mas não tão profunda quanto a sua 
gana pelo poder.
B projeção no cenário nacional para, posteriormente, 
engajar-se na política.
C exaltação da setorização do Brasil, exaltando o melhor de 
cada região.
D união atrelado à indivisibilidade do território nacional.
E proteção dos interesses da sua cidade natal.
QUESTÃO 14 
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no 
horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos 
mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe 
de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a 
baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria 
o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira 
tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, 
alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as 
primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da 
floresta. [...]
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a 
virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro 
estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. 
Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos 
olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e 
tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha 
embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face 
do desconhecido.
ALENCAR, J. Iracema. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 20 abr. 2019.
No trecho da obra de José de Alencar, o índio é retratado com 
características idealizadas, expressas pela(s) 
A exuberância do cenário e da personagem descritos.
B linguagem enxuta, se utilizando de poucos adjetivos.
C comparações persuasivas dos elementos da natureza.
D objetividade do narrador em sua linguagem descritiva.
E verossimilhança dos elementos descritos cientificamente.
QUESTÃO 15 
O guardinha foi chegando, fez uma cara compenetrada 
e disse que ia levar meu carro. Levar meu carro? Que é que 
eu fiz, se estou aqui parado, não é proibido estacionar neste 
lugar, que diabo de infração eu cometi? Então, com a cara 
mais séria deste mundo, ele disse que meu selo tinha sido 
violado [...].
Então ele me explicou: a placa tinha aquele araminho, não 
tinha? Pois o araminho era preso com um selinho de chumbo e 
o selinho de chumbo estava violadinho, quem ia preso era eu. 
SABINO, F. “Infrações”. In: Deixa o Alfredo falar! 15 ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.
No trecho da crônica “Infrações”, de Fernando Sabino, o uso 
do diminutivo
A provoca aversão ao guarda. 
B aproxima o narrador e o guarda. 
C demonstra a simpatia do guarda. 
D evita que a multa seja lavrada pelo guarda. 
E ridiculariza o motivo da apreensão do veículo.
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QUESTÃO 16 
Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos 
de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, 
o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava 
encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.
Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, 
arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foi 
consultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o 
barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão 
sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No 
dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio 
notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, 
diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: 
a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim 
senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha 
miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não 
se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a 
vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão 
beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca 
arranjar carta de alforria!
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que 
o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. 
Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à-toa, pedia 
desculpa. Era bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, 
conhecia o seu lugar. [...]
RAMOS, G. Vidas secas. 106 ed. Rio de Janeiro: Record, 2008.
Nesse trecho do romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, 
há uma crítica ao(à)
A analfabetismo feminino.
B desconfiança do sertanejo.
C submissão da mulher ao marido.
D abuso de poder dos fazendeiros.
E regime escravocrata então em vigência.
QUESTÃO 17 
TEXTO I
A
havelaar | D
ream
stim
e.com
Marcel Duchamp, Roda de bicicleta, 1913, aço e madeira, 1,3 m x 64 cm x 42 cm, 
Museu de Arte Moderna de Nova York, Nova York, EUA.
TEXTO II
A palavra “dada” é de origem francesa e significa “cavalo 
de pau”. Mas qual a relação entre esse tipo de brinquedo e 
a arte? Nenhuma. A falta de sentido e de relação obrigatória 
entre as coisas é justamente uma das principais características 
do Dadaísmo, por isso o movimento leva tal nome. Não existia 
uma padronização, uma arte institucionalizada: valorizava-se 
o absurdo, o irreverente artístico e a crítica social.
Disponível em: <https://www.historiadetudo.com/dadaismo>. 
Acesso em: 28 fev. 2018.
Esse movimento utilizava formas despadronizadas, 
irreverentes e ilógicas com a pretensão de
A usar técnicas inovadoras em um estilo menos subjetivo.
B escolher cuidadosamente materiais e formas aceitos pela 
academia.
C explorar elementos do cotidiano, elevando-os à condição 
de obras de arte.
D aplicar, de maneira radical, o conceito clássico conforme 
um ideal do que é belo na arte.
E incorporar as transformações tecnológicas, valorizando o 
dinamismo da arte contemporânea.
QUESTÃO 18 
A história da linguagem é um quebra-cabeças tão complexo 
que, ainda hoje, poucos arriscam dizer que ele já foi completamente 
resolvido. Segundo Simon Kirby, membro da maior unidade de 
pesquisas de evolução da linguagem do mundo, mesmo com muito 
investimento, ainda sabemos bem pouco sobre nossa própria história.
“Ainda não sabemos quase nada sobre como chegamos 
a ter a nossa característica mais marcante. É um pouco 
embaraçoso pensar o quão pouco entendemos sobre a maior 
marca de nossa espécie”, diz Kirby.
Ao contrário de outros aspectos da evolução humana, 
nos quais fósseis colaboram de forma gigantesca para a 
compreensão, é muito difícil ter certeza de como o ser humano 
começou a falar. Quem definiu muito bem a situação foi Christine 
Kenneally, autora do livro The First Word (“A Primeira Palavra”, 
ainda sem tradução para o português): não existem verbos 
preservados em âmbar que possam esclarecer esses mistérios.
Os pesquisadores nem ao menos sabem quando 
começamos a falar. As pesquisas mais consideradas no meio 
acadêmico levam em conta datas entre 100 000 e 1,8 milhão 
de anos. Já se sabe, por exemplo, que todasas espécies do 
gênero Homo, como os Neandertais, dispunham de meios de 
fala evoluídos. No entanto, os cientistas ainda não sabem se 
isso era utilizado ou exercitado de alguma forma. 
HECKE, C. “Nascidos para falar? Por que somos os únicos animais a dominar a linguagem?” 
In: Megacurioso, 16 jan. 2017. Disponível em: <https://www.megacurioso.com.br>. 
Acesso em: 13 nov. 2019.
De acordo com o texto, a origem da linguagem humana
A data de 1,8 milhão de anos.
B ainda não foi identificada pela Ciência. 
C foi desvendada pelo pesquisador Simon Kirby.
D poderia ser mensurada a partir da análise de fósseis.
E será desvendada se houver investimento em pesquisas.
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QUESTÃO 19 
A Unesp, em parceria com o Santander Universidade, 
elaborou e está distribuindo em suas unidades universitárias 
o Guia de Prevenção ao Assédio. O material integra o projeto 
chamado Educando para a Diversidade e tem como propósito 
divulgar e compartilhar informações, ações de formação, debates 
e demais conteúdos que possam contribuir para a construção de 
práticas inclusivas e de garantia aos direitos das pessoas em suas 
diversidades para seu acesso e permanência, com dignidade e 
respeito, no contexto universitário. 
O material orienta quanto à definição e identificação de 
diferentes formas de assédio, como agir ao presenciar um 
assédio (como vítima, testemunha ou conhecedor), e quais 
as normativas da Unesp, as leis e os decretos que tratam do 
assunto.
Disponível em: <https://www.cedem.unesp.br>. Acesso em: 28 fev. 2020.
No que diz respeito ao Guia de Prevenção ao Assédio, o 
principal propósito contido nele é
A instruir sobre as diversas formas de assédio que sofrem 
as mais variadas pessoas.
B reforçar a necessidade da inserção de minorias nos 
espaços sociais.
C apresentar as diferentes visões das pessoas sobre o 
assédio. 
D informar casos de violência praticadas contra minorias.
E propor leis e decretos que tratam do assunto.
QUESTÃO 20 
Há 40 mil anos, na Europa, o Homo sapiens não era a 
única espécie humana existente – havia pelo menos outras 
três, entre elas os neandertais. Extraordinariamente parecidos 
conosco, eles viveram em regiões do continente por mais de 
300 mil anos.
"Muitos argumentariam que nossa capacidade de fala e 
linguagem está entre as características mais fundamentais 
que nos tornam humanos. Se os neandertais também tinham 
linguagem, também eram verdadeiramente humanos", diz 
Stephen Wroe, professor na Universidade da Nova Inglaterra, 
na Austrália.
Se podiam falar, também eram capazes de transmitir 
informações entre si com eficiência, como, por exemplo, 
ensinar uns aos outros a fazer ferramentas. Podem até mesmo 
ter ensinado uma coisa ou duas aos humanos modernos.
Disponível em: <https://www.bbc.com>. Acesso em: 28 fev. 2020. 
Na descrição dos neandertais e de sua participação na 
identidade humana, há um breve desvio na modalidade formal 
escrita, pois se
A incorpora um vocabulário técnico, de cunho específico 
para descrições históricas.
B utiliza de empréstimos linguísticos para exemplificar as 
espécies humanas.
C distingue o enunciador do discurso por meio do verbo de 
elocução “dizer”.
D delimita o uso de elementos coesivos entre os exemplos 
citados.
E conclui o texto com um registro próprio da comunicação 
oral. 
QUESTÃO 21 
TEXTO I
[...] O menino gordo desceu do arvoredo e se sentou 
cuidadosamente, usando a beirada como assento.
– Desculpe ter demorado. As frutas... 
Limpou os óculos e colocou-os no nariz de botão, onde a 
armação sulcara um "V" profundo e rosado. Olhou criticamente 
para o corpo dourado de Ralph e, depois, seus olhos voltaram-
-se para suas roupas. Levou a mão à ponta de um zíper que 
cruzava seu peito.
GOLDING, W. O senhor das moscas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. 
TEXTO II
[...] Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitória com o 
filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na 
cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia 
pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de 
pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra 
Baleia iam atrás. Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, 
sumiram-se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-
-se no chão.
RAMOS,G.Vida secas. Rio de Janeiro: Record, 2004.
Os dois fragmentos apresentados, com temáticas e em 
períodos diferentes, relacionam-se por
A materializarem as diferenças físicas dos meninos.
B figurarem as expectativas diferentes dos personagens.
C generalizarem os meninos para que representem um 
grupo. 
D rivalizarem a condição privilegiada do primeiro em 
oposição ao segundo.
E exporem criticamente o isolamento social no qual os 
personagens estão inseridos. 
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QUESTÃO 22 
Inspiração
São Paulo! Comoção de minha vida...
Os meus amores são flores feitas de original!...
Arlequinal!... Trajes de losangos... Cinza e ouro...
Luz e bruma... Forno e inverno morno...
Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes...
Perfumes de Paris... Arys!
Bofetadas líricas no Trianon... Algodoal!...
São Paulo! Comoção de minha vida...
Galicismo a berrar nos desertos da América.
ANDRADE, M. “Inspiração”. In: Poesias completas. 6 ed. São Paulo: Martins, 1980.
O poema “Inspiração”, de Mário de Andrade, pode ser considerado 
futurista porque
A apresenta versos desconexos, fazendo um paralelo com o 
caos de São Paulo.
B valoriza os modelos europeus e apresenta um sujeito 
poético apegado ao passado.
C volta-se para o bucolismo, sendo o desejo maior do poeta 
a saída da cidade grande.
D considera fracassados os que desistem de viver em Paris 
e se mudam para São Paulo.
E apresenta a metrópole como sinônimo de lugar outrora 
aprazível, mas transformado pela poluição.
QUESTÃO 23 
Vovô viera da Itália com toda a família, contratado como 
colono para colher café numa fazenda em Cândido Mota, em 
São Paulo. Embarcaram em Gênova com destino a Santos, 
por volta de 1894 [...].
Em Santos, eram aguardados por gente da fazenda, para 
a qual foram transportados, comprimidos como gado num 
vagão de carga.
Ao chegar à fazenda, Eugênio Da Col deu-se conta, em 
seguida, de que não existia aquela cuccagna, aquela fartura 
tão propalada. Tudo que ele idealizara não passava de fantasia; 
as informações recebidas não correspondiam à realidade: o 
que havia, isto sim, era trabalho árduo e estafante, começando 
antes do nascer do sol; homens e crianças cumpriam o mesmo 
horário de serviço. Colhiam café debaixo de sol ardente, os três 
filhos mais velhos os acompanhando, sob a vigilância de um 
capataz odioso. Vivendo em condições precárias, ganhavam o 
suficiente para não morrer de fome.
A escravidão já fora abolida no Brasil, havia tempos, mas 
nas fazendas de café seu ranço perdurava.
GATTAI, Z. Anarquistas, graças a Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.
No trecho de Anarquistas, graças a Deus, de Zélia Gattai, o 
período histórico focalizado diz respeito ao(à)
A êxodo rural.
B imigração italiana.
C trabalho escravizado.
D independência do país.
E abolição da escravatura.
QUESTÃO 24 
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Dizdo fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!...”
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
ALVES, C. O navio negreiro. Belém: NEAD; UNAMA, [s.d.].
Na obra de Castro Alves, destacam-se as condições dos 
escravizados africanos em navios negreiros, isso é feito a partir 
do(a)
A análise dos fatos, das aparências e dos costumes de modo 
superficial e pessoal.
B tom ufanista e idealista ao denunciar a condição miserável e 
desumana dos escravizados.
C oposição entre choro e dança deixando implícita sua crítica à 
passividade dos escravizados.
D apresentação dos fatos em uma linguagem pouco expressiva 
e voltada para a objetividade.
E descrição das cenas do tombadilho, valorizando os adjetivos 
para dar vivacidade ao cenário e às personagens. 
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QUESTÃO 25 
TEXTO I
Alexandre de Antioquia, Vênus de Milo, mármore, 202 cm, Museu do Louvre, Paris, França.
TEXTO II
O poeta, com os pés metidos em chinelas velhas, com a 
cabeça apoiada na mão esquerda, ia escrevendo a poesia. 
Tinha acabado a quadra e releu-a:
Mimosa flor que dominas
Todas as flores do prado,
Tu tens as formas divinas
De Vênus, modelo amado.
Os dous últimos versos não lhe pareceram tão bons como 
os dous primeiros, nem lhe saíram tão fluentemente. Ricardo 
deu uma pancadinha seca na borda da mesa, e endireitou o 
busto. Concertou os bigodes, fitou novamente a Vênus de Milo 
– uma cópia em gesso – e tratou de ver se os versos lhe saíam 
melhores.
[...] Afinal, tanto repetiu os dous versos condenados, que 
acabou por achar a quadra excelente e continuou a poesia. 
Saiu a segunda estrofe, depois a terceira, a quarta e a quinta. 
A última dizia que o Deus verdadeiro, querendo provar que 
os falsos não eram tão poderosos como supunham, inventara, 
contra a bela Vênus, a formosa Marcela. Gostou desta ideia; 
era uma chave de ouro. Ergueu-se e passeou pelo quarto, 
recitando os versos; em seguida, parou diante da Vênus de 
Milo, encantado da comparação. Chegou a dizer-lhe em voz 
alta:
— Os braços que te faltam são os braços dela! 
ASSIS, M. “Vênus! Divina Vênus!”. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 20 abr. 2019.
No trecho do conto “Vênus! Divina Vênus”, de Machado de 
Assis, a intertextualidade com a estátua Vênus de Milo, de 
Alexandre de Antioquia, ocorre com a valorização
A do padrão de beleza feminino.
B do amor do poeta pela escultura.
C da capacidade inventiva do escultor.
D da literatura em relação às artes plásticas.
E dos braços para os movimentos humanos.
QUESTÃO 26 
O pior é que, vendo e ouvindo esses passarinhos estrangeiros, 
eu não podia deixar de sentir que o estrangeiro era eu – o bárbaro, 
o intruso, o que não sabe o nome das pessoas da terra. Vinguei- 
-me escrevendo a uma querida amiga: “Aqui há muitos passarinhos 
e toda manhã cantam, mas é uma pena, cantam em puro árabe...” 
Com o Guia de Campo de las Aves em punho, descobri que 
aquela cambaxirrinha que saltitava na moita podia ser chamada 
de carriça, embora tenha o nome feroz de Troglodytes troglodytes; 
o pássaro preto de bico amarelo era o melro legítimo, aquele do 
Guerra Junqueiro, o Turdus merula, ruidoso e jovial, irmão preto 
do sabiá, primo do nosso vira e da nossa graúna; uns outros cor 
de canário-da-terra, porém mais cheios de corpo, são verdilhões; 
aqueles dois pardos, um de cabecinha preta, outro de cabecinha 
cor de ferrugem, que ora fazem “tec-tec” ora gorjeiam bonito, ah, 
esses eu já conhecia de nome, de velhos romances, e tive o maior 
prazer em lhes ser apresentado: são um casal de toutinegras [...]
BRAGA, R. “Olhe ali uma toutinegra!” In: Recado de primavera. 7 ed. 
Rio de Janeiro: Record, 1998.
O pronome “lhes”, em destaque no trecho da crônica de 
Rubem Braga, refere-se 
A aos verdilhões.
B às pessoas da terra.
C aos velhos romances.
D ao casal de toutinegras.
E aos passarinhos estrangeiros.
QUESTÃO 27 
O dia em que nasci moura e pereça,
Não o queira jamais o tempo dar;
Não torne mais ao Mundo, e, se tornar,
Eclipse nesse passo o Sol padeça.
A luz lhe falte, O Sol se [lhe] escureça,
Mostre o Mundo sinais de se acabar,
Nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar,
A mãe ao próprio filho não conheça.
CAMÕES, L. In: SILVA, M. C. “Os Estudos Camonianos no Brasil de 1971 a 1980”. 
Coimbra: Revista da Universidade de Coimbra, 1985. p. 451.
No soneto de Luís de Camões, a sensação de angústia é 
externalizada quando o eu lírico
A contraria o hábito de gratidão e amor pela própria vida. 
B emudece qualquer nascimento por meio do desejo de que 
chova sangue.
C estabelece relação de angústia por ter sido posto à prova 
após sua morte.
D lamenta o momento de sua morte como forma de 
amaldiçoar a própria vida. 
E projeta na própria vida a necessidade que os outros têm 
de padecer no eclipse. 
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 12
QUESTÃO 28 
Pedro ficou fazendo cálculos e o próprio João de Adão 
interrompeu.
— Tu tá com uns quinze anos. Não é, comadre?
A negra fez que sim. João de Adão continuou:
— No dia que tu quiser tu tem um lugar aqui nas docas. 
A gente tem um lugar guardado pra tu.
AMADO, J. Capitães da areia. 2 ed. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2012.
A expressão “Não é”, presente no trecho de Capitães da areia, 
de Jorge Amado, tem função
A fática, pois visa testar o canal, a fim de prolongar o diálogo.
B conativa, pois há intenção de influenciar a opinião do 
interlocutor.
C referencial, pois a intenção é focalizar objetivamente o 
contexto real.
D emotiva, pois a linguagem está centrada nos sentimentos 
do emissor.
E poética, pois apresenta preocupação com o ritmo e a 
sonoridade das palavras.
QUESTÃO 29 
Na rua, ele andava pisando forte, o queixo erguido, os olhos 
acesos. Tão bom sair de mãos dadas com a mãe. Melhor ainda 
quando o pai não ia junto porque assim ficava sendo o cavalheiro 
dela. Quando crescesse haveria de se casar com uma moça 
igual. Anita não servia que Anita era sardenta. Nem Maria Inês 
com aqueles dentes saltados. Tinha que ser igualzinha à mãe.
— Você acha a Maria Inês bonita, mamãe?
— É bonitinha, sim.
— Ah! Tem dentão de elefante.
E o menino chutou um pedregulho. Não, tinha que ser 
assim como a mãe, igualzinha à mãe. E com aquele perfume.
TELLES, L. F. “O menino”. In: O segredo e outras histórias de descoberta. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
No trecho do conto “O menino”, de Lygia Fagundes Telles, o 
menino
A acha Anita bonita e diferente da mãe, por isso pretende 
namorá-la.
B considera Anita parecida com a mãe, razão por que 
pretende namorá-la.
C tem aversão ao perfume da mãe, por isso pretende 
namorar Maria Inês.
D pede permissão à mãe para namorar Maria Inês, mesmo 
a julgando feia.
E nutre um profundo amor pela mãe e, no futuro, pretende 
transferi-lo à esposa.
QUESTÃO 30 
Não obstante, as casinhas do cortiço, à proporção que 
se atamancavam, enchiam-se logo, sem mesmo dar tempo a 
que as tintas secassem. Havia grande avidez em alugá-las; 
aquele era o melhor ponto do bairro para a gente do trabalho. 
Os empregados da pedreira preferiam todos morar lá, porque 
ficavam a dois passos da obrigação.
O Miranda rebentava de raiva.
— Um cortiço! Exclamava ele, possesso. Um cortiço! 
Maldito seja aquele vendeiro de todos os diabos! Fazer-me 
um cortiço debaixo das janelas!... Estragou-me a casa, o 
malvado!
AZEVEDO, A. O cortiço. 3 ed. São Paulo: Ciranda Cultural, 2017. 
A visão de Miranda, no fragmento de O cortiço, de Aluísio 
Azevedo, é
A progressista, pois torcia para que o cortiço fosse instalado.
B reacionária, já que temia a violência dos ocupantes do 
cortiço.
C especulativa, pois se preocupava com a (des)valorização 
de seu imóvel.
D indiferente, uma vez que não se interessava pela 
construção do cortiço.
E coletivista, já que pretendiapartilhar o espaço com todos 
que precisassem.
QUESTÃO 31 
José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar 
feição monumental às ideias; não as havendo, servia a 
prolongar as frases. Levantou-se para ir buscar o gamão, 
que estava no interior da casa. Cosi-me muito à parede, 
e vi-o passar com as suas calças brancas engomadas, 
presilhas, rodaque e gravata de mola. Foi dos últimos que 
usaram presilhas no Rio de Janeiro, e talvez neste mundo.
ASSIS, M. Dom Casmurro. Belém: NEAD; UNAMA, [s.d.].
No fragmento de Dom Casmurro, a oração “Cosi-me muito à 
parede” significa que o narrador
A evitava as grandes multidões.
B tentou cumprimentar José Dias.
C estava no meio de uma multidão.
D buscava não ser visto por José Dias.
E procurava imitar o vestuário de José Dias.
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 13
QUESTÃO 32 
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para 
tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o 
momento de escrever.
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de 
coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do 
irrisório no cotidiano de cada um. [...] Nesta perseguição do 
acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras 
de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples 
espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para 
contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso 
do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu 
último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço 
então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos 
que merecem uma crônica. 
SABINO, F. “A última crônica”. In: A companheira de viagem. 
Rio de Janeiro: Edição do Autor, 1965.
No trecho de “A última crônica”, Fernando Sabino realiza uma 
reflexão sobre a própria escrita, processo denominado
A solilóquio.
B monólogo.
C metalinguagem.
D perspectiva unilateral.
E abordagem compreensiva.
QUESTÃO 33 
O Jazz Brasil celebra a memória do pianista Luíz Eça com 
interpretações de suas composições por artistas como Wagner 
Tiso, Leandro Braga, João Donato e Dori Caymmi, entre outros. 
Você ouve a coletânea "Tamba Classics", com gravações dos 
anos 60 do Tamba Trio; depois, o álbum "Reencontro", em que 
grandes pianistas interpretam Luiz Eça, e o álbum "Em Casa 
com Luiz Eça", produzido por seu filho, Igor Eça. Por último, a 
homenagem do pianista Diogo Monzo. 
Disponível em: <radios.ebc.com.br>. Acesso em: 28 fev. 2020. 
Os gêneros textuais apresentam características comuns 
adequadas ao objetivo o qual pretendem atingir, como é o 
caso do fragmento apresentado, que
A realiza uma análise crítica da obra.
B noticia a apresentação de uma banda de jazz.
C reúne fatos históricos sobre compositores do jazz.
D apresenta ao leitor informações essenciais e relevantes 
sobre os compositores. 
E faz um breve relato introdutório sobre a apresentação de 
um programa de jazz. 
QUESTÃO 34 
TEXTO I
A instalação é uma forma de arte que utiliza a ampliação de 
ambientes que são transformados em cenários. As instalações 
podem ter caráter efêmero ou podem ser desmontadas e 
recriadas em outro local. 
O conceito – a intenção do artista ao formular seu trabalho – 
 é, em grande parte, a essência da própria obra, na medida em 
que a instalação emerge no contexto da Arte Conceitual.
Disponível em: <https://www.historiadasartes.com>. Acesso em: 30 nov. 2020 (Adaptado).
TEXTO II
Disponível em: <https://br.depositphotos.com>. Acesso em: 30 nov. 2019.
A instalação artística representada no Texto II se diferencia das 
demais artes visuais por ser
A tridimensional e próxima do espectador, permitindo 
interação.
B clássica, sendo reconhecida por sua beleza e busca pela 
simetria.
C permanente e impossibilitar interação devido à grandeza de 
sua extensão.
D transmissora de uma mensagem social, política ou 
ambiental.
E externa e depender de local específico para ser criada.
LC - 1o dia | 3o Poliedro Enem - Página 14
QUESTÃO 35 
BECK, Alexandre. Armandinho.
Na tirinha, o verbo “dançar” foi empregado com sentido de
A oscilar.
B ser presa.
C estar solta.
D movimentar o corpo.
E perder a oportunidade.
QUESTÃO 36 
Após as reclamações de lojistas e clientes sobre a superlotação e o comportamento inadequado dos turistas, a cidade 
japonesa de Quioto decidiu distribuir guloseimas, lanternas de papel e cartilhas para incentivar boas maneiras. Como noticiado 
pela BBC, “Os estudantes da Escola de Design da Universidade Feminina de Quioto foram incumbidos de criar uma cartilha 
didática e atraente, em japonês, chinês e inglês, a ser colocada em sacolas com guloseimas. [...] As mensagens vão desde 
pedidos comuns para não se sentar ou fumar na rua até demandas mais específicas, como a necessidade de pedir autorização 
antes de tirar selfies com as famosas gueixas de Gion, além de nunca tocá-las sem consentimento. Há diversas outras 
recomendações, como deixar sanitários limpos, não furar filas, não cancelar reservas em restaurantes sem antecedência e 
jogar o lixo em lixeiras”. 
Disponível em: <https://www.bbc.com>. Acesso em: 13 nov. 2019 (Adaptado).
A função social do guia de etiqueta distribuído na cidade japonesa de Quioto é
A atrair turistas para o bairro histórico de Gion.
B envergonhar os turistas que têm maus costumes.
C demonstrar que os japoneses são mais educados.
D expulsar os turistas que apresentarem maus hábitos.
E orientar os turistas a se comportarem adequadamente.
QUESTÃO 37 
 Mecanismo de Hipertrofia Muscular
Sem peso os músculos se atrofiam e temos a perda de massa muscular. E, também, em contrapartida, se submetemos os 
músculos a um esforço excessivo, temos a hipertrofia muscular. Como ela funciona?
Quando levantamos mais peso do que os músculos são capazes de suportar, ocorre um estresse do tecido muscular na 
microfissura das fibras. Para evitar sofrer um segundo trauma, é recomendável realizar um trabalho de compensação para 
reparar as fibras musculares danificadas. O músculo criará novas ligações de fibras e obterá mais volume e ficará mais forte para 
melhor resistir às próximas sessões de treinamento.
Atenção: durante os treinos, os músculos perdem força e volume. Na fase de repouso, os músculos se recuperam, se 
regeneram e se desenvolvem. 
Disponível em: <https://souesportista.decathlon.com.br/desenvolvimento-de-massa-muscular/>. Acesso em: 28 fev. 2020.
Para que a musculação traga benefícios, sem comprometer a saúde, e o atleta consiga tonificar os músculos, ele deve
A gerar um trauma na fibra, pois assim o músculo poderá recrutar lipídeos como matéria-prima para a reconstrução das 
miofibrilas.
B preocupar-se mais com o treino do que com o repouso, já que uma alimentação rica em proteínas e aminoácidos garante a 
hipertrofia.
C levantar menos peso do que as fibras musculares são capazes de aguentar, já que as lesões ocasionadas prejudicam a 
musculatura do atleta.
D levantar pesos, o que eleva o estresse muscular, resultando em microfissuras das fibras, que são reconstruídas a partir da 
ingestão de carboidratos.
E intercalar períodos de treino intenso com descanso do músculo, para que haja regeneração e hipertrofia da fibra, auxiliada 
pela polimerização de aminoácidos. 
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 15
QUESTÃO 38 
São Paulo, 10 de janeiro de 1904.
Rangel,
Tua carta é um atestado da tua doença: literatura errada. 
Julgas que para ser um homem de letras vitorioso faz-se 
mister uma obsessão constante, uma consciente martelação 
na mesma ideia – e a mim a coisa me parece diferente. [...] 
Esqueça que há literaturas no mundo e viva aí uma vida bem 
natural. Ande muito a pé ou a cavalo, converse com toda gente, 
coma bem, namore caboclinhas nas estradas, vá aos serões 
do senhor Cura, arrote – e quando dormir, ronque. Verás que 
boa é a vida sem literatura. E também verás como fica boa a 
literatura quando o corpo está contente.
Já notei que esses constantes e permanentes contatos com 
as Grandes Ideias e os Grandes Prestígiosoperam do mesmo 
modo que aqueles inúmeros “confortos” do Jacinto Galião de 
As cidades e as serras. Enfaram, esmagam. Pensamos que 
aquilo saiu da cabeça dos autores como Minerva da cabeça 
de Júpiter e achamo-nos inferiores, com grande dor do nosso 
amor próprio. E, perturbado, com os olhos tontos pela doença, 
chegas até a ver em mim algo nuevo, quando na realidade 
o que há é um pouco da coisa saborosa que o Sieur de 
Montaigne inventou (literalmente): bom-senso, horse sense, 
como dizem os ingleses – senso de cavalo. O Bom-Senso é 
a filosofia da justa medida, do ver claro, do enxergar até de 
noite, como os cavalos.
Perguntas quantas horas “literatizo”. Nem uma, meu 
caro, porque só leio o que me agrada e só quando estou com 
apetite. [...]
Sare, homem! estás malíssimo de ingurgitamento literário. 
Vomite o Flaubert.
Lobato
LOBATO, M. A barca de Gleyre. São Paulo: Globo, 2010.
Na carta escrita ao amigo Godofredo Rangel, Monteiro Lobato 
demonstra que sua concepção sobre a literatura está baseada 
no(a)
A leitura como fruição. 
B busca pela erudição.
C renome dos escritores.
D esforço do aprendizado.
E preocupação intelectual.
QUESTÃO 39 
TEXTO I
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do 
Ateneu. Coragem para a luta.” Bastante experimentei depois 
a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões 
de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o 
regime do amor doméstico, diferente do que se encontra fora, 
tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos 
um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais 
sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, 
têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima 
rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita, 
dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob 
outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora e não 
viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam. [...]
Eu tinha onze anos.
POMPEIA, R. O Ateneu. 2 ed. São Paulo: Ciranda Cultural, 2017.
TEXTO II
Todo esse movimento me vencia a saudade dos meus 
campos, dos meus pastos. Queriam me endireitar, fazer de 
mim um homem instruído. Quando saí de casa, o velho José 
Paulino me disse:
— Não vá perder o seu tempo. Estude, que não se 
arrepende.
Eu não sabia nada. Levava para o colégio um corpo 
sacudido pelas paixões de homem feito e uma alma mais 
velha do que o meu corpo. Aquele Sérgio, de Raul Pompeia, 
entrava no internato de cabelos grandes e com uma alma de 
anjo cheirando a virgindade. Eu não: era sabendo de tudo, 
era adiantado nos anos, que ia atravessar as portas do meu 
colégio.
Menino perdido, menino de engenho.
REGO, J. L. Menino de engenho. 80 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001.
O trecho que encerra a obra Menino de engenho, de José 
Lins do Rego, remete-se ao início da obra O Ateneu, de Raul 
Pompeia, que trata do ingresso do protagonista Sérgio ao 
colégio interno. Trata-se de uma relação
A irônica.
B paródica.
C metafórica.
D intertextual.
E metalinguística.
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 16
QUESTÃO 40 
Tenciono contar a minha história. Difícil. Talvez deixe de 
mencionar particularidades úteis, que me pareçam acessórias 
e dispensáveis. Também pode ser que, habituado a tratar 
com matutos, não confie suficientemente na compreensão 
dos leitores e repita passagens insignificantes. De resto 
isto vai arranjado sem nenhuma ordem, como se vê. Não 
importa. Na opinião dos caboclos que me servem, todo o 
caminho dá na venda.
Aqui sentado à mesa da sala de jantar, fumando 
cachimbo e bebendo café, suspendo às vezes o trabalho 
moroso, olho a folhagem das laranjeiras que a noite 
enegrece, digo a mim mesmo que esta pena é um objeto 
pesado. Não estou acostumado a pensar. Levanto-me, 
chego à janela que deita para a horta. 
Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa. 
— Não. 
Casimiro Lopes acocora-se num canto. Volto a sentar- 
-me, releio estes períodos chinfrins.
Ora vejam. Se eu possuísse metade da instrução 
de Madalena, encoivarava isto brincando. Reconheço 
finalmente que aquela papelada tinha préstimo.
O que é certo é que, a respeito de letras, sou versado 
em estatística, pecuária, agricultura, escrituração mercantil, 
conhecimentos inúteis nesse gênero. Recorrendo a eles, 
arrisco-me a usar expressões técnicas, desconhecidas do 
público, e a ser tido por pedante.
RAMOS, G. São Bernardo. São Paulo: Editora Record, 2006.
Com relação ao processo de escrita de Paulo Honório, o trecho 
revela um narrador
A consciente a respeito da escrita como algo sem valor.
B habilidoso, por isso dispensa a ajuda de outras pessoas.
C impotente diante da escrita, já que não se vê capaz de 
realizar tal tarefa.
D incapaz de influenciar as pessoas para que escrevam o 
livro que ele deseja publicar.
E generoso, ao convidar tantas pessoas para escrever o 
livro que será publicado por ele.
QUESTÃO 41 
TEXTO I
Perfect Strangers (Perfeitos Desconhecidos), de Vik Muniz. Mosaico. 
Disponível em: <https://br.depositphotos.com>. Acesso em: 20 nov. 2020.
TEXTO II
A companhia Metropolitan Transportation Authority (MTA), 
com o objetivo de revitalizar as estações de transporte público 
da cidade, convidou vários artistas para decorar as paredes 
de quatro estações do metrô de Nova York, ficando Vik Muniz 
responsável pela Estação da rua 72. 
Vik Muniz, artista e fotógrafo brasileiro, radicado nos 
Estados Unidos, destacou-se com a série Perfect Strangers, 
por recriar inúmeras fotografias em mosaicos esmaltados com 
o objetivo de humanizar e colorir o espaço. 
Disponível em: <https://zupi.pixelshow.co>. Acesso em: 28 fev. 2020 (Adaptado).
Nessa série de mosaicos, o objetivo do artista foi retratar o(a)
A história da cidade em imagens.
B dinamismo da vida na era tecnológica.
C cotidiano local e as pessoas comuns.
D lirismo da vida em família.
E espaço caótico de Nova York.
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 17
QUESTÃO 42 
Digo ao senhor: eu gostava de Zé Bebelo. Redigo – 
que eu menos atirava do que pensava. Como era possível, 
assim, com minha ajuda, a morte dele? Um homem daquela 
qualidade, o corpo dele, a ideia dele, tudo que eu sabia e 
conhecia. Nessas coisas eu pensei. Sempre – Zé Bebelo – a 
gente tinha que pensar. Um homem, coisa fraca em si, macia 
mesmo, aos pulos de vida e morte, no meio das duras pedras. 
Senti, em minha goela. Aquela culpa eu carregava? Arresto 
gritei: – “Joca Ramiro quer esse homem vivo! Joca Ramiro 
quer este homem vivo! Joca Ramiro faz questão!...” A que nem 
não sei como tive o repente de isso dizer – falso, verdadeiro, 
inventado...
ROSA, J. G. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
No trecho da obra de Guimarães Rosa, a antítese, figura 
de linguagem que estabelece uma relação de oposição de 
palavras ou ideias, aparece em
A “Redigo – que eu menos atirava do que pensava.”.
B “Como era possível, assim, com minha ajuda, a morte dele?”.
C “Nessas coisas eu pensei. Sempre – Zé Bebelo – a gente 
tinha que pensar.”.
D “Um homem, coisa fraca em si, macia mesmo, aos pulos 
de vida e morte, no meio das duras pedras.”.
E “Joca Ramiro quer esse homem vivo! Joca Ramiro quer 
este homem vivo! Joca Ramiro faz questão!...”.
QUESTÃO 43 
O Cubismo foi um movimento artístico que teve como um 
dos principais expoentes o pintor Pablo Picasso, cujas obras 
são reconhecidas em todo o mundo, como esta reprodução 
de Guernica, feita em azulejos, que tematiza o bombardeio 
durante a Guerra Civil Espanhola. 
Disponível em: <https://br.depositphotos.com>. Acesso em: 20 nov. 2019.
O traço cubista é revelado
A pela falta de expressão das figuras humanas.
B pelas figuras dos animais para incitar o medo.
C pela inclusão de figuras geometricamente decompostas.
D pelo fato de a cena ser retratada na parte interna do local.
E pelo jogo de luz e sombra alcançado com o uso da cor 
preta.
QUESTÃO 44 
A Agência Mundial Antidoping (Wada) tem em seu site 
uma lista de substânciase procedimentos proibidos e uma 
série de respostas às perguntas mais comuns sobre o que um 
atleta pode ou não pode consumir ou fazer para aumentar seu 
rendimento.
A tenista russa Maria Sharapova foi pega no exame 
antidoping nas Olimpíadas do Rio 2016 pelo uso de meldonium, 
medicamento que entrou na lista da Wada apenas em janeiro de 
2016. O medicamento é usado para tratar doenças do coração 
e aumenta o fluxo sanguíneo, melhorando a capacidade 
para realizar exercícios em atletas. A esportista assumiu a 
responsabilidade, mas disse que não tinha conhecimento do 
veto da Wada ao medicamento, e disse: “É muito importante 
que vocês entendam que pelos últimos dez anos esse 
medicamento não esteve na lista de substâncias banidas. Usei 
esse remédio legalmente pelos últimos dez anos.”
Outras substâncias que melhorem o rendimento e possam 
ser receitadas por médicos, ainda que não proibidas, estão na 
lista do "programa de monitoramento" da Wada com o objetivo 
de detectar abusos no esporte.
Disponível em: <https://www.bbc.com>. Acesso em: 28 fev. 2020. (Adaptado)
Segundo o texto, o uso de medicamentos por atletas como forma 
de melhorar seu desempenho na atividade esportiva é monitorado 
pela Agência Mundial Antidoping (Wada) com o objetivo de
A evitar o uso combinado de medicamento.
B melhorar o desempenho dos atletas.
C prejudicar o desempenho dos atletas.
D controlar possíveis efeitos colaterais.
E controlar os abusos no esporte. 
QUESTÃO 45 
 
Jean G
alvão
Disponível em: <https://www.plural.jor.br>. Acesso em: 13 nov. 2019.
A charge é um gênero jornalístico que se utiliza da imagem para 
expressar o posicionamento do chargista sobre determinado 
tema, refletindo situações do cotidiano. A charge de Jean 
Galvão critica o(s)
A processo de alienação provocado pelas redes sociais.
B processo de humanização advindo das redes sociais.
C programas desinteressantes que afastam os seguidores.
D sofrimento que alguns blogueiros provocam nas redes 
sociais.
E tempo que as pessoas perdem seguindo celebridades nas 
redes sociais.
LC - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 18
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas 
desconsiderado para a contagem de linhas.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I 
Na esteira dos países em desenvolvimento, o Brasil caminha para se tornar um país de população majoritariamente idosa. 
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo de idosos de 60 anos ou mais será maior que 
o grupo de crianças com até 14 anos já em 2030 e, em 2055, a participação de idosos na população total será maior que a de 
crianças e jovens com até 29 anos.
Disponível em: <https://www.terra.com.br>. Acesso em: 28 fev. 2020.
TEXTO II
A negligência ainda é a principal forma de violência cometida contra as pessoas idosas no Brasil. Para a coordenadora-geral do 
Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, Ana Lúcia da Silva, essa é a primeira violência identificada e faz com que se abram portas 
para outras formas de violações, como violência psicológica, abuso financeiro e econômico, trabalho escravo, violência sexual e tortura.
Para a coordenadora, entretanto, o desafio de cuidar dos idosos não é só do Estado, mas de toda a sociedade civil. De acordo 
com ela, as pessoas precisam tomar consciência desse processo. “As pessoas não estão se preparando psicologicamente para 
compreender e assumir o envelhecimento. Existe uma negação, as pessoas querem continuar jovens. Com isso, é muito mais 
difícil definirmos o perfil do que será o espaço mais adequado para que possamos ter essa convivência”, explicou, defendendo 
que ela seja sempre transversal e intergeracional.
Disponível em: <https://agenciabrasil.ebc.com.br>. Acesso em: 28 fev. 2020. (Adaptado)
TEXTO III
 Disponível em: <http://www.mppr.mp.br>. Acesso em: 28 fev. 2020.
TEXTO IV
Disponível em: <https://www12.senado.leg.br>. Acesso em: 28 fev. 2020.
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema "Desafios para combater a 
negligência ao idoso no Brasil", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
CH - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 19
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46 
Cerca de 200 sociedades indígenas vivem no Brasil. São 
quase 200 culturas, com língua, religião e organização social 
distintas entre si. Trata-se de um dos maiores acervos culturais 
do mundo, que tem atraído ao país centenas de estudiosos e 
especialistas, principalmente linguistas e antropólogos. [...] A 
cultura material dos povos indígenas expressa aos outros setores 
da sociedade a sua visão de universo e, quase sempre, cumpre 
uma função utilitária no cotidiano da comunidade tribal. Mas esta 
visão vem sendo influenciada pelas mais variadas formas de 
pressão a que estão submetidos os povos indígenas brasileiros, 
cujas terras são ambicionadas pelos regionais, em virtude das 
riquezas da flora, da fauna e do subsolo.
Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 8 dez. 2019. 
De acordo com o texto, um dos principais desafios enfrentados 
pelas populações indígenas é o(a)
A garantia dos direitos das populações vizinhas, como o 
acesso a sua riqueza biológica e mineral.
B unificação de cerca de 200 comunidades para criar uma 
agenda comum para as populações indígenas.
C recepção de pesquisadores interessados em conhecer a 
cultura das populações indígenas.
D reconhecimento da importância e do valor de sua cultura 
diante do interesse econômico de uma parcela da sociedade.
E aplicação das experiências que integram a cultura 
indígena do país no dia a dia.
QUESTÃO 47 
Observa-se que a cidade assumiu com o capitalismo o 
compromisso de permitir a sustentação das transformações 
necessárias para sua consolidação, quais sejam: a concentração 
de força de trabalho e mercado consumidor. Cabe ressaltar 
que nesse período o campo passou a ser coadjuvante e houve 
uma profunda alteração na estrutura social originada com a 
manufatura. [...] Percebe-se que, enquanto a cidade preparou 
o arcabouço para o desenvolvimento capitalista, o processo 
de urbanização permitiu que o novo sistema se alimentasse, 
afastando os indivíduos do meio rural.
NOBRE, P. A. M; RAMOS, E. M. B. “A cidade e o capital: um breve histórico da situação da 
classe operária”. In: II CONFERÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO, 2011, Brasília. Anais do 
I Circuito de Debates Acadêmicos Ipea. Brasília: Ipea, 2011.
O texto expõe mudanças profundas na demografia e na 
cultura da Europa no século XVIII, referindo-se à
A valorização da vida rural, em detrimento da vida urbana. 
B transferência de grande parte das atividades produtivas e 
sociais do campo para as cidades.
C possibilidade de todos viverem no meio urbano, com 
acesso a uma melhor infraestrutura.
D ascensão popular por meio do consumo de itens que, com 
a fabricação em massa, se tornaram acessíveis.
E descoberta de tecnologias e à maior mecanização das 
fábricas, o que conteve, por exigir menos trabalhadores, 
o êxodo rural.QUESTÃO 48 
O Parque Indígena do Xingu comemora 57 anos no 
próximo sábado [14/04/2018]. São décadas de história, entre 
desafios e vitórias conquistadas pelos 16 povos indígenas que 
fazem parte do que hoje é conhecido como Território Indígena 
do Xingu. [...] O Parque Indígena do Xingu foi a primeira grande 
Terra Indígena demarcada pelo governo federal, fruto da 
iniciativa do então presidente Jânio Quadros. Os irmãos Villas 
Bôas fizeram uma série de incursões na região na década de 
1950 e foram os principais incentivadores da demarcação. 
O Parque Indígena do Xingu foi homologado em 1961, com 
o nome de Parque Nacional do Xingu, com a intenção de 
proteger um importante complexo cultural, em uma região 
estratégica do ponto de vista ecológico.
HARARI, I. “Parque Indígena do Xingu comemora 57 anos”. Instituto Socioambiental. 
Disponível em: <https://www.socioambiental.org>. Acesso em: 22 fev. 2020.
No contexto evidenciado no fragmento, a fundação do Parque 
Indígena do Xingu teve o intuito de
A integrar o Centro-Oeste ao restante da nação. 
B conciliar o agronegócio e o manejo sustentável. 
C atender a exigências de instituições internacionais.
D preservar uma área dotada de rica sociobiodiversidade. 
E proteger a soberania de uma área fronteiriça e cobiçada. 
QUESTÃO 49 
Foi um ano dedicando todo o tempo entre a finalização do 
Ensino Médio, o cursinho e as horas reservadas aos estudos. 
Assim, o estudante Gabriel Nascimento Santos, de 19 anos, 
filho de manicure, estudante de escola pública e bolsista no 
curso de preparação para vestibular, garantiu, já na primeira 
tentativa, uma vaga para cursar Engenharia na Universidade 
de São Paulo (USP), uma das mais disputadas do Brasil.
Morador de Santos, no litoral de São Paulo, Gabriel 
cursou apenas o Ensino Fundamental em escola particular, 
porém com bolsa integral. Já o Ensino Médio foi cursado no 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São 
Paulo (IFSP), campus de Cubatão. Todos os dias ele percorria 
o trajeto da cidade de Santos até o instituto com o benefício de 
gratuidade garantido pelo passe livre.
Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 23 fev. 2020.
O texto apresentado traz um exemplo de migração conhecido 
como
A retorno. 
B pendular.
C emigração.
D conurbação.
E transumância. 
CH - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 20
QUESTÃO 50 
São Paulo — Depois de participar de vários protestos em 
Girona, um reduto separatista catalão, Carla Costa propõe 
continuar atacando a Espanha “em todas as frentes”, enviando 
também os membros mais radicais do movimento como 
cavalos de Troia ao Congresso de Madri.
“Temos que atacar em todas as frentes. Ser capazes 
de entrar no coração da fera e destruí-la de lá também é 
importante”, diz essa estudante de 22 anos, concentrada em 
solidariedade às pessoas detidas pelas mobilizações das 
últimas semanas.
Assim como Barcelona e outras cidades catalãs, Girona 
foi palco de protestos pacíficos e de confrontos após a decisão 
da Suprema Corte em 14 de outubro, condenando nove 
líderes separatistas entre nove e treze anos de prisão por essa 
tentativa fracassada.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br> Acesso em: 24 nov. 2019.
O movimento separatista da Catalunha procura
A alcançar a independência e a autonomia política.
B assumir o poder na Espanha.
C unificar o país sobre o nome de Catalunha. 
D conquistar novos territórios para pressionar a Espanha a 
conceder a sua independência.
E controlar as fronteiras, evitando que a região seja tomada 
por espanhóis não catalães. 
QUESTÃO 51 
Ser cidadão, o que é? É participar da sociedade. É saber dos 
seus direitos. É cobrar seus direitos. É cumprir seus deveres. É 
defender e respeitar os direitos dos outros. Os países têm que 
criar leis para garantir os direitos a todos, sem discriminações, 
nem privilégios. No nosso país, a Constituição Federal garante 
esses direitos. Constituição é o conjunto de leis mais básico do 
país. É praticamente o “manual de instruções” do Brasil. 
ZIRALDO. “Os direitos humanos”. Disponível em: <https://pt.calameo.com>. 
Acesso em: 13 nov. 2019.
De acordo com o texto, o conceito de cidadania
A vislumbra uma tradição sociocultural recente, transmitida 
de maneira consuetudinária. 
B envolve uma condição de comprometimento do indivíduo 
diante da coletividade.
C indica a primazia do direito individual diante do dever de 
determinada comunidade. 
D assegura o cumprimento dos dispositivos jurídicos de uma 
nação em sua tessitura social. 
E contempla atividades de cunho assistencialista, tais como 
mutirões e ações voluntárias. 
QUESTÃO 52 
TEXTO I
As fortes tempestades nos últimos dias têm provocado 
centenas de mortes e desabrigados na Índia, Bangladesh, 
Paquistão e Nepal.
As chuvas que atingem o sul da Ásia de junho a 
setembro, embora essenciais para a irrigação de cultivos e o 
armazenamento de água de que os habitantes necessitam, a 
cada ano, porém, são acompanhadas de morte e destruição.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br>. Acesso em: 26 fev. 2020. 
TEXTO II
Inverno
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Equador
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Equador
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
ÍNDICO
ÁSIA
ÁFRICA
OCEANIA
ÁSIA
ÁFRICA
OCEANIA
Direção dos
ventos
LEGENDA
Direção dos
ventos
LEGENDA
N
N
Verão
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Equador
Trópico de Câncer
Trópico de Capricórnio
Equador
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
ÍNDICO
ÁSIA
ÁFRICA
OCEANIA
ÁSIA
ÁFRICA
OCEANIA
Direção dos
ventos
LEGENDA
Direção dos
ventos
LEGENDA
N
N
LUCCI, E. A. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Saraiva, 2001. 
p. 148. (Adaptado)
O fenômeno atmosférico descrito nos textos ocorre devido à 
interferência direta do elemento climático denominado
A latitude. 
B longitude. 
C pressão atmosférica.
D umidade do ar. 
E ventos alísios.
CH - 1o dia | 2o Poliedro Enem Digital - Página 21
QUESTÃO 53 
Nasci na aldeia dos griôs. Sou griô. Um griô nasce e morre 
griô. Um griô precisa ser filho de pai e mãe griôs. [...] Sem 
os griôs, os nomes dos reis cairiam no esquecimento. [...] 
É esse o nosso ofício. Nós somos bolsas carregadas de 
palavras; carregamos os segredos que conhecemos. 
LIMA, H. P.; HERNANDEZ, L. L. Toques do griô, memórias sobre contadores de história 
africanos. São Paulo: Melhoramentos, 2013. p. 17-8.
A expressão “bolsas carregadas de palavras” associa-se a um 
relevante ofício dos griôs africanos, que é o(a)
A registro dos tributos ofertados à realeza pelas distintas 
castas sociais. 
B mediação entre os grupos ancestrais africanos e os 
mercadores lusitanos.
C preservação da memória coletiva e o compartilhamento de 
tradições orais. 
D apaziguamento de facções políticas antagônicas em 
arenas democráticas.
E registro em tabuletas de argila de diversas informações de 
cunho político.
QUESTÃO 54 
Não se trata mais de um segredo religioso, reservado a 
alguns eleitos, favorecidos por uma graça divina. Certamente, 
a verdade do sábio, como o segredo religioso, é revelação 
do essencial, descoberta de uma realidade superior que 
ultrapassa muito o comum dos homens; mas, entregue à 
escrita, ela é destacada do círculo fechado das seitas para 
ser exposta em plena luz aos olhares da cidade inteira; isto 
significa reconhecer que ela é por direito acessível a todos, 
aceitar submetê-la, como o debate político, ao julgamento de 
todos, com a esperança de que em definitivo será por todos 
aceita e reconhecida.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. 
 Ísis Borges B. da Fonseca (Trad.). Rio de Janeiro: Difel, 2002. p. 58.
O texto retrata um momento essencial para a formação do 
pensamento na Antiga Grécia, que pode ser associado ao(à)
A período denominado pré-socrático. 
B construção da Biblioteca de Alexandria, onde ficaram as 
obras de Sócrates. 
C direito de todos os habitantes de debater na Ágora as 
questões da pólis.
D criação de uma escola, onde Platão lecionava.
E

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