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Museu Judaico de Berlim CURSO: Arquitetura e urbanismo/CS Análise projetual DOCENTE: Laline Elisangela Cenci DISCIPLINA: Fundamentos da Arquitetura DATA: 15/08/2021 DISCENTE: Thamilly Sousa T EX T O D E EX EM P LO D O R O D A P É 2 Ficha técnica • Nome: Museu Judaico • Arquiteto: Daniel Libeskind • Localização: Berlim, Alemanha • Área: 15.500 m² • Ano de conclusão da obra: 2001 “Todo o edifício (por dentro e por fora) reflete o tema do museu. O prédio do arquiteto Daniel Libeskind se desdobra em corredores em zigue-zague como um relâmpago ou, para alguns, uma estrela de Davi quebrada. Espaços vazios, conhecidos como 'vazios', aparecem em todo o edifício. Esses vazios não estão acessíveis até que você alcance o Vazio de Memória. Eles lembram os visitantes dos vazios que o Holocausto deixou para trás.” Implantação e acessos • O museu se encontra no bairro Kreuzberg; • Não há grandes edifícios próximos ao museu, exceto o antigo museu; • O acesso ao museu se da pela via arterial Lindenstraße; • Aproveitar bem toda a extensão do terreno; • Os aspectos climáticos também foram cruciais para determinar a implantação do edifício. • Na Alemanha, a latitude é 52.520008; • Orientação sul é a que mais recebe sol durante todo o ano e a orientação norte fica praticamente sem sol; • O clima temperado úmido: média no verão de 20°C e no inverno de 5°C com ocorrência de neve. Implantação e acessos • É necessário entrar no Kollegienhaus para entrar no Museu Judaico; • O acesso se dá por um longo corredor subterrâneo que se liga diretamente ao eixo da continuidade; • Essa decisão projetual pode ser interpretada como algo que relaciona a historia do passado e do presente da cidade de Berlim, que por vezes fica encoberta pelo povo. Zoneamento e circulação • Acesso principal ao museu pelo subsolo; onde os três eixos se encontram; • O acesso se dá pelo eixo da continuidade; • O eixo do exilio leva o usuário até o jardim do exílio; • O eixo do holocausto da acesso a torre do holocausto; • Circulação vertical é feita por escadas, e elevadores. Setor de serviço Setor expositivo/circulação Setor de apoio Circulação vertical Saídas • O edifício possui 5 pavimentos, o térreo, mais três pavimentos acima e um subsolo; • Escala monumental; • O museu é organizado em torno de três linhas/eixos • Simbolizam três caminhos essenciais da vida judaica na Alemanha . • Há mais uma linha que corta e penetra o edifício de forma longitudinal. A organização de todo o programa expositivo do museu faz-se em torno dessa linha fragmentada que materializa a ausência de uma forma literal, não permitindo que o visitante do museu a percorra, apenas a observe através da passagem nas pontes que a atravessam e representam, cada uma delas, uma perda.” Zoneamento e circulação • O subsolo é destinado a setores de serviço, administrativo e circulação. • O térreo é dividido entre setor de serviço, com salas de mecânica, de segurança, setor de apoio, com armazéns e banheiros e setor de exposições, com exibições temporárias. • A planta do primeiro e segundo pavimento são idênticas e destinadas somente a exposições. • O terceiro pavimento é dividido em setor de apoio, com cozinha, lavandeira e depósitos; setor administrativo, com salas dos funcionários, escritórios; setor comercial, com workshops; e setor de exposição. Setor de serviço Setor expositivo/circulação Setor de apoio Circulação vertical Saídas 7 Estrutura • A estrutura do edifício em concreto armado • Gerada através de um estudo que Libeskind fez; • Ele traçou as direções de cidadãos judeus e alemães de destaque em um mapa de Berlim antes da Guerra e uniu os pontos para formar essa matriz em que baseia a estrutura do prédio e as janelas; • Há vigas visuais que acompanham as escadaria; desempenham função estrutural. Aberturas e fechamentos + aberturas para o sul • O arquiteto priorizou as aberturas para a orientação sul; • Melhorar o conforto térmico e o uso dessa luz para criar diferentes ambientes dentro da edificação; • A proporção de cheios sobre vazios é bem maior; • A linha imaginária que corta o edifico de forma longitudinal cria um espaço vazio. “Com os vazios, Daniel Libeskind aborda o vazio físico que surgiu com a expulsão, destruição e aniquilação da vida judaica na Shoah e que não pode ser preenchido novamente depois. Usando meios arquitetônicos, Libeskind tenta tornar essa perda visível e tangível.” Aberturas e fechamentos • A luz tem um papel muito importante no projeto; • Uso das aberturas para trazer identidade e incorporar ainda mais o conceito ao museu; • Cria espaços que nos despertam diferentes sensações através do jogo de luzes; • As frestas que cortam o edifício seguem uma matriz gerada através de um estudo de Libeskind. Composição "O nome oficial do projeto é 'Museu Judaico', mas chamei-o de 'Entre as Linhas' porque, para mim, trata-se de duas linhas, duas correntes de pensamento, organização e relações." Daniel Libeskind • O Museu Judaico de Berlim foi construído com o objetivo de trazer o passado da Alemanha e reconhecer o papel dos judeus na história país e abordar o fato do holocausto. • Para dar forma ao partido arquitetônico, o arquiteto partiu da decomposição da estrela de Davi. • A forma foi gerada mediante um processo de conexão de linhas entre distintos lugares de eventos históricos, resultando na estrutura em zigue-zague do edifício. • O arquiteto se apropria do uso da textura, das cores , dos sons da luz e da sombra agregar valor a obra; Materialidade • O concreto, usado na fachada e como sistema estrutural; • Tem um papel importante na composição do museu por trazer mias neutralidade e frieza para o ambiente. • As fachadas são revestidas com painéis metálicos de zinco e titânio; • Uso o vidro nas aberturas para se obter um melhor aproveitamento da luz. Análise crítica Relacionando esse projeto aos estudos feitos ao longo do semestre é possível perceber alguns aspectos que o arquiteto priorizou e se apropriou para trazer uma arquitetura de qualidade. Um que pode ser facilmente percebido é o forte potencial tectônico do museu, pois Libeskind faz o uso da estrutura em concreto para definir o espaço arquitetônico e sua aparência. Ele usa o concreto na sua cor pura para criar uma atmosfera mais neutra e calma no interior do edifício. As vigas utilizadas como contravento são expostas como elementos compositivos da arquitetura e tem sua função incorporada com a estética. Um aspecto importante já citado é como o arquiteto conseguiu incorporar bem o tema do museu com a experiencia arquitetônica do usuário. A forma como ele relaciona a história dos judeus na Alemanha e a associa aos três eixos que organizam todo o edifício mostra a importância do tema na obra. Além disso, todos os percursos e vazios do lugar foram pensados de forma análoga ao holocausto e a experiencia que os judeus sofreram. Referências VALE, Daniel. Ausência e Permanência em Berlim: O Museu Judeu e a memória urbana do Holocausto. [S. l.], 6 jul. 2018. Disponível em: https://wsimag.com/pt/arquitetura-e-design/22115-ausencia-e-permanencia-em-berlim. Acesso em: 13 ago. 2021. GARCEZ, Adriano. Museu Judaico ( Jewish Museum ). [S. l.], 21 jun. 2011. Disponível em: https://arq-contemporanea-agcbb.blogspot.com/2011/06/museu- judaico-jewish-museum.html. Acesso em: 14 ago. 2021. YUNIS, Natalia. Clássicos da Arquitetura: Museu Judaico de Berlim / Daniel Libenskind [Clásicos de Arquitectura: Museo Judío, Berlín / Daniel Libenskind] 09 Nov 2016. ArchDaily Brasil. (Trad. Souza, Eduardo) Acessado 14 Ago 2021. <https://www.archdaily.com.br/br/799056/classicos-da-arquitetura-museu-judaico-de- berlim-daniel-libenskind> ISSN 0719-8906 AD Editorial Team. Museu Judaico em Berlim, de Daniel Libeskind, fotografado por Laurian Ghinitoiu [Daniel Libeskind's Jewish Museum Berlin Photographed by Laurian Ghinitoiu] 17 Set 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Baratto, Romullo)Acessado 14 Ago 2021. <https://www.archdaily.com.br/br/773667/museu-judaico-em- berlim-de-daniel-libeskind-fotografado-por-laurian-ghinitoiu> ISSN 0719-8906 DANIEL Libeskind - O Museu Judaico de Berlim. [S. l.], 2015. Disponível em: https://tessomeara.com/A-Thorough-Investigation-of-Precedent. Acesso em: 15 ago. 2021. O EDIFÍCIO LIBESKIND: Arquitetura conta a história judaico-alemã. [S. l.], 16 ago. 2021. Disponível em: https://www.jmberlin.de/libeskind-bau#media-12253. Acesso em: 15 ago. 2021.
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