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Neuroarquitetura: A Influência dos Estímulos no Ambiente Construído

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NEUROARQUITETURA 
Como definido pela Academy of Neurocience for Architecture (ANFA):
A Neuroarquitetura é um campo interdisciplinar que consiste na aplicação da neurociência aos espaços construídos, visando maior compreensão dos impactos da arquitetura sobre o cérebro e os comportamentos humanos (MENA-2009).
Para Villarouco, muito da neurociência nos mostra é que a consciência é uma parte pequena da vivência em um ambiente e grande parte o que experimentamos é impalpável até mesmo para nossa própria consideração. 
Parte do princípio do estudo da Neuroarquitetura e o estudo das cores, luz, sons, aromas, e texturas aplicadas no ambiente do observador. 
As cores influenciam o ser humano e seus efeitos, tanto de caráter fisiológico como psicológico, intervêm em nossa vida, criando alegria ou tristeza, exaltação ou depressão, atividade ou passividade, calor ou frio, equilíbrio ou desequilíbrio, ordem ou desordem etc (MODESTO).
Segundo Modesto, as cores podem produzir impressões, sensações e reflexos sensoriais e grande importância, porque cada uma delas tem uma vibração determinada em nossos sentidos e podem atuar como estimulante ou perturbar emoções na consciência e em nossos impulsos e desejos.
As cores são comumente classificadas como quentes e frias. As cores classificadas como “quentes” são cores que integram o vermelho, laranja e uma parcela de tonalidades de amarelo e roxo. As cores classificadas como “frias são as que integram grande parte de tonalidades de amarelo, roxo, verde e azul. As cores quentes parecem dar uma sensação de proximidade, calor, densidade, opacidade, secura, além de serem estimulantes. Em contrapartida, as cores frias parecem distantes, frias, leves, transparentes, úmidas, aéreas, e são calmantes (MODESTO).
 No que se refere a iluminação “ O uso planejado da luz é capaz de transformar um ambiente por completo. Pode destacar espaços e objetos, tornar um cômodo mais aconchegante e receptivo, diminuir o estresse visual, aumentar a sofisticação, além de criar as mais variadas sensações, cenas e efeitos. Não há dúvidas, portanto, quanto à importância da iluminação na arquitetura” (BLOG ILUMINIM).
Ainda, segundo o ILUMINIM, Os diferentes tipos de lâmpada também podem mudar completamente as cores de um cômodo, além de causar sensações visuais e emocionais distintas. Uma iluminação mais amarelada, por exemplo, cria maior sensação de aconchego e relaxamento. Por outro lado, as luzes brancas proporcionam uma iluminação mais fria, que realça os detalhes do ambiente. 
 Sons e aromas podem influenciar nas funções cognitivas para as pessoas. O barulho estressante causa irritação e frustação, agrava o mau humor e reduz o limiar da dor. [...], altos níveis de ruídos causam insônia e desorientação. Enquanto cheiros agradáveis reduzem o estresse, aromas agradáveis aceleram a respiração e o batimento cardíaco (VASCONCELOS).
Para Bertolleti (2011), sons provenientes de elementos naturais, principalmente causados pela água, como fontes e cascatas, tem efeito calmante e relaxante, podendo ser usadas em ambientes internos e externos e trazem respostas emocionais, além de alterações positivas de humor.
Em relação ao tato, ele o responsável pela conexão com o tempo e a tradição, através das impressões de toque, os apertos de mãos de incontáveis gerações. Quando um seixo rolado polido pelas ondas causa prazer para as mãos, não é apenas por sua forma suave, mas pela expressão de um lento processo ocorrido em sua formação; um seixo perfeito na palma da mão materializa a duração, é o tempo que foi transformado em forma (PALLASMAA, 2011, pg. 11 - 55).
As texturas dos materiais de um edifício podem guiar pessoas portadoras de necessidades especiais, podem instigar ao toque, podem guiar um caminho cheio de surpresas, assim como podem mostrar diferentes possibilidades e texturas. O tato é contato direto do edifico com a pele do usuário, é a forma com que a arquitetura torna-se palpável (DIAS & ANJO).
REFERENCIAS 
VILLAROUCO V. Neuroarquitetura: A Neurociência no Ambiente Construido. Editora RIOBOOKS. 1 edição 2021. VILLAROUCO V. Neuroarquitetura: A Neurociência no Ambiente Construido. Editora RIOBOOKS. 1 edição 2021.
VASCONCELOS, Renata Thaís Bomm. Humanização de ambientes hospitalares: características arquitetônicas responsáveis pela integração interior/exterior. 2004. Dissertação para Mestrado em Arquitetura e Urbanismo - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2004
BERTOLETTI, R. Uma Contribuição da arquitetura para a reforma psiquiátrica: estudo no Residencial Terapêutico Morada São Pedro em Porto Alegre. Florianópolis, SC, 2011. Dissertação para Mestrado em Arquitetura e Urbanismo - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Florianópolis, 2010
MODESTO F. Psicodinâmica das Cores em Comunicação. Editora Edgard Bluncher Ltda. 5 edição. 2006
PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele: A arquitetura e os sentidos. Porto Alegre, Bookman, 2011.
https://blog.iluminim.com.br/conheca-a-importancia-da-iluminacao-na-arquitetura/#:~:text=O%20uso%20planejado%20da%20luz,variadas%20sensa%C3%A7%C3%B5es%2C%20cenas%20e%20efeitos.
https://www.fag.edu.br/upload/contemporaneidade/anais/594c063e6c40e.pdf

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