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SUMULA REGIMES PREVIDENCIÁRIOS Especificamente, em relação ao campo previdenciário, o instituto do direito adquirido – e, por consequência, os direitos e garantias fundamentais – se faz relevante, estendendo-se o regime de aposentadorias. A garantia fundamental atrela-se em assegurar o fundamento constitucional do direito da garantia da pessoa humana. De acordo com Nolasco (2012a, p.1), o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) é o principal regime previdenciário do Ordenamento Jurídico”. Esse regime ampara, obrigatoriamente, qualquer trabalhador da iniciativa privada, elencado na Lei 8.213/91. Destina-se àqueles trabalhadores, que são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Estes beneficiários são de duas ordens, sendo elas da ordem dos segurados e da ordem dos dependentes. Os beneficiários da ordem dos dependentes são aqueles que comprovam vínculo com os segurados, quer seja em primeira (dependentes preferenciais, sendo eles o cônjuge, o companheiro, o parceiro da união homo afetiva, o filho que não se emancipou, que se encontra inválido ou ainda é menor de 21 anos), segunda (são os pais do segurando) ou terceira classe (irmãos não emancipados, inválidos ou menores do que 21 anos). São considerados como benefícios do referido regime: aposentadoria por idade, por tempo de contribuição, por invalidez e especial; auxílio acidente, auxílio-doença e auxílio-reclusão; salário família, salário maternidade e pensão por morte. Já, como serviços, enquadram-se o seguro desemprego e a reabilitação profissional e assistência social (SANTOS; LENZA, 2012). Os agentes públicos não se inserem no RGPS, o que significa dizer que lhes é assegurado Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) a dispor sobre seus direitos previdenciários e a participação destes no custeio do regime diferenciado (NOLASCO, 2012a, p.1). Em condições infraconstitucional, este regime regulamenta-se pela Lei 9.717/1998, é solidário, de caráter contributivo. É mantido pelas contribuições dos servidores ativos, inativos e pensionistas (SANTOS; LENZA, 2012). O RPPS tem por obrigatoriedade mínima, a garantia da proteção da previdência em relação à aposentadoria e em relação à pensão, restringindo-se da oferta de benefícios diversos correlacionados (CARVALHO, 2012). Em relação à aposentadoria, neste regime, dar-se-á mediante invalidez, quando da ocasião compulsória (comprovação dos 70 anos de idade do servidor) e por meio voluntário (quando vários requisitos – idade, tempo de contribuição e tempo de serviço – são comprovados ao mesmo tempo) (MARTINEZ, 2010). Já o Regime de Previdência Complementar é instituído pela Lei 6.435/77, regulada pelo Decreto 81.240/78, sendo classificada como: Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) e as Entidades Abertas de Previdência Privada (CARVALHO, 2012). A Previdência Social vem enfrentando nos últimos anos uma mudança de cenário, onde registrou-se o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, ao mesmo passo em que os mesmos tenderam à requisição da aposentadoria precoce, acontecendo em grande parte, antes dos 50 anos de idade. O fator previdenciário, sendo uma fórmula a considerar idade e expectativa de vida do segurado, faz-se condição para o equilíbrio do fluxo de receitas e despesas da Previdência Social, mediante o crescente número de pedidos precoces de aposentadoria no cenário nacional. Esse fator é aplicado para o cálculo dos benefícios previdenciários de aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria por idade, sendo que, no segundo caso é opcional. É aplicado somente ao RGPS. Foi criado objetivando equiparar a contribuição do segurado ao valor do benefício e se baseia em quatro elementos, quais sejam: alíquota de contribuição, idade do trabalhador, tempo de contribuição à Previdência Social e expectativa de sobrevida do segurado, esta conforme tabela do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (NOLASCO, 2012b, p.1. De acordo com Bueno (2015, p.1), “o Fator Previdenciário é a variável que será aplicada ao valor do salário de contribuição para calcular o valor do salário de benefício. THAIS LIMA MOREIRA; TURMA 02, DE DIREITO PREVIDENDIÁRIO 2021.1 – UFS. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1998. In: Vade Mecum. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. BUENO, Rita. Fator Previdenciário. JusNavigandi, jan. 2015. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/35601/fator-previdenciario. Acesso em: 04 de outubro de 2021. CARVALHO, G. N. . Introdução ao direito previdenciário: os regimes de previdência Introdução ao direito previdenciário: os regimes de previdência. Âmbito Jurídico, v. 98, p. 1/11265-7, 2012. CASTELANI, Clayton. Regra 85/95 eleva para 60 anos a idade da aposentadoria. Folha de São Paulo, 14 jan. 2016. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/01/1729144-regra-8595-eleva-para-60- anos-a-idade-da-aposentadoria.shtml . Acesso em: 04 de outubro de 2021. MARTINEZ, Wladimir Novaes. Desaposentação. 3. ed. São Paulo: LTr, 2010. NOLASCO, Lincoln. O fator previdenciário. Âmbito Jurídico, Rio Grande, n. 105, out 2012b. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito- previdenciario/o-fator-previdenciario/. Acesso em: 04 de outubro de 2021. NOLASCO, Lincoln. Regimes previdenciários e evolução legislativa dos regimes próprios de previdência social. Âmbito Jurídico, Rio Grande, n. 105, out 2012a. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-previdenciario/regimes- previdenciarios-e-evolucao-legislativa-dos-regimes-proprios-de-previdencia-social/ Acesso em: 04 de outubro de 2021. SANTOS, Marisa Ferreira dos; LENZA, Pedro. Direito Previdenciário Esquematizado. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
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