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01 Caderno Digital - DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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AULA 02 - 09/08/2021
Direito Previdenciário:
· A seguridade Social 
O Sistema de Seguridade Social foi introduzido no ordenamento brasileiro pela Constituição Federal de 1988. Sua previsão legal está contida no artigo 194 da CF, e é composto de: • Saúde; • Previdência Social; • Assistência Social.
Então não vamos esquecer o tripé da Seguridade Social.
O artigo 194 dispõe que a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. 
Já falamos sobre onde a Seguridade Social se inicia no nosso ordenamento, “artigo 194 da Constituição Federal”, mas queremos saber sobre o que está intrínseco nessa seguridade, como a constituição federal chegou nesta definição de proteção. 
Olha nossa constituição federal nem é tão antiga assim; e sabemos que nem sempre, houve a preocupação efetiva com a proteção dos indivíduos quanto a seus infortúnios. Somente em tempos mais recentes, a partir do final do século XIX, a questão se tornou importante dentro da ordem jurídica dos Estados. 
A marcha evolutiva do sistema de proteção, desde a assistência prestada por caridade até o estágio em que se mostra como um direito subjetivo, garantido pelo Estado e pela sociedade a seus membros, é o reflexo de três formas distintas de solução do problema: a da beneficência entre pessoas; a da assistência pública; e a da previdência social, que culminou no ideal de seguridade social, ok?
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AULA 03 - 16/08/2021
Direito Previdenciário:
Quem são os segurados do regime geral da previdência social. – Lei 8.213/91.
A uma diferença entre quem e segurado e quem preenche os requisitos para a conessão do beneficio previdenciario.
 (todos os regimes tem que ter o carater retributivo). 
Quem pode ser beneficiciario do regime geral?
Segurado e seus dependentes. 
· Segurados do regime geral
São as pessoas físicas que exercem atividade laborativa remunerada (segurados obrigatórios), à exceção dos ocupantes de cargos efetivos permanentes de regime próprio de previdência social, ou pessoas que, não exercendo trabalho remunerado, filiam-se à Previdência por meio de contribuições (segurados facultativos)
Quem são os segurados do regime geral da previdência social? (artigo 16 da LEI 8.213/91) 
- 
- os pais;
- o irmão não emancipado de qualquer condição menor de 21 anos; 
- o enteado; 
- companheira; 
_______
Segurado avulso:
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AULA 04 - 21/08/2021
Direito Previdenciário:
Segurado avulso:
Como perder a qualidade de segurado?
Beneficio de auxilio-doença...
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· AULA 05 - 30/08/2021 
Direito Previdenciário:
INTRODUÇÃO
Pessoal estudamos que a seguridade social engloba a Saúde, a Previdência Social e a Assistência Social. A partir de agora vamos estudar tudo o que compreende a Assistência Social.
· A Assistência Social
A Constituição Republicana de 1988 prevê em seu artigo 203 que a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à Seguridade Social. 
Dentre seus objetivos (inciso V, do artigo mencionad) está a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Então, podemos concluir que cabe ao Estado a prestação de assistência social às pessoas carentes, sem a exigência de qualquer contribuição, visando assegurar o mínimo existencial,v tendo em vista o princípio da dignidade da pessoa humana.
As regras constitucionais estão regulamentadas pela Lei n. 8.742, de 7.12.1993 (Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS), que instituiu o benefício de prestação continuada ao idoso e ao deficiente.
E por isso a partir de agora, iremos estudar a assitência social na forma distribuída a quem dela necessita, conforme dispõe a lei 8.742/93. 
A Lei Orgânica da Assistência Social define que a assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas.
As condições para a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) no valor de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso carentes estão contidas nos artigos 20 e 21 da LOAS, os quais serão objeto desse nosso estudo. 
Então, começaremos a estudar sobre os requisitos para a concessão do referido benefício.
Os requisitos estão previstos na Lei Orgânica da Assistência Social; e quando trata-se da pessoa idosa, além do requisito idade (65 anos ou mais), a família (renda per capita) deve ter renda igual ou inferior ¼ (um quarto) do salário mínimo mínimo vigente à epóca do requerimento administrativo junto à Autaquia Federal. Vale salientar que houve modificação sobre a exigência da renda ser inferior a ¼ do salário mínimo em decorrência da pandemia; e há também a súmulua 11 da TNU que flexibiliza tal exigência.
 Atenção!!! Vejamos que há outros meios além do cômputo da renda do núcleo familiar para se comprovar a situação de hipossufiência ecônomica em que se encontra a pessoa (tanto idoso, como deficiente), certo?!
Estamos entendidos quanto às exigências para a concessão do benefício assistencial a pessoa idosa?
*Idade + situação de hipossuficiência econômica (esta que pode ser comprovada além do que está descrito na lei LOAS).
Certo até aqui.
Mas e o deficiente, vamos ver o que a lei diz.
A pessoa com deficiência deverá comprovar, a existência de impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com uma ou mais barreiras, obstruam sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Ludmila você falou acima que é cumulativo com outra exigência, e é o fato da renda do indivíduo (família) ser inferior a ¼ do salário minímo, certo? Certíssimo! 
Então, vamos falar novamente, mesmo a lei falando que a situação de hipossuifiência econômica deve ser auferida pela renda per capita, não se esgota aí; podendo ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade.
Devemos lembrar que a pessoa que busca a concessão do benefício assistencial deve estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – CadÚnico.
Agora, voltamos a falar da Deficiência para fins de concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Para efeito de concessão deste benefício, considera-se: pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas; impedimentos de longo prazo: aqueles que incapacitam a pessoa com deficiência para a vida independente e para o trabalho pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos.
A pessoa com deficiência (PcD) deverá ser avaliada para saber se a sua deficiência a incapacita para a vida independente e para o trabalho, e essa avaliação é realizada pelo Serviço Social e pela Perícia Médica do INSS.
Para fins de reconhecimento do direito ao benefício às crianças e adolescentes menores de 16 anos de idade, estas devem ser avaliadas, para a existência da deficiência e o seu impacto na limitação do desempenho de atividade e restrição da participação social, compatível com a idade (Decreto n. 7.617/2011).
E, ainda, segundo o artigo 16 do Regulamento da LOAS: “a concessão do benefício à pessoa com deficiência ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento, com base nos princípios da Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidadee Saúde (CIF), estabelecida pela Resolução da Organização Mundial da Saúde n. 54.21, aprovada pela 54ª Assembleia Mundial da Saúde, em 22 de maio de 2001”.
A aferição da deficiência e o prazo de duração dos impedimentos fazem parte dos questionamentos no âmbito judicial. Vejamos: Súmula n. 29 da TNU: “Para os efeitos do art. 20, § 2º, da Lei n. 8.742, de 1993, incapacidade para a vida independente não só é aquela que impede as atividades mais elementares da pessoa, mas também a impossibilita de prover ao próprio sustento”.
 Súmula n. 48 da TNU (redação alterada em 25.4.2019): “Para fins de concessão do benefício assistencial de prestação continuada, o conceito de pessoa com deficiência, que não se confunde necessariamente com situação de incapacidade laborativa, exige a configuração de impedimento de longo prazo com duração mínima de 2 (dois) anos, a ser aferido no caso concreto, desde o início do impedimento até a data prevista para a sua cessação”.
Agora vamos falar mais um pouco da questão da renda. Eu sei que parece repetitivo, e é! Mas não esqueceremos mais! A mãe do aprendizado é a repetição, já dizia alguém que eu não sei ...
Então vamos. Para fins do cálculo da renda per capita, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto (não se esqueçam disso) (Lei n. 12.435/2011).
Consoante o artigo 13 do Regulamento do BPC (redação conferida pelo Decreto n. 8.805/2016), as informações para o cálculo da renda familiar mensal per capita serão declaradas no momento da inscrição da família do requerente no CadÚnico, ficando o declarante sujeito às penas previstas em lei no caso de omissão de informação ou de declaração falsa.
A existência de miserabilidade deverá ser analisada no caso concreto com base em critérios subjetivos, com aplicação de outros parâmetros, tal qual o de metade do salário mínimo previsto para os demais benefícios sociais do Governo Federal.
Lembra que falamos acima que há outros meios para se comprovar a situação de miserabilidade em que vive o candidato à perceber o benefício assistencial?
E nos vimos como é constata tal situação no caso concreto que trabalhamos durante a aula, ou iremos trabalhar. 
Então vamos sedimentar nossos conhecimentos quanto aos assistidos pelos benefícios assistenciais à pessoa portadora de deificiência e ao idoso:
 Os beneficiários são: as pessoas idosas, assim consideradas aquelas com mais de 65 anos de idade, e as pessoas com deficiência que não possuam meios para proversua subsistência nem de tê-la provida por sua família. 
Quanto à pessoa com deficiência, o critério que pode ser de qualquer idade, desde que apresente impedimentos de longo prazo (mínimo de dois anos) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Deve ser reconhecido também como beneficiário o brasileiro, naturalizado ou nato, que comprove domicílio e residência no Brasil e atenda a todos os demais critérios estabelecidos para a concessão dessa prestação. 
Por força do Acordo de Seguridade Social que vigora entre o Brasil e Portugal, o Decreto n. 8.805, de 7.7.2016, estendeu o BPC às pessoas de nacionalidade portuguesa, desde que comprovem residência no Brasil e atendam a todos os demais critérios estabelecidos no Regulamento (Decreto n. 6.214/2007).
E agora vocês está se perguntando, e aos estrangeiros residentes no Brasil estes podem ser benefíciarios do benefício de prestação continuada?
Vamos saber, agora!
Quanto ao estrangeiro residente no Brasil, o direito à concessão foi reconhecido pelo STF em recurso extraordinário com repercussão geral, sendo fixada a seguinte tese:Tema 173: Os estrangeiros residentes no País são beneficiários da assistência social prevista no artigo 203, inciso V, da Constituição Federal, uma vez atendidos os requisitos constitucionais e legais. 
É de destacar que a condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada (Lei n. 12.435/2011). 
O benefício assistencial pode ser pago a mais de um membro da família desde que comprovadas todas as condições exigidas. Mas, segundo o regulamento, o valor do benefício concedido anteriormente será incluído no cálculo da renda familiar. Entretanto, uma exceção foi estabelecida (já falamos disso) pelo art. 34, parágrafo único, do Estatuto do Idoso, que ao dispor que o valor do Benefício de Prestação Continuada concedido a idoso não será computado no cálculo da renda mensal bruta familiar, para fins de concessão do Benefício de Prestação Continuada a outro idoso da mesma família.
Pessoal e após a concessão do benefício, o mesmo será revisto a cada dois anos para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem. 
A contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a suspensão do benefício, limitado a dois anos o recebimento concomitante da remuneração e do benefício (art. 21-A, § 2º, da LOAS).
O benefício assistencial é intransferível e, portanto, não gera pensão por morte. (importante lembrar que pensão por morte é um benefício previdenciário, trata-se de instituidor do benefício SEGURADO ao RGPS, não confundam!) 
Então vamos rever tudo, prometo que só mais esta vez!
Quem são os beneneficiários da Lei Orgânica da Assistência Social?
Os Beneficiários são:– Pessoa idosa: idade igual ou superior a 65 anos, para homem ou mulher; Pessoa com deficiência: qualquer idade – pessoas que apresentam impedimentos de longo prazo (mínimo de dois anos) de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Mais de 1 (um) integrante da família pode receber o benefício assistencial?
Sim! Pode ser pago a mais de um membro da família desde que comprovadas todas as condições exigidas.
– Pessoa Idosa: possuir 65 anos de idade ou mais; família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo, podendo ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade; não possuir outro benefício no âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o seguro desemprego, salvo o de assistência médica e a pensão especial de natureza indenizatória.
- Pessoa com Deficiência (PcD): existência de impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, obstruam sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas; família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo, podendo ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade; não possuir outro benefício no âmbito da Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o segurodesemprego, salvo o de assistência médica e a pensão especial de natureza indenizatória. 
As regras gerais do benefício assistencial encontram-se no art. 203 da CF, na Lei n. 8.742/1993 (com as alterações das Leis n. 12.435/2011, 12.470/2011 e 13.146/2015) e no Decreto n. 6.214/2007 (com as alterações do Decreto n. 7.617/2011). 
Como somos diferenciados, vamos aprender só mais um pouquinho. Vamos aprender de um benefício assistencial que não falamos até agora, e não é muito conhecido não - para nós - pois onde há o exercício desta atividade, tal benefício deve ser muito requerido tanto na esfera administrativa, quanto na judicial.
Mas afinal do que você está falando Ludmila? Estou falando do benefício assistencial ao trabalhador portuário avulso.
A Lei n. 12.815, de 2013, criou um novobenefício assistencial não previsto na LOAS destinado aos trabalhadores portuários a partir dos 60 anos de idade. Consta da norma legal: “É assegurado, na forma do regulamento, benefício assistencial mensal, de até 1 (um) salário mínimo, aos trabalhadores portuários avulsos, com mais de 60 (sessenta) anos, que não cumprirem os requisitos para a aquisição das modalidades de aposentadoria previstas nos arts. 42, 48, 52 e 57 da Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, e que não possuam meios para prover a sua subsistência”. 
 O direito ao benefício foi regulamentado por meio da Portaria Interministerial n. 1, de 2014 (DOU de 4.8.2014), dos Ministérios da Previdência Social, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão e da Secretaria de Portos.
Considera-se trabalhador portuário avulso, para fins do recebimento do benefício, aquele que possui domicílio no Brasil e cadastro ativo ou registro ativo junto ao OGMO – Órgão Gestor de Mão de Obra do Trabalho Portuário Avulso. 
Esse benefício não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória. 
Para fazer jus ao benefício assistencial, o interessado deverá comprovar idade de 60 anos ou mais; renda média mensal individual inferior ao valor de um salário mínimo mensal, calculada com base na média aritmética simples dos últimos 12 meses anteriores ao requerimento, incluindo-se no cômputo a renda proveniente de décimo terceiro salário, se houver; IV. Quinze anos, no mínimo, de cadastro ou registro ativo como trabalhador portuário avulso; comparecimento, no mínimo, a 80% das chamadas realizadas pelo respectivo órgão de gestão de mão de obra; e comparecimento, no mínimo, a 80% dos turnos de trabalho para os quais tenha sido escalado no período.
Assim como previsto na LOAS, a gratificação natalina não é devida no benefício assistencial mensal ao trabalhador portuário. Também tem a característica de ser pessoal e intransferível e não gera direito à pensão por morte aos herdeiros ou sucessores. 
Essa prestação deverá ser revista a cada ano para avaliação do critério referente à subsistência do beneficiário.
Pronto! Rapidinho falamos sobre os benefícios assistencias às pessoas idosas e portadoras de deficiência.
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AULA 06 - 06/09/2021
Direito Previdenciário:
· SEGURADOS DO RGPS e BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE LABORAL -slides
· Pessoal estudamos que para fazer jus a um benefício previdenciário, a pessoa deve ser segurada do Regime Geral da Previdência Social, certo?
· Hoje daremos continuidade aos estudos quanto à qualidade de segurado e ainda iremos estudar os benefícios que compreende quem encontra-se incapacitado para o exercício do seu trabalho.
· Então vamos lá!
——
· Segurados Do RGPS
· Vamos retornar ao estudo do artigo 15 da Lei 8.213/91.
· Art. 15, da Lei 8.213/91. 
Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
· I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019) 
· II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; 
· III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
· IV - (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; até 12 
· V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; 
· VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. 
· O Regulamento disciplinará a forma de inscrição do segurado e dos dependentes. Art. 18, do Decreto 3.048/99. Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da previdência social o ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, por meio da comprovação dos dados pessoais, da seguinte forma: (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). 
· § 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
· § 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
· § 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
· § 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
· BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE LABORAL
Quando falamos em incapacidade laboral, devemos entender que tal incapacidade pode ser:
a) Uniprofissional: Para uma determinada atividade laborativa;
· b) Multiprofissional: Para diversas atividades laborativas;
· c) Omniprofissional: para toda e qualquer atividade laborativa.
· AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA (ANTIGO AUXÍLIO DOENÇA)
· Art.59 da Lei 8.213/91. O auxílio doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
· Então vejamos que para a concessão do benefício de auxílio doença, o beneficiário deve preencher conjuntamente os seguintes requisitos:
* Incapacidade temporária +
* Qualidade de segurado na data do início da incapacidade +
* período de carência.
Se o segurado ingressou no sistema doente e ficou incapaz depois?
· O próprio artigo 59 da Lei8.213/91, responde para nós:
· §1º Não será devido o auxílio doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento da doença ou da lesão.
Relembrando...e o período de carência (regra geral) é de 12 meses, certo?
· Já entendemos os requisitos para a concessão do benefício auxílio doença, a incapacidade temporária, a qualidade de segurado, o período de carência.
· Mas agora vamos saber da exceção!
Vejamos o que diz o artigo 26 da lei 8.213/91
· Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
· II-auxílio doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, fora cometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3(três)anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
· Artigo 151 da Lei 8.213/91. Até que seja elaborada a lista de doenças mencionada no inciso II do art.26, independe de carência a concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, fora cometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteítedeformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.
Agora já vimos os requisitos necessários para a concessão do benefício por incapacidade temporário (auxílio doença), e as exceções existentes.
Vamos saber um pouco mais destebenefício:
· O Art. 72 do Decreto 3.048/99 diz que: O auxílio por incapacidade temporária consiste em renda mensal correspondente a noventa e um por cento do salário de benefício definido na forma prevista no art. 32 e será devido:
I - a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade para o segurado empregado, exceto o doméstico; 
II – a contar da data do início da incapacidade, para os demais segurados, desde que o afastamento seja superior a quinze dias;
III – a contar da data de entrada do requerimento, quando requerido a pós o trigésimo dia do afastamento da atividade, para todos os segurados.
Segurado Empregado: Empresa paga os primeiros 15 dias. 
· (Art. 75 do Decreto 3.048/99)
· Empregado Doméstico –O empregador não tem a obrigação de pagar os 15 primeiros dias por falta de previsão legal!!!
o Segurado recebe auxílio-doença de uma atividade. Pode continuar laborando em outra?
· Art.73, do Decreto 3.048/99. O auxílio por incapacidade temporária do segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela previdência social será devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas, hipótese em que o segurado deverá informar a Perícia Médica Federal a respeito de todas as atividades que estiver exercendo.
§1ºNa hipótese prevista neste artigo, o auxílio por incapacidade temporária será concedido em relação à atividade para a qual o segurado estiver incapacitado, consideradas para fins de carência somente as contribuições relativas a essa atividade.
§2ºSe nas várias atividades o segurado exercer a mesma profissão, será exigido de imediato o afastamento de todas.
§3ºConstatada durante o recebimento do auxílio por incapacidade temporária concedido nos termos do disposto neste artigo a incapacidade do segurado para cada uma das demais atividades, o valor do benefício deverá ser revisto com base nos salários de contribuição de cada uma das atividades, observado o disposto nos incisos I ao III do caput do art.72.
§4º Na hipótese prevista no §1º,o valor do auxílio por incapacidade temporária poderá ser inferior ao salário-mínimo, desde que, se somado às demais remunerações recebidas, resulte em valor superior ao salário-mínimo.
§5º O segurado que, durante o gozo do auxílio por incapacidade temporária, vier a exercer atividade remunerada que lhe garanta a subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade, observado o disposto no art.179
E se o segurado estava de férias quando começou a incapacidade?
· Se a perícia constatar que o segurado na data do inicio da incapacidade estava em gozo de férias ou licença prêmio ou qualquer outro tipo de licença remunerada, o prazo de quinze dias de responsabilidade da empresa, será contado a partir do dia seguinte ao término das férias ou dalicença.
· (Art.303,p.2°daIN77/2015)
· Auxílio acidente
O auxílio acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar em seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (art. 86, da Lei 8.213/91)
· Vamos às características deste benefício:
Caráter indenizatório. Logo, recebe mesmo que exerça atividade remunerada.
Devido após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza que resultar em em sequelas que impliquem na redução parcial e definitiva da capacidade laborativa.
Necessário qualidade de segurado no momento do fato gerador (pode ser concedido inclusive no período de graça)
Carência–Independe(Art.26,I,daLei8.213/91)
Quem pode ser beneficiário do auxílio acidente?
· Empregado(urbano e rural);
· Empregado doméstico
· Trabalhador avulso
· Segurado Especial
A jurisprudência dominante entende que o segurado facultativo e o contribuinte individual não tem direito a esse benefício.
A previsão legal está no Artigo 18, §1 da Lei 8.213/91.
· Somente poderão beneficiar-se do auxílio-acidente os segurados incluídos nos incisos I, II, VI e VII do art. 11 desta Lei.
· Ou seja: empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e segurado especial
quando o segurado passará a perceber o auxílio acidente?
· Segundo o artigo 86,2°, da Lei 8.213/91,o auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.(RedaçãodadapelaLeinº9.528,de1997)
Duração: Art.86, §1º, da Lei 8.213/91:
O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado o disposto no §5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.(RedaçãodadapelaLeinº9.528,de1997)
O art.6º, p.1º, da Lei6.367/76 previa que o auxílio-acidente seria pago em caráter vitalício.
A Lei 9.528/97 indica que o benefício será devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado
· APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE
Agora vamos estudar a APOSENTADORIA POR INCAPACIDADE PERMANENTE, antiga Aposentadoria por Invalidez (art. 42 e ss., da 8.213/91)
· Art. 42 da Lei 8.213/91: A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio doença, for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
· Incapacidade Total e Permanente
lembra que falamos acima da qualidade de segurado tanto para auxílio doença quanto para aposentadoria por invalidez?
· REGRA GERAL: 12 meses! 
· E a exceção?
· Art. 26 da Lei 8.213/91. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
· II- auxílio doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, fora cometido de alguma das doenças e afecções especifica das em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três)anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;
· Art. 43 da Lei 8.213/91. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da cessação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos §§1º, 2º e 3º deste artigo.
§1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:
a)ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrer em mais de trinta dias;
b)ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrer em mais de trinta dias.
Pessoal, alguém já ouviu falar do acréscimo de 25% ao valor da aposentadoria por invalidez?
· Art. 45 da Lei 8.213/91, diz que:
O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.
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AULA 07 - 13/09/2021
Direito Previdenciário:
· SEGURADOS DO RGPS e BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE LABORAL – Reingresso ao RGPS
Contribuições necessárias após retorno (nova filiação):	
· Até 07/07/2016	*4 contribuições	
· De 08/07/2016 a 04/11/2016 (MP 739/2016)	*12 contribuições	
· De 05/11/2016a 05/01/2017	*4 contribuições	
· De 06/01/2017 a 26/06/2017 (MP 767/2017)	*12 contribuições	
· De 27/06/2017 a 17/01/2019 (Lei 13.457/2017)	*6 contribuições	
· A partir de 18/01/2019 (MP 871/2019)	*12 contribuições
· A partir de 18/06/2019 (Lei 13.846/2019)	*6 contribuições
Auxílio por Incapacidade Temporária (antigo auxílio-doença
· Redação imediatamente anterior a MP871/19–Art.27-A.No caso de perda da qualidade de segurado, para efeito de carência para a concessão dos benefícios de que trata esta Lei, o segurado deverá contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I e III do caput do art. 25 desta Lei.
· ►Redação na MP871/19–Art.27 A. Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com os períodos integrais de carência previstos nos incisos I, III e IV do caput do art.25.
· ►Redação após conversão daMP871/19 na Lei13.846/19–Art.27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art.25 desta Lei.
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AULA 08 – XX/09/2021
Direito Previdenciário:
· Beneficios em especie – PENSÃO POR MORTE
Fundamentação Legal 
Constituição Federal (Art. 201, inciso V, da CF/1988). (EC 103/19).
Lei n°8.213/91. (Art. 74 até 79).
Decreto 3.048/99 (Art. 105 até 115).
IN 77/2015 (Art. 121 a 135 (dependentes). (Art. 364 até 380).
O QUE É PENSÃO POR MORTE?
· É um benefício previdenciário “destinado ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não.” (art.74 da Lei 8.213/91)
Requisitos
· Evento Morte
· Qualidade de Segurado
· Existência de Dependentes
· Independe de carência!
· (Desde a vigência da Lei 8.213/91 –Antes = 12 meses)
· Antes da vigência da Lei 8.213/91, o benefício possuía carência de 12 contribuições.
E quando a morte é presumida?
· PRESUMIDA
· Declarada pela autoridade judicial competente, depois de 6 (seis) meses de ausência
2) Mediante provado desaparecimento do segurado em consequência de acidente, desastre ou catástrofe, independentemente da declaração e do prazo.
Art. 78 da Lei 8.213/91. Por morte presumida do segurado, declarada pela autoridade judicial competente, depois de 6 (seis) meses de ausência, será concedida pensão provisória, na forma desta Subseção.
§1º Mediante prova do desaparecimento do segurado em consequência de acidente, desastre ou catástrofe, seus dependentes farão jus à pensão provisória independentemente da declaração e do prazo deste artigo.
§2ºVerificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessará imediatamente, desobrigados os dependentes da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé.
Art.364daIN77/2015. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, observando que:
II, c) da decisão judicial, no caso de morte presumida; e
d) da data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre, se requerida até trinta dias desta.
· Art. 112 do Decreto 3.048/99. A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte presumida:
· I- mediante sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária, a contar da data de sua emissão; ou
· II- em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil.
· Parágrafo único. Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé.
· Art. 379 da IN 77/2015. Para a concessão da pensão, em caráter provisório, por morte presumida em razão do desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, nos termos do inciso II do art. 112 do RPS, servirão como prova hábil do desaparecimento, entre outras:
· I -boletim do registro de ocorrência feito junto à autoridade policial;
· II -prova documental de sua presença no local da ocorrência; e
· III -noticiário nos meios de comunicação.
· §1º Se existir relação entre o trabalho do segurado e a catástrofe, o acidente ou o desastre que motivaram seu desaparecimento, além dos documentos relacionados neste artigo e dos documentos dos dependentes, caberá também a apresentação da CAT, sendo indispensável o parecer médico-pericial para caracterização do nexo técnico.
· §2º Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé.
· Art. 380 da IN 77/2015 Nas situações de morte presumida relacionadas no art. 112 do RPS, a cada seis meses o recebedor do benefício deverá apresentar documento da autoridade competente, contendo informações acerca do andamento do processo, relativamente à declaração de morte presumida, até que seja apresentada a certidão de óbito.
Requisito 2: Qualidade de Segurado no momento do óbito
· É um benefício previdenciário “destinado ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não.” (art.74 da Lei 8.213/91)
· Qualidade de segurado no momento do óbito
· Deveria estar em gozo de benefício
· Tinha cumprido os requisitos para aposentadoria
Nesse sentido:
Súmula 416 do STJ:
É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito.
ENUNCIADO 4 do CRPS (atualizado em 12/11/2019)
IV- É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de benefício previdenciário até a data do seu óbito.
Pedido de pensão por morte X inadimplência do Contribuinte Individual
Filiação – Se dá automaticamente com o exercício de atividade remunerada (Art.20, p.1°, do Decreto 3.048/99).
Logo, a ausência de pagamento gera mora tributária!
Mas:
Súmula 52 da TNU: Para fins de concessão de pensão por morte, é incabível a regularização do recolhimento de contribuições de segurado contribuinte individual posteriormente a seu óbito, exceto quando as contribuições devam ser arrecadadas por empresa tomadora de serviços.
No mesmo sentido, posição do STJ:
“Esta Corte tem adotado entendimento no sentido da necessidade de recolhimento das contribuições previdenciárias pelo próprio contribuinte individual para que seus dependentes possam receber o benefício de pensão por morte, não se admitindo a regularização do recolhimento das contribuições post mortem.”
(AgIntnoResp.1.568.139/SP,1°Turma,Rel.Min.ReginaHelenaCosta)
Art.17, §7º, da Lei 8.213/91. Não será admitida a inscrição post mortem de segurado contribuinte individual e de segurado facultativo. (Incluído pela Lei nº 13.846,de2019).
Art. 30 da Lei 8.212/91.
II- os segurados contribuinte individual e facultativo estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte ao da competência;
Medida Provisória 83/22 convertida na Lei 10.666/2003 (efeitos a partir de 01/04/2003).
Art.4º Fica a empresa obrigada a arrecadar a contribuição do segurado contribuinte individual a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração, e a recolher o valor arrecadado juntamente com a contribuição a seu cargo até o dia dois do mês seguinte ao da competência.
Requisito 3: Dependentes
Art.23, § 4° da EC 103/19:
§4º O tempo de duração da pensão por morte e das cotas individuais por dependente até a perda dessa qualidade, o rol de dependentes e sua qualificação e as condições necessárias para enquadramento serão aqueles estabelecidos na Lei nº 8.213, de 24de julho de 1991.
Prova de União Estável e Dependência Econômica
Art.16, p. 5° e 6° da Lei 8.213/91.
§5º As provas de união estável e de dependência econômica exigem início de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida aprova exclusivamente testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, conforme disposto no regulamento. (IncluídopelaLeinº13.846,de2019)
§6º Na hipótese da alínea c do inciso V do § 2º do art. 77 desta Lei, a par da exigência do §5º deste artigo, deverá ser apresentado, ainda, início de prova material que comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos antes do óbito do segurado. (Incluído pela Lei nº13.846, de2019)
Sobre as provas para comprovação...
Art. 135 da IN 77/2015
(Atenção: redação anterior ao Decreto 10.410/2020).
§2º Caso o dependente possua apenas um ou dois dos documentos enumerados no caput, deverá ser oportunizado o processamento de Justificação Administrativa-JA.
§4º A sentença judicial proferida em ação declaratória de união estável não constitui prova plena para fins de comprovação de união estável, podendo ser aceita como uma das três provas exigidas no caput deste artigo, ainda que a decisão judicial seja posterior ao fato gerador.
Art.130 da IN77/2015.
De acordo com a Portaria MPS nº 513, de 9 de dezembro de 2010, publicada no DOU, de 10 de dezembrode2010,o companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito no RGPS integra o rol dos dependentes e, desde que comprovada a união estável, concorre, para fins de pensão por morte e de auxílio-reclusão, com os dependentes preferenciais de que trata o inciso I do art. 16 da Lei nº 8.213, de 1991, para óbito ou reclusão ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, conforme o disposto no art.145 do mesmo diploma legal, revogado pela MPnº2.187-13, de 2001.
E como fica a Pensão por Morte do Ex-Cônjuge e ex-companheiro (a)?
· SÚMULA 336 do STJ
A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente.
· Art.76, § 2º e § 3º da Lei 8.213/91
§2º O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato que recebia pensão de alimentos concorrerá em igualdade de condições com os dependentes referidos no inciso I do art.16 desta Lei.
§3º Na hipótese de o segurado falecido estar, na data de seu falecimento, obrigado por determinação judicial a pagar alimentos temporários a ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo remanescente na data do óbito, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício.
(IncluídopelaLeinº13.846,de2019)
Há mais! E se houver novo cônjuge beneficiário da pensão por morte?
· Art. 371 da IN77/2015. O cônjuge separado de fato ou divorciado, bem como o ex-companheiro, terá direito à pensão por morte, mesmo que este benefício tenha sido requerido e concedido à companheiro(a) ou novo cônjuge, desde que recebedor de pensão alimentícia.
§1º Equipara-se à percepção de pensão alimentícia o recebimento de ajuda econômica ou financeira sob qualquer forma,observando-se, no que couber, o rol exemplificativo do art.135.
E em casos de CONCUBINATO?
1° Turma do STF decidiu:
“Concubina não tem direito a dividir pensão com viúva”
Recurso Extraordinário (RE)397762
MAS...
STF reconheceu a repercussão geral e tem dois temas pendentes de julgamento:
Tema 526 do STF: “Possibilidade de concubinato de longa duração gerar efeitos previdenciários.”
Tema 529 do STF: “Possibilidade de reconhecimento jurídico de união estável e de relação homoafetiva concomitantes, com o consequente rateio de pensão por morte.”
Pensão por morte em favor do filho ou irmão inválido; uma vez que há alteração recente.
· Art.108, do Decreto3.048/99:
Art.108. A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado.
· Art. 16, I e III da Lei 8.213/91:
Art.16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I(...) filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos OU inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
III-o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21(vinte e um) anos OU inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
· PORTARIA CONJUNTA Nº4, DE 5 DE MARÇO DE 2020
Comunica para cumprimento a decisão proferida na Ação Civil Pública nº0059826-86.2010.4.01.3800/MG.
Art.1º Comunicar para cumprimento a decisão judicial proferida na Ação Civil Pública-ACPnº0059826-86.2010.4.01.3800/MG, determinando ao INSS que reconheça, para fins de concessão de pensão por morte, a dependência do filho inválido ou do irmão inválido, quando a invalidez tenha se manifestado após a maioridade ou emancipação, mas até a data do óbito do segurado, desde que atendidos os demais requisitos da lei.
Art.2º A determinação judicial a que se refere o artigo 1º produz efeitos para benefícios com Data de Entrada de Requerimento-DER a partir de 19/08/2009 e alcança todo o território nacional.
Art.7º Para os requerimentos indeferidos, cuja DER seja a partir de 19/08/2009, caberá reanálise mediante requerimento de revisão a pedido dos interessados.
E quando se dá o início do benefício?
· Art.74 da Lei 8.213/91. 
A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:
I- do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste;(RedaçãopelaLeinº13.183,de2015)
I- do óbito, quando requerida em até 180 (cento e oitenta) dias após o óbito, para os filhos menores de 16 (dezesseis) anos, ou em até 90 (noventa) dias após o óbito, para os demais dependentes;(RedaçãodadapelaLeinº13.846,de2019/MP871/19)
II- do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior;
Vocês já devem ter pensado, “mas houve alteração no período de recebimento da pensão por morte”. E houve! Vamos estudar!
Cônjuge ou Companheiro
Regra Geral (comporta exceções)
Após Lei 13.135/2015 que alterou o art.77, p.2°, V, letras “a”, “b” e “c” e p.2-A, daLei8.213/91:
a)4 meses (salvo em caso de invalidez ou deficiência), se o óbito do segurado ocorrer sem a comprovação do recolhimento de 18 contribuições mensais e de 2 anos de casamento ou de união estável.
b) Suprido os dois critérios acima, será devido de acordo com a etária do cônjuge ou companheiro.
Para fugir dos 4 meses, preciso:
Provar 18 contribuições;
Provar união em período igual ou superior a 2 anos;
Vamos ver as exceções!
A tabela acima também será utilizada se o óbito decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho independentemente do recolhimento de18(dezoito) contribuições mensais ou da comprovação de 2(dois) anos de casamento ou de união estável.
Se o dependente for inválido ou com deficiência, a pensão por morte será concedida enquanto durar sua condição, mesmo que em prazo superior ao estabelecido na tabela ao lado, na forma do art.77, §2º V, a, e respeitado os requisitos do art.77, §2º V, b e c da Lei 8.213/91.
Resumindo...
Requisitos:
· Provar mais de 18 contribuições;
· Provar união em período superior a 2 anos;
· Na forma do Art.16, p.5°e 6° da Lei 8.213/91, em caso de união estável, precisamos de prova material contemporânea dos fatos, produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) meses anterior à data do óbito
· Provar, se for o caso, a existência de invalidez ou deficiência do dependente;
· Provar, se for o caso, que o óbito decorreu de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho.
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