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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CAMILA CARDOSO VIEIRA R.A. B93ICE-0 LUZENIRA ALVES SANTOS DA SILVA SANTOS 2017 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS EDNA VENANCIO DAS NEVES SILVA LUZENIRA ALVES SANTOS DA SILVA BALANÇO PATRIMONIAL SANTOS 2017 ÍNDICE INTRODUÇÃO .........................................................................................................................4 1. O BALANÇO PATRIMONIAL ...........................................................................................5 1.1. Estrutura do balanço patrimonial ..........................................................................6 1.1.1. Classificação das contas .....................................................................................6 1.1.2. Estrutura de acordo com a Lei 6.404/76 ...........................................................7 1.1.3. Estrutura de acordo com a Lei 11.638/07.........................................................7 1.1.4. Estrutura de acordo com a Lei 11.941/09.........................................................8 1.2. Balanço patrimonial: ativo, passivo e patrimônio líquido ..............................9 1.2.1. Ativo ........................................................................................................................9 1.2.2. Passivo ................................................................................................................ 10 1.2.3. Patrimônio Líquido ............................................................................................. 10 CONCLUSÃO.................................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA ................................................................................ 12 4 INTRODUÇÃO Neste trabalho tem o objetivo de realizar um estudo sobre o Balanço Patrimonial, na busca de maior competitividade, é essencial um sistema de gerenciamento de desempenho constante que possa identificar, recolher, analisar, armazenar e distribuir informações de modo a agregar valor ao negócio. No Brasil foi criado o Comitê de Práticas Contábeis (CPC), órgão independente que tem a incumbência de fazer convergir os princípios contábeis com as normas internacionais. A partir de 2008, com o advento da lei 11.638/07 e a Medida Provisória 449/2008, a contabilidade sofre alterações significativas objetivando adequar a forma de apresentação das informações contábeis de conformidade com o IASB – Comitê Internacional de Normas Contábeis, órgão responsável pela elaboração do padrão contábil internacional, o IFRS. A presente pesquisa aborda, não de forma exaustiva, algumas das mudanças ocorridas na estrutura do balanço patrimonial introduzidas pelas alterações na legislação para adequação as normas internacionais de contabilidade, ilustrando a estrutura do balanço patrimonial tradicional instituída pela lei 6404/76 e as alterações introduzidas pela lei 11.638/07, pela medida provisória 449/08, seguido de algumas considerações a respeito destas alterações, que inicialmente deveriam afetar somente as companhias de capital aberto e as empresas de grande porte e, passará também, sob o ponto de vista de alguns doutrinadores a ser exigida para todas as empresas. Esse trabalho procurou abordar de uma forma sucinta, as alterações trazidas pela Lei 11.638/07, alterada pela Lei 11.941/09 nas práticas contábeis no Balanço Patrimonial, enfatizando a sua importância para os usuários da contabilidade. 5 1. O BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço Patrimonial (BP) é a principal Demonstração Financeira existente (relatório contábil obrigatório por Lei). Ele mostra como de fato está o Patrimônio da empresa, refletindo sua posição financeira em um determinado momento (no fim do ano ou em qualquer data predeterminada). O termo "Balanço" origina-se do equilíbrio Ativo = Passivo + PL; Aplicações = Origens; Bens + Direitos = Obrigações. Parte da ideia de uma balança de dois pratos, onde sempre há a igualdade de um lado com o outro (se não estiver em igualdade, significa que há erros na contabilidade da entidade). O Balanço Patrimonial e a Demonstração Resultado do Exercício (DRE) fazem parte de um conjunto de relatórios que compõem as demonstrações contábeis de uma entidade, e são exigidas pela atual legislação societária brasileira. Os critérios para elaboração são definidos por órgãos específicos de cada país. No Brasil é o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que expede as normas gerais da contabilidade. O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações da entidade (física ou jurídica). O balanço patrimonial é o demonstrativo contábil utilizado para expor a situação do patrimônio em determinado momento, sendo uma das mais importantes demonstrações contábeis. O balanço é composto do ativo, que é conjunto de todos os bens e direitos de uma entidade, do passivo, no qual se encontram registradas as obrigações da entidade, e do patrimônio líquido, que é a diferença entre o que ela possui de bens e direitos em relação às suas obrigações, e representa a participação dos sócios na sociedade. A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é muito utilizada em vários países. Nos EUA, é obrigatório desde 1988, mas ainda não é obrigatória no Brasil, porém desde o ano 2000, tramita pelo Congresso um Projeto de Lei nº. 741 que trata da alteração da Lei das Sociedades por Ações 6.404/76 e entre outras modificações, propõe sua obrigatoriedade através da substituição pela Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) por ser considerada de maior utilidade e mais fácil entendimento. Sua estrutura (forma e conteúdo, os objetivos e benefícios), é definida pelo Internacional Accouting Standards Committee (IASC), através da Norma Internacional de Contabilidade NIC7. http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/patrimonio.php 6 1.1. ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço Patrimonial tem na sua constituição duas colunas: a coluna do lado esquerdo é a do Ativo e a coluna do lado direito é a do Passivo (determinado por convenção). No lado esquerdo são discriminados os bens e direitos, especificando-se qualitativamente cada componente e indicando seu valor monetário (aspecto quantitativo). No lado direito são discriminadas as obrigações (dívidas) que a empresa possui para com terceiros, por sua natureza e por sua expressão monetária. Também no lado direito são discriminadas as contas do Patrimônio Líquido, sendo as obrigações para com a empresa. São os recursos que os acionistas, sócios investiram na entidade. Ex.: investimento feito pelos proprietários (dinheiro aplicado), reserva de lucros, etc. Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO Bens + direitos Obrigações com terceiros PATRIMÔNIO LÍQUIDO Obrigações com a empresa (diretores, acionistas, etc.) TOTAL ATIVO $ TOTAL PASSIVO $ (Total ativo = Total passivo) 1.1.1. Classificação das contas A correta classificação das contas no balanço patrimonial conforme sua natureza é de fundamental importância para possibilitar estudos comparativos, análises e quaisquer outros detalhamentos extraídos da contabilidade. A estrutura do Balanço Patrimonial tem sofrido alterações nos últimos anos, por isso é necessário apresentar as diversas leis que tratam dessas alterações, a saber: Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976; Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007; Lei 11.941, de 27 de maio de 2009. 7 1.1.2. Estrutura de acordo com a Lei 6.404/76 Para facilitar a análise e suainterpretação o Balanço Patrimonial é organizado por um Plano de Contas. Estrutura de acordo com a Lei 6.404/76 A estrutura dos balanços patrimoniais dos exercícios financeiros encerrados antes de 2007 obedece à Lei 6.404/76. Por isso, quando da análise comparativa que se faz entre balanços sucessivos, serão utilizadas as estruturas definidas pelas três leis. Assim, a estrutura das Leis 6.404/76 e 11.638/2007 devem ser vistas dentro do período de sua vigência. A disposição e a correta estrutura das contas que compõem o Balanço Patrimonial, de acordo com a Lei 6.404/76, ressalvado que alguns desses dispositivos foram revogados ou alterados pelas novas leis, são os seguintes: A Lei 6.404/76 estabelecia: No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez e que os elementos registrados devem se realizar no curso do exercício social seguinte. 1.1.3. Estrutura de acordo com a Lei 11.638/07 A Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007, cujo anteprojeto estava tramitando no Congresso Nacional desde 2000, trouxe modificações nos grupos de contas do ativo permanente e do patrimônio líquido, buscando atualizar as regras contábeis brasileiras e harmonizá-las com os pronunciamentos internacionais, em especial os emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB), por meio dos International Financial Reporting Standards (IFRS). O ativo permanente, a partir de 2008, passou a ser constituído por investimentos, imobilizado, intangível e diferido, em grupos de contas dispostas da seguinte maneira. Conforme a Lei 6.404/76: Art. 179. [...] IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; V - no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional; 8 VI - no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. O patrimônio líquido, também a partir de 2008, passou a ser constituído pelo capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Desaparece a conta de lucros, permanecendo, tão somente, a conta de prejuízos acumulados. A inexistência da conta de lucros acumulados resulta em que todos os lucros do exercício, ou serão transferidos para as reservas legal, estatutária, lucros a realizar, contingências e orçamentária, ou serão distribuídos. 1.1.4. Estrutura de acordo com a Lei 11.941/09 A Lei 11.941, de 27 de maio de 2009, modifica as duas leis anteriores e altera a estrutura do balanço patrimonial. A estrutura do ativo passa a ser (arts. 178 e 179): ativo circulante; ativo não circulante com os seguintes grupos de contas: ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. A estrutura do passivo passa ser: passivo circulante; passivo não circulante; o patrimônio líquido subdividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. No ativo, extingue-se, como se vê, o ativo diferido e o grupo denominado ativo realizável a longo prazo, deixa de ser um grupo de contas isolado e passa a fazer parte do grande grupo denominado não circulante. No passivo, extingue-se o grupo de contas denominado resultado de exercícios futuros. No patrimônio líquido, foram extintas as contas relativas a doações e subvenções para investimento e a reserva de prêmio na emissão de debêntures. 9 Como todos os incentivos fiscais devem transitar pela demonstração de resultados, os incentivos não farão mais parte do grupo de reservas de capital do patrimônio líquido. 1.2. BALANÇO PATRIMONIAL: ATIVO, PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO O balanço patrimonial tem por finalidade demonstrar a situação financeira e patrimonial da entidade em determinado período, e é composto por três elementos básicos: Ativo, Passivo e Patrimônio Liquido. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO E PATRIMONIO LÍQUIDO Estrutura básica do balanço Patrimonial Fonte: MARION, 2006. p 42. O Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que ordena de forma objetiva o grupo de contas do Balanço Patrimonial. E cada empresa elabora o seu plano de acordo com suas atividades e a complexidade de suas operações. As contas do Ativo devem ser ordenadas de acordo com seu grau de liquidez, e as do Passivo de acordo com seu vencimento. 1.2.1. Ativo O Ativo representa os bens e os direitos de uma empresa e também as demais aplicações de recursos que podem gerar benefícios econômicos presentes ou futuros. Os bens são: dinheiro em caixa ou depósito em banco, mercadorias para revenda ou materiais em estoque que serão transformados no processo de produção. Também podem ser bens permanentes que são utilizados no 10 desenvolvimento das atividades, como os edifícios, terrenos, veículos, máquinas, moveis entre outros. Os direitos são contas, duplicatas ou títulos receber, ações, e empréstimos concedidos a terceiros. No Ativo é registrado tudo que é de propriedade da empresa e que está sob seu domínio. Caso a empresa tenha algum bem alugado, por exemplo, máquina, veículo, prédios, não pode ser considerado Ativo, pois a empresa pode até ter posse destes bens, mas não é de sua propriedade. 1.2.2. Passivo O Passivo são as obrigações exigíveis da empresa, são as dívidas que elas têm com terceiros. No momento que estas dívidas vencerem será exigido a sua liquidação. No ponto de vista dos negócios o passivo tem seu sentido negativo por estar associado às obrigações e dívidas da empresa. O Passivo é subdividido em: � Circulante: são as obrigações exigíveis que deverão ser liquidadas no prazo máximo de um ano, exemplo, Fornecedores e Salários a Pagar, Encargos Sociais e impostos a recolher, Empréstimos Bancários de curto prazo, entre outras obrigações. � Exigíveis a Longo Prazo: São as obrigações que serão liquidadas com prazo superior a um ano, como, Financiamentos, Debêntures, etc. Resultado de Exercícios Futuros: Corresponde às receitas que são recebidas antecipadamente diminuindo os custos e despesas a elas correspondentes (geralmente são pouco utilizadas). 1.2.3. Patrimônio Líquido São os recursos que os proprietários/sócios aplicaram nas empresas mais os resultados gerados pelo desenvolvimento das atividades. Também é considerado como Passivo, mas Passivo não exigível, por ser uma obrigação com os proprietários das entidades. 11 CONCLUSÃO Esta pesquisa foi possível entender a contabilidade sempre esteve apoiando as organizações no processo de registro, controle, planejamento, tomada de decisão e evidenciação de sua situação, e como mencionado no presente trabalho, passa por significativas alterações que visam ao tratamento das informações de forma global, possibilitando vantagens para o meio empresarial que terá uma melhora significativa em retratar seu patrimônio com mais precisão e de forma padronizada com as empresas de outros países, facilitando o processo de comunicação, acesso a créditos e novos investidores. O trabalho evidenciou as principais alterações ocorridas no Balanço Patrimonial, o qual passou a ser composto por dois grandes grupos: “Circulante e o Não-circulante”. No Ativo não-circulante, pode-se observar a junção dos subgrupos “Realizávela longo prazo”, “Investimentos” e “Imobilizado” e a inclusão do “Intangível” como um novo subgrupo do Ativo. A Lei 11.941/09 alterou a lei 11638/07 extinguindo o subgrupo Diferido. Vale ressaltar que a contabilidade moderna, deve atuar de forma interdependente em todos os departamentos da empresa, de modo a criar um fluxo eficiente de informações que permita agregar valor ao negócio. Esta pesquisa contribui no âmbito interno mediante o inventário sobre o tema, observa-se que há muito que se empenhar na qualificação do profissional contábil face às mudanças no ambiente contábil atual, advinda pela Lei 11.638/07 e a Lei 11.941/09. 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA IUDÍCIBUS, Sérgio de. Manual de contabilidade das sociedades por ações: (aplicável às demais sociedades)/ Sérgio de Iudícibus, Eliseu Martins, Ernesto Rubens Gelbcke. – 2. ed. – São Paulo : Atlas, 2009. __________. Teoria da Contabilidade. 9ª. ed., São Paulo: Atlas,2009. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 11ª ed., São Paulo: Atlas, 2005. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. São Paulo: Atlas: 2009. RUSSOMANO, Mozart Victor. Curso de direito do trabalho. 6.ed. Curitiba: Juruá, 1997. VIANNA, Claudia Salles Vilela. Manual prático das relações trabalhistas. São Paulo: LTR, 2000.
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