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CONTABILIDADE 
BÁSICA
Fabiana Tramontin Bonho
O balanço patrimonial
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer um balanço patrimonial.
  Explicar a equação patrimonial básica.
  Analisar os grupos circulantes e não circulantes no balanço patrimonial.
Introdução
O balanço patrimonial de uma empresa se assemelha a uma fotografia 
de sua situação financeira, o retrato de um momento determinado. O 
balanço irá refletir tudo o que a empresa possui de bens e o que possui 
de dívidas. 
Neste capítulo, você vai estudar o conceito de balanço patrimonial, vai 
aprender como identificá-lo através de sua equação básica e vai estudar 
os grupos circulantes e não circulantes que o integram.
O balanço patrimonial
A origem da contabilidade tem base na invenção da escrita e na capacidade 
de contar, que evoluiu com o surgimento da moeda. Mesmo em sua forma 
rudimentar, buscava avaliar periodicamente bens, direitos e obrigações, e disso 
derivar o patrimônio líquido das entidades (MARION, 2011, p. 13).
O resultado do período era computado por diferença entre os patrimônios 
líquidos em datas distintas, sem grande preocupação em identificar as causas 
das variações. Assim, surge como forma rudimentar de trabalho contábil, 
como forma de um “balanço geral” (MARION, 2011, p. 13).
A forma sistemática de registro contábil surgiria somente mais tarde, de 
uma forma desconexa e simples, chamada de partidas simples, até o surgimento 
das partidas dobradas e dos processos de escrituração. (MARION, 2011, p. 14). 
Dessa forma, entender o balanço levantado após cada operação, primeiramente 
torna mais lógico o início dos estudos da contabilidade. 
O balanço patrimonial tem por finalidade demonstrar a situação estática 
do patrimônio: quais são os bens, direitos e obrigações das sociedades numa 
determinada data. Conforme determina a legislação, deve ser publicado sem-
pre o balanço do ano em referência e o exercício imediatamente anterior. 
(AZEVEDO, 2015, p. 13)
Segundo Marion (2011, p. 101), o balanço patrimonial:
[...] é a peça contábil que retrata a posição das contas de uma entidade após todos 
os lançamentos das operações de um período, todos os provisionamentos (depre-
ciação, devedores duvidosos, etc.) e ajustes terem sido feitos, bem como depois 
de o encerramento das contas de receita e despesa também ter sido executado.
Conheça a legislação que trata sobre o balanço patrimonial.
a) Lei n°. 6.404/76 (Lei das S.A.): prevê a obrigatoriedade da elaboração, publicação e 
estrutura do balanço patrimonial.
b) Resolução CFC n.º 1.374/11: dá nova redação à NBC TG Estrutura Conceitual para 
Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro.
c) Lei n°. 10.406/2002 (Novo Código Civil): trata, nos artigos 1020 e 1065, sobre a 
obrigatoriedade da apresentação do balanço patrimonial e sua periodicidade. 
d) Lei nº. 11.638/2007: altera e revoga dispositivos da Lei n°. 6.404/76 e da Lei n°. 6.385/76, 
estendendo disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações 
financeiras a sociedades de grande porte. 
e) Lei n°. 11.941/2009: altera a Lei n°. 6.404/76 para incluir a obrigatoriedade das notas 
explicativas e a estrutura do balanço patrimonial. 
Segundo Azevedo (2015, p. 22), o balanço patrimonial é como uma foto-
grafia da posição patrimonial da entidade em determinado momento, em que 
são mostrados apenas os saldos das contas. Esses saldos poderão ser positivos 
ou negativos, encontrados no livro contábil denominado “razão”, que consiste 
no agrupamento de valores em contas individualizadas de mesma natureza. 
O balanço, apesar de fornecer apenas os saldos das contas, é um instrumento 
importantíssimo para a gestão de uma empresa, pois evidencia de forma clara 
e precisa as origens e aplicações dos recursos obtidos por ela, bem como a 
riqueza gerada por seu ciclo operacional (AZEVEDO, 2015, p. 22)
Assim, pode-se dizer que o balanço patrimonial apresenta um poder in-
formativo de natureza preditiva, na medida em que os usuários, sabedores do 
O balanço patrimonial2
cuidado com que o balanço foi elaborado, podem inferir algumas dimensões 
básicas importante na tomada de decisão visando o futuro, tais como, segundo 
Marion (2011, p. 102): 
1. posição de liquidez e endividamento;
2. representatividade dos principais grupos patrimoniais como, por exem-
plo, o imobilizado comparado ao patrimônio líquido;
3. indicativo de investimento (se as contas foram expressas em termos 
de poder aquisitivo da data do balanço, ou em algum tipo de moeda 
forte, ou em custo de reposição, etc., podem ser uma indicação inicial 
de quanto um investidor deveria aplicar, aproximadamente, para ter 
uma empresa equivalente). 
A equação patrimonial básica
O balanço patrimonial traz uma fórmula para explicar sua disposição, que 
é muito usada na contabilidade básica e facilita seu entendimento: ativo = 
passivo + patrimônio líquido. 
Ativo 
A defi nição mais aceita de ativo, inclusive no IASB (International Ac-
counting Standards Board, organização internacional que determina as 
regras internacionais de contabilidade, praticadas hoje no Brasil a partir 
da adesão ao IFRS) é: “[...] um recurso controlado pela entidade como 
resultado de eventos passados e do qual se espera que gere benefícios 
futuros” (MARION, 2011).
Outro conceito muito utilizado para definição de ativo, mais simples, mas 
que define de forma direta e auxilia no entendimento do todo, é que se trata 
de “bens e direitos da empresa” (NIYAMA; SILVA, 2008).
Passivo 
O conceito de passivo (também usando como base os pronunciamentos do 
IASB) refere-se à “[...] obrigação da entidade, resultante de eventos passados, 
cuja liquidação se espera resulte em um desembolso de recursos pela entidade, 
contendo benefícios econômicos” (NIYAMA; SILVA, 2008). 
3O balanço patrimonial
Patrimônio líquido 
O Patrimônio líquido tem um conceito muito mais simples, considerando a 
organização internacional de contabilidade como base para sua defi nição, pois se 
trata da fórmula informada em tópicos anteriores: “ativo – passivo = patrimônio 
líquido”, ou seja, obtendo todos seus bens e direitos e deduzidas suas obrigações, 
a entidade tem, como restante, seu patrimônio (NIYAMA; SILVA, 2008). 
Corroborando, Müller (2009) demonstra que a empresa equaciona os três 
fatores, bens, direitos e obrigações de modo a demonstrar a posição do patri-
mônio e das finanças. Assim:
Bens + direitos (ativos) – obrigações (passivo) = riqueza líquida
A partir dessa equação, uma empresa pode ser caracterizada como um 
conglomerado de recursos econômicos, representados pelo ativo, obtidos pela 
aplicação de fundos que foram fornecidos por seus proprietários e por terceiros. 
Após entender o conceito de ativo e passivo de um balanço patrimonial, é 
importante saber o que eles representam. Nesse sentido, o balanço permite duas 
visões claras, sendo uma patrimonial e outra de fontes e aplicação de recursos.
Visão patrimonial do balanço contábil
Nessa visão do balanço, é possível identifi car os bens, direitos e obrigações 
da empresa.
“Bens”, no balanço, corresponde a tudo que possa satisfazer alguma ne-
cessidade da empresa, que tenha um valor e seja sua posse, para uso, troca 
ou consumo. Um exemplo é dado pelas máquinas e equipamentos utilizados 
na produção de produtos e serviços.
Porém, quando a empresa possui um “bem”, mas ele não está sob o seu 
poder, ele é um “direito”. Constituem “direitos”, para uma entidade, todos os 
valores a receber de terceiros, como duplicatas e promissórias, por exemplo. 
Os “direitos” aparecem no balanço seguidos da expressão “a receber” 
Já as “obrigações” correspondem aos “bens” que não são sua propriedade, 
mas estão sob seu poder ou, ainda, são dívidas ou compromissos assumidos 
perante terceiros, que deverão ser pagos em data futura 
Na visão patrimonial, todos os “bens” e “direitos” da empresa, estão em 
equilíbrio com suas “obrigações”, sejam com terceiros,como o governo, 
fornecedores e bancos (passivos), como com os sócios (patrimônio líquido).
O balanço patrimonial4
Visão de recursos em investimento
Essa visão apresenta uma forma mais dinâmica de olhar um balanço patrimo-
nial, pois visa rentabilizar a empresa. Para tanto, são necessários investimentos 
em recursos, como máquinas, equipamentos, estoque. 
Nesse contexto, os ativos nada mais são que investimentos da empresa a 
fim de obter lucro.
Já os passivos e o patrimônio líquido são as fontes de recursos para tais 
investimentos. Desse equilíbrio, entre as fontes e aplicações de recursos, é 
que são maximizadas as rentabilidades.
Balanço patrimonial
ATIVO = BENS + DIREITOS
PASSIVO = OBRIGAÇÕES 
COM TERCEIROS
Dinheiro R$ 1.000,00 Salários a pagar R$ 5.000,00
Ferramentas R$ 3.000,00 Empréstimos a pagar R$ 8.000,00
Máquinas R$ 9.000,00 Encargos sociais a pagar R$ 1.500,00
Automóvel R$ 20.000,00
Imóvel R$ 200.000,00
Patrimônio líquido: R$ 218.500,00
TOTAL R$ 233.000,00 TOTAL R$ 233.000,00
No lado esquerdo do relatório, ficam os ativos da empresa e, do lado direito, os 
passivos e o patrimônio líquido. Sua situação é sempre de equilíbrio, sendo os ativos 
iguais ao montante de passivos.
Os valores são agrupados em contas para facilitar a análise. No ativo, sua ordem é 
determinada pela situação de liquidez. As mais líquidas, ou seja, as que se transformam 
mais rapidamente em dinheiro vem primeiro, na parte de cima do balanço. Conforme 
ficam menos líquidas, ou seja, mais difícil a sua transformação rápida em dinheiro, 
vão ficando mais abaixo. No passivo as contas são exibidas em ordem decrescente 
de grau de exigibilidade.
5O balanço patrimonial
Grupos circulantes e não circulantes 
no balanço patrimonial
O balanço patrimonial é estruturado de acordo com normas estabelecidas 
pela legislação brasileira e, recentemente, sofreu mudanças na sua estrutura 
e forma de apresentação, por força da Lei n°. 11.638/07 e da MP nº. 449/08, 
convertida na Lei nº. 11.941, de 27 de maio de 2009, visando melhor adequação 
às práticas contábeis internacionais. O balanço patrimonial deve ser elaborado 
da seguinte forma (Quadro1):
ATIVO PASSIVO
Ativo circulante (AC) Passivo circulante (PC)
Passivo não circulante (PNC)
Ativo não circulante (ANC)
Realizável 
Investimentos
Imobilizado Patrimônio líquido
Intangível 
Quadro 1. Exemplo de balanço patrimonial
Embora separados por contas, os agrupamentos em blocos de contas ajudam 
na análise e leitura do relatório. Os ativos são classificados em:
Ativos circulantes — são os direitos que a empresa consegue realizar, ou seja, 
transformar em dinheiro em um período inferior a um ano. As principais contas 
do circulante são, caixa, bancos, contas a receber e estoques. O ativo circulante 
é o grupo que gera dinheiro para a empresa pagar suas contas no curto prazo. 
Ativos não circulantes — são os bens e direitos com realização acima 
de um ano. Além do ativo realizável a longo prazo, o “ativo não circulante” 
inclui elementos patrimoniais que dificilmente se transformarão em dinheiro, 
pois não se destinam à venda, mas são utilizados como meio de produção ou 
de obtenção de renda para a entidade. São bens dos quais a empresa não tem 
intenção de se desfazer, visto que muitas vezes eles mantêm sua atividade. 
Incluem-se, ainda, entre os ativos não circulantes:
O balanço patrimonial6
a) Ativo realizado — são contas da mesma natureza do ativo circulante, 
porém com realização de longo prazo, devido a vencimentos superiores 
a um ano a partir do balanço patrimonial, isto é, acima 360 dias, após 
o termino do exercício social.
b) Investimentos — são aplicações que não tem relação direta com as 
atividades da empresa, porém, com características permanentes. Como 
exemplo, podemos citar a participação em outras empresas, das quais 
detém ações ou quotas; terrenos comprados para especulação; obras 
de arte, entre outros.
c) Imobilizado — são bens destinados à manutenção da atividade principal 
da empresa, ou seja, que auxiliam na geração e manutenção de sua 
atividade operacional. Como exemplos, lembramos os imóveis em uso; 
as máquinas, os equipamentos; os veículos; os móveis e utensílios, etc.
d) Intangível — a Lei n°. 11.638/07, complementada pela MP 449/08, 
convertida em Lei nº. 11.941, de 27 de maio de 2009, eliminou a figura 
do ativo diferido e inseriu o grupo “ativo intangível.” Foi uma das 
alterações mais significativas nas adaptações das práticas contábeis 
brasileiras para as práticas internacionais. São considerados ativos 
intangíveis os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos desti-
nados à manutenção das atividades empresariais. Perceba que não são 
bens físicos, mas direitos incorpóreos que tem valor econômico para 
a empresa e que produzem resultados futuros.
O passivo é classificado com base em lógica semelhante:
Passivo circulante — são obrigações com vencimento no prazo de até 
um ano, tais como fornecedores, empréstimos e impostos. Assim, o passivo 
circulante é composto pelas dívidas da empresa que deverão ser pagas em 
período menor do que um ano. Dentre essas contas a pagar, as mais comuns são:
a) Fornecedores — dívidas assumidas na ocasião da compra de mercadorias 
a serem revendidas posteriormente. 
b) Empréstimos a pagar — dívidas assumidas por meio de empréstimos 
obtidos em dinheiro.
c) Financiamentos a pagar — dívidas assumidas para a aquisição direta 
de determinados bens.
d) Salários a pagar — valores que a empresa tem a pagar aos seus colabo-
radores (funcionários) relativos ao mês trabalhado e ainda não recebido. 
Isso ocorre porque a lei determina que os salários devem ser pagos até 
o quinto dia útil do mês seguinte ao mês trabalhado.
7O balanço patrimonial
Passivo não circulante — composto por obrigações com vencimento 
superior a um ano, tais como empréstimos de longo prazo. Antes do advento 
da Lei 11.638/07, era denominado como “passivo exigível a longo prazo”. 
Caracterizava-se pela classificação das obrigações vencíveis a mais de 365 dias 
da data do balanço patrimonial. Pode-se dizer que todos os itens constantes 
no passivo circulante podem vir a ser também passivos não circulantes, caso 
as datas de seus vencimentos superem mais de um ano da data do balanço a 
ser encerrado.
Patrimônio líquido — são os recursos diretamente investidos pelos sócios 
e as reservas de capital realizadas, ou seja, é composto pelos recursos que 
os sócios aplicaram na empresa, mais os lucros gerados por suas atividades.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC nº 01 (2011, documento on-line), que 
trata da Estrutura Conceitual para elaboração das Demonstrações Contábeis (NBC-T-1) 
traz as seguintes diretrizes sobre o patrimônio líquido:
65. Embora o patrimônio líquido seja definido no item 49 como um 
valor residual, ele pode ter subclassificações no balanço patrimonial. 
Por exemplo, recursos aportados pelos sócios, reservas resultantes de 
apropriações de lucros e reservas para manutenção do capital podem 
ser demonstrados separadamente. Tais classificações podem ser im-
portantes para a tomada de decisão dos usuários das demonstrações 
contábeis quando indicarem restrições legais ou de outra natureza 
sobre a capacidade que a entidade tem de distribuir ou aplicar de ou-
tra forma os seus recursos patrimoniais. Podem também refletir o 
fato de que acionistas de uma entidade tenham direitos diferentes 
em relação ao recebimento de dividendos ou reembolso de capital. 
66. A constituição de reservas é, às vezes, exigida pelo estatuto ou por 
lei para dar à entidade e seus credores uma margem maior de proteção 
contra os efeitos de prejuízos. Outras reservas podem ser constituídas 
em atendimento a leis que concedam isenções ou reduções nos impostos 
a pagar quando são feitas transferências para tais reservas. A existên-
cia e o valor de tais reservas legais, estatutárias e fiscais representam 
informações que podem ser importantes para a tomada de decisão 
dos usuários. As transferências paratais reservas são apropriações de 
lucros acumulados, portanto, não constituem despesas.
O balanço patrimonial8
AZEVEDO, M. C. (Org.). Estrutura e análise das demonstrações financeiras. Campinas: 
Alínea, 2015.
COMITE DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Normas brasileiras de contabilidade NBC T 
1 - estrutura conceitual para a elaboração e apresentação das demonstrações contá-
beis NBC T 01. 2011. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/
t1.htm>. Acesso em: 16 dez. 2018.
MARION, J. C. Teoria da contabilidade. Campinas: Alínea: 2011.
MÜLLER, A. N. Contabilidade básica: fundamentos essenciais. São Paulo: Pearson Pren-
tice Hall, 2009.
NIYAMA, J. K.; SILVA, C. A. T. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 2008. 
Leituras recomendadas
FRANCO, H. Contabilidade geral. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
OLIVEIRA, L. Balanço patrimonial: o que é, para que serve e como analisar. Capital So-
cial, 10 mar. 2017. Disponível em: <https://capitalsocial.cnt.br/balanco-patrimonial/>. 
Acesso em: 16 dez. 2018.
67. O valor pelo qual o patrimônio líquido é apresentado no balanço pa-
trimonial depende da mensuração dos ativos e passivos. Normalmente, o 
valor do patrimônio líquido somente por coincidência é igual ao valor de 
mercado das ações da entidade ou da soma que poderia ser obtida pela venda 
dos seus ativos e liquidação de seus passivos numa base de item-por-item, 
ou da entidade como um todo, numa base de continuidade operacional.
 
68. Atividades comerciais e industriais, bem como outros negócios são 
freqüentemente exercidos por meio de firmas individuais, sociedades 
limitadas, entidades estatais e outras organizações cuja estrutura legal e 
regulamentar pode ser diferente daquela aplicável às sociedades por ações. 
Por exemplo, pode haver poucas restrições, ou nenhuma, sobre a distribui-
ção aos proprietários ou outros beneficiários de importâncias incluídas no 
patrimônio líquido. Independentemente desses fatos, a definição de patri-
mônio líquido e os outros aspectos desta Estrutura Conceitual que tratam 
do patrimônio líquido são igualmente aplicáveis a tais entidades. (NBC T1)
9O balanço patrimonial
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