Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS TRABALHO NP2 AVALIAÇÃO DE EMPRESAS THAIS MICHELE DA SILVA R.A. B58jdf1 Turma 08/CT8941 SANTOS 2017 UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS A IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA SANTOS 2017 ÍNDICE INTRODUÇÃO .........................................................................................................................4 1. FLUXO DE CAIXA: CONCEITO.......................................................................................5 1.1. OBJETIVO DO FLUXO DE CAIXA .....................................................................7 1.2. PLANEJAMENTO DO FLUXO DE CAIXA ........................................................9 2. OS TRÊS TIPOS DE FLUXOS DE CAIXA .................................................................. 10 2.1. FATORES QUE AFETAM O FLUXO DE CAIXA .......................................... 10 CONCLUSÃO........................................................................................................................ 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA .................................................................................... 13 4 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como foco principal demonstrar a importância do fluxo de caixa, tem como instrumento de apoio para a tomada de decisões financeiras, seja operacional, de investimento ou de financiamento. O fluxo de caixa é uma ferramenta que auxilia o administrador financeiro na tomada de decisões, pois reflete e prevê o que ocorrerá com as finanças da empresa em um determinado período. Por isso há a necessidade de um perfeito gerenciamento do fluxo de caixa, que permite ao administrador financeiro projetar o dia-a-dia e fazer provisões necessárias para enfrentar até mesmo seus próprios recursos. As práticas contábeis contribuem para um bom planejamento administrativo e uma consolidação de metas. Objetiva-se que a demonstração de fluxo de caixa sirva para a determinação dos fins pretendidos pela empresa, auxiliando na elaboração de objetivos, esclarecendo quais os pontos frágeis e fortes da empresa e consequentemente pelas tomadas de decisões. O fluxo de caixa possibilita ao administrador financeiro uma visão ampla dos recursos disponíveis em sua unidade. Ele serve como instrumento que possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiros de uma empresa. Este trabalho visa estudar o controle do fluxo de caixa, é uma tarefa financeira importante. É vital que o gerente financeiro entenda de onde vem o fluxo de caixa e como é gasto pela empresa, pois isso significa a diferença entre o sucesso e o desastre financeiro. 5 1. FLUXO DE CAIXA: CONCEITO Fluxo de caixa é a previsão de entradas e saídas de recursos monetários, por um determinado período no caixa. Essa previsão deve ser feita com base nos dados levantados nas projeções econômico-financeiras atuais da empresa, levando, porém em consideração a memória de dados que respaldará essa mesma previsão. O principal objetivo dessa previsão é fornecer informações para a tomada de decisões, tais como: prognosticar as necessidades de captação de recursos bem como prever os períodos em que haverá sobras ou necessidades de recursos; aplicar os excedentes de caixa nas alternativas mais rentáveis para a empresa sem comprometer a liquidez. Segundo José Eduardo Zdnowicz1 (2001) conceitua o Fluxo de Caixa como sendo o instrumento que relaciona o conjunto de ingressos e de desembolsos de recursos financeiros pela empresa em determinado período. A utilização do Fluxo de Caixa pode ser feita por qualquer empresa, sendo este diferenciado apenas pelas características peculiares existentes. Com isso, possibilita-se a verificação das disponibilidades e a ordenação da movimentação financeira, independente do porte ou da área de atuação da empresa, propiciando, dessa forma, a reordenação em tempo hábil de deficiências na geração de caixa, bem como a análise posterior de possíveis distorções ocorridas entre o que fora previsto e o que foi efetivamente realizado, evitando que esses problemas voltem a ocorrer. De acordo com Silva2 (2002: 109): O fluxo de caixa é considerado um dos principais instrumentos de análise e avaliação de uma empresa, proporcionando ao administrador uma visão futura dos recursos financeiros da empresa, integrando o caixa central, as contas correntes em bancos, contas de aplicações, receitas, despesas e as previsões. As decisões relacionadas à compra, venda, investimentos, aportes de capital pelos sócios captação ou pagamento de empréstimos e desinvestimentos, constituem um fluxo contínuo entre as fontes geradoras e as utilizadoras de recursos. Deve e pode ser utilizado por empresas de qualquer porte dada a sua importância e 1 ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiros. 9. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2001. 2 SILVA, Edson Fernandes. Apostila Administração Financeira. Belo Horizonte: Pontifícia Católica de Minas Gerais, 2002. 6 simplicidade. Entre os Micro e Pequenos Empresários se a sua necessidade ainda não foi sentida, com certeza foi intuída. A projeção do fluxo de caixa permite a avaliação da capacidade de uma empresa gerar recursos para suprir o aumento das necessidades de capital de giro geradas pelo nível de atividades, remunerar os proprietários da empresa, efetuar pagamento de impostos e reembolsar fundos oriundos de terceiros. Na projeção do fluxo de caixa, indica-se não apenas o valor dos financiamentos que a empresa necessitará para desenvolver as suas atividades, mas também quando ele será utilizado. Percebe-se até agora que o fluxo de caixa olha para o futuro retratando a situação real do caixa na empresa, não podendo ser confundido com os registros contábeis que se ocupam do passado e incorporam categorias relacionadas ao patrimônio físico da empresa, como por exemplo, o Ativo Imobilizado. A projeção pode ser realizada mês a mês, trimestre a trimestre ano a ano ou até mesmo em bases diárias. Além de permitir analisar a forma como uma empresa desenvolve sua política de captação e aplicação de recursos, o acompanhamento entre o fluxo projetado e o efetivamente realizado, permite identificar as variações ocorridas e as causas dessas variações. No entendimento de Yoshitake et al3 (1997: 92) diz que: Em toda operação financeira existe entrada e saída de dinheiro. E essas operações podem ser representadas pelo fluxo de caixa. "O fluxo de caixa é o instrumento que permite demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela empresa o que possibilita melhores análises e decisões quanto à aplicação dos recursos financeiros que a empresa dispõe. De acordo com Frezatti4 (1997: 51) menciona que o fluxo de caixa apresenta-se como um instrumento tático e estratégico no processo de gestão empresarial. A abordagem estratégica está relacionada com o nível de negócios da empresa não só em curto prazo, mas principalmente em longo prazo. Enquanto a abordagem tática, a qual o autor se refere, corresponde a visão do fluxo de caixa 3 YOSHITAKE, Mariano; HOJI, Masakazu. Gestão de tesouraria: Controle e análise de transações financeiras em moeda forte. São Paulo: Atlas, 1997. 4 FREZATTI, Fábio. Gestão do Fluxo de Caixa Diário. Atlas, 1997. 7 como instrumento de utilidade restrita e acompanhamento, isto é, concentra-se em questões de menor alcance e mesmo impacto. Já para o autor Gitman5 (1997: 77), afirma que: A demonstração dos fluxos de caixa – uma das quatrodemonstrações financeiras obrigatórias - resume os fluxos de caixa de dado período fornecendo, assim, uma visão para análise daquele período no que se refere a investimento, operacionalização e financiamento. A partir daí, é possível reconciliá-los com as variações do seu caixa e de títulos negociáveis, durante aquele período. 1.1. OBJETIVO DO FLUXO DE CAIXA Para o autor Zdnowicz (2001) o Fluxo de Caixa tem como objetivo básico a projeção das entradas e das saídas de recursos financeiros para determinado período, visando prever a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa, contudo outros objetivos também poderão ser considerados para a elaboração do Fluxo de Caixa, entre eles: Proporcionar o levantamento de recursos financeiros necessários às operações econômico-financeiras da empresa; Utilizar, da melhor forma possível, os recursos financeiros disponíveis na empresa para que estes não fiquem ociosos, estudando, antecipadamente, a melhor aplicação, o tempo e a segurança dos mesmos; Planejar e controlar os recursos financeiros da empresa, em termos de ingressos e desembolsos de caixa, a partir das informações constantes nas projeções de vendas, produção e despesas, assim como de dados relativos aos índices de atividades: prazos médios de rotação de estoques, de valores a receber e de valores a pagar; Saldar as obrigações da empresa nas datas e vencimento; Buscar o perfeito equilíbrio entre ingressos e desembolsos de caixa da empresa; Analisar as fontes de crédito que proporcionam empréstimos menos onerosos, em caso de a empresa necessitar de recursos; 5 GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo, 1997. 8 Evitar desembolsos vultuosos pela empresa, em época de pouco encaixe; Desenvolver, na empresa, o controle dos saldos de caixa e dos créditos a receber; Permitir a coordenação entre os recursos que serão alocados em ativo circulante, vendas, investimentos e débitos. O Fluxo de Caixa é de fundamental importância para as empresas, constituindo-se numa indispensável sinalização dos rumos financeiros dos negócios e proporcionando ao administrador uma visão futura dos recursos financeiros da empresa, é construído a partir das informações relativas a todos os dispêndios e entradas de caixa já conhecidos e dos projetados. Para criar um bom Fluxo de Caixa a empresa precisa dispor internamente de informações organizadas que permitam a visualização das contas a receber, contas a pagar e de todos os desembolsos geradores dos custos fixos. A forma de obtenção e organização dessas informações auxiliares passa pela utilização de ferramentas de gestão, cuja forma dependerá do tipo da empresa, do seu porte e disponibilidade financeira. O Fluxo de Caixa é um grande sistema de informações para o qual convergem os dados financeiros gerados em diversas áreas da empresa. A maior dificuldade para se ter um fluxo de caixa realmente eficaz é gerenciar adequadamente este sistema de informações. Vale ressaltar que o fluxo de caixa só apresentará eficiência em sua execução se for realizado com planejamento e controle de todas as áreas operacionais da empresa. Dessa forma torna-se essencial que a empresa fixe o nível de caixa que lhe permita saldar os compromissos, havendo a necessidade de o administrador financeiro projetar e controlar o saldo mínimo de caixa. Com isso, um fluxo de caixa realizado com planejamento e controle permitirá ao administrador, além de projetar, agir com habilidade para solucionar situações que possam a vir ser desfavoráveis para a empresa. 9 1.2. PLANEJAMENTO DO FLUXO DE CAIXA O Fluxo de Caixa opera em ciclos, desde a compra de estoques até o recebimento das suas vendas à prazo. A análise do Fluxo de Caixa basicamente mostrará a relação entre a despesa decorrente do cumprimento das obrigações e a receita obtida pela venda de seus produtos. A combinação da entrada e saída de dinheiro pode resultar em saldo positivo ou negativo. O planejamento é a mais básica de todas as funções administrativas, e a habilidade pela qual essa função é desempenhada determina o sucesso de todas as operações. Planejar pode ser definido como o processo de pensamento que precede a ação e está direcionado para que tomem decisões no momento presente com o futuro em vista. As dificuldades da empresa que utiliza o planejamento para elaborar o fluxo de caixa serão bem menores, pois se ela souber no inicio de cada período, quais as necessidades da empresa e os excedentes de recursos de recursos financeiros, poderá antecipadamente tomar a decisão maia adequada para solucionar seus impasses de caixa (Zdnowicz, 2001). Com o planejamento o administrador financeiro poderá verificar, com antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir caso ocorra reduções cíclicas das receitas ou aumento no volume de despesas. 10 2. OS TRÊS TIPOS DE FLUXOS DE CAIXA Os fluxos de caixa da empresa foram divididos em: fluxos operacionais, fluxos de investimento e fluxos de financiamento. (CAMPOS6, 1999) Os fluxos operacionais são os fluxos de caixa, entradas e saídas – diretamente relacionados à produção e venda dos produtos e serviços da empresa. Estes fluxos se baseiam na demonstração do resultado e nas transações das contas circulantes (excluindo os títulos a pagar) ocorridas durante o período. Os fluxos de investimento são fluxos de caixa associados com a compra e venda de ativos imobilizados, e participações societárias. Os fluxos de financiamento resultam de operações de empréstimo e capital próprio. Tomando ou quitando empréstimos tanto de curto prazo (títulos a pagar) quanto de longo prazo resultando numa correspondente entrada ou saída de caixa. Do mesmo modo, a venda de ações pode resultar numa entrada de caixa, enquanto que a recompra de ações ou o pagamento de dividendos pode resultar em uma saída financeira. 2.1. FATORES QUE AFETAM O FLUXO DE CAIXA Fatores internos e externos que afetam o fluxo de caixa, tornando o desequilíbrio entre ingressos e desembolsos frequente, de acordo com Silva (2008), “ocasiona diferenças acentuadas entre o previsto e o realizado, comprometendo a eficácia do sistema, bem como a sua liquidez”. Fatores internos: Aumento dos prazos de recebimento das vendas, para aumentar a competividade, maior que o prazo médio de pagamento; Compras sem necessidades; Descompasso entre os prazos de pagamento e os prazos de recebimento; Politica salarial incompatível com as receitas; 6 CAMPOS Filho, Ademar. Demonstração dos Fluxos de Caixa. São Paulo: Atlas, 1999. 11 Excesso de imobilização; Custo financeiro devido a endividamentos. Fatores externos: Inadimplência elevada; Recessão econômica; Concorrentes; Mudanças de politicas tributárias; Inflação e elevação da taxa de juros. A projeção mensal do Fluxo de Caixa ajuda a identificar e eliminar déficits ou superávits. Se o Fluxo de Caixa for deficitário, você precisará alterar seus planos financeiros para conseguir mais dinheiro. Por outro lado, um Fluxo de Caixa superavitário pode indicar que você pediu dinheiro emprestado em excesso ou que os recursos que estão sobrando poderiam ser investidos. O objetivo é desenvolver um plano que proporcione um Fluxo de Caixa equilibrado. 12 CONCLUSÃO Este estudo foi possível constatar que, o fluxo de caixa é considerado um dos principais instrumentos de análise, sendo resultante do planejamento e do controle das áreas operacionais, vindo a auxiliar o administrador na tomada de decisões. Sua estrutura deve estar adequada conforme as necessidades da empresa sempre objetivando a perfeitainterpretação pelos gestores dos números apresentados. A análise do fluxo de caixa é um instrumento poderoso à disposição das pessoas físicas e jurídicas relacionadas à empresa, como acionistas, dirigentes, bancos, fornecedores, clientes e outros. Com base na fundamentação teórica é possível afirmar, com clareza, que uma boa política juntamente com análise das concessões de crédito e risco, diminuem de forma efetiva os altos índices de inadimplência, que dificultam a administração dos numerários. Através do trabalho foi possível entender que os investidores e credores compartilham de uma meta comum: eles querem alcançar um equilíbrio razoável de riscos e lucros nos investimentos e empréstimos. Para fazer investimentos e para tomar decisões, eles buscam informações que ajudam a avaliar os riscos e potencial de retorno, e a implantação do Fluxo de Caixa permite projetar necessidades futuras, dimensionando o volume de ingressos de recursos, sendo de fundamental importância, quando utilizado corretamente, pois irá permitir uma eficiente administração dos recursos financeiros. Sendo o Fluxo de Caixa muito importante para a saúde da empresa. 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICA CAMPOS Filho, Ademar. Demonstração dos Fluxos de Caixa. São Paulo: Atlas, 1999. FREZATTI, Fábio. Gestão do Fluxo de Caixa Diário. Atlas, 1997. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo, 1997. SILVA, Edson Fernandes. Apostila Administração Financeira. Belo Horizonte: Pontifícia Católica de Minas Gerais, 2002. YOSHITAKE, Mariano; HOJI, Masakazu. Gestão de tesouraria: Controle e análise de transações financeiras em moeda forte. São Paulo: Atlas, 1997. ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiros. 9. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2001.
Compartilhar