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TCC - Final Lucile Fluxo de caixa

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1
			
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
LUCILE CATARINA DE CARVALHO KARL
Gestão Financeira: Administração do Fluxo de Caixa.
PETRÓPOLIS
2014
LUCILE CATARINA DE CARVALHO KARL
Gestão Financeira: Administração do Fluxo de Caixa
Trabalho apresentado ao Curso de Administração da Universidade Estácio de Sá como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Administração.
Orientadora: Profa. MSc. Rosa Maria Mazo Reis
PETRÓPOLIS
2014
Dedico este trabalho aos meus mestres, familiares e amigos.
Agradeço a todos que direta ou indiretamente fizeram parte de minha formação, о meu muito obrigado.
“Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil porque estudar é criar e recriar é não repetir o que os outros dizem. Estudar é um dever revolucionário”. 
(Paulo Freire – A importância do ato de ler, 2000) 
RESUMO
Este estudo objetivou analisar a gestão do fluxo de caixa nas organizações e sua contribuição para o apontamento da situação financeira das empresas. Em um levantamento bibliográfico, teóricos como Zdanowick compreendem que elaborar, apurar e aplicar acertadamente as fontes de financiamentos a que se dispõem, são funções fundamentais dos gestores financeiros no andamento de soluções para as imprescindibilidades financeiras empresariais. Com as mudanças rápidas e constantes que sucedem atualmente no cenário empresarial, os gestores necessitam através de informações precisas de todos os setores da organização, sistematizar suas atividades com o intuito de reduzir custos e maximizar os lucros. Para tal faz-se necessária a utilização de um rigoroso controle das contas de entradas e saídas, conhecimentos no que tange aos métodos de planejamento e elaboração do fluxo de caixa, bem como sua devida implantação de acordo com a periodicidade mais adequada para cada organização. Constatou-se então, que o fluxo de caixa é uma importante ferramenta de gestão empresarial, contribuindo de forma relevante para o processo decisório.
Palavras Chave: Fluxo de caixa, gestão, ferramenta.
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO
	7
	2. CONCEITO DE FLUXO DE CAIXA
	9
	2.1 OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS DO FLUXO DE CAIXA
	11
	2.2. PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
	12
	2.3 IMPLANTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
2.4 FATORES QUE AFETAM O FLUXO DE CAIXA
	15
16
	3. REVISÃO DO FLUXO DE CAIXA: CONTROLE 
	17
	3.1 DIMENSÕES DO FLUXO DE CAIXA
3.2 METODOS DO FLUXO DE CAIXA
3.2.1 MÉTODO DIRETO
3.2.2 MÉTODO INDIRETO
4. PESQUISA DE CAMPO
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
	19
21
21
22
22
26
27
1. INTRODUÇÃO
	Neste mundo de mudanças aceleradas em que hoje se vive, as empresas reconhecem a necessidade de coordenar melhor as atividades de sua cadeia de valores, para eliminar os desperdícios de recursos, reduzir custos e melhorar o tempo de resposta às mudanças da necessidade do mercado. 
	A complexidade do processo de gestão nas empresas, levam os gestores a buscarem alternativas para a superação de problemas, e a utilizar métodos que reduzam os riscos de uma má administração. Nesse contexto, as empresas passam a buscar um eficiente controle administrativo, onde o gestor precisa utilizar-se de todos os métodos possíveis para a execução dos objetivos organizacionais. 
	Um planejamento sistemático ocorre para o sucesso do processo decisório, porém muitas empresas se ressentem da carência de saldo mínimo de caixa e dessa forma a administração do fluxo de caixa constitui um instrumento indispensável no processo gerencial empresarial, pois possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiros e proporciona ao gestor meios de sugerir, quando necessários, modificações em procedimentos adotados pela empresa e, ainda, tomar decisões condizentes com as demandas organizacionais. 
	Nesse sentido, a Demonstração do Fluxo de Caixa, é uma ferramenta que possibilita à empresa uma visão ampla de sua situação financeira a fim de que se possa analisar os fatos para a tomada de decisão e proporcionar à organização a possibilidade de projetar seu fluxo de caixa futuro, disponibilizando ao gestor a capacidade de realizar a execução de aplicações ou captações de recursos de curto, médio e longo prazo com maior vantagem. “O fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa para um determinado período” segundo Zdanowicz (2004, p.19). 
O planejamento financeiro determina as diretrizes de mudança numa empresa. É necessário porque (1) faz com que sejam estabelecidas as metas da empresa para motivar a organização e gerar marcos de referência para a avaliação de desempenho, (2) as decisões de investimento e financiamento da empresa não são independentes, sendo necessário identificar sua interação, e (3) num mundo incerto a empresa deve esperar mudanças de condições, bem como surpresas. (Ross et al, 1995, p. 522)
	Importante na gestão financeira empresarial, o fluxo de caixa é utilizado nas empresas para dimensionar a tomada de decisão com mais certeza, programando as necessidades financeiras e operacionais, determinando as fontes de recursos, obtendo então, uma análise da liquidez empresarial. Edson Cordeiro da Silva (2013, p. 1) afirma que ¨A gestão dos fluxos financeiros é tão relevante quanto à capacidade de produção e de vendas da empresa¨. 
	Preservar os controles internos organizados e atualizados de forma apropriada é de crucial relevância para o cotidiano organizacional, através das informações advindas, que o processo de tomada de decisão é definido, ou seja, é de sua importância que sejam confiáveis.
A insuficiência de controle aumenta consideravelmente a hipótese de tomada de decisão indevida, baseado em informações inexatas e precipitadas. 
	
Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para atingir os objetivos da empresa. Além disso, esses veículos oferecem uma estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismo de controle estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar os eventos reais. (GITMAM, 1987, p. 250).
	Planejadas as necessidades financeiras e propostas as fontes de recursos que serão captados, cabe ao administrador financeiro a incumbência da distribuição desses recursos, de maneira inteligente e segura, em diversificados itens do ativo organizacional.			Todo gerenciamento do ativo é importante, pois é necessário ter o entendimento dos objetivos concomitantes da gestão financeira: liquidez e rentabilidade. É preciso reter um saldo apropriado de caixa, para que seja possível quando necessário, um pronto pagamento dos compromissos de curto prazo. Entretanto, uma grande reserva de saldo no caixa, não é aconselhável, pois com esses recursos podem ser feitas aplicações gerando um maior aproveitamento para a empresa. O capital investido pode mostrar-se de várias formas e segue um processo periódico, cujo final é o fluxo monetário, também conhecido como fluxo financeiro. 												A administração financeira compõe-se como um conjunto de operações designadas à formação de recursos financeiros que são necessários aos pagamentos. É preciso que o administrador financeiro saiba gerenciar os recursos financeiros alocados no patrimônio da empresa. Santos (2001, p.47) diz que ¨[...] o planejamento de caixa é o primeiro passo no sentido de buscar seu equacionamento. Nas empresas em boa situação financeira, o planejamento de caixa permite-lhes aumentar a eficiência no uso de suas disponibilidades financeiras¨.												 Este trabalho tem como finalidade a análise de como administrar o fluxo de caixa gerencial e tem como objetivo geral apontar a situação financeira de uma organização por meio da elaboração do fluxo de caixa, a fim de proporcionar informações adequadas para o controle financeiro daempresa. Além dos objetivos específicos de identificar conceitos do fluxo de caixa; relatar métodos possíveis para controle e acompanhamento do fluxo de caixa e salientar a importância do planejamento e controle através do fluxo de caixa para organização.	Inicialmente realizou-se uma pesquisa bibliográfica em livros e artigos que tratam do assunto em questão. Segundo Gil (2002, p.45) "A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente.", além de uma pesquisa descritiva. A coleta de dados foi feita através de questionário visando avaliar a elaboração da projeção do fluxo de caixa e seu acompanhamento pela organização.
2. CONCEITO DE FLUXO DE CAIXA
	Conceitua-se fluxo de caixa como um instrumento da gestão financeira, que abrange as funções de planejamento, controle, análise das receitas, despesas e os investimentos realizados e futuros por um determinado período projetado. Segundo Zdanowicz (2004, p.9) ¨Fluxo de caixa é a demonstração visual das receitas e despesas distribuídas pela linha do tempo futuro¨. Constitui-se em uma representação gráfica (através de planilhas) e cronológica de entradas e saídas de recursos monetários, permitindo que as organizações executem seus planejamentos financeiros e operacionais, planificado para certo período de tempo. É provável, a partir da construção do fluxo de caixa, averiguar e projetar eventuais excedentes e desprovimentos de caixa, o que acarretará medidas para sanar tal condição.
O Fluxo de Caixa é um instrumento que retrata todas as entradas e saídas no caixa da empresa, ou seja, receitas e despesas da empresa, classificadas conforme sejam direcionadas para operação, investimento ou financiamento associadas ao tempo, permitindo saber qual o volume de recursos empregados em cada uma dessas atividades num intervalo de tempo. Um resultado mostrado no fluxo de caixa é o saldo disponível no caixa da empresa, a cada dia, semana ou mês. (SALIM, C. S. et al. 2004, apud SILVA, 2013 p.5).
	O Fluxo de Caixa é a previsão das entradas e saídas monetárias da empresa por um dado período, com o objetivo de auxiliar na tomada de decisão, fornecendo as informações necessárias para tal, essa previsão é baseada em informações de projeções anteriores da própria organização. Zdanowicz (2004, p. 22) conceitua ¨[...] o fluxo de caixa é um dos instrumentos utilizados pelo administrador financeiro para uma eficiente gestão empresarial¨. 	Ele é utilizado pelos gestores financeiros como uma ferramenta cuja finalidade é averiguar o montante de ingressos e desembolso de recursos financeiros em um dado período temporal sendo possível identificar eventuais necessidades de obtenção de recursos; apontar os excedentes de caixa e aplicá-los em investimentos rentáveis para a empresa sem prejudicar sua liquidez.
	A administração financeira foca na captação e aplicação de recursos importantes e no compartilhamento eficiente desses recursos, a fim de que a empresa venha a operar de acordo com os objetivos e metas aos quais se propõe. O advento da administração financeira é, essencialmente, a disponibilização da quantia necessária para solver em tempo hábil os compromissos que foram assumidos com terceiros e a maximização do lucro. Zdanowicz (2004, p. 23) afirma que ¨Fluxo de Caixa é o instrumento que relaciona o futuro conjunto de ingressos e de desembolsos de recursos financeiros pela empresa em determinado período¨.	Segundo Silva (2013, p.30) ¨O fluxo de caixa projetado e real da empresa representa uma importante informação gerencial¨. Essa projeção possibilita estimar a empresa, a sua capacidade de geração de recursos para suprir a expansão das necessidades de capital de giro, bem como remunerações e pagamentos. Aponta-se não apenas o custo de financiamentos demandados pela empresa para o desenvolvimento de suas operações, mas também a ocasião de sua utilização, além de suas alternativas de investimentos, motivos de eventuais mudanças de situação financeira, meios de aplicar o lucro obtido em operações e ainda apontar razões de uma eventual redução no capital de giro da empresa. 
	O fluxo de caixa enxerga o futuro descrevendo a situação real do caixa da empresa. Silva (2013, p. 30/31) explica que o fluxo de caixa torna-se uma referência de gestão quando é possível a mensuração do efeito resultante entre as decisões administrativas e o nível de liquidez; ampliar a projeção do cenário, e assim, consequentemente avolumar uma visão futura da organização; conduzir os processos vigentes, e ainda, elaborar uma revisão constante desses processos no caso de uma eventual mudança nos negócios.
Conforme Santos (2001, p.47) ¨As necessidades de informações sobre os saldos de caixa podem ser em base diária para o gerenciamento financeiro de curto prazo, ou períodos mais longos, como mês ou trimestre, quando a empresa precisa fazer um planejamento por pra zo maior¨
Sua projeção pode ocorrer mensalmente, trimestralmente, semestralmente, anualmente e até mesmo projetada diariamente. Em curto prazo, sua elaboração visa atender ao propósito da empresa, principalmente, de capital de giro e ao longo prazo com o intuito de investimentos em elementos do ativo permanente.	
	Permite averiguar o meio de como a organização desenvolve os seus métodos de atração e emprego de seus recursos, o acompanhamento entre o fluxo de caixa planejado e realizado, permitindo a identificação de possíveis variações e a causa das mesmas, sendo elaborado a partir de informações referentes aos gastos e entradas de caixa já existentes e projetados.
O fluxo de caixa é o instrumento mais importante para o administrador financeiro pois, através dele, planeja as necessidades ou não de recursos financeiros a serem captados pela empresa. De acordo com a situação econômico-financeira da empresa ele irá diagnosticar e prognosticar os objetivos máximos de liquidez e rentabilidade para o período em apreciação, de forma quantificada em função das metas propostas. (ZDANOWICZ, 2004, p. 28).
													Para sua preparação, a organização necessita da disposição de informações organizadas internamente que possibilitem a visualização da rubrica contas a receber, contas a pagar e dos dispêndios geradores dos custos fixos. A maneira para alcançar e organizar essas informações auxiliares, requer a utilização de ferramentas de gestão, cujo meio depende do tipo de empresa, seu porte e sua disponibilidade financeira. Ele é um sistema de informações para o qual centralizam os dados financeiros gerados em várias áreas da empresa.
2.1 OBJETIVOS E CARACTERÍSTICAS DO FLUXO DE CAIXA
	O objetivo básico do fluxo de caixa conforme conceitua Zdanowicz (2004, p. 23) é ¨[...] a projeção das entradas e das saídas de recursos financeiros para determinado período, visando prognosticar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa.¨ Entretanto outros objetivos devem ser considerados para a elaboração do fluxo de caixa empresarial, conforme relaciona Zdanowicz (2004, p. 24).
Proporcionar o levantamento de recursos financeiros necessários para a execução do plano geral de operações, bem como a realização das transações econômico-financeiras da empresa;
Empregar, da melhor forma possível, os recursos financeiros disponíveis na empresa, evitando que fiquem ociosos e estudando, antecipadamente, a melhor aplicação, o tempo e a segurança dos mesmos;
Planejar e controlar s recursos financeiros da empresa, em termos de ingressos e desembolsos de caixa, através das informações constantes nas projeções de vendas, produção e despesas operacionais, assim como de dados relativos aos índices de atividades: prazos médios de rotação de estoques, de valores a receber e de valores a pagar;
Saldar as obrigações da empresa na data do vencimento;
Buscar o perfeito equilíbrio entre ingressos e desembolsos de caixa da empresa;
Analisar as fontes de crédito que oferecem empréstimosmenos onerosos, em caso de necessidade de recursos pela empresa;
Evitar desembolsos vultuosos pela empresa, na época de baixo encaixe;
Permitir a coordenação entre os recursos que serão alocados em ativo circulante, vendas, investimentos e débitos.
	O fluxo de caixa é fundamental para a gestão da organização, seus recursos financeiros precisam ser bem administrado para auxiliar um processo decisório. Enfatiza-se, que alguns fatores determinam o fluxo de caixa, conforme conceitua Santos (2001, p.47) ¨Os principais fatores determinantes do formato do fluxo de caixa são o prazo de cobertura, sua utilização e a disponibilidade de recursos humanos e materiais a serem alocados a sua implantação e operação¨.
	Segundo Zdanowicz (2004, p.42) ¨[...] um dos principais objetivos do fluxo de caixa é otimizar a aplicação de recursos próprios e de terceiros nas atividades mais rentáveis da empresa¨. No atual cenário econômico brasileiro, as empresas não devem deixar seus recursos ociosos, sendo relevante ao administrador financeiro à otimização e aplicação dos recursos empresariais, por meio da correta elaboração do fluxo de caixa.
2.2 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
	Conforme Silva (2013, p.157) ¨O Orçamento de caixa faz parte do orçamento geral de uma empresa, que planeja as operações por períodos curtos de seis meses a um ano, podendo ser de períodos menores.¨ Sendo assim, esse orçamento é denominado previsão de caixa ou projeção de fluxo de caixa.
	O fluxo de caixa é um dos instrumentos mais efetivos no que tange ao planejamento e controle financeiro das empresas, ele pode ser desenvolvido de diversas maneiras, de acordo com a imprescindibilidade ou comodidade de cada organização, com o intuito de visualização do horizonte de recursos e seus respectivos desembolsos, conforme Zdanowicz (2004, p.125).
	Silva (2013, p. 157) diz que usualmente, ele não é regular no decorrer do mês, pois ocorrem intervalos sazonais. Logo, a projeção deve ser apresentada diariamente para próximos períodos. De modo que, quanto mais remoto estiver o período de projeção do fluxo de caixa, a incerteza deste período, também será maior, sendo assim, não há lógica em se apresentar o fluxo de caixa dia a dia em intervalos mais longos. Sugestivamente ele é normalmente projetado todos os dias para os primeiros trinta dias; sessenta e noventa dias, também sendo apresentado semanalmente ou quinzenalmente; no quarto, quinto e sexto mês; uma vez que o mesmo pode também pode ser mostrado por mês. 
	¨Suas projeções devem ser atualizadas com base em fluxo efetivo, fazendo ajustes nas premissas e condições do mercado, para chegar o mais perto possível do resultado financeiro efetivo¨. Silva (2013, p.157), ou seja, essa projeção deve ser elaborada com dados e informações precisos referentes a ele, para então atingir com maior precisão o real resultado financeiro da empresa.
	De acordo com Zdanowicz (2004, p.126) é uma ferramenta aplicada pelo administrador financeiro, com o intuito de identificar se o saldo inicial de caixa adicionado ao somatório de ingressos, menos o somatório de desembolsos em certo período, resulta em excedentes de caixa ou ausência de recursos financeiros pela empresa. No caso de excedentes financeiros, o administrador financeiro pode estabelecer a destinação mais eficiente desses excedentes. Na condição da falta de recursos financeiros, o administrador pode captar em fontes menos custosas do mercado.
	O autor destaca ainda o prazo de operação na captação e aplicação de recursos financeiros pela organização. Um exemplo é a aplicação de recursos no mercado financeiro, o administrador leva em consideração a taxa de juros que é paga pela instituição financeira, além da segurança que a operação oferece e o prazo que o excedente é aplicado.
	Seu planejamento anteveem as obrigações de pecúnia para o atendimento dos compromissos assumidos pela empresa, cogitando os prazos a serem liquidados. Sendo assim, o administrador financeiro é capaz ao devido planejamento com precedência, antever eventuais problemas de caixa que podem surgir em decorrência de reduções das receitas ou por aumentos na quantidade de pagamentos, explica Zdanowicz (2004, p.127). O autor ressalta ainda, que outra atribuição devida ao seu desempenho é a viabilidade de obstar a programação de volumosos desembolsos para períodos em que os ingressos estimados sejam baixos por questões de mercado, por exemplo. Seu planejamento possibilita ao administrador financeiro, averiguar a possibilidade da realização de aplicações de curto prazo baseado na liquidez, rentabilidade e em prazos de quitação. Sendo assim, ele é pertinente para a eficácia econômico-financeira e gerencial das micro, pequenas, médias ou grandes empresas, de tal maneira que várias instituições credoras requisitam a sua apresentação de antemão a concessão de empréstimos as mesmas.
Chamamos de planejamento financeiro a um conjunto de operações financeiras – que podem ser empréstimos, aplicações ou resgates de aplicações financeiras – realizadas para atingir um determinado objetivo. Quanto melhores os resultados obtidos, melhor será sido o planejamento financeiro. (SÁ, 2006, p.13).
	Zdanowicz (2004, p.127) explica que o planejamento a longo prazo do fluxo de caixa, visa relacionar mudanças com significância no saldo futuro de caixa empresarial. Conforme o plano de ação elaborado pela administração, pode resultar em modernização, expansão da capacidade produtiva, comercialização, lançamentos de linhas de produtos ou serviços e o crescimento pretendido pela empresa em um determinado período de tempo, por exemplo. Objetiva atestar a possibilidade da geração de caixa, sua disponibilidade ou a obtenção de necessários recursos financeiros para a continuidade das atividades esboçadas em um determinado período. Precisa assinalar as épocas em que os recursos disponíveis podem vir a serem escassos, a fim de que o gestor fique apto a:
Incluir no planejamento de caixa o montante dos empréstimos ou financiamentos com que a empresa deverá contar a curto, médio e longo prazos;
Prever aumentos de capital social, mediante aproveitamento de reservas ou subscrição de novas ações;
Analisar os efeitos que cada uma dessas maneiras de obter maiores recursos terá na estrutura do capital da empresa;
Determinar para a alta administração os projetos que poderão ser executados de acordo com os planos, quais serão adiados ou alterados, e quais deverão ser inteiramente abandonados. (ZDANOWICZ, 2004, p.129).
	Ou seja, o administrador financeiro em sua elaboração e planejamento precisa ter uma visão abrangente com um conhecimento geral, tendo em vista além da geração do caixa, suas oportunidades e melhorias operacionais, aumento de receitas, redução dos custos e despesas, bem como o comprometimento com o plano de negócios da organização.
	Algumas informações preliminares são necessárias para sua elaboração, advindas de diversificados departamentos, setores e seções da empresa, em conformidade com o cronograma (diário, mensal, entre outros) de ingressos ou desembolsos remetidos pelo gestor, diz Zdanowicz (2004, p. 130). O autor ainda observa que para um melhor entendimento do fluxo de caixa, em decorrência das informações preliminares para sua composição, está disposto os seguintes elementos envolvidos: Vendas à vista, vendas a prazo, vendas de ativo, aumentos de capital, outros ingressos além de fornecedores, folha de pagamento, despesas com vendas, compras de ativos e outros desembolsos. Informações ou estimativas, segundo os períodos de tempo, são úteis para a elaboração do fluxo de caixa:
Projeção de vendas, considerando-se as prováveis proporções entre as vendas à vista e a prazo da empresa;
Estimativa das compras e as respectivas condições oferecidas pelos fornecedores;
Levantamento das cobranças efetivas com os créditos a receber de clientes;
Determinação da periodicidade do fluxo de caixa, de acordo com as necessidades, tamanho, organização dos demais ingressos e desembolsos de caixa para o período em questão. (ZDANOWICZ,2004, p. 131).
	É relevante considerar as variações que possivelmente ocorrem na elaboração do fluxo de caixa e implicam em possíveis ajustes dos valores planejados, mantendo assim a flexibilidade dessa ferramenta ao gestor. Para a elaboração do planejamento, os principais pré requisitos conforme conceitua Zdanowicz (2004, p. 131), são: ¨[...]os dados econômico-financeiros, que serão utilizados pelo administrador financeiro, pois deverão ser os mais corretos possíveis, captados no plano geral de operações d empresa para o período a ser projetado.¨ Ou seja, o gestor obtém informações em vários setores da empresa, sendo importante a exatidão e consistência além da transparência e confiança dos dados proporcionados. O autor ressalta que para a utilização desse instrumento de gestão financeira e o conseguimento dos objetivos e intuitos propostos, a organização precisa manter um nível coerente em caixa e saldo em bancos, para o atendimento das necessidades do cotidiano. Este saldo, não pode ser aleatório, e sim determinado pelo gestor em conformidade com as especificações operacionais da empresa.
2.3 IMPLANTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
	¨A implantação do fluxo de caixa consiste em apropriar os valores fornecidos pelas várias áreas da empresa segundo o regime de caixa¨, conceitua Zdanowicz (2004, p. 133), já para Silva (2013,p. 162), ¨A implantação do fluxo de caixa constitui-se em trabalhar os valores enviados pelos diversos departamentos da empresa, segundo o regime de caixa, ou melhor, os períodos em que efetivamente devem ocorrer as entradas e saídas de caixa¨, ou seja, a sua implantação se dá em conformidade com os períodos em que verdadeiramente são demandados os ingressos e desembolsos necessários de caixa.
	Sendo assim, um importante aspecto que deve ser analisado, é referente a apropriação dos valores em conformidade com os períodos de ocorrência dos efetivos recebimentos e pagamentos de caixa realizados pela empresa. É preciso cogitar todos os elementos que possam modificar a posição do caixa da empresa, explica Zdanowicz (2004, p. 133). 	
	Silva (2013, p. 162), atenta para alguns requisitos que são necessários para a devida implantação do fluxo de caixa com efetivação, são eles:
Apoio da direção da empresa;
Integração dos diversos departamentos da empresa ao sistema de fluxo de caixa;
Definição do fluxo de informações: qualidade dos dados, planilhas e mapas a serem utilizados, calendário de entrega de dados, responsáveis pela elaboração de várias projeções;
Escolha da planilha de fluxo de caixa e ou sistema de fluxo de caixa na empresa;
Treinamento da pessoa ou do pessoal que vai implantar o sistema de fluxo de caixa na empresa;
Conscientização dos responsáveis pelos departamentos para alcançar os objetivos e as metas estabelecidas no fluxo de caixa;
Criar controles financeiros adequados, principalmente de movimentação bancária.
(Silva, 2013, p. 162).
	A implantação do fluxo de caixa segundo explica Zdanowicz (2004, p. 133), ¨[...] consiste essencialmente em estruturar as estimativas de cada unidade monetária em dois grandes itens: o planejamento dos ingressos e o planejamento dos desembolsos, que poderão ser subdivididos em fluxo operacional e fluxo extra-operacional¨.
	O fluxo de caixa operacional é composto de itens que são especificamente desinentes da atividade fim da empresa. Suas particularidades de ingressos operacionais são as vendas à vista, recebimentos, descontos, despesas administrativas, despesas com vendas, despesas financeiras e despesas tributárias, conforme diz Zdanowicz (2004, p. 134). Ele aponta o montante auferido ou despendido para as atividades principais da organização.
	Já o fluxo de caixa extra-operacional, conforme é descrito por Zdanowicz (2004, p. 139), ¨[...] compreende os ingressos e os desembolsos de itens não relacionados à atividade principal da empresa, como: imobilizações, vendas de itens do ativo permanente, receitas financeiras, aluguéis recebidos ou pagos, amortizações de empréstimos ou de financiamentos e leasing¨.
2.4 FATORES QUE AFETAM O FLUXO DE CAIXA
	Há fatores internos e externos que prejudicam o fluxo de caixa, e acarretam grandes diferenças entre o que foi previsto e o realizado, prejudicando a eficácia do sistema, e sua liquidez. Vejamos quais os fatores internos.
Aumento no prazo de vendas concedido como uma maneira de aumentar a competitividade ou a participação no mercado;
Compras que não estão em linha com as projeções de vendas;
Diferenças nos prazos médios de recebimento e pagamento;
Ciclos de produção muito longos que não estão em consonância com o prazo médio dado pelos fornecedores;
Política salarial incompatível com as receitas e demais despesas operacionais;
Pequena ocupação do ativo fixo;
Distribuição de lucros incompatíveis com a capacidade de geração de caixa;
Custos financeiros altos originários do nível de endividamento. (SILVA, 2013, p. 31).
	Os fatores externos:
Inflação, elevação do nível de preços e taxas de juros;
Política cambial, fiscal e de crédito;
Diminuição das vendas em decorrência de retratação do mercado;
Novos concorrentes;
Mudanças na alíquota de impostos;
Aumento do nível de inadimplência. (SILVA, 2013, p. 31).
	Para que essas irregularidades não ocorram e prejudiquem o fluxo de caixa, é preciso uma comunicação entre os departamentos, a fim de que o processo decisório antes de finalizado seja analisado e discutido com o gestor financeiro, para que os setores em conjunto verifiquem e conheçam possíveis impactos no caixa, e então preservar os interesses empresariais, conforme argumenta Silva (2013, p.31).
3. REVISÃO DO FLUXO DE CAIXA: CONTROLE 
	¨O controle do fluxo de caixa é tão essencial para à empresa, como o seu processo de planejamento, pois um depende de outro para que ambos possam ser úteis e práticos¨. Conceitua Zdanowicz (2004, p. 173). A mesma opinião tem Silva (2013, p. 183), ¨O controle do fluxo de caixa é tão importante quanto o seu planejamento e elaboração, pois são dependentes de maneira que possam ser práticos e utilizados nos processos de tomada de decisão.¨ Ou seja, ele é relevante, pois como ele é dependente do planejamento e elaboração do mesmo, auxilia no processo decisório.
	No fluxo de caixa planejado pela organização, podem ocorrer inconstâncias provenientes de mercado, como também imprevistos que sejam associados a atividade empresarial. ¨Fazer projeções não garante que os objetivos e as metas propostas serão alcançados. Isso depende do comprometimento dos responsáveis pelos departamentos da empresa de se empenharem para obter os objetivos estabelecidos¨. Ressalta Silva (2013, p.183). O autor ainda explica que o gestor financeiro precisa observar o desempenho do planejado, comunicando aos responsáveis dos setores de maneira periódica, o realizado e o que falta realizar. O período planejado precisa ser retificado e atualizado em conformidade com as necessidades empresariais. Silva (2013, p.183), diz que a revisão do fluxo de caixa cogita os elementos a seguir: ¨Controle diário de movimentação bancária; boletim diário de caixa e bancos; controle de recebimentos e pagamentos diários e controle de investimentos e financiamentos¨. É aconselhável que o gestor financeiro observe o controle diário paralelamente com os planos, ou seja o realizado com o orçado, de maneira periódica, pois o acúmulo de trabalho torna-se exaustivo a gera atrasos na elaboração do fluxo de caixa. Zdanowicz (2004, p. 174), diz que ¨O controle diário diminui a margem de erros e permite acompanhar a performance, em tempo de aplicar eventuais medidas corretivas¨. Já Silva (2013, p.184) afirma que ¨O controle diário também ajuda na diminuição da margem de erros e dá a flexibilidade de acompanhar o desempenho e verificar que medidas podem ser aplicadas para melhorar o resultado, caso haja necessidade.¨
	Silva (2013, p.184), explica que há duas maneiras para a execução do controle de dados, que pode ser por meio contábil ou por controle paralelo, ou seja, controlar o realizado, que averigua imediatamente as informaçõese versatilidade ao sistema. ¨Essas fontes de informação são: o movimento das contas bancárias e os movimentos internos de caixa e extracaixa.¨ Silva (2013, p.184). O autor destaca que quando a empresa prefere um fluxo de caixa trimestral, é aconselhável que seja revisto mensalmente, isto é, todo mês é feito um fluxo de caixa para três meses consecutivos, cujos dois últimos meses serão alvo de revisão, além da revisão diária do fluxo de caixa do mês vigente. Essa revisão mensal conforme destaca Zdanowicz (2004, p. 175), fornece um feed-back, ou seja, uma retro-alimentação de todo o sistema de planejamento, descrevendo concomitantemente os pontos fracos e fortes e preconizando medidas de correção aos que necessitem serem corrigidos, no que tange a ingressos, desembolsos ou nível pretendido de caixa para o período. ¨Essa particularidade da projeção trimestral, com acompanhamentos mensais, permite uma maior flexibilidade à sistemática de planejamento e controle do fluxo de caixa da empresa¨. Zdanowicz (2004, p. 175). O autor acrescenta, que assim como se relata a projeção trimestral com revisão mensal, se a organização carecer de aferição para períodos reduzidos e revisões mais rápidas, é capaz a projeção do fluxo de caixa para o mês e sua correção ser semanal ou diária, conforme o caso.
	Silva (2013, p. 184), destaca algumas justificativas para o controle do fluxo de caixa:
O controle da atividade financeira é fundamental, pois está ligado a todas as operações da empresa. O administrador financeiro deve conhecer o nível de caixa adequado para fazer frente às despesas da empresa, para que não precise captar recursos, principalmente se for de longo prazo, em que o custo financeiro é alto.
Em caso de captação de recursos, deve ser feita com cuidado, de modo a otimizar os custos decorrentes dessa transação. Da mesma forma, quando se tem folga no caixa, os recursos devem ser aplicados, avaliando as melhores taxas.
Identificação de possíveis problemas internos e externos à empresa que ocasionam redução das entradas, tais como: quedas de vendas, atraso nas entregas, retração do mercado, entre outros motivos. Após a identificação da redução das entradas, podem-se tomar ações para sanar as perdas. (Silva, 2013, p. 184).
Sendo assim, um controle de fluxo de caixa bem elaborado, é uma ampla ferramenta administrativa que lida com situações de alto custo de crédito, inadimplências, taxas de juros elevadas, redução do faturamento e outros imprevistos que podem ocorrer às empresas. Silva (2013, p.184).
A organização pode assumir uma postura proativa relacionada a esses eventos.
3.1 DIMENSÕES DO FLUXO DE CAIXA
	Zdanowicz (2004, p. 175), destaca que ¨O controle do fluxo de caixa está relacionado em função de sua dimensão, ou seja, do período de sua abrangência que pode ser de curto prazo e longo prazo.¨ 
 No planejamento de curto prazo são aferidas com detalhe, as entradas e saídas monetárias criadas pelas atividades prestadas da empresa. ¨Corresponde o controle detalhado de entradas e saídas de caixa geradas durante o período projetado¨. Zdanowicz (2004, p. 177). O autor diz também que ¨Ao estabelecer-se as bases para a determinação das necessidades de crédito a curto prazo, fixa-se também o controle de caixa para o período.¨ Objetivando um controle com mais exatidão do saldo de caixa e propondo minimizar os encargos financeiros provenientes de empréstimos e o custo de oportunidade de fundos improdutivos, o gestor financeiro pode designar sua projeção por exercício social, semestre, trimestre, mês, semana ou dia, em conformidade com a conveniência da empresa, conforme comenta Zdanowicz (2004, p. 177). Para Sá (2006, p.60), ¨[...] o fluxo de caixa projetado de curto prazo tem como principal objetivo identificar os excessos de caixa e a escassez de recursos esperados dentro do horizonte de projeção para, de posse destas informações, traçar um adequado planejamento financeiro.¨ O planejamento no curto prazo ocorre no momento em que os fluxos estão ajustados no plano anual de resultados. 
O fluxo de caixa projetado de curto prazo nada mais é do que um modelo que construímos com o objetivo de verificar como se comportará o saldo de caixa no período considerado, de forma a podermos traçar as políticas de captação ou aplicação de recursos da empresa. Este modelo será tão mais confiável quanto melhor for a natureza das informações com as quais trabalha o elemento encarregado de preparar a projeção. (SÁ, 2006, p.77).
	Sobre o planejamento ao longo prazo, é cabível afirmar que procura conhecer a previamente a repercussão de ações planeadas referentes a situação financeira da empresa, apontando ao gestor, eventuais excedentes ou escassez de recursos financeiros. Zdanowicz (2004, p.177) diz que ¨Compreende a projeção sintética das entradas geradas pela venda de bens e serviços e das saídas provocadas por custos operacionais e de capital, incluindo os projetos de expansão, modernização, relocalização ou novas instalações da empresa.¨ o autor informa também, que é primordial para a tomada de decisão relacionada a financiamentos, a organização de linhas de crédito ajustadas a longo prazo. Este fluxo contem usualmente, um planejamento de dois a cinco anos, correspondente ao porte do investimento a ser efetuado pela organização. Sá (2006), aborda informações importantes no que tange aos objetivos do fluxo de caixa a longo prazo.
Verificar a autogeração de caixa da empresa, ou seja, a capacidade de a empresa gerar os recursos necessários ao financiamento de suas operações;
Fazer o orçamento de compras da empresa;
Verificar se o lucro gerado está sendo indevidamente distribuído ou remetido em contas do Ativo;
Verificar a dependência da empresa de empréstimos de curto prazo ou de outros conjunturais;
Verificar se a empresa possui garantias suficientes para levantar os empréstimos necessários ao financiamento de seu capital de giro;
Verificar se a política de reposição de estoques está compatível com a capacidade de geração de caixa da empresa;
Verificar qual o impacto que as políticas de financiamento aos clientes tem sobre o fluxo de caixa;
Verificar o quanto a empresa poderá comprometer com imobilizações e em que épocas estes investimentos poderão ser feitos de forma a não fragilizar sua estrutura de capital de giro;
Verificar se a política de retirada dos acionistas e de distribuição de dividendos é compatível com a capacidade de geração de caixa e com a estrutura de capital de giro da empresa. (SÁ, 2006, p.60).
	Sá (2006, p.60) afirma que ¨[...] as informações de que dispõe a empresa ao elaborar um fluxo de caixa projetado de curto prazo diferem bastante daquelas que estão disponíveis quando se projeta o longo prazo.¨ O autor ainda ressalta que constantemente ao elaborar o fluxo de caixa de curto prazo, as operações de compra e venda fundamentais já ocorreram e o gestor conhece com exatidão os vencimentos do período. Sendo assim, a imprecisão, acontece em decorrência da pontualidade com a qual os clientes saldam seus compromissos.
	Referente ao fluxo de caixa projetado de longo prazo, Sá (2006, p.60) afirma que ¨[...] o que se conhece são as projeções de vendas preparadas pelo Setor Comercial e as estatísticas de faturamento e de recebimento, indicando qual o provável perfil de vencimentos das faturas que serão emitidas e qual o comportamento de clientes quanto à liquidação destes títulos.¨ O autor diz: ¨No estágio de preparação do fluxo de caixa projetado de longo prazo, os principais desembolsos do período também estão apenas planejados ou sendo planejados. Muitos dos principais compromissos podem ainda não ter sido assumidos e podem ser revistos.¨ ou seja, caso seja necessário a empresa no planejamento de longo prazo pode reexaminar seus compromissos.
3.2 MÉTODOS DO FLUXO DE CAIXA
	O fluxo de caixa pode ser executado de duas maneiras: o método direto e o método indireto. 
3.2.1 Método Direto
Conforme conceitua Silva (2013, p.170) ¨O método direto está baseado no regime de caixa: registra todos os recebimentose todos os pagamentos e é o método mais comum.¨, é um método utilizado no fluxo de caixa diário da empresa. O autor ressalta alguns comentários referente a este método:
As transações de entradas e saídas irão variar de acordo com as peculiaridades das atividades de cada empresa.
Podem-se utilizar planilhas auxiliares, caso queira mais detalhes.
O superávit ou déficit apresentado equivale ao somatório do saldo inicial mais o total das entradas menos o total das saídas.
O item captação – aplicação acontece sempre que o déficit ou superávit foi diferente de zero.
Toda vez que houver déficit de caixa, a empresa deverá tomar empréstimo bancário. Então, esse item apresentará um valor positivo, pois terá uma entrada de recurso no caixa.
Quando ocorrer captação de recursos, o pagamento de juros e do principal do empréstimo será uma saída de caixa no respectivo vencimento da operação	.
Quando ocorrer superávit ou sobra no caixa, a empresa deverá aplicar os recursos no mercado financeiro. Assim, esse item apresentará um valor negativo no fluxo, pois será uma saída de recurso do caixa.
Quando houver o resgate da aplicação, esse valor será apresentado como uma entrada no caixa. (SILVA, 2013, p.173).
	O método direto evidencia todas as entradas e saídas decorrentes das atividades operacionais da organização, começando pelas vendas, que é a principal origem dos recursos operacionais, adicionado as variações de contas do ativo, passivo e patrimônio líquido. O fluxo de caixa alcançado pelo método direto viabiliza algumas relevantes informações no que tange do processo de formação de caixa empresarial. Ademais, pode ser logrado diariamente e permitir, dentro de certa margem, o planejamento dia a dia das entradas e das saídas de caixa, consiste em um instrumento impreterível quando se trata de elaborar um planejamento financeiro. Para Sá (2006) o campo visual do método direto é bastante limitado, e que alguns eventos podem contribuir para a liberação ou retirada de recursos do fluxo de caixa: 
a rentabilidade da empresa pode estar aumentando ou diminuindo, seus estoques podem estar girando mais depressa ou mais devagar, a inadimplência dos clientes pode estar crescendo ou reduzindo, a empresa pode estar dando mais ou menos prazo para seus clientes liquidarem suas faturas – e o fluxo de caixa obtido pelo método direto não tem a capacidade de, por si só, enxergar esses fatos. Tudo que o fluxo de caixa obtido pelo método direto percebe é que a geração de caixa está melhorando ou piorando. (SÁ, 2006, p.119).
	
	SÁ (2006, p. 119), conclui que ¨[...] o administrador financeiro, para conhecer perfeitamente o processo de geração de caixa da empresa, precisa, além do fluxo de caixa obtido pelo método direto, do fluxo de caixa obtido pelo método indireto. Daí sua importância.¨
3.2.2 Método Indireto
Segundo Sá (2006), o fluxo de caixa alcançado pelo método indireto, é fundamentado em informações advindas das demonstrações contábeis. "Nele, os elementos de análise com os quais trabalhamos são as variações das contas contábeis no início e no fim do período considerado." O autor acrescenta que "É evidente que, sendo os fluxos de caixa obtidos pelos métodos direto e indireto retratos de uma mesma realidade, apenas vistos através de prismas diferentes, os dois métodos não podem se contradizer.¨ Então, os saldos inicial e final dos fluxos obtidos pelos respectivos métodos, são iguais. O que modifica é a maneira como são mostrados os fatos que auxiliam para a retirada ou liberação dos recursos do fluxo de caixa.	¨O fluxo de caixa obtido pelo método indireto parte da observação de que apenas dois fatores tem a capacidade de liberar ou retirar os recursos do fluxo; o lucro (ou prejuízo) e os fatos que provoquem variações nos saldos das contas do Ativo e Passivo.¨ Sá (2006, p.120).
	
4.0 PESQUISA DE CAMPO
Para aprofundamento e melhor compreensão do tema, realizou-se uma pesquisa de campo no município de Petrópolis (RJ) ouvindo gestores financeiros e colaboradores da área administrativa e financeira. 
	Foram escolhidos de forma aleatória, dez colaboradores com idade entre vinte e dois e cinquenta e dois anos, sendo três do sexo masculino e sete do sexo feminino para responder a nove questões visando avaliar a elaboração do fluxo de caixa e seu acompanhamento pela organização. O questionário foi elaborado com questões objetivas e com opções de múltipla escolha, oportunizando um breve comentário sobre a questão referente ao controle do fluxo de caixa na questão de número cinco.
Na primeira questão perguntou-se através da escala de Likert, se a organização estipula um planejamento financeiro, estabelecendo as premissas básicas para sua projeção (custos, despesas, investimentos, receitas) para o próximo período, cujas respostas seguem na tabela abaixo:
	Concordo fortemente
	50%
	Concordo
	50%
	Indiferente
	0%
	Discordo
	0%
	Discordo fortemente
	0%
Tabela 1: Planejamento Financeiro fonte: Autor
Conforme mostra o resultado, afirmou-se que o planejamento financeiro deve ser traçado com base nas receitas, despesas e o cenário econômico, conforme diz Silva (2013) ¨As projeções do fluxo de caixa devem ser atualizadas com base em fluxo efetivo, fazendo os ajustes nas premissas e condições do mercado, para chegar o mais perto possível do resultado financeiro efetivo.¨
Na segunda questão perguntou-se por meio da escala de diferencial semântico, qual a classificação dada ao entrosamento entre os setores da empresa em relação às informações fornecidas para a tomada de decisão:
	Grande
	60%
	Pequena
	40%
Tabela 2: Entrosamento de setores fonte: Autor
	Observou-se que as opiniões se dividem, uma parte, um pouco maior, acha de grande relevância o entrosamento entre os setores empresariais, enquanto a outra parte (um pouco menor) não acredita que seja pertinente. Silva (2013) afirma que:
Para que descompassos não aconteçam e comprometam o fluxo de caixa, é necessário que haja entrosamento entre os setores, para que as decisões a serem tomadas sejam antes conversadas e analisadas com o administrador financeiro, para em conjunto verificar e conhecer os possíveis impactos no caixa, e assim preservar os interesses da empresa.
Na terceira alternativa, perguntou-se através da escala de likert se os executivos devem dispor de conhecimento atualizado, sobre os recursos que necessitam possuir para liquidar as suas obrigações no curto prazo:
	Concordo fortemente
	60%
	Concordo
	30%
	Indiferente
	10%
	Discordo
	0%
	Discordo fortemente
	0%
Tabela 3: Conhecimento atualizado fonte: Autor
	Analisando as respostas, conclui-se que a maioria admite que os executivos devem estar sempre atualizados no que tange as suas disponibilidades de recursos para o cumprimento de seus compromissos no curto prazo. Zdanowick (2004) explica que 
¨Quando a empresa pretende honrar uma obrigação com terceiros, ela precisa saber se na data do vencimento terá o dinheiro disponível para saldar o compromisso. Nestes termos, o centro de interesse estará voltado para o disponível, ou seja, os saldos de caixa, bancos e aplicações financeiras da empresa.¨
	Na alternativa quatro, utilizando-se da escala de diferencial semântico, questionou-se qual a importância dada ao fluxo de caixa da empresa, referente à provisão das despesas:
	Todos concordam que é pertinente a relação entre fluxo de caixa e provisão de seus custos, dando grande importância a ela. Cavalcante (2006) afirma que “Na verdade, toda ação realizada por uma empresa resume-se na entrada ou saída de dinheiro. E nesse jogo de entra e sai que o fluxo de caixa mostra sua importância, pois nos ajuda a perceber bem antes quanto vai faltar ou sobrar recurso”.
	Na questão cinco, foi perguntado como o controle do fluxo de caixa é realizado, e o motivo da escolha desse método. Perguntou-se também se conhecem o método direto do fluxo de caixa: Conclui-se que a maioria (60%) não conhece o método direto para elaboração do fluxo de caixa.Os pesquisados que responderão não, lidam com planilhas de custos elaboradas no programa excel. Já os pesquisados que responderam sim, alguns utilizam-se de softwares específicos e outros também adotaram as planilhas do excel por julgarem mais acessíveis.
Sá (2006), afirma que ¨O fluxo de caixa obtido pelo método direto fornece algumas importantes informações a respeito do processo de formação de caixa da empresa.¨ 
Na questão seis, perguntou-se à respeito da periodicidade em que o fluxo de caixa é realizado na empresa do pesquisado:
	Diário
	30%
	Mensal
	30%
	Semanal
	20%
	Trimestral
	10%
	Anual
	10%
Tabela 4: Periodicidade fonte: Autor
Notou-se que há uma diversidade na periodicidade em que o fluxo de caixa é realizado, sobressaindo-se o fluxo diário e mensal. Zdanowick (2006) diz que ¨Para que o fluxo de caixa apresente eficiência durante a sua execução, deverá considerar as funções de planejamento e controle das atividades empresariais para o período em que está sendo projetado.¨
Na pergunta sete, indagou-se sobre a relevância do fluxo de caixa como ferramenta no processo decisório:
	Concordo fortemente
	90%
	Concordo
	10%
	Indiferente
	0%
	Discordo
	0%
	Discordo fortemente
	0%
Tabela 5: Ferramenta de decisão fonte: Autor
Aqui observa-se que todos os pesquisados admitem a importância do fluxo de caixa como pertinente ferramenta para auxílio decisório. Silva (2013) alega que ¨É importante também salientar que o fluxo de caixa é um instrumento de tomada de decisão para o gerenciamento financeiro.¨
Na alternativa oito, perguntou-se se a empresa possui reserva financeira para eventuais contratempos:
Todos os pesquisados responderam que sim, confirmando a observação de Zdanowick (2006) ¨É importante, para a elaboração do fluxo de caixa, considerar as oscilações que possam eventualmente ocorrer e irão implicar em ajustes dos valores projetados, mantendo assim a flexibilidade desse instrumento de trabalho do administrador financeiro.¨
	Na questão nove, perguntou-se através da escala likert, se as decisões referente ao caixa da empresa, devem ser tomadas com base na elaboração do fluxo de caixa:
	Concordo fortemente
	0%
	Concordo
	100%
	Indiferente
	0%
	Discordo
	0%
	Discordo fortemente
	0%
Tabela 6: Decisões baseadas no fluxo de caixa. fonte: Autor
	Todos os pesquisados concordam que as decisões financeiras da organização devem ser baseadas na elaboração do fluxo de caixa. Silva (2013) afirma que ¨O administrador financeiro deve ter sempre o fluxo de caixa atualizado, assim fica mais fácil visualizar possíveis problemas financeiros e tomar as medidas cabíveis para solucionar ou evitar tais problemas.¨
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O presente artigo teve por objetivo abordar a projeção do fluxo de caixa como importante ferramenta gerencial para a tomada de decisão. 
	Dentre as inúmeras atividades pertinentes aos gestores financeiros, a elaboração do fluxo de caixa é considerada como uma das principais, bem como, sua administração eficiente contribuindo para a maximização dos resultados da organização e o correto cumprimento de suas obrigações.
	Para uma eficiente análise do fluxo de caixa projetado e realizado, conforme constatado, é preciso que o gestor financeiro tenha conhecimento de todo o negócio e, também se faz necessário que os setores transfiram as informações precisas para a elaboração do fluxo de caixa. Assim, é interessante frisar que os profissionais atuantes da área financeira, precisam constantemente atentar para o fluxo de caixa da organização.
	Portanto, comprova-se que o objetivo dominante do fluxo de caixa é atribuir uma perspectiva das atividades desenvolvidas pela organização, com relação às operações financeiras que são desempenhadas, e que representam o grau de liquidez da empresa. 
	Por conseguinte, percebe-se que o fluxo de caixa é uma substancial ferramenta no controle financeiro de uma empresa, no qual, por intermédio de planilhas e dados produzidos, possibilitam aos gestores recursos de intervenção ou melhorias na direção da administração financeira das empresas, incumbindo a este profissional a responsabilidade por manifestar possibilidades de evoluções e orientações de aplicações de recursos, que oportunizem a organização um subsídio financeiro que a favoreça dentro do mercado atualmente bastante competitivo.
	Conclui-se que a disponibilidade do nível do caixa da empresa pode evidenciar a diferença entre o sucesso e o fracasso da organização, pois no atual cenário econômico, a concorrência é elevada entre as empresas e um único detalhe pode diferenciar. Um eficiente fluxo de caixa pode ser resolutivo para seu resultado. 
REFERÊNCIAS
CAVALCANTE, J. Carlos. Guia do Empreendedor. Fascículos nº 4 – Fluxo de Caixa e Custos na Pequena: 2006.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisas. 4ª ed. São Paulo: Atlas 2002.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 3ª ed. São Paulo: Harbra, 1987.
ROSS, Stephen A. et al. Administração financeira. Tradução Antônio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1995.
SANTOS, Edno Oliveira. Administração Financeira da Pequena e Média Empresa. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2001.
SÁ, Carlos Alexandre. Fluxo de Caixa A Visão da Tesouraria e da Controladoria. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2006.
SILVA, Edson Cordeiro. Como Administrar o Fluxo de Caixa das Empresas. 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2013.
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa: Uma decisão de planejamento e controle 
financeiro. 10ª Ed. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2004.

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