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Aristóteles, o último grande filósofo do período sistemático, havia morrido e, após ele, o que se formou foi uma série de correntes filosóficas divergentes (voltadas para a questão da conduta e da ação humanas), conhecidas como filosofias helenísticas. As principais correntes filosóficas desse período vão tratar da intimidade, da vida pessoal e interior do ser humano. Formulam- se, então, diversos modelos de conduta, “artes de viver”, “filosofias de vida”. . Para o epicurismo, o homem vive dividido entre duas possibilidades básicas: o prazer e a dor. Sua felicidade, assim, consiste em obter o maior prazer e a menor dor possíveis. Isto, porém, não significa que o epicurismo seja hedonismo, ou seja, uma busca desenfreada por prazer. Ao contrário, segundo Epicuro o prazer pode ser dividido em 3 tipos: --- naturais e necessários (comer, quando está com fome) --- naturais e não necessários ( comer doce além da conta) --- não naturais e não necessários ( ganhar fama) Naquela época, existiam 4 tipos de medo: -- medo dos deuses -- da dor -- da morte -- de não ser feliz na vida Se uma pessoa, pudesse superar e passar a vida sem esses 4 tipos de medo, ela estaria chegando a sabedoria . . O estoicismo é a corrente filosófica de maior influência do período helenista. Para o estoicismo, a felicidade humana consiste na ataraxia, tranquilidade da alma, ou apatheia, ausência de perturbações. Tal tranquilidade é obtida quando o homem, guiando-se por sua razão, vence o poder das paixões e sentimentos sobre seu ânimo. Toda a realidade é guiada pela razão (toda a natureza, os indivíduos, os seres), sendo assim, um desencontro com a razão (entrega as paixões) traz infelicidade. Até aquilo que chamamos de Deus é racional, sendo a fonte dos princípios que regem a realidade. Preza pela subordinação ao destino como condição imperturbabilidade do espírito (aceitar o seu destino; aceitar que dói menos) ‘’torna-te o que es’’ Integrado à natureza, não há para onde o ser humano fugir nem onde se esconder, além do mundo onde vivemos. Reconhecendo a razão que guia o mundo, o dever do homem é seguir essa razão para alcançar a felicidade. Frente aos sobressaltos da vida, é preciso aceitar e compreender os princípios racionais que regem a existência. . Para o ceticismo, tudo é duvidoso, questionável e não se pode ter certeza de coisa alguma. Assim, as crenças convictas e firmes, seja no atomismo, na razão universal ou em qualquer outra coisa, muito mais do que satisfação, geram dor e incômodo, uma vez que podem sempre ser postas em xeque. A felicidade, portanto, encontra-se não em agarrar-se a uma visão de mundo específica, mas em perceber a relatividade de todas as crenças e suspender o juízo a respeito de tudo. Para Pirro, o verdadeiro sábio é aquele que se fecha em si mesmo e silencia, isto é não emite nenhum juízo. Só isso lhe trará felicidade. Tais pensadores, por isso, viviam de maneira totalmente anárquica: sem teto, nas ruas, como mendigos. Os cínicos vivem daquilo que a natureza da, tinham desapego a tudo, até mesmo da fala ( falar o que quiser sem se preocupar, ser franco) Ceticismo: teoria que duvida da verdade e da possibilidade de encontrá-la
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