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Cominação das Penas

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DA COMINAÇÃO DAS PENAS
Penas privativas de liberdade
Art. 53. As penas privativas de liberdade têm seus limites estabelecidos na sanção correspondente a cada tipo legal de crime.
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A cominação é a prescrição de pena correspondente a determinado delito. O direito brasileiro prevê a sanção penal em cada tipo penal. A norma penal é composta pelo preceito (contém a proibição ou comando) e pela sanção (preceito secundário, constituindo a ameaça de punição a quem violar o preceito primário). As penas privativas de liberdade se encontram cominadas na sanção, estabelecendo os seus limites em cada tipo penal. 
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Penas restritivas de direitos
Art. 54. As penas restritivas de direitos são aplicáveis, independentemente de cominação na parte especial, em substituição à pena privativa de liberdade, fixada em quantidade inferior a 1 (um) ano, ou nos crimes culposos. 
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As penas restritivas de direitos são autônomas e substitutivas da pena privativa de liberdade. São substituíveis as penas inferiores a um ano ou quando os crimes são culposos. A sua aplicação se dá no momento da condenação, quando individualizada a pena concretizada na sentença, o juiz examina a possiblidade de substituição ou no momento da execução da pena, quando presentes os requisitos objetivos e subjetivos elencados pelo art. 180 da Lei de Execução Penal. 
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Art. 55. As penas restritivas de direitos referidas nos incisos III, IV, V e VI do art. 43 terão a mesma duração da pena privativa de liberdade substituída, ressalvado o disposto no § 4º do art. 46.
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O limite de duração das penas restritivas será igual a que teria pena privativa de liberdade substituída, não pode ter duração superior nem inferior, ressalvada a hipótese do §4º do art. 46, que se refere à possibilidade de cumprir a pena de prestação de serviços comunitários em menor tempo, desde que essa possibilidade esteja explicitamente expressa na decisão que substitua a pena.
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Art. 56. As penas de interdição, previstas nos incisos I e II do art. 47 deste Código, aplicam-se para todo o crime cometido no exercício de profissão, atividade, ofício, cargo ou função, sempre que houver violação dos deveres que lhes são inerentes.
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É indispensável, como pressuposto necessário para a aplicação da pena de interdição, que o crime tenha sido praticado no exercício das atividades referidas e com violação dos direitos inerentes de tais atividades, é necessário que o crime praticado esteja diretamente relacionado com o mau uso do direito interditado, caso contrário, há violação do cidadão de exercer livremente a profissão escolhida. É obrigação da autoridade competente (e faculdade do particular) comunicar ao juiz da execução o descumprimento da interdição, e caso essa inobservância seja injustificável, a pena de interdição se converterá em pena de prisão. 
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Art. 57. A pena de interdição, prevista no inciso III do art. 47 deste Código, aplica-se aos crimes culposos de trânsito. 
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A suspensão da habilitação do motorista é a pena aplicável nos crimes culposos de trânsito, é uma pena específica prevista especialmente para esse tipo de crime, substituindo uma pena de prisão. Não se confunde com a inabilitação (art. 92, III), este sendo o efeito extrapenal decorrente do uso do veiculo para a prática de um crime doloso. A inobservância deste tipo de interdição constitui causa de conversão em pena de prisão.
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Pena de multa
Art. 58. A multa, prevista em cada tipo legal de crime, tem os limites fixados no art. 49 e seus parágrafos deste Código. 
Parágrafo único. A multa prevista no parágrafo único do art. 44 e no § 2º do art. 60 deste Código aplica-se independentemente de cominação na parte especial.
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A doutrina considera equivocado o dispositivo ao informar que a multa tem seus limites fixados somente no art. 49 e seus parágrafos. A doutrina também inclui o §1º do art. 60, aplicável tanto à multa prevista nos tipos legais de crime como nas multas substitutivas. A cominação das multas substitutivas não se encontra prevista nos respectivos tipos penais, mas tão somente no art. 44, parágrafo único e no art. 60, §2º, junto ao parágrafo único do art. 58.

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