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Tutela provisória Trata-se da incorporação do processo cautelar autônomo aos processos de conhecimento e de execução, resultando nas chamadas liminares (sinônimo), que podem ser obtidas, geralmente no início de qualquer procedimento, para a antecipação do mérito ou de parte dele, de forma não definitiva. A tutela provisória é proferida mediante cognição sumária, ou seja, o juiz, ao concedê-la, ainda não tem acesso a todos os elementos de convicção a respeito da controvérsia jurídica. A concessão da tutela provisória é fundada em juízo de probabilidade, ou seja, não há certeza da existência do direito da parte, mas uma aparência de que esse direito exista. A liminar é uma quebra ao PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO. Quem pode [pedir]: a. autor (normal) b. réu: Na reconvenção OU no processo de execução sincrética. c. custos juris (Ministério Público). eis que todo aquele que alegar ter direito à tutela jurisdicional estará legitimado a requerer a tutela provisória, trata-se de uma regra sem exceções (DIDIER, 2009. p. 552). Requisitos para concessão: são requisitos cumulativos a. Periculum in mora: perigo da demora. b. Fumus boni juris: Fumaça do direito, quando o pedido está aparentemente certo. c. Reversibilidade: Pode ser possível o retorno ao status quo ante, caso no curso do processo se constate que deva ser alterada ou revogada a tutela dada antecipadamente. CLASSIFICAÇÃO Principais classificação de tutela provisória: 294-311 (critério): Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. a) De Urgência: “perigão da demora e fumacinha do bom direito”. A tutela provisória de urgência é o instrumento processual que possibilita à parte pleitear a antecipação do pedido de mérito com fundamento na urgência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. Quando será concedida a tutela de urgência? Espécies: • antecipada ou satisfativa: as tutelas antecipadas têm por objeto assegurar e antecipar à parte autora o próprio direito material. Ex.: cirurgia. • cautelar ou garantidora: conferem à parte a possibilidade de obter, mediante provimento de urgência, ferramentas para assegurá-lo. Elas não recaem sobre o mérito em si, mas sobre os instrumentos que asseguram a efetividade do mérito e do processo. É o caso, por exemplo, do provimento jurisdicional que confere à parte o direito de acesso a provas documentais necessárias à discussão de mérito que estejam em poder de terceiros. Ex.: arresto. Requerimento tem a ver com procedimento. O pedido tem a ver com o mérito, por isso na tutela provisória, deve-se pedir algo. Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. Satisfazer → (“antecipada”) Assegurar (“cautelar”) b) De Evidência: “periguinho da demora e fumação do bom direito”. Na tutela provisória de urgência deve-se levar em consideração a evidência do direito. Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo [...]. Ex.: reajuste de categoria Obs.: Princípio da fungibilidade – Se a pessoa errou no pedido, o juiz pode proceder entende-se como certo, pois deve levar em conta o pedido e não a formalidade. O CPC/15 preocupar-se mais com o mérito que com o formalismo.
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