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APOSTILA DO ALUNO INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO CENÁRIO DO COVID-19 PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO Identidade Cultural SÃO PAULO 2021 2 ROGER HEBER NASCIMENTO DE SOUZA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NO CENÁRIO DO COVID-19 PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO Identidade Cultural SÃO PAULO 2021 Proposta de Projeto para aplicação em estágio a ser realizado na escola: E.E. Maria José Referente ao 6º semestre do Curso de Artes Visuais Licenciatura da Universidade Faculdades Metropolitanas Unidas Stamp Stamp 3 “Um povo sem conhecimento, saliência de seu passado histórico, origem e cultura, é como uma arvore sem raízes.” Bob Marley - 4 SUMÁRIO MODULO I IDENTIDADE CULTURAL ....................................................................... 9 1.1 Aula 1: Identidade Cultural ............................................................................ 10 1.2 Aula 2: Identidade, diferença e representatividade. .................................... 11 1.3 Aula 3: Cultura ancestral influencia e transformações .............................. 13 1.4 Aula 4: Cultura Afro Brasileira ...................................................................... 14 1.5 Aula 5: Cultura e Arte Indígena ..................................................................... 15 MODULO II ARTE NO BRASIL ................................................................................ 16 2.1 Aula 1: Wiphala .............................................................................................. 17 2.2 Aula 2: Arte Pré-Cabralina ............................................................................. 19 2.3 Aula 3: A arte pré-Colombian ........................................................................ 20 2.4 Aula 4: Maia, Incas e Astecas. ...................................................................... 21 2.5 Aula 5: A representação da população indígena pelos europeus. ............ 24 MODULO III ARTE E CULTURA NO BRASIL ......................................................... 26 3.1 Aula 1: Arte e cultura no Brasil ..................................................................... 27 3.2 Aula 2: Barroco e Rococó no Brasil ............................................................. 29 3.3 Aula 3: Neoclassicismo, Romantismo, Realismo no Brasil ....................... 30 3.4 Aula 4: Modernismo e arte contemporânea no Brasil ................................ 33 3.5 Aula 5: Artistas representantes .................................................................... 35 MODULO IIIV ARTE CONTEMPORENA NO BRASIL ............................................. 39 4.1 Aula 1: Arte conceitual .................................................................................. 40 4.2 Aula 2: Performances .................................................................................... 40 4.3 Aula 3: Artes urbana ...................................................................................... 41 4.4 Aula 4: O grafite no Brasil ............................................................................. 42 4.5 Aula 5: Artivismo e politica ........................................................................... 43 REFERENCIAS ......................................................................................................... 46 5 ROGER HEBER NASCIMENTO DE SOUZA R.A. 7093890 ARTES VISUAIS LICENCIATURA CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 1. Área: Artes Visuais 2, Título: Intervenção pedagógica no cenário do COVID-19 para alunos do ensino médio 3. Faixa Etária: 17 anos. 4. Público-alvo: Alunos do Ensino Médio da EE Maria José CNPJ 51.216.562.0001/08 5. Carga Horária: 100 horas. 6. Tema e delimitação do tema: Identidade cultural – Compreender e saber identificar a arte como fato histórico contextualizado nas diversas culturas especialmente na história brasileira, valorizando o conhecimento sobre nossa ancestralidade através da reflexão crítica e experiências sensitivas observando o próprio 7. Problema de pesquisa: Com mais de um ano em tempos da pandemia a educação a distância tem sido nossa alternativa, com um panorama negativo também soubemos inovar nossos potenciais, buscando alternativas das quais os alunos posam interagir e explorar cada proposta. Este material tem o objetivo de promover uma experiência de aprendizagem dinâmica onde o aluno no seu isolamento pode manipular facilmente o conteúdo, interagindo com a reflexarão de textos trabalhando o pensamento crítico, mídias trabalhando a aprendizagem ativa e a pratica artística que promoverá criatividade e originalidade. 8. Justificativa: A Apostila identidade cultural, será um meio pelo qual o aluno verá arte como linguagem e representação de nossa herança cultural, primeiramente tendo Stamp 6 presente o contexto histórico dos povos originários, já introduzindo a valorização da cultura dos povos originários parte fundamental de nossa ancestralidade, logo destacando períodos cruciais das artes desenvolvidas no brasil desde antes da chegada da colonização europeia passando pelas principais manifestações artísticas , como o barroco, o modernismo e o contemporâneo, sempre evidenciando conceitos e definições a respeito do que é identidade e diferença, tal como a importância do sentimento de representatividade social. Através da arte o aluno entrará em contato com outros valores culturais, sabendo respeitar e refletir sobre o mesmo, e de forma clara entender como estes valores fazem parte da identidade do brasileiro hoje, cuja herança cultural é imensamente enriquecida com outras culturas e culturas novas formadas aqui mesmo, autenticas por assim dizer. Conhecendo a História, as artes e os valores os alunos também estarão formando o seu próprio caráter, Sensibilizados e abertos as propostas aqui apresentas poderão relacionar história com realidade, passado com presente, encontrar uma referência, um norte e se afirmar, preservando nossa identidade e a de si mesmo. 9. Objetivo: Desenvolver um conteúdo reflexivo contemplativo sobre identidade cultural, no qual os alunos possam se entender como parte de todo o contexto em que está inserido, possibilitando-lhes a elevação de seu potencial criador e, principalmente, a promoção do conhecimento individual. 10. Objetivos específicos: Conhecer através de técnicas artísticas da cultura brasileira, o valor da identidade cultural ancestral e social contemporânea. Estimular e incentivar os alunos, a partir de produções artísticas, experimentações e reflexões valorizar a diversidade, reconhecer sua identidade social, estimular sua criação artística e seu pensamento crítico. Compreender a si mesmo como sujeito histórico e consciente, que tal conhecimento permita uma visão mais crítica da realidade não só brasileira, mas global. 11.Cronograma de atividades 2/2021: Elaboração da apostila: 20 horas. 7 Conteúdo da apostila: 100 horas. Atividade JULHO-AGOSTO AULA 1 Aproximada mente 5 aulas de 50 minutos 4 horas AULA 2 6 aulas de 50 minutos 5 horas AULA 3 Aproximad amente 5 aulas de 50 minutos 4 horas AULA 4 Aproxima damente 5 aulas de 50 minutos 4 horas I.MÓDULO:IDENTIDAD E CULTURAL 1.1 Aula 1 Identidade cultural 1.2 Aula 2 Identidade diferença e representatividade 1.3 Aula 3 Culturas ancestral, influencia e transformações 1.4 Aula 4 Cultura Afro Brasileira 1.5 Aula 5 Cultura e arte Indígena II MODULO ARTE E CULTURA LATINO AMERICANA2.1 Aula 1 Wiphala 2.2 Aula 2 Arte pré- cabralina 2.3 Aula 3 A arte pré- colombiana 8 2.4 Aula 4 Maias, Incas e Astecas 2.5 Aula 5 A representação da população indígena pelos europeus III .MODULO ARTE E CULTURA NO BRASIL 3.1 Aula 1 Arte e cultura no Brasil 3.2 Aula 2 O Barroco e Rococó no Brasil 3.3 Aula 3 Neoclassicismo, Romantismo, Realismo no Brasil 3.4 Aula 4 Modernismo e arte contemporânea no Brasil 3.5 Aula 5 Artistas representantes IIIV.MODU.LO ARTE CONTEMPORENA NO BRASIL 4.1 Aula 1 Arte conceitual 4.2 Aula 2 Performances 4.3Aula 3 Artes urbana 4.4 Aula 4 O grafite no Brasil 4.5 Aula 5 Artivismo e politica 9 13. Resultados esperados: Que os alunos possam desenvolver a percepção e a imaginação, aprender mais sobre sua realidade a partir de conteúdos artísticos relacionados a arte brasileira. Que desenvolvam a capacidade crítica, permitindo-os analisar a realidade percebida e que com a criatividade possam transformar a realidade que foi analisada. Que a experiência entre analisar a história sobre a ancestralidade e a contemporaneidade estimule a reflexão, a discussão e opiniões sobre as identidades culturais como parte de suas origens e constituição pessoal. Que os alunos possam continuar reproduzindo trabalhos com as diversas técnicas apresentadas e continuar produzindo arte mesmo após o término da apostila. Que com a arte eles possam trabalhar o campo da fantasia e dos sonhos, criar e recriar mundos que os fortaleçam a cada dia, principalmente com o intuito de transformar a realidade a nossa volta, que os educandos compreendam melhor sua identidade e que usem isso para o fortalecimento e valorização da arte latino-americana. MODULO I IDENTIDADE CULTURAL Sobre o modulo: • Conhecer aspectos principais da diversidade cultural • Identificar aspectos cruciais próprios da própria identidade cultural • Conhecer aspectos árticos próprios da cultura do Brasil • Conhecer através da história da arte do Brasil a ancestralidade indígena e africana no período pré e pós colonial • Trabalhar a percepção crítica e reflexiva dos fatos históricos • Analisar e relacionar o conteúdo com a realidade presente Competências e habilidades BNCC: (EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço. (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e 10 europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. (EM13CHS601) Identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das populações afrodescendentes (incluindo os quilombolas) no Brasil contemporâneo considerando a história das Américas e o contexto de exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e econômica atual, promovendo ações para a redução das desigualdades étnico-raciais no país. 1.1 Aula 1: Identidade Cultural A identidade cultural caracteriza as pessoas pelo modo de agir, de falar, é como se as “rotulasse” a partir dos modos específicos de sua cultura. A cultura é fruto da miscigenação de diferentes povos que introduziram seus hábitos e costumes, com o contato de uma cultura e outra, pode gerar uma cultura ainda mais diferente. A identidade cultural move os sentimentos, os valores, o folclore e uma infinidade de itens impregnados nas mais variadas sociedades do mundo, e apresenta o reflexo da convivência humana. É um sistema de representação das relações entre indivíduos e grupos, que envolve o compartilhamento de patrimônios comuns como a língua, a religião, as artes, o trabalho, os esportes, as festas, entre outros. É um processo dinâmico, de construção continuada, que se alimenta de várias fontes no tempo e no espaço. Como consequência do processo de globalização, as identidades culturais não apresentam hoje contornos nítidos e estão inseridas numa dinâmica cultural fluida e móvel. No Brasil, desde a época dos descobrimentos no século XVI, os principais povos que constituíram a cultura brasileira foram os portugueses, os africanos e os índios. Portanto, a cultura brasileira é o resultado da miscigenação de diversos grupos étnicos, e, além dos três principais, a população brasileira é formada por imigrantes. Visto que o Brasil apresenta dimensões continentais, cada região do país desenvolveu sua cultura e, de modo geral, a Nação foi se aproximado em diversos aspectos, os quais foram primordiais para identificar algo em comum entre nós brasileiros. Atividade 1. https://www.todamateria.com.br/cultura-brasileira/ https://www.todamateria.com.br/miscigenacao/ 11 Fonte: https://incrivel.club/inspiracao-gente/20-fotos-comicas-que- representam-o-brasil-mais-do-que-futebol-e-samba-1058810/ Qual a ancestralidade de sua família? Com base na sua resposta crie uma produção artística que represente uma tradição de sua família. Por exemplo: um poema, um desenho, uma canção etc. Atividade 2. Crie um símbolo com três elementos que represente sua personalidade 1.2 Aula 2: Identidade, diferença e representatividade. A identidade cultural no mundo globalizado possui diferentes identidades culturais e suas representações revelam como a subjetividade está sujeita a influência social e cultural. A representatividade vem sendo um pilar estratégico para a inclusão de diversidades, lembrando que quando necessitamos falar de inclusão é porque já existe uma exclusão. Quantas grandes obras de arte da história da humanidade trazem a imagem de pessoas negras como centro de suas representações? Quantos escritores, poetas, músicos, políticos negros você conhece. Neste sentido, resinificarmos nossos olhares diante de padrões históricos euro centrados. Logo, representatividade, quando se fala em inclusão de diversidades, é algo fundamental para espelharmos a demografia de nossa sociedade nos amplos espaços de poder que frequentamos. 12 O importante é evidenciar a presença de pessoas negras e enfrentar os obstáculos e as barreiras postas pelo racismo e imersas na militância e sua sabedoria saber identificar com precisão os obstáculos e desenvolver estratégias que contribuam o desenvolvimento social e cultural. Atividade 1. Passar diante dos alunos uma caixa com um único orifício para que se possa olhar dentro com um olho, dentro da caixa haverá um espelho. A caixa passará de mão em mão de um aluno a outro, o aluno receberá a caixa ouvindo a seguinte frase: “que lindo!”, olhará para dentro da caixa em silencio, e passará para o próximo repetindo para o companheiro a mesma frase. Após a caixa passar por todos, haverá um momento par ase compartilhar o que se sentiu na dinâmica , seja sobre receber a caixa, sobre os olhares recebidos, sobre todas as sensações ali percebidas. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/624874517018934329/ Materiais: • Caixa de papelão • Espelho • Tesoura • Fita adesiva Atividade 2 Assistir ao vídeo. Link: https://www.youtube.com/watch?v=b-2b2JKp-0k 13 Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/curta-ser-diferente-especial/ Após o vídeo abrir um espaço para um debate, para que os alunos possam identificar do desenho os momentos que representaram exclusão ,e se (sem mencionar nomes) eles se sentiram assim na sala de aula ou na comunidade. 1.3 Aula 3: Cultura ancestral influencia e transformações Conceitos como cultura e civilizações se contrapõem às noções indígenas de culturas e tradição, hoje tão abaladas com as transformações e mudanças que lidam ao resistirem ate os dias de hoje. A figura do índio no Brasil e o espaço que ele ocupa na sociedade brasileira têm sido concebidos também de modo mutante. Em um primeiro momento, pensa-se o índio como parte da formação da sociedade brasileira, tratando-o, como importante, no passado, para a constituição da singularidade nacional; o foco está, assim, no índio como nosso antepassado, nas heranças que deles recebemos, seja genética, seja cultural, seja na importância que ele teve para a adaptação do colonizador europeu ao novo meio. Até certo ponto foi o no passado significante porem também foi passado desvalorizado e destruído, hoje são sobreviventes e infelizmente ainda signo de resistência. A Luta deles é de perda territorial, perda cultural e social, precisam encontrar um modo de ser nesse mundo tão expansivo e dominante, vivendo uma politica integracionista e respeitosa, divulgar sua cultura guardando suas tradições não de forma imutável pois as mudanças são inevitáveis mais seguramente de forma a perdurar os valores mais significativos. 14 Atividade 1. Fonte: https://m.facebook.com/apeoc/posts/4105786362820005 Para algumas pessoas ainda é difícil de acreditar que ainda vivem descendentes dos povos originários, para outros muito difícil que deixem de chama-los de índios, para outros com muita vergonha que ainda digam que são selvagens ou que são animais, ignorâncias atuais que não conhecem as sabedorias que estes povos guardam em suas tradições e costumes, diversidades nunca foi sinônimo de inferioridade talvez sim de medo. Você conhece alguma luta indígena atual? Conhece algum nome de Tribo indígena? Atividade 2. Pesquise na internet sobre a arte da ASSEMBLAGE e construa uma produção artística em um papel canson A4 com elementos naturais representando algum povo originário. 1.4 Aula 4: Cultura Afro Brasileira As principais características da cultura afro-brasileira estão expressas nos diversos aspectos e elementos culturais presentes em todo o território nacional Uma das características da arte africana ponto que iremos ressaltar agora, é o fato de ser produzida dentro de sociedades tradicionais. 15 Suas formas artísticas mais antigas são as pinturas, gravações em pedra e esculturas de argila e bronze, que refletem fielmente histórias, mitos, crenças e costumes desses povos. Para produzir os objetos artísticos, eram usados marfim, madeira, ouro e bronze, baseadas nas histórias, crenças, lendas e na filosofia africana A escultura é a mais importante manifestação artística desses povos, que utilizam, para confeccionar suas peças, madeira associada a outras técnicas, como pintura, colagem e cestaria. Entre os objetos produzidos, as máscaras são as formas mais conhecidas e são usadas em rituais carregados de misticismo e crenças. Atividade 1. Pesquise na internet 3 manifestações artísticas de origem africana que estão presentes na cultura brasileira até hoje. 1.5 Aula 5: Cultura e Arte Indígena Cultura indígena é o conjunto de valores, conhecimentos, crenças e costumes dos povos nativos do Brasil. Importante destacar que não existe uma única cultura indígena, mas uma enorme diversidade cultural representada por civilizações autônomas, com modos de pensar e agir únicos. A arte indígena é muito rica, composta por diversos elementos carregados de simbologias antigas e sabedorias sagradas recebidas de seus antepassados. As produções indígenas mais comuns à maioria das etnias brasileiras são: cerâmica, pintura corporal, máscaras, cestaria e arte plumária. Objetos decorativos e utilitários, adornos, acessórios, armas e instrumentos musicais também fazem parte da arte produzida pelos povos indígenas. Atividade 1 16 Fonte: https://br.pinterest.com/pin/287456388702943483/ Pratique em um papel canson seguimentos de grafismos indígenas como no exemplo acima para realizar a atividade 2 Atividade 2. Fonte:https://tarcisiobrandao.tumblr.com/post/23510136419/ Realize um autorretrato com linhas de grafismo indígena MODULO II ARTE NO BRASIL Sobre o modulo: Buscar uma identidade própria descende da herança social da era colonial com a mistura dos três povos precursores da colonização, o branco português, o índio e o africano. 17 Reconhecer que a miscigenação proporcionou a formação da identidade cultural através de traços marcantes do jeito brasileiro de cada região e a reafirmação Perceber que os movimentos artísticos, antes desprezados pela sociedade, hoje mostram-se cada vez mais importantes na inclusão de ritmos e danças à cultura das novas gerações. As pinturas ganharam mais espaço, principalmente após a Semana de Arte Moderna que trouxe ao mundo o Modernismo, o primeiro movimento verdadeiramente brasileiro. Competências e habilidades BNCC: (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas. (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. (EM13CHS605) Analisar os princípios da declaração dos Direitos Humanos, recorrendo às noções de justiça, igualdade e fraternidade, identificar os progressos e entraves à concretização desses direitos nas diversas sociedades contemporâneas e promover ações concretas diante da desigualdade e das violações desses direitos em diferentes espaços de vivência, respeitando a identidade de cada grupo e de cada indivíduo 2.1 Aula 1: Wiphala A bandeira Whipala é quadricular com 49 quadrados ela é utilizada em atividades, rituais e cerimonias por algumas etnias das cordilheiras dos Andes (Sul américa). As cores do símbolo podem mudar de posição em função do povo andino representado. Existem quatro tipos de Whipalas na América do Sul, a Collasuyu, no Chile, Argentina, Bolívia, Bolívia e Peru: a Antisuyu, na Bolívia, Peru, Equador e Colômbia: a Chinchasuyu, no Peru, Equador e Colômbia e a Cuntisuyu em algumas zonas do Peru. Cada uma tem uma cor diferente na diagonal do centro. 18 A origem do desenho é incerta e desconhecida. A palavra Whipala significa, em idioma Aymará, objeto flexível, ondulado e quadriculado, não se sabe exatamente a data da sua criação porem a data a existência da Whipala é Antiga e pertence a todos os povos indígenas do império Inca. Originalmente a bandeira surgiu com um sentido pacifico, mais se converteu em símbolo de resistência desde a chegada dos espanhóis. Antigamente a bandeira tinha significado agrícola, têxtil, festivo e como calendário. A explicação da cor remete a união de dois arco-íris Os Brasileiros se uniram a causa que a bandeira representa de forma solidaria para denunciar o racismo de quem ordena a repressão do povo irmão, dos povos originários, multidões têm saído as ruas para defender a democracia assumindo também a representação dos valores da Whipala durante suas manifestações como gesto de inclusão reconhecimento perante os povos indígenas historicamente marginalizado. Atividade 1 Fonte:https://r.search.yahoo.com/_ylt=AwrJ6tUC72VhySwAgiH.6Qt.;_ylu=c2Vj A2ZwLWF0dHJpYgRzbGsDcnVybA/RV=2/RE=1634099074/RO=11/RU=https%3a% 2f%2fsalaamarilla2009.blogspot.com%2f2016%2f10%2fwiphala-origen-significado-y- propuesta.html/RK=2/RS=rtS9xgQE2EXcqP5pDBSyoOfUBeo- Os mapuches,os povos originários, não tem reconhecimento constitucional de modo que, suas terras são usurpadas por hidroelétricas, mineradoras, construtoras de estradas, industrias etc. Assim a Wiphala não é só um símbolo de resistência mais também um pedido de paz. 19 Com base nas informações construa em dupla 3 letreiros com as cores da Wiphala demonstrando solidariedade com a causa e seu significado 2.2 Aula 2: Arte Pré-Cabralina A Arte Pré- Cabralina é a arte anterior à chegada de Pedro Alvares Cabral ao Brasil. A história pré-cabraliana do Brasil se refere a uma etapa da História do Brasil que se iniciam com o primeiro povoamento do território atualmente compreendido pelas fronteiras do Estado Nacional brasileiro com inicio, acredita-se hoje, há 60 000 anos e término no ano de 1500. O Brasil pré-cabraliano recente costuma ser estudado através das línguas nativas. Com efeito, o estudo sobre essas línguas permitem compreender inúmeros aspectos das culturas pré-cabralianas, além de seus parentescos históricos e de suas migrações. Apenas um grupo pré-cabraliano recente foi associado aos achados antigos: os grupos da família linguística Tupi-Guarani. Estes, na época da chegada dos europeus, dominavam o atual litoral brasileiro, conhecido por “Pindorama”. Atividade 1 Pindorama é o local mítico dos povos tupis-guaranis, que seria uma terra livre dos males, seria o nome que os nativos chamavam as terras brasileiras, terra dos palmares . 20 Fonte:https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.pintere st.com%2Fpin%2F372461831669285473%2F&psig=AOvVaw0Ny5oeBdfxIVTw6cQa ZYhH&ust=1634158921240000&source=images&cd=vfe&ved=0CAkQjhxqFwoTCLiT -NTixfMCFQAAAAAdAAAAABAE Se baseando no alfabeto Tupi- Guarani crie uma paisagem com os elementos imaginando o lugar que os dos palmares livre do mal. 2.3 Aula 3: A arte pré-Colombian Consideram-se arte pré-colombiana as manifestações artísticas dos povos nativos da América espanhola antes da chegada de Cristóvão Colombo, em 1492, nesse sentido, estamos nos referindo, principalmente, aos povos Maias, Incas e Astecas. Tudo o que resta das grandes civilizações do período anterior à colonização do continente americano pelos europeus é sua "arte" Neste caso "arte" compreende objetos com funções definidas, em geral mágica ou religiosa, e também artigos belos, criados para decoração. Fazem parte do universo artístico dessas civilizações tanto os templos e casas quanto as esculturas, relevos, pinturas, utensílios domésticos, objetos ornamentais, amuletos e tecidos. De autoria desconhecida, as obras são realizadas por artífices, cuja tarefa é transpor para os materiais (pedra, barro, metal etc.) padrões de representação predeterminados pelas crenças ou ciências de cada povo. Atividade 1 21 Fonte:http://3.bp.blogspot.com/-AzhzYWaKOtE/U vldsPVpHI/AAAAAAAADLE/rEYRJfaS5oo/s1600/digitalizar0005.jpg ZOOMORFISMO: A escultura Rainha de Uxmal, representada através de uma figura humana saindo da boca de uma serpente, fazia parte da decoração de um templo maia. Foi-lhe atribuída a denominação “rainha" por pesquisadores do século XIX. Em um papel canson A3 criar um personagem metade humano e metade animal. Atividade 2 Pesquisar na internet duas culturas que também possuem o zoomorfíssimo presente em suas tradições. 2.4 Aula 4: Maia, Incas e Astecas. Na região da Mesoamericana (que compreende o México e parte da América Central) e na região andina (atual Peru) desenvolveram-se três das maiores culturas pré- colombianas: os maias, incas e astecas objetos de estudos dessa aula. Maias: Encontravam-se na região das florestas tropicais da atual Guatemala, Honduras, Península de Yucatán (México) e Belize. Entre os séculos IV a.C e IX d.C. Conceitos matemáticos, astronômicos e no desenvolvimento da escrita. Seus principal deus foi ITZAMNA - inventor da escrita, do calendário e o criador dos rituais religiosos. As pinturas eram feitas em murais e objetos de cerâmica, usando diversas técnicas. Destaque para os murais do Templo de Bonampak,nas esculturas usavam a pedra calcária e a massa corrida (estuque) no revestimento de templos com representações zoomórficas e simbólicas de deuses. Destaque para as estelas comemorativas e os hieróglifos esculpidos em Pedra. Arquitetura Fizeram vias pavimentadas que ligavam os centros administrativos. Construíram templos erigidos sobre pirâmides escalonadas, palácios e estruturas para jogos de bola. Destaca-se os sítios de Palenque e Chichén Itzá. 22 Incas: Se encontravam na região do atual México Entre os séculos XIV e XVI se destacavam por seus Sacrifícios humanos: nas ruínas do Templo Maior, no centro da Cidade do México, foram contados mais de 140 mil caveiras esculpidas seu principal deus era QUETZALCOATL - representa a vida, a abundância da vegetação, o alimento físico e espiritual. Na pintura Destacavam-se os afrescos que decoravam as paredes internas dos palácios cuja temática girava em torno da religião e da mitologia com representação de divindades e guerreiros e nas esculturas máscaras de pedra decoradas com fragmentos de coral ou pedras semipreciosas; Vasos trípodes de cerâmica e estuque decorados com afrescos. Na arquitetura fundaram a cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México) com vários templos e palácios feitos de pedra, madeira, junco, tijolos e até palha. Astecas: Região da Cordilheira dos Andes (América do Sul) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador Século XIII. Se destacavam por sua exuberância dos trabalhos em ouro e a Cidade de Macchu Picchu, no Peru. O principal deus era INTI - deus do Sol que exercia a soberania no plano divino, por isso são conhecidos como “filhos do Sol”. Na pintura predominou as confecções geométricas de grande colorido em tapeçaria e bordados. Na escultura Vasos de cerâmicas usados para transportar líquidos e vasos cerimoniais feitos de madeira. A ourivesaria e a tecelagem também tiveram considerável desenvolvimento. Na arquitetura construíram paredes ligeiramente inclinadas para o interior para evitar desabamento. Fizeram calçamentos, templos, palácios e observatórios astronômicos. Destaque para a Cidade de Machu Picchu, no peru. Atividade 1 A trilogia Inca em Machu Picchu · Os incas representavam sua visão de mundo do mundo nesses três animais: a serpente, o puma e o condor 23 Fonte:https://shop2.onlineshops2021.ru/?c=trilogia%20inca%20puma%20con dor%20serpente Fonte: pt.dreamstime.com/ilustração-stock-o-asteca-histórico-símbolos-do- vetor-do-inca-teste-padrão-maia-do-templo-cultura-de-nativo-americano-assina- image83794068 24 Inspirado nas figuras acima sabendo que cada animal representa um valor, crie uma tabela de 12 animais com traços simples designando a eles valores sociais, humanos, que você vive ou gostaria de ver mais presente no seu cotidiano. 2.5 Aula 5: A representação da população indígena pelos europeus. A antiga frase: “uma imagem vale mais que mil palavras”, ainda possui efeito. A imagem tem a capacidade de transmitir informações através caminhos que um texto ou falas não alcançam. Ela foi um dos primeiros sistemas de representação de ideias, através de artistas viajantes (principalmente holandeses no século XVII, que mantinham ainda em suas obras os padrões da arte Renascentista e os artistas das expedições científicas, os da conhecida Missão Francesa e brasileiros ao longo do XIX – que trabalhavam com o estilo Neoclássico ou Acadêmico, que nada mais era que o retorno, também, ao estilo dos renascentistas, inspirando-se nas obras de Rafael Sânzio, foi criando-se ao longo do tempo o imaginário do Brasil. Este imaginário difundiu-se ao longo do processo interno de formação da nação com seus diferentes grupos étnicos. Padrões iconográficos, determinadospelas escolas de artes renascentistas do XV e as academias de artes surgida no período Neoclássico no século XIX serviam como base para pinturas de cidades, plantas e grupos nativos no Brasil, elaboradas por artistas que aqui passavam. As primeiras representações dos povos indígenas no Brasil são conhecidas do século XVI após o processo de contato com esses povos. A construção da imagem dos índios precisa ser analisada dentro de alguns aspectos como: a visão de paraíso criada desde a Idade Média, os imaginários quanto ao novo mundo e os mistérios que o envolviam. A chegada de Cabral ao território brasileiro criou o estranhamento. Pode se dizer que o medo do desconhecido foi vencido pela curiosidade do novo. Dizemos com isto que havia uma construção “Edênica” do que seria este paraíso inocente, reafirmado através da nudez indígena (uma das maiores marcas da ausência de malícia e pudor na concepção europeia). Sabe-se de uma série de relatos de viajantes que apresentavam o índio brasileiro como seres gigantes, temidos e a definição que mais ganhou espaço: selvagem. Esta definição alimentou uma série de ideias que se perpetuaram alternando conforme as mudanças sociais. Perguntar como este imaginário foi construído é interessante. 25 Alguns escritos sobre o índio brasileiro foram elaborados em alguns momentos por homens que nem mesmo passaram no Brasil. Muitos eram feitos com base em histórias de marinheiros. Outros, por não conhecerem anteriormente a flora e a fauna brasileira, criavam em contato com ela os mais vastos relatos imaginários. Fonte: https://www.ufrb.edu.br/mphistoria/images/Disserta%C3%A7%C3%B5es/Turma_201 4/Agla_Mendes_de_Melo_Lessa.pdf 26 Fonte: https://www.itaucultural.org.br/espaco-olavo-setuba Ocupando dois andares do Itaú Cultural, em São Paulo, SP, em um total de 514 metros quadrados, o Espaço Olavo Setubal foi inaugurado em dezembro de 2014. A exposição permanente reúne obras de duas coleções específicas do maior acervo de arte de uma companhia privada da América Latina: Brasiliana Itaú e Itaú Numismática, em uma das salas está exposta a pare “Os índios como parte da Fauna Brasileira”, ou seja em uma classificação os povos originários são visto como animais, classificação admirada, não trabalhada na sociedade e exaltada com vergonha até pelo presidente da republica Atividade 1 Com base nas duas figuras faça uma produção artística que represente com orgulho suas origens nos povos originários, respeitando a diversidade como a riqueza humanitária. MODULO III ARTE E CULTURA NO BRASIL https://www.itaucultural.org.br/espaco-olavo-setuba 27 Sobre o modulo: • Reconhecer o pluralismo sociocultural que faz das artes um dos tecidos possíveis num emaranhado de retalhos a que podemos chamar de realidade. • Entender que a estética modernista pôde nos oferecer a grandeza da descoberta de um Brasil interiorano • Reconhecer que cena contemporânea nos mostra que essa alteridade, geograficamente longínqua, pode estar localizada nas cidades e nas periferias, e, mais do que isso, na subjetividade de cada artista. • Identificar as vozes indistintas, celebrando a memória em tribos e tipos urbanos de heterogênea coletividade e assim denominar a identidade de si em um todo. Competências e habilidades BNCC: (EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e estrangeiros de 59 diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético. (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. 3.1 Aula 1: Arte e cultura no Brasil A cultura brasileira é riquíssima, graças à miscigenação das culturas indígenas, africanas, europeias, latino-americanas e asiáticas da nossa sociedade. Arte brasileira é o termo utilizado para designar toda e qualquer forma de expressão artística produzida no Brasil, desde a época pré-colonial até os dias de hoje. Nas artes cênicas brasileiras destacam-se as danças, o teatro e os espetáculos circenses. Segundo os documentos e arquivos históricos, o padre José de Anchieta fez uso da arte teatral para atrair a atenção e ganhar a empatia dos índios, e 28 catequizá-los. Nos séculos posteriores o teatro brasileiro se diversificou com peças espanholas e portuguesas trazidas pelos colonizadores. Já as danças brasileiras receberam e ainda recebem influências vindas dos mais diversos países. As danças indígenas se misturaram às africanas, europeias, orientais e árabes, dando origem aos mais diversos estilos, como o Samba, o Frevo, o Baião, o Maxixe, a Gafieira, o Xaxado, o Forró, o Axé e o Fandango, por exemplo. Muitas dessas danças são folclóricas e tradicionais. Nas artes visuais brasileiras destacam-se as esculturas, artesanatos e danças das mais diversas etnias indígenas. Cada região brasileira possui arquiteturas, decorações, modas e artesanatos distintos. Nas regiões Sul e Sudeste, como em Minas Gerais e Santa Catarina, por exemplo, destacam-se as vasilhas, as jarras, os potes e as panelas feitas de barro, além dos utensílios feitos com folhas de bananeira. Também ganham destaque as colchas e tapetes confeccionados em tear manual e os artesanatos feitos de minérios, como os talhados em pedra-sabão. Na região Norte o bordado é bastante popular, e as cerâmicas de estilo único, com influência indígena, ganham destaque, como o estilo marajoara e a tapajônica. No estado do Amazonas, por exemplo, as artes confeccionadas com madeira, metais preciosos e sementes são bastante características da região Atividade 1. Pesquise na internet os gêneros musicais mencionados e identifique a origem de cada um. Fonte: https://cemmh.webnode.com.br/products/estilos-de-musica-do-brasil/ Atividade 2 29 Prepare para a próxima aula o link do vídeo de uma musica com letra de uma musica nacional que você mais admira e a letra da musica que seus pais mais admiram. 3.2 Aula 2: Barroco e Rococó no Brasil O Barroco foi uma tendência artística que se desenvolveu primeiramente nas artes plásticas e depois de manifestou na literatura, no teatro e na música. O berço do barroco é a Itália do século XVII, porem se espalhou por outros países europeus como, por exemplo, a Holanda, a Bélgica, a Franca e a Espanha. O barroco permaneceu vivo no mundo das artes até o século XVIII. Na América Latina, o barroco entrou no século XVIII. Um destes países foi o Brasil, onde se difundiram nos estados da Bahia, Minas Gerais e Pernambuco. O movimento brasileiro, influenciado pelos europeus apresentou suas próprias características, pois diferente da realidade de luxo e pompa da aristocracia, o Brasil vivia uma realidade de violência, perseguição dos povos originários e escravidão. No Brasil, o rococó e o barroco misturam-se. Portanto existe forte influência religiosa nas obras produzidas no país. A palavra Rococó é uma adaptação da palavra francesa “rocaille” que significa rocha. Que foi adotada para designar um estilo de marcenaria que se inspirava nas pedras naturais e suas formas côncavas O arquiteto, entalhador e escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, foi o grande representante dessa tendência nas artes plásticas, o estilo rococó predominava em suas esculturas de materiais típicos nacionais, como a madeira e pedra-sabão, como pintor temos Manoel da Costa Ataíde, mais conhecido como Mestre Ataíde, nas pinturas de seus santos, anjos e virgens que por vezes apresentavam traços mestiços, que pode ser considerado um dos precursores da artegenuinamente brasileira. Atividade 1. 30 Fonte: https://blogdosarteiros.wordpress.com/2016/11/30/esculturas-em- sabao/ O grande destaque do barroco foi utilizar matérias nacionais e começar a explorar a própria realidade. Pense em uma problemática do seu bairro, como falta de agua, violência policial, roubos, descriminação, e com a ajuda de uma espátula ( qualquer objeto com essa finalidade) tente esculpir em um sabão ou sabonete uma imagem que represente a problemática . Materiais: • Sabão ou sabonete. • Espátulas. 3.3 Aula 3: Neoclassicismo, Romantismo, Realismo no Brasil O Neoclassicismo foi um grande movimento artístico e cultural, que surgiu na Europa no início do século XVIII. O seu surgimento ocorreu logo após a Revolução Francesa e com o Iluminismo, sendo usado para rebater o Rococó. A arte deveria tornar-se eco das novas ideias da época. No Brasil, a onda neoclássica chegou no século XIX, derrubou os ideais Barrocos de grande influência religiosa e abriu caminhos a perspectivas novas para um país que ainda estava sob o domínio de Portugal, altamente explorado e controlado. Grandjean de Montigny arquiteto, ao chegar com a Missão francesa artística responsável pela criação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios- RJ, foi o destaque principal pela 31 reorganização das artes brasileiras, modernizando a metodologia de ensino e institucionalizando os padrões neoclássicos. Na escritura, a linguagem empregada na literatura é clara, sintética gramaticalmente correta e nobre: a principal expressão do movimento na literatura é o Arcadismo. Na pintura e escultura, a influência neoclássica está submetida ao romantismo, embora a sobriedade e o equilibro estejam lá para representar as ideias clássicos, as cores nos remetem a dramaticidade do romantismo. Dito isso, é importante destacar que, por aqui, graças as peculiaridades da época, o estilo acabou mesclando referencias do Romantismo e do Realismo e, por isso, o Neoclássico Brasileiro foi considerado “eclético”, pois não se apresentava em sua forma pura como aconteceu na Europa. O Romantismo no Brasil surge poucos anos depois da Independência do país, que aconteceu em 7 de setembro de 1822. Esse momento representou grandes mudanças sociais, culturais e econômicas para o Brasil. Se valorizou a cultura, a história e as tradições populares. Os três pontos do movimento são: o Indianismo, onde o índio é eleito herói nacional, puro e inocente: Geração Mal do século ou Byroniana, caracterizada pelo negativismo, pessimismo, egocentrismo, exaltação da morte e fuga da realidade: e geração Condoreira, caracterizada pela poesia libertaria e social. Esse período está associado ao condor, águia da cordilheira dos Andes, com o intuito de revelar sua mais importante característica: a liberdade. O grande foco dos escritores desse momento, foi os problemas sociais e também o abolicionismo O Realismo foi um movimento artístico do final do século XIX que se contrapôs ao estilo anterior, o Romantismo. No Brasil, tal estilo teve como marco inicial a publicação do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Uma corrente literária que dialoga com o Realismo é o Naturalismo, que retrata, em geral, a vida da população mais pobre. Em Portugal, Antero de Quental e Eça de Queiroz foram os principais escritores realistas. Na França, destacou-se Gustave Flaubert, que é considerado o pai do Realismo europeu. Ao contrário dos românticos, que exaltavam a subjetividade como enfoque ideal para a literatura, os realistas buscavam a maior objetividade possível, ou seja, enquanto os escritores do romantismo representavam o mundo a partir de pontos de vista ultras sentimentais ou muito pessoais, os autores realistas procuravam retratar a realidade tal qual ela era, com a menor influência pessoal possível. 32 Crítica social: Uma das marcas do Realismo é a representação das hipocrisias sociais de modo escancarado. Aqui também o movimento se difere do Romantismo, que procurou exaltar o estilo de vida burguês. O Realismo, em oposição, critica as contradições e moralismos da elite burguesa. Ironia como marca retórica: Especialmente na obra de Machado de Assis, é possível perceber um claro traço de ironia nas descrições e narrativas. Em geral, essa figura de retórica expõe críticas diversas ao grupo social representado na narrativa. Atividade 1. Você já pensou em uma situação triste ou de desespero que o mundo não tem mais solução? Acredite, você não é o único, e claro pensar assim todos os dias não é saudável, mais expressar o que se sente sim é saudável e necessário, para isso as expressões artísticas estão presentes para ajudar, hoje o convite é SAURAU Fonte: https://noticias.ufsc.br/2020/07/quarentenaarteufsc-apresenta-sarau- virtual-experimentextos/ O que é um Sarau? Sarau é um evento cultural em que as pessoas se encontram para se manifestar artisticamente. Em geral, o evento envolve dança, poesia, leitura de poemas, histórias, música, teatro e artes plásticas Cada aluno escreverá um poema com um tema aleatório, seja sobre sentimentos de amor, politica ou sobre o coelho rosa, depois se escolherá um representante que criara uma pagina de Instagram para que sejam publicados todos os textos, para que seja aberto ao publico como forma de dar voz ao que foi calado. 33 3.4 Aula 4: Modernismo e arte contemporânea no Brasil O movimento modernista foi uma tendência artística do século XX que contava com obras mais críticas em um momento em que o mundo passava por transformações tecnológicas e as desigualdades sociais eram mais evidentes e criticadas. O modernismo surge no Brasil com a realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Esse momento reuniu músicos, poetas, arquitetos, pintores e artistas em geral que começaram, a partir desse ponto, a refletir sobre a realidade social e política do país. Aqui existiram três fases do movimento. A primeira vai até 1930 e foi o período de mais rupturas, a segunda segue até 1945 e tem ênfase nas temáticas regionalistas e a última já vai para a finalização do modernismo brasileiro. A Arte Contemporânea ou Arte Pós-Moderna é uma tendência artística que surgiu na segunda metade do século XX. Sua origem costuma ser relacionada à década de 60 e ao movimento pop art. A Arte Contemporânea se prolonga até aos dias atuais, período esse denominado de pós-modernismo, propondo expressões artísticas originais a partir de técnicas inovadoras. Nesse panorama, a arte oferece experiências inovadoras pautadas principalmente nos processos artísticos, em detrimento do objeto, ou seja, na ideia em detrimento da imagem. Nesse sentido, a arte contemporânea prioriza a ideia, o conceito, a atitude, acima do objeto artístico final. O objetivo aqui é produzir arte, ao mesmo tempo que reflete sobre ela. Foi dessa maneira que a Arte Contemporânea rompeu com alguns aspectos da Arte Moderna. Ela abandonou diversos paradigmas e trouxe valores para a constituição de uma nova mentalidade As principais características da arte contemporânea são: Sociedade da informação, tecnologia e novas mídias; Subjetividade e liberdade artística; Efemeridade da arte; Abandono dos suportes tradicionais; mescla de estilos artísticos; Utilização de diferentes materiais; Fusão entre a arte e a vida; Aproximação com a cultura popular; Questionamento sobre a definição de arte; Interação do espectador com a obra. Arte moderna: 34 Tropical, Anita Malfatti - 1917 Fonte : https://www.revistaprosaversoearte.com/exposicao-anita-malfatti-100- anos-de-arte-moderna/ Arte contemporânea: Lixo Extraordinário, Vik Muniz Fonte: https://www.fashionbubbles.com/arte-e-cultura/tres-artistas-plasticos- brasileiros-que-voce-precisa-conhecar-beatriz-milhazes-vik-muniz-e-romero-brito/Dos modernismos até hoje se buscou uma identidade, uma autenticidade, uma alteridade na arte brasileira e na arte de si mesmo. Nessa proposta através dos meios de comunicação, de aplicativos de celulares, recursos de programas do seu computador ou tabletes você deve montar um auto retrato com colagem de vários 35 elementos que te represente, seja por exemplo: letra de musica, fotos de comidas, cores, objetos, frases de livros etc. Materiais: • Celular. • Tabletes. • Revistas. • Tesouras. • Cola. 3.5 Aula 5: Artistas representantes Temos uma tendência a valorizar o estrangeiro, especialmente o europeu, como se nossos conterrâneos também não fossem capazes de tais feitos. Há, sim, pintores brasileiros que se tornaram destaque em nosso país e no mundo, pela emoção e paixão transmitidas pela sua arte Cândido Portinari: Artista plástico carioca, autor de mais de 5 mil obras. Algumas consistiram apenas em simples esboços, enquanto outras se tornaram famosas nacional e internacionalmente. Aliás, ele foi o artista brasileiro que alcançou maior repercussão mundial. "Guerra e Paz", por exemplo, foi dada como presente à sede da ONU (Organização das Nações Unidas) na década de 50 e retornou ao Brasil mais tarde, como parte do acervo do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Descendente de italianos, Portinari começou a ter seu talento reconhecido ainda quando era estudante. Na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, constantemente chamava a atenção de professores e diretores. Viveu 2 anos em Paris, e foi então que, inspirado em outros artistas franceses, desenvolveu seu próprio estilo. Apesar de tais influências, o artista gostava de pintar fatos sociais, históricos e religiosos do nosso país. Com uma vertente que pendia para o Neo-Realismo, se tornou um de seus principais representantes, tendo inspirado outros artistas do Brasil e do mundo. Di Cavalcanti: 36 Um dos grandes representantes do modernismo brasileiro. Quando jovem, seu primeiro emprego foi na revista Fon-Fon, desenhando caricaturas com ênfase política e social. Mais tarde, embarcou para São Paulo, onde ingressou no Ensino Superior. Sua obra se destacou também pela crítica ao abstracionismo, e ele expôs ainda em outros países da América, como Argentina e Uruguai. A repercussão do artista no Brasil e no mundo foi grande, tanto que ele teve direito a uma sala exclusiva na Bienal do México e um de seus quadros, "Cinco moças de Guaratinguetá" tornou-se imagem de selo postal. Vicente do Rego Monteiro: Além de pintor, Vicente também foi escritor e poeta. Com alma de artista, estudou no Rio de Janeiro e em Paris, tendo desenvolvido uma vertente mais modernista ao longo de sua trajetória. Tornou-se influente, tendo sido peça fundamental para que a exposição da escola de Paris, com quadros de diversos artistas, dentre eles, Pablo Picasso, fosse trazida ao Recife. Suas obras exaltavam a sensualidade e eram sinuosas, pintadas com cores fortes e temas religiosos recorrentes. Aliás, tamanho o destaque das figuras envolvidas, chega até mesmo a se aproximar da escultura. Durante sua vida, Vicente expôs suas obras em diversas salas, individuais e coletivas, e cidades brasileira e de outros países. Escreveu poemas e chegou a ser professor na Universidade Federal de Pernambuco e na Universidade de Brasília. Ganhou ainda dois prêmios e ilustrou um livro. Alfredo Volpi: Considerado um dos artistas mais importantes do pós-modernismo brasileiro. Sua obra modernista foi marcada pelas bandeirinhas, representação do abstracionismo geométrico. Tal vertente começou em 1970, e foi uma das mais importantes da trajetória do artista. Ele pintou por diversas vezes bandeiras e mastros, como motivos juninos, variando apenas as cores e combinações. Era um autodidata em artes, tendo trabalhado como designer de interiores antes de descobrir seu grande talento. Seu trabalho teve influência de Ernesto de Fiori e lhe rendeu uma exposição própria na cidade de São Paulo, quando o artista tinha 47 anos. Durante sua vida recebeu homenagens e também se tornou inspiração para outros artistas. Suas tintas eram feitas por ele próprio, de uma mistura de verniz e pigmentos naturais, e ele se envolvia 37 tanto em suas obras que chegava até a estender o linho de suas telas, para que elas ganhassem o seu toque, do início ao fim. Romero Britto: Se tornou o queridinho das celebridades americanas, ao produzir quadros para grandes personalidades, como Madonna e Michael Jackson. Também pintou para Dilma Rousseff e o príncipe Willian. Seu interesse pela arte veio logo aos 8 anos e suas primeiras pinturas foram feitas aos 18. Sua ideia era transmitir esperança através da arte, tanto que muitos admiradores chamam seu trabalho até hoje de "arte da cura". Foi nomeado embaixador do Estado da Flórida e participou de exposições internacionais, como a de Florença. Hoje, sua obra pode ser vista em alguns selos postais da ONU, foi homenageada em enredo de escola de samba, rendeu parceria com fabricantes de móveis e o levou a uma campanha publicitária da vodca Absolut, de origem sueca. Beatriz Milhazes: Nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. Formada em artes e comunicação social, atuou também como professora na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Também estudou gravura em metal e participou da composição do livro "As mil e uma noites à luz do dia". O que faria você pensar que o seu curso de desenho não o levará à lugar algum? Para Beatriz, os cursos relacionados à arte eram uma forma de desenvolver novos talentos. Tanto que sua obra não se resume somente à pintura. Ela também realiza trabalhos de cenografia, gravura e colagem. Podemos dizer que a vertente seguida pela artista está ligada ao feminino, com influências da pop art e do artesanato brasileiro. Oswaldo Goeldi: Filho de um grande cientista, Goeldi muda-se para a Suíça com a família, ainda criança e conclui seus estudos por lá, ingressando posteriormente em uma faculdade de engenharia. Porém, ao perceber que seu talento era outro, nem chega a concluir o curso, tendo se matriculado na Escola de Artes e Ofícios da cidade em que vivia. Daí em diante, seguem-se pequenos cursos em outros ateliês e exposições que passam a tornar a sua obra conhecida. De volta ao Brasil, passa a viver no Rio de Janeiro, onde conhece também a xilogravura e torna-se professor de artes. Em vida, 38 expôs em bienais internacionais e museus. Mas isso não acabou com a morte do artista, que recebeu homenagens póstumas em diversos países. Tarsila do Amaral: Inauguradora do movimento antropofágico nas artes plásticas, Tarsila do Amaral foi artista, desenhista e tradutora. Nascida no interior do Estado de São Paulo, se tornou um dos ícones do movimento modernista em nosso país. Após conhecer diversas tendências internacionais, descobriu-se modernista no Brasil, e uniu-se a outros pintores que seguiam a mesma vertente. Tarsila foi um grande marco do seu tempo, tendo recebido homenagens póstumas e sendo lembrada até mesmo em filmes. O contexto da artista à época mostra bem a imersão nesse período, já que ela utiliza cores fortes e uma realidade alterada. Tarsila conheceu o socialismo na União Soviética e tornou-se militante. Estima-se que Abaporu seja a obra de Tarsila de maior valor no mundo e ela é considerada, por alguns historiadores da arte, como o quadro mais importante pintado no Brasil, chegando até a influenciar outros pintores, como Romero Brito. Ismael Nery: Conhecido por seu importante obra "Autorretrato", Nery foi um influente representante do surrealismo no Brasil. Nascido em Belém do Pará, era descendente de holandeses, africanos e indígenas. Mudou-se para o Rio de Janeiro com a família, onde começou a estudar artes. À essa época, dedicava-se à arte expressionista. Mais tarde, em umaviagem à Europa, entrou em contato com o cubismo e o surrealismo, tendo feito dessa última, a sua principal vertente. Sua obra remetia constantemente à figura humana. Faleceu aos 33 anos, vítima de uma tuberculose e sua obra permaneceu ignorada pelos anos subsequentes, até que, em 1965, ela foi exposta em algumas bienais e sua importância passou a ser, finalmente, reconhecida. Hélio Oiticica: Considerado um dos principais ícones da história da arte brasileira, Hélio Oiticica, já que buscou uma nova definição para "objeto de arte" à sua época. Sua primeira educação foi obtida em casa, pelos próprios pais. Viveu por um tempo em Washington com a família e só passou a estudar artes quando voltou ao Brasil. 39 Sua arte remetia a temas ambientais, com cores naturais e o espectador era constantemente convidado a fazer parte de suas criações. Em sua obra, Oiticica exaltava a natureza e a participação do público. Influenciado pelas ideias de Nietzsche, adotou valores contraditórios em suas obras, tornando-se polêmico. Após percorrer várias cidades do mundo, faleceu no Rio de Janeiro, vitimado por um AVC, em consequência da hipertensão. Anita Malfatti: Foi uma importante pintora, desenhista, gravadora e ilustradora. Nasceu na cidade de São Paulo, no dia 2 de dezembro de 1889 e faleceu na mesma cidade, em 6 de novembro de 1964. Anita Malfatti era filha de Bety Malfatti (norte-americana de origem alemã) e pai italiano. Há telas de Anita Malfatti nos principais museus brasileiros. O quadro "A Estudante" encontra-se no “Museu de Arte de São Paulo”; "A Boba", no “Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo”; e "Uma Rua", no “Museu Nacional de Belas-Artes”, no Rio de Janeiro. Além do Brasil, Anita Malfatti realizou exposições individuais em Berlim, Paris e Nova York. Anita representou um ícone de renovação num momento em que o academicismo imperava com toda a sua postura intimidadora. Ela foi o início de uma revolução que se solidificaria futuramente com novas propostas artísticas que envolviam outras áreas culturais, uma mentalidade moderna, vinculada à criatividade e ao fluxo alucinante do período seguinte à Belle Époque, depois dos anos loucos assim conhecidos que se desfizeram com a I Guerra Mundial (1914 – 1918) Atividade 1. Com base nos artistas citados no texto pesquise sobres suas obras e faça uma releitura de cada uma sendo livre o uso de recursos artísticos MODULO IIIV ARTE CONTEMPORENA NO BRASIL Sobre o modulo: 40 • Destacar, que apesar dessa influência, a arte contemporânea brasileira apresenta propostas e elementos únicos. • O fazer artístico características nacionais repletas de criatividade, o Brasil, muitas vezes, se fez valer de conceitos do movimento antropofágico. • Assimilar propostas de outros países e transforma-la em particularidades brasileiras e conceitos de seus artistas nacionais. • Identificar nas obras brasileiras o eu sou de cada autor • Reconhecer no brasil as identidades múltiplas nos objetos de arte Competências e habilidades BNCC: (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. 4.1 Aula 1: Arte conceitual A arte conceitual é uma manifestação artística muito utilizada hoje em dia. Ela prima por uma arte fortemente ligada ao discurso do artista e à interpretação de quem a aprecia. Em outras palavras, nesse tipo de arte o conceito por trás da obra pode ser mais importante e interessante do que a obra em si muitas vezes a arte conceitual é produzida a partir de metáforas que, apenas olhando, o espectador não irá ser capaz de decodificar. A obra convoca então o público a acionar outros dispositivos levantando a necessidade da interatividade, da experiência tátil, da reflexão, instigando a um olhar prolongado. Nesse sentido a aura da obra de arte perde o seu valor, dando lugar a um espaço de ponderação, demandando uma postura ativa daquele que se coloca diante da criação. Vários elementos da arte conceitual chegaram ao Brasil nas décadas de 1970 e 1980. Neste contexto, podemos observar estes elementos, principalmente, nas instalações artísticas e obras de arte de Lygia Clark, Cildo Meireles, Iole de Freias, Amilcar de Castro, Paulo Bruscky e Hélio Oiticica. 4.2 Aula 2: Performances https://laart.art.br/blog/o-que-e-antropofagia/ https://www.suapesquisa.com/artistas_obras/lygia_clark.htm 41 A performance é uma modalidade artística híbrida, isto é, que pode mesclar diversas linguagens como teatro, música e artes visuais. Etimologicamente, a palavra performance deriva do francês antigo performance, e significa "dar forma", "fazer". As principais características da arte performática são: Linguagem híbrida: mistura elementos do teatro, artes visuais, instalação, música, entre outros; Não tem lugar "apropriado" para acontecer: pode ocorrer tanto em museus, galerias e instituições, quanto em ambiente urbano e/ou público; Registros da ação podem ocorrer por meio de fotografias e vídeos, mas o caráter da obra é efêmero, passageiro; Corpo como instrumento de ação artística. No Brasil, já na década de 50 a arte da performance dava sinais. Isso por conta de Flávio de Carvalho (1899-1973), precursor do movimento e integrante do modernismo brasileiro. 4.3 Aula 3: Artes urbana A arte urbana também é uma linguagem artística das cidades. Tem a intenção de ir onde o povo está. Por exemplo: -Quem matou Herzog, de Cildo Meirelles (ou Inserções em circuitos ideológicos: projeto cédula). Intervenção realizada em cédulas de dinheiro com a pergunta “Quem matou Herzog?”, jornalista morto durante a Ditadura Militar em 1975. Essas cédulas percorreram as ruas até chegarem nas mãos das pessoas. Fonte :http://www.arte.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=422&evento=5 42 É um modo de a intervenção urbana que estabelece uma relação direta com o espectador porque o espectador não escolhe ver ou ouvir, ele é capturado pela obra de arte e estabelece um contato com o discurso do artista. Dessa forma o artista expõe o modo como o ensino é passado geração após geração sem ser questionado. Essas manifestações organizadas por grupos de artistas tem o propósito de transmitir mensagens com o objetivo de questionar e transformar a vida cotidiana. No início, foi um movimento não reconhecido que ganhou forma com o decorrer dos tempos e se estruturou. Mais do que marcos espaciais, a intervenção urbana estabelece marcas, particulariza lugares, recria paisagens. Existem intervenções urbanas de vários portes, indo desde pequenas inserções através de adesivos (stickers) até grandes instalações artísticas. Essas Intervenções lançam no espaço público questões que provocam discussões em toda a população. De uma maneira ou de outra, ela faz com que as pessoas parem sua rotina por alguns minutos, seja para questionar, criticar ou simplesmente contemplar a arte. Sua finalidade é provocar o público para questões políticas, sociais, ideológicas e estéticas. Atividade 1 Pesquise na internet imagens de arte conceituais e escolha 3 explicando o que aparentemente elas representam para você e o real significado de uma delas. 4.4 Aula 4: O grafite no Brasil Grafite é um tipo de manifestação artística surgida em Nova York, nos Estados Unidos, na década de 1970. Consiste em um movimento organizado nas artes plásticas, em que o artista cria uma linguagem intencional para interferir na cidade, aproveitando os espaços públicos da mesma para a crítica social O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre osmelhores de todo o mundo Até 2011, o grafite em edifícios públicos era considerado crime ambiental e vandalismo em São Paulo. A partir daquele ano, somente a pichação continuou sendo 43 crime, a pichação - que costuma trazer frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou de gangues - é considerada uma intervenção agressiva e que degrada a paisagem da cidade. O grafite, por sua vez, é considerado arte urbana. Atividade 1. Para que fique clara a diferença entre grafite e pichação faça uma produção artística nomeando qual é qual Atividade 2. Cada Grafiteiro tem sua marca, seu estilo, seja ao escrever seu nome seja no estilo de desenho, não se copia o desenho e o estilo do outro, não se faz um desenho encima da arte do outro existem pequenas leis básicas de respeitos entres eles pois cada arte é uma voz, é um grito, é uma marca, algo tem a dizer Nessa atividade sua produção artística deve ser desenvolver um personagem, que se fosse desenhado repetitivamente pela cidade todos entenderiam o que ele representa, todos saberiam quem você é. Sua arte é também luta. Boa sorte 4.5 Aula 5: Artivismo e politica Artivismo é o nome dado a ações sociais e políticas, produzidas por pessoas ou coletivos, que se valem de estratégias artísticas, estéticas ou simbólicas para amplificar, sensibilizar e problematizar, para a sociedade, causas e reivindicações sociais Por meio de proposições artísticas, os coletivos de arte lutam por uma causa política e muitas vezes por uma mudança de âmbito social e transformação urbana. O artista moderno já representava a luta de sua época e participava ativamente dela também a arte moderna representa o estopim para pensamentos que pregam a negação ou a contestação da obra de arte e a necessidade de buscar uma comunicação entre o artista e a ordem social, relacionando a produção estética à política. 44 Aliar o exercício artístico à luta pelo direito se relaciona a uma busca por reinventar a cidade com esse objetivo “surgiram coletivos que questionam o modus operandi do sistema político atual”, propondo novas formas de política que, embora não sejam de interesse do Estado, são fundamentais para a população. Segue abaixo dois exemplos de ativistas: Shamsia Hassani e Malina Suliman são duas mulheres afegãs marcadas pelos problemas que há anos afetam o seu país: conservadorismo, extremismo religioso, guerras e constantes atentados à liberdade das mulheres. Ambas encontraram na arte e no grafitti a forma de simbolizar as vozes oprimidas pelo regime Fonte:https://www.ppgav.eba.ufrj.br/wpcontent/uploads/2012/01/ae15_Marcel o_Campos.pdf 45 Fonte: https://www.instagram.com/shamsiahassani/ Mundano, brasileiro, paulista é um Artivista reconhecido internacionalmente por seu graffiti “paporreto”, seja no espaço público, ou em mais de 320 carroças dos catadores de materiais recicláveis. O grafiteiro e ativista procura questionar conceitos e comportamentos dos cidadãos e das autoridades através de intervenções que carregam em sua maioria frases de impacto inspiradas no contexto local. A preservação do meio ambiente e os direitos humanos universais são a base de seu ativismo que transcende as tintas. Fonte: https://www.instagram.com/mundano_sp/?hl=pt-br 46 Fonte: https://www.instagram.com/mundano_sp/?hl=pt-br Inspirado no histórico “Operários” (1933), de Tarsila do Amaral, o mural é mais que uma homenagem: “’Operários de Brumadinho’ A tinta utilizada no trabalho adiciona mais uma camada à denúncia que o artista faz: foi criada a partir da lama tóxica recolhida pelo artista em visita a Brumadinho. Atividade 1. Já viemos falando sobre de onde viemos, sobre quem somos, sobre o que nos representa, agora falamos sobre o que queremos ser perseverar no presente e alcançar um futuro prospero, sem repetir os erros da história, sem repetir a desumanidade, a desigualdade, buscando viver equidade e liberdade. Nossa atual sociedade ainda vive muitas lutas sociais, as vezes somos induzidos seduzidos a não ver com clareza o que acontece seja ficando na ignorância ou atraídos por atrações fúteis, sejamos racionais, humanos e solidários porque a luta está do nosso lado A proposta é produzir 5 artes com os recursos disponíveis denunciando algum abuso social no brasil, do qual você tenha conhecimento e saiba conversar naturalmente sobre ele. Você pode utilizar canetinhas, lápis de colorir, aplicativos de celular, programas de comutador etc. Ao finalizar o convite é (com a permissão dos pais) publicar nas suas redes sociais. Seu lugar no mundo pode fazer a diferença para muitos. REFERENCIAS ESCALADON,Palayo.“Site”.ElPais.Disponível:https://elpais.com/ccaa/2016/10/12/m adrid/1476265918_284325.html.Acesso em:15 de set. 2021 MONTEIRO TEREZA, Maria. “Artigo”: A arte e a construção da identidade nacional Disponível no site:https://www20.opovo.com.br/app/opovo/jornaldoleitor/2012/11/13/noticiasjornaljo rnaldoleitor,2953051/a-arte-e-a-construcao-da-identidade-nacional.shtml. acesso: 15 de set 2021 47 Construção simbólica da nação: a pintura e a escultura nas Exposições Gerais da Academia Imperial de Belas Artes. 185 Anos da Escola de Belas Artes. Rio de Janeiro: Programa de pós-graduação em Artes Visuais/EBA/UFRJ, 2001/2002. p. 179- 194 Arte no Brasil no século XIX”. In: História da arte no Brasil: textos de síntese. Rio de Janeiro: Programa de pós-graduação da Escola de Belas Artes/UFRJ, 1999. p. 43- 75. SANTOS PEIXOTO, M. E. Pintores alemães no Brasil durante o século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1989. MARTÍNEZ ET AL. Políticas e práticas de educação intercultural. In: Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Candau, Vera Maria (Org.). Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009. p. 44-72. UIJANO, Aníbal. Colonialidade do Poder, Eurocentrismo e América Latina. In: Colonialidade do Saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino- americanas. Edgardo Lander (org). ColecíonSurSur, CLACSO, Ciudad autônoma de Buenos Aires, Argentina. 2005. THEODORO, Helena. Buscando caminhos nas tradições. MUNANGA, Kabenguele (org). Superando o racismo na escola. Brasilia: SECAD, 2005, p. 83- ESTRELLA, Charbelly.A poética do grafite e a visualidade do ambiente urbano. LOGOS 18: Comunicação e Artes, v. 1, p.128-149, 2003.
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