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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
 Centro de Educação a Distância
 CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
 Janielly Cattarine dos Santos Azevedo RA: 2333544707
MELHOR
 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO:
A IMPORTÂNCIA DO PROFISSSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL JUNTO AO IDOSO NO PROGRAMA MELHOR EM CASA(SAD)
 Currais novos ⁄ RN
 Outubro de 2021
 
janielly cattarine dos santos azevedo ra: 2333544709
AUTORA:
 JANIELLY CATTARINE DOS SANTOS AZEVEDO RA:233544707
A IMPORTÂNCIA DO PROFISSSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL JUNTO ao IDOSO NO PROGRAMA MELHOR EM CASA (SAD)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhanguera – UNIDERP, Polo Currais Novos-RN, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.
Tutor Orientador: Profa. Jôsi costa greffe
 Currais novos ⁄ RN
 Outubro 2021
Dedico este trabalho a minha Mãe dona Maria José, mulher guerreira e de fibra que me criou sozinha e ensinou a lutar para alcançar todos os meus objetivos, soube passar um legado, que a educação é a porta de entrada para um futuro melhor, Obrigada!
AGRADECIMENTOS
É com muita alegria que aqui venho descrever o quão é maravilhoso e enriquecedor foi trilhar esses 4 anos no curso de Serviço Social, descrever as emoções vividas e memórias de 48 meses vencidos com sucesso. Vivi tão intensamente cada momento, aproveitei ao máximo, alguns dos momentos foram difíceis, aonde pensei em desistir por inúmeras vezes, achei que não iria consegui, mais ao passar do tempo me apaixonei pelo o serviço social, dia após dia, e com bastante determinação segui rumo a realização deste sonho, vencendo cada limitação e dificuldade. Não foi fácil, mas hoje sinto a satisfação de estar chegando à conclusão. Posso falar: “Eu consegui”! Mas não sozinha, por isso venho aqui agradecer:
Quero começar por agradecer a Deus; foi Ele que levantou minha cabeça e me deu forças para não desistir nos momentos mais difíceis.
Agradeço à universidade por ter me recebido tão bem e de forma tão carinhosa. Nunca esquecerei está linda casa que será sempre minha.
Aos professores e orientadores em especial Judivanda, eu deixo uma palavra de agradecimento pela oportunidade, paciência e confiança que depositaram em mim.
Em relação à minha família , em especial minha Mãe eu só posso agradecer também, porque representam quem sou de verdade e sempre foram a resposta para todas as minhas dúvidas.
Para quem não mencionei, mas de alguma forma teve interferência neste caminho que percorri eu deixo minha lembrança e agradecimento.
AZEVEDO, Janielly cattarine dos santos. A importância do profissional do serviço social junto ao idoso no programa melhor em casa (SAD). 2021. 25 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso de Serviço Social - Universidade Anhanguera -UNIDERP, Currais Novos⁄RN2021. 
RESUMO:
O presente trabalho tem o propósito explanar a importância e a atuação do serviço social no âmbito do programa melhor em casa,SAD, abordando também os direitos e garantias dos idosos de acordo com o estatuto do idoso e normas correlatas, também evitar que o idoso sofra alguma violência , (sejam eles físicos ou psicológicos), seja cuidado e amparado por uma equipe multidisciplinar, com tudo ter um atendimento humanizado em casa, junto à seus familiares, Tendo como embasamento pesquisas bibliográficas, documentários e livros. Visto que os hospitais de urgência e emergências estão lotados, e atualmente com essa pandemia, aumenta muito mais os riscos de infecções e contágio, contudo garantir um atendimento de excelência e amparo social, prestação dos serviços de saúde e valorização dos direitos humanos.
Palavras-chaves: Assistente social, idoso, assistência integral a saúde.
 
 ABSTRACT:
This paper aims to explain the importance and performance of social services in the scope of the Better at Home program, SAD, also addressing the rights and guarantees of the elderly according to the statute of the elderly and related norms, also preventing the elderly from suffering some violence, (whether physical or psychological), be cared for and supported by a multidisciplinary team, with everything having humanized care at home, with your family members, Based on bibliographic research, documentaries and books. Since urgent and emergency hospitals are full, and currently with this pandemic, the risks of infections and contagion increase much more, however, guaranteeing excellent care and social support, providing health services and valuing human rights. 
Keywords: Social work, eldery, comprehensive, healh care.
Aluna Graduanda em Serviço Social pela Universidade Anhanguera, Polo Currais Novos-RN, E-mail: Janiellycattarine0219@hotmail.com
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SAD: Serviço de atenção Domiciliar
SUS: Sistema único de saúde 
AD: Atenção Domiciliar 
EMAD: Equipe multiprofissional da atenção domiciliar
RAS: Redes de atenção à saúde 
SUMáRIO
1.INTRODUÇÃO	6
2. DESENVOLVIMENTO	9
2.1 O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NA AREA DA SAÚDE, PROGRAMA MELHOR EM CASA(SAD)..........................................................................................9
2.2 DIREITOS E GARANTIAS DA PESSOA IDOSA................................................13
3. A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL E O IDOSO ATENDEDO PELO SAD............................................................................................................................16
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
10
INTRODUÇÃO:
No processo de organização de um SAD, inclui-se a identificação do fluxo da oferta dos serviços existentes nos hospitais de urgências e emergências, desde a solicitação de inclusão e a admissão do usuário mediante os critérios de elegibilidade, seguida do planejamento assistencial, possibilitado pela avaliação do grau de complexidade, definições sobre a modalidade, recursos e tecnologias de cuidado demandadas, incluindo periodicidade dos atendimentos no domicílio. Este processo gera necessidade de elaboração de orçamentos, planilhas de custos, definição de profissionais com formação adequada, prática do cuidado no domicílio e o acompanhamento do usuário desde a admissão até a alta, com exigência de registros formais, incluindo a utilização de Sistema de Informação.
Vale ressaltar que foi divulgado no diário oficial a PORTARIA Nº 825, DE 25 DE ABRIL DE 2016 que redefine a atenção domiciliar no âmbito do sistema único de saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas, O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando o art. 7º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que estabelece os princípios e as diretrizes do SUS, de universalidade do acesso, integralidade da atenção e descentralização político administrativa com direção única em cada esfera de governo;
No capítulo II, Art. 1º Esta Portaria redefine a Atenção Domiciliar (AD) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas.
No Art. 2º Para efeitos desta Portaria considera-se:
I - Atenção Domiciliar (AD): modalidade de atenção à saúde integrada às Rede de Atenção à Saúde (RAS), caracterizada por um conjunto de ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em domicílio, garantindo continuidade de cuidados; 
II - Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): serviço complementar aos cuidados realizados na atenção básica e em serviços de urgência, substitutivo ou complementar à internação hospitalar, responsável pelo gerenciamento e operacionalização das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e EquipesMultiprofissionais de Apoio; e 
III - cuidador: pessoas, com ou sem vínculo familiar com o usuário, aptas para auxiliá-lo em suas necessidades e atividades da vida cotidiana e que, dependendo da condição funcional e clínica do usuário, deverá estar presente no atendimento domiciliar.
Art. 3º O SAD tem como objetivos:
I - Redução da demanda por atendimento hospitalar;
II - Redução do período de permanência de usuários internados;
III - humanização da atenção à saúde, com a ampliação da autonomia dos usuários; 
IV - A desinstitucionalização e a otimização dos recursos financeiros e estruturais da RAS.
Art. 4º A AD seguirá as seguintes diretrizes:
I - Ser estruturada de acordo com os princípios de ampliação e equidade do acesso, acolhimento, humanização e integralidade da assistência, na perspectiva da RAS;
II - Estar incorporada ao sistema de regulação, articulando-se com os outros pontos de atenção à saúde;
III - adotar linhas de cuidado por meio de práticas clínicas cuidadoras baseadas nas necessidades do usuário, reduzindo a fragmentação da assistência e valorizando o trabalho em equipes multiprofissionais e interdisciplinares; e
IV - Estimular a participação ativa dos profissionais de saúde envolvidos, do usuário, da família e dos cuidadores.
DA INDICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO DOMICILIAR, Seção I ,Da indicação e das modalidades de Atenção Domiciliar ,Art. 5º A AD é indicada para pessoas que, estando em estabilidade clínica, necessitam de atenção à saúde em situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira temporária ou definitiva ou em grau de vulnerabilidade na qual a atenção domiciliar é considerada a oferta mais oportuna para tratamento, paliação, reabilitação e prevenção de agravos, tendo em vista a ampliação de autonomia do usuário, família e cuidador.
Art. 6º A AD será organizada em três modalidades:
I - Atenção Domiciliar 1 (AD 1);
II - Atenção Domiciliar 2 (AD 2); e
III - Atenção Domiciliar 3 (AD 3).
Objetivos específicos para Descrever o SAD abordando a redução da demanda por atendimento hospitalar, a redução do período de permanência de usuários internados, humanização da atenção à saúde, com a ampliação da autonomia dos usuários; e a desinstitucionalização e a otimização dos recursos financeiros e estruturais da rede de atenção à saúde. Discutir a problemática do paciente, interpretando a situação social dele, informar e discutir com os usuários acerca dos diretos sociais, mobilizando-o ao exercício da cidadania; elaborar diagnósticos através das análises sociais e pareceres sobre matérias especificas do serviço social, de reuniões técnicas da equipe interdisciplinar, mostrar como os familiares podem apoiar na recuperação e prevenção da saúde do paciente.
Sendo o Serviço Social que faz-se necessário buscar estratégias para o enfrentamento destas questões e a sua intervenção pode contribuir para a defesa das políticas públicas de saúde, garantia dos direitos sociais, fortalecimento da participação social e das lutas dos sujeitos sociais, bem como, para a viabilização do Sistema Único de Saúde, inscrito na Constituição de 1988 e nas Leis 8080 e 8142, ambas datadas de 1990, para o profissional de Serviço Social fica o desafio de lidar com as profundas desigualdades existentes no campo da saúde, é um campo de atuação onde múltiplas categorias profissionais atuam, cada uma com sua especificidade. Porém, é necessário que as atuações sejam feitas articuladamente, visando bons resultados.
“O Assistente Social ingressa nas instituições empregadoras como parte de um coletivo de trabalhadores que implementam as ações institucionais/empresariais, cujo resultado final é fruto de um trabalho combinado ou cooperativo, que assume perfis diferenciados nos vários espaços ocupacionais.” (CEFESS, 2005)
O trabalho do Serviço Social junto ao SAD propõe um trabalho multidisciplinar que visa a redução da demanda por atendimento hospitalar, a redução do período de permanência de usuários internados, humanização da atenção à saúde, com a ampliação da autonomia dos usuários. Para tanto, perpassa uma ação coordenada, em favor de todos que necessitam. Para tanto esse profissional é chamado para atuar me diversas situações que requer um conhecimento técnico operativo que trate o usuário como sendo peça importante do tratamento de saúde domiciliar. Visitas sociais e com a equipe interdisciplinar são essenciais para a evolução do paciente.
2.DESENVOLVIMENTO:
2.1 O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL NA AREA DA SAÚDE, PROGRAMA MELHOR EM CASA(SAD)
 O assistente social atua no núcleo familiar em um momento de vulnerabilidade, sendo de extrema importância o acolhimento dessa família, que deve ser orientada em relação à situação enfrentada, procurando minimizar o sofrimento, esclarecendo dúvidas, entendendo o adoecimento emocional da família junto ao paciente, também fica responsável por preencher toda a documentação do programa, o mesmo acaba tornando-se um instrumento importante para o constante aprimoramento da qualidade do serviço prestado, tendo em vista a proximidade com as famílias, bem como os profissionais envolvidos no atendimento, O serviço social é de suma importância para a complementação da prestação de serviços na área da saúde. 
Com o propósito de oferecer um atendimento humanizado na área da saúde, o SAD parelhas R|N é formado por uma equipe de multiprofissional de atenção domiciliar: enfermeiro, medico, fisioterapeuta e técnicas em enfermagem e uma equipe multiprofissional de apoio: assistente social, psicóloga e nutricionista, O programa dá suporte ao hospital DR. José augusto Dantas, (Urgência e emergência). O papel do assistente social é de suma importância para a equipe, eles são um dos primeiros a ter contato com o paciente e analisam todo o contexto social e familiar em que ele está inserido, eles quem planejam, avaliam, monitoram as ações de acordo com a necessidade de cada paciente, sempre levando em conta a conjuntura deles.
Vale ressaltar que o Serviço Social, no âmbito da Saúde, é necessário que a formação do a assistente social é fruto de uma visão generalista e não uma visão fragmentada, ou seja, sabe-se que a centralidade do exercício profissional do assistente social está voltada para as expressões da questão social, requerendo respostas que não se limitam as ações e serviços fragmentados em áreas disciplinares ou setores pragmáticos, como se fosse possível, por exemplo, um Serviço Social da assistência social, da saúde ,assim, acredita-se que o exercício profissional do assistente social no âmbito da saúde será pensada e organizada de maneira geral perpassando por diversas políticas públicas.
De acordo com BRAVO e MATOS (2006), o Serviço Social se concentrava exclusivamente no âmbito hospitalar, por mais que já existissem os Centros de Saúde desde década de 20, o foco de trabalho do assistente social estava na assistência médica, onde as ações e serviços dos profissionais tinham caráter seletivo, onde estavam capacitados para os receptivos cargos, e muitos deles exercem os cargos com muita determinação e zelo, o Serviço Social trabalha nas mais diversas expressões da questão social, e, dessa forma, o conceito ampliado de saúde se aplica perfeitamente naquele âmbito, uma vez o conceito ampliado de saúde leva a outros tipos de condicionantes de saúde como a velhice.
“Posteriormente, é estabelecido no Artigo nº. 196 da CF de 1988, a saúde como “direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução de risco de doenças, outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”, sendo assim, estabelece-se que as ações e serviços públicos serão realizados por meio de uma rede regionalizada e hierarquizada por um Sistema Único de Saúde-SUS, regidos e organizados pela Lei Orgânica nº. 8.080 de 19 de setembro de 1990 e complementar nº. 8.142 de 28 de dezembro de 1990, passando a saúde a ser compreendida como um processo multifatorial e complexo.” (Constituição Federal: 1988)
É possívelperceber na fala dos autores que há algumas questões e situações as quais eles acreditam serem as bases que sustentam as ações que reduzem de maneira significativa os agravos das doenças e promovem a longo prazo a recuperação do paciente, esse é dos fenômenos que podem ser identificado é a relação próxima entre família/saúde que ocorre por si só dentro desse processo do cuidar, portanto esses e demais fatores relacionados, sejam eles sociais ou mesmo crenças dos próprios médicos e profissionais da saúde, ajudam por demais nessa recuperação.
 “A profissão do Serviço Social é regulamentada pela Lei nº 8.662/93, sendo o seu exercício profissional regido pelo Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais, resolução do Conselho Federal de Serviço Social. É a profissão que atua no campo das Políticas Sociais com o compromisso de defesa e garantia dos Direitos Sociais da população, usando o fortalecimento da Democracia. Além de garantir os direitos sociais à população tem como atribuições: planejar, assessorar, executar, avaliar programas e projetos em políticas públicas de saúde. A Assistente Social norteia também suas ações na Política Nacional de Assistência Social, que tem como função a inserção, prevenção e promoção dos assistidos enquanto cidadãos de direito (BRASIL, 1993). As atividades estão prioritariamente concentradas nos seguintes campos de atuação: ações em caráter emergencial, atendimento especializado, planejamento e assessoramento, promoção em saúde.” (BRASIL, 1993).
 Como assistente social que atua na área hospitalar observou-se a necessidade de garantia dos direitos do idoso na área de saúde, com maior proteção em virtude da vulnerabilidade social que muitas vezes o idoso vivencia junto à família, sendo abandonado ou negligenciado. Desta forma, surgiram questionamentos sobre a temática: como o assistente social atua junto ao idoso na área da atenção básica? Como são garantidos os direitos do idoso? Quais as maiores dificuldades do serviço social para lidar com a vulnerabilidade do idoso? Como são abordadas questões referentes a negligência e maus tratos? Como ocorre o cuidado domiciliar do idoso? Quais são as atividades relacionadas à prevenção e promoção da saúde do idoso no âmbito do Serviço social?
Considera-se que a atuação do assistente social na saúde do idoso na atenção básica perpassa o acolhimento do idoso e encaminhamento aos serviços especializados em casos de abandono, negligência e maus tratos; acompanhamento do idoso em cuidado domiciliar, além de prestar apoio e assistência a família ou responsável em caso de óbito buscando a garantia dos direitos do idoso de acordo com o Estatuto do Idoso. O assistente social atua de forma conjunta à equipe multiprofissional no Programa Saúde do Idoso para a resolutividade dos casos que envolvem situação de vulnerabilidade do idoso. Nesta perspectiva este estudo teve por objetivo identificar a atuação do assistente social na saúde do idoso na atenção básica.
De acordo com o Estatuto do Idoso a prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de cadastramento da população idosa em base territorial; atendimento geriátrico e gerontólogo em ambulatórios; unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social; atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Público, no meio urbano e rural; reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das sequelas decorrentes do agravo da saúde (BRASIL, 2009).
O Estatuto do Idoso no Art. 19 afirma que os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra idoso serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde aos órgãos especializados. A política de atendimento ao idoso tem como uma das linhas de ação serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão (BRASIL, 2009) 
As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos no Estatuto do idoso forem ameaçados ou violados por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; por falta, omissão ou abuso da família, curador ou entidade de atendimento; em razão de sua condição pessoal (BRASIL, 2009). A Política Nacional de Assistência Social (PNAS), tem em suas diretrizes a proteção social básica e proteção social especial, destinadas aos segmentos sociais prioritários entre os quais se incluem o idosos (SILVA; YAZBEK, 2014).
A Política Nacional de Idoso no Art. 4º ressalta como diretriz a capacitação de recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços (BRASIL, 2010). Considera-se imprescindível a capacitação dos profissionais que atuam na área de assistência social para subsidiar a qualidade do cuidado e a garantia ao direito à saúde e a assistência social de acordo com as diretrizes do Estatuto e Política de Saúde ao Idoso.
O Estatuto do idoso (Lei Federal 10.741) prevê ainda dispositivos e mecanismos para coibir a discriminação contra os idosos, estabelecendo penas para os crimes de maus tratos, garantindo a concessão de diversos benefícios e consolidação de direitos. Também são reafirmados princípios constitucionais e da Política Nacional do Idoso, além de políticas e programas de assistência social, serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas de negligência, maus tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão, identificação e localização de parentes ou responsáveis pelo idoso em situação de abandono em hospitais ou instituições de longa permanência, proteção jurídico-social através de entidades de defesa dos direitos dos idosos e mobilização da opinião pública para ampliação da participação social no atendimento ao idoso.
De acordo com as políticas públicas que desempenham um papel de extrema relevância na abordagem de maus tratos contra o idoso. De acordo com Malagutti (2000), o artigo 10 e inciso IV estabelece como papel da Justiça no cuidado ao idoso: a promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa, o zelo pela aplicação das normas relacionadas ao idoso, determinação de ações para coibir abusos e lesões a seus direitos. Vale ressaltar que as políticas públicas efetivadas pelo governo não têm se mostrado suficientes para assegurar os direitos da pessoa idosa e sua proteção mediante a lei, configurando-se apenas como ações paliativas.
De acordo com o Conselho Nacional do Idoso que foi criado através da Lei Nº 8.842, de 04 de janeiro de 1994, com base na Política Nacional do Idoso, cujo objetivo consiste em propiciar os direitos sociais do idoso e criar condições necessárias para a promoção da autonomia, integração e participação ativa na sociedade, caracterizando como pessoa idosa aquela com idade igual ou superior a 60 anos. Através Política Nacional do Idoso que institui em seus artigos os direitos essenciais à pessoa idosa, bem como o acesso a serviços na área da assistência, saúde, educação, habitação e urbanismo, justiça, cultura, lazer e esporte.
Espera-se que através dessa discussão do tema profissional do assistente social, que atua na área da saúde, possa buscar novos desafios postos na área para com isso buscar melhorias para os usuários e soluções para qualquer problema, buscando diminuir a demanda nos hospitais de urgência e emergência, que tem o SAD, para identificar o problema do usuário realizar avaliação inicial, entre as quais, Promover ações educacionais permanente da equipe voltadas para situações prevalentes no perfil de usuários em acompanhamento, Identificar situações ou agravos de elegibilidade que não estão sendo atendidas pela equipe e que demandem ações de capacitação e educação permanente ou de articulação com a Rede de Atenção à Saúde para possibilitar o atendimento destas situações.
 
2.2 DIREITOS E GARANTIAS DA PESSOA IDOSA:
O Estatuto do idoso(2003), em seu art.3º, parágrafo único, tópico V, destaca que o atendimento ao idoso deve ser realizado prioritariamente pela própria família em detrimento do atendimento asilar, com exceção dos casos em que a pessoa idosa não possuir ou carecer de condições especiais para a manutenção da própria sobrevivência.
O referido Estatuto assegura em seu artigo 23, além do amparo às pessoas idosas pela família, pela sociedade e pelo Estado, a participação dos idosos na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e assegurando o direito à vida, preferencialmente através de programas desenvolvidos em domicílio.
Já em seu capítulo II, art.99, o Estatuto estabelece que a exposição da integridade, saúde física ou psíquica do idoso− submetendo-o a condições desumanas, degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis ou trabalho excessivo/inadequado−, pode resultar em uma pena de detenção de dois meses a um ano, além do pagamento de multa. Entre seus princípios encontram-se previstas as seguintes prioridades no atendimento ao idoso: serviço de atendimento às vítimas de violência, localização de familiares de idosos abandonados em instituições e suporte jurídico social para o enfrentamento da exclusão social e formas de violência, bem como assegurar os seus direitos fundamentais.
Os tipos de violência consistem na violação do direito da pessoa idosa, podendo ser visível ou invisível. A violência visível é aquela que pode ser observada, como por exemplo marcas deixadas no corpo. Já a violência invisível consiste em marcas psicológicas. Tanto a violência visível como a invisível produzem marcas profundas nas vítimas. De acordo com o Estatuto do Idoso, a violência contra o idoso pode ser definida como “qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico” (Estatuto do Idoso, cap. IV, art.19, §1).
No final da década de 70 e início da década de 80, quando a classe trabalhadora lutou e reivindicou por direitos sociais, políticos e econômicos justos e igualitários, culminando na promulgação da Constituição Federal de 1988/CF, trazendo a noção de proteção social “pautada na concepção de Seguridade Social que universaliza os direitos sociais” (BRAVO, 2000, p. 01), ou seja, difundiu o direito à Saúde, à Assistência Social e à Previdência Social. 
Uma das formas de violência mais comuns é a intrafamiliar. Ocorre em âmbito doméstico, no interior das residências, marcando de forma significativa a realidade de uma parcela crescente da população idosa. Trata-se de uma forma de violência sofrida em silêncio, sendo praticada geralmente por filhas, filhos, netos, cônjuges, irmãos, ou pessoas próximas à vítima, implicando na “[...] ruptura de um pacto de confiança, na negação do outro, podendo mesmo ser um revide ou troco. Alguns filhos pensam dar o troco de seu abandono ao entregar idosos em abrigos ou asilos e ao informarem endereço falacioso para não serem contatados” (FALEIROS, 2007, p.40).
Sendo assim, os maus tratos psicológicos podem ser definidos como o ato de infligir dor, culpa, pena ou remorso por meio de palavras ou expressões verbais. Nessa forma de violência, o familiar ou cuidador utiliza artimanhas emocionais contra o idoso para obter benefícios próprios. Em geral, o idoso não denuncia os maus tratos psicológicos pelo fato de o agressor se tratar de alguém de sua própria família, além de se sentir envergonhado e culpado, sendo manipulado pelo agressor, O abuso financeiro ou material consiste na exploração imprópria ou ilegal dos recursos financeiros pertencentes ao idoso.
Considera-se que a atuação do assistente social junto ao idoso no SAD perpassa o acolhimento do idoso e encaminhamento aos serviços especializados em casos de abandono, negligência e maus-tratos; acompanhamento do idoso em cuidado domiciliar, além de prestar apoio e assistência a família ou responsável em caso de óbito buscando a garantia dos direitos do idoso de acordo com o Estatuto do Idoso. O assistente social atua de forma conjunta à equipe multiprofissional no Programa Saúde do Idoso para a resolutividade dos casos que envolvem situação de vulnerabilidade do mesmo. 
Sabe-se que em um país que garante direitos sociais a vários segmentos, que é o caso do país onde vivemos, esses seguimentos tais como criança, adolescente, idoso, pessoa com deficiência. Em especifico ao que atinge a pessoa idosa, a questão realmente da efetivação dos direitos ainda está muito longe de ser garantido. Neste quesito a uma série de questões que colaboram a citar: ausência de recurso estabelecido para assistência social, não participação dos idosos que deveriam ser protagonistas na construção de leis que se referem a estes segmentos, inaplicabilidade do Estatuto do idoso, especialmente no quesito que se refere a penalidades cabíveis para quem comete violência contra pessoa idosa.
O Assistente Social, é o profissional capacitado para trabalhar com as políticas públicas e programas do governo que visam assegurar que as Leis estabelecidas no Estatuto do Idoso sejam efetivadas. Também é o profissional responsável pela promoção da autovalorização do idoso, fazendo com que ele se sinta parte integrante da sociedade. A realidade vivenciada pelo idoso deve ser transformada para que em um futuro próximo seja possível viver com dignidade, excluindo toda e qualquer forma de isolamento e exclusão visando a melhoria da qualidade de vida.
3. A IMPORTÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL E O IDOSO ATENDIDO PELO SAD:
De acordo com BRAVO e MATOS (2006), o Serviço Social se concentrava exclusivamente no âmbito hospitalar, por mais que já existissem os Centros de Saúde desde década de 20, o foco de trabalho do assistente social estava na assistência médica, onde as ações e serviços dos profissionais tinham caráter seletivo, onde estavam capacitados para os receptivos cargos, e muitos deles exercem os cargos com muita determinação e zelo, o Serviço Social trabalha nas mais diversas expressões da questão social, e, dessa forma, o conceito ampliado de saúde se aplica perfeitamente naquele âmbito, uma vez o conceito ampliado de saúde leva a outros tipos de condicionantes de saúde como a velhice.
A importância do profissional do serviço social junto ao idoso no programa melhor em casa (SAD), eles são um dos primeiros profissionais a ter contato com o paciente e analisam todo o contexto social e familiar; uma vez que o cadastro e triagem social é primeiramente feito pelo Profissional do Serviço Social. Somente após esse contato, é que vem os demais profissionais da Equipe Multidisciplinar no processo do cuidado, por grande parte dos pacientes serem idosos acamados e que necessitam mais do atendimento humanizado, evitando que os mesmo sejam levados para os hospitais, pois estariam correndo riscos de uma infecção hospitalar.
Esse artigo tem o propósito de elucidar os aspectos impostos do profissional da área do serviço social, de acordo com as Leis 8080 e 8142, ambas datadas de 1990, inscrito na Constituição de 1988, para a visibilização do sistema único de saúde, para o assistente social lidar com a desigualdades da área da saúde, e um campo aonde muitos atuam, cada um com sua especialidade, mas que o seu papel é de suma importância, Além disso, a inserção do assistente social no campo da saúde propicia, de acordo MIOTO e NOGUEIRA (2009).
“Nesse período, o campo da Saúde teve um personagem fundamental na luta por um novo sistema de saúde único e universal, preconizando a “concepção ampliada de saúde e postulado o paradigma da determinação social como estruturante do processo saúde-doença” (MIOTO e NOGUEIRA, 2009, p. 222), o Movimento de Reforma Sanitária.
 Sabe-se que o aumento da expectativa de vida e da prevalência de doenças crônico-degenerativas tem exigido o aumento crescente de leitos hospitalares para atender a população idosa, mas por outro lado, políticas de desospitalização e humanização do cuidado estimulam o cuidado no domicílio (RATES, 2007). No mundo contemporâneo, o Serviço de Atenção Domiciliar(SAD) tem se tornado uma modalidade de assistência à saúde vinculada à proposta do Sistema Único de Saúde, que se encontra em processo de consolidação no Brasil.  
As atividades do SAD, não vem para substituir a internação hospitalar, mas sim como um recurso na tentativa de humanizar e garantir maior qualidade e conforto ao paciente e seus familiares, e diminuição dos leitos, e as infecções hospitalares.
O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) - O programa melhor em casa, foi lançado no Rio grande do Norte no dia 08 de novembro de 2011, pela Presidenta da República Dilma Rousseff e o Ministro da Saúde Alexandre Padilha, que ampliou o atendimento domiciliar no Sistema Único de Saúde (SUS). 
Já na cidade de Parelhas/RN o programa foi implantado em maio de 2015, por meio da secretária de saúde, completando a rede de atenção à saúde. O objetivo principal do SAD e melhorar a qualidade do atendimento aos usuários do SUS do município e atender as pessoas acamadas ou com importante dificuldade de locomoção, que necessitam de internação hospitalar, cujos cuidados podem ser oferecidos no domicilio, a segurança do hospital no conforto do seu lar.
A função do Serviço Social é servir como mediador das demandas oriundas dos doentes assistidos pelo SAD e o direito de acesso a saúde. Portanto, a atuação desse profissional faz jus ao demais: enfermeiro, medico, fisioterapeuta e técnicas em enfermagem e uma equipe multiprofissional de apoio: assistente social, psicóloga e nutricionista. O propósito desta equipe oferecer um atendimento humanizado na área da saúde, o SAD Parelhas/RN é formado por uma equipe de multiprofissional de atenção domiciliar:
Segundo Deslandes (2004):
Humanizar diz respeito à prestação de uma assistência que tenha como prioridade a qualidade do cuidado garantindo o respeito quanto aos direitos do paciente, sua individualidade e cultura, bem como a valorização do profissional que presta a assistência, estabelecendo um ambiente concreto nas instituições de saúde, que regularize o lado humano das pessoas envolvidas no processo de cuidar” (PESSINI, 2004).
O programa dá suporte ao hospital DR. José augusto Dantas, (Urgência e emergência). O papel do assistente social é de suma importância para a equipe, eles são um dos primeiros a ter contato com o paciente e analisam todo o contexto social e familiar em que ele está inserido, eles quem planejam, avaliam, monitoram as ações de acordo com a necessidade de cada paciente, sempre levando em conta a conjuntura deles.
O assistente social atua no núcleo familiar em um momento de vulnerabilidade, sendo de extrema importância o acolhimento dessa família, que deve ser orientada em relação à situação enfrentada, procurando minimizar o sofrimento, esclarecendo dúvidas, entendendo o adoecimento emocional da família junto ao paciente, também fica responsável por preencher toda a documentação do programa, o mesmo acaba tornando-se um instrumento importante para o constante aprimoramento da qualidade do serviço prestado, tendo em vista a proximidade com as famílias, bem como os profissionais envolvidos no atendimento, O serviço social é de suma importância para a complementação da prestação de serviços na área da saúde.
“O Serviço Social deve incentivar e viabilizar redes de relações sociais e familiares de modo que o envelhecimento seja tomado como processo de sociabilidade. Para garantir o direito do idoso faz-se necessário o fortalecimento das políticas de atenção dos idosos.” (RIOS; REIS, 2016).
 Após análise e discussão dos casos de cada idoso, as equipes, iniciaram as visitas domiciliares com frequência semanal a esses idosos. O objetivo de se trabalhar com todos os profissionais era oferecer uma assistência integral ao indivíduo de forma a contemplar todas as suas necessidades. Cada profissional direcionou seu atendimento a partir do que foi observado nas suas respectivas avaliações, para isso, é necessário que haja união e multidisciplinaridade entre esses profissionais de saúde que irão cuidar e atender a cada idoso. É preciso que todos estejam juntos no mesmo intuito: prestar a melhor assistência possível. Sendo assim, começamos a nos questionar com a problemática: Qual será a demanda para o profissional assistente social no SAD, no tocante as suas atribuições e competências no atendimento com os idosos e a família? 
“Serviço Social é entendido como uma prática social que se desenvolve com responsabilidade social, solidariedade social junto aos sujeitos, aos seus direitos individuais, junto à humanidade, aos seus direitos coletivos, prospectivos e de bem-estar.” (CARVALHO, 2011).
Posteriormente, é estabelecido no Artigo nº. 196 da CF de 1988, a saúde como “direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução de risco de doenças, outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”, sendo assim, estabelece-se que as ações e serviços públicos serão realizados por meio de uma rede regionalizada e hierarquizada por um Sistema Único de Saúde-SUS, regidos e organizados pela Lei Orgânica nº. 8.080 de 19 de setembro de 1990 e complementar nº. 8.142 de 28 de dezembro de 1990, passando a saúde a ser compreendida como um processo multifatorial e complexo.
Portanto, a saúde deve ser pensada no seu conceito ampliado, na substituição do modelo vigente hospitalocêntrico para o processo de saúde-doença, em que algumas determinações do processo de saúde-doença tornam-se imprescindíveis. De acordo com BUSS e FILHO (2007 p.78), essas determinações são os: “fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco à população”, ou seja, “as características sociais dentro as quais a vida transcorre”, De acordo com a Lei nº. 8.080:
“[...] tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso de bens e serviços essências, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.” (BRASIL, 1990).
 Partindo das premissas acima, segundo MIOTO e NOGUEIRA (2009), a saúde passa a ser um campo fértil para o Serviço Social, uma vez possui um arcabouço teórico metodológico, técnico-operativo e ético-político capaz de compreender e de identificar as mais diversas expressões da questão social, que é objeto central do seu exercício profissional.
Dentre os desafios de envelhecer no Brasil, consta a busca pela execução de políticas sociais eficazes no atendimento desse crescente segmento de indivíduos que requer atendimento especializado segundo suas características, no qual sua autonomia deve prevalecer nas tomadas de decisão. Os estudos sobre idosos são recentes e tendem a aumentar porque estes estão ganhando visibilidade social cada vez maior. Um dos aspectos dessa crescente visibilidade é numérico por conta do crescimento da taxa de idosos inseridos em grupos familiares. Considerando que atualmente no Brasil há aproximadamente uma população de 19.955 pessoas idosas o que representa 10,5% da população do país (IBGE, 2009).
A população brasileira manteve a tendência de envelhecimento dos últimos anos e ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos Moradores e Domicílios, divulgada hoje pelo IBGE., torna-se de fundamental importância a efetivação de políticas públicas que venham a garantir os direitos de proteção social desse segmento populacional.
 Segundo Souza (2003), o Serviço Social na prática com o idoso, tem o desafio de conscientizar a população do verdadeiro papel do idoso, garantindo o seu lugar numa sociedade que passa por grandes mudanças que estão centradas no avanço tecnológico, favorecendo a relação entre mercado e consumo, enessa lógica valoriza-se quem produz e consome. A situação de ser útil apenas pelo que produz na sociedade capitalista, influi diretamente sobre a vida e personalidade da pessoa idosa, que passa a ter certas condutas desviantes por se acharem improdutivos e acreditarem que sua ação com os demais resulta somente da interação e de sua relação com a natureza por intermédio do trabalho.
O desafio do serviço social, diante da questão do idoso, que vive momentos de exclusão social, é propender o diálogo entre as diferentes faixas etárias a fim de despertar a sensibilidade por todas as pessoas que sofrem diversas formas de discriminação, além de potencializar a pessoa idosa a acreditar em si, como pessoa de direitos, isso os levará a redescobrir sua verdadeira identidade, assumir-se como pessoa imprescindível a sua produtividade social. Cabe ao Serviço Social, em sua função educativa e política, trabalhar os direitos sociais do idoso, resgatar sua dignidade, estimular consciência participativa do idoso objetivando sua integração com as pessoas, trabalhando o idoso na sua particularidade e singularidade, levando em consideração que ele é parcela de uma totalidade que é complexa e contraditória. No tange à família e à sociedade civil, o Serviço Social tem como missão precípua, tecer considerações e reflexões sobre a questão do idoso, baseado numa visão transformadora e crítica, despertando em ambas o cuidado e o respeito pela pessoa idosa. Isso nos servirá como sinal de valorização do respeito pelo nosso próprio futuro, pois haveremos de adquirir idade e inevitavelmente nos confrontaremos com a velhice. 
 
4.CONsiderações finais:
A importância do profissional do serviço social junto ao idoso no programa melhor em casa, SAD, eles são de suma importância na área da saúde, sem dúvidas, a promoção e bem-estar dos pacientes passa pelas mãos do profissional assiste social, Este artigo tem como o propósito focar no trabalho do assistente social na saúde, também mostrar como funciona o programa de atenção básica, melhor em casa, discussão acerca das questões afetas aos usuários idosos que necessita de atendimento frequente e não tem como se locomover até a uma urgência e emergência, isso possibilita que os profissionais da área da saúde irão atendê-los em suas residências, no conforto de seu lar, e com ajuda dos familiares dos usuários, isso irá ajudá-lo a se recuperar mais rápido ,mas o motivo maior e para evitar , de contagio de uma infecção hospitalar, pois ficar por muito tempo em um leito de hospital, é um risco que os mesmo correm.
A atuação do assistente social na saúde do idoso no atendimento domiciliar ultrapassa as orientações na área de assistência social, visita domiciliar, encaminhamentos aos serviços especializados buscando a garantia do direito à saúde do idoso. Os principais desafios estão relacionados à falta de recursos humanos e financeiros; comprometimento, compromisso e respeito dos cuidadores aos idosos; inaplicabilidade do estatuto do idoso, além de falta de participação dos idosos na luta dos seus direitos; sendo que garantia dos direitos sociais ao idoso não implica necessariamente na efetivação destes direitos. Dentre as várias necessidades elencadas pelas assistentes sociais foi citado à educação continuada aos profissionais com maior agilidade e efetiva resolutividade da rede de serviços para a real garantia do direito do idoso.
Desta forma considera-se essencial a discussão do Estatuto do Idoso e a melhoria da rede de serviços na atenção básica, com o objetivo de prestar uma assistência qualificada ao idoso, garantindo de forma mais efetiva seus direitos. Nesta perspectiva sugere-se uma capacitação/sensibilização aos profissionais para refletir sobre as condutas necessárias na rede de atendimento para a efetivação dos direitos sociais do idoso, cabe ao profissional de serviço social interagir com outros profissionais para mostrar para eles a importância da sua atuação na área da saúde e o quanto pode agregar de forma responsável a essa equipe, com pensamentos que se interliguem e com o objetivo coletivo de prestar o melhor atendimento possível aqueles que necessitem, devemos sempre cuidar de nossos idosos com todo o carinho, sempre comprometidos com o bem-estar dos mesmos. Tencionando agir de forma humana para com todos os pacientes.
“Sabe-se que, o Estatuto do Idoso em relação ao direito à vida institui no Art. 8.º “o envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social” (BRASIL, 2009, p.10). É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade.” (BRASIL, 2009).
Por fim, cabe ao Estado a proteção a vida, principalmente no que diz respeito ao idoso, pois estes necessitam de maiores assistências para se ter um envelhecimento saudável, e o Serviço Social tem como missão a proteção ao idoso, com isso necessita desenvolver uma visão transformadora e crítica acerca da realidade social, despertando em ambas o cuidado e o respeito pela pessoa idosa. Isso nos servirá como sinal de valorização do respeito pelo nosso próprio futuro, pois haveremos de adquirir idade e inevitavelmente nos confrontaremos com a velhice. 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica, Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Manual de Monitoramento e Avaliação do Programa Melhor em Casa. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_monitoramento_avaliacao_programa.pdf>. acesso em: 20 de outubro de 2021.
BRASIL. Constituição da República do Brasil de 1988. São Paulo, Saraiva, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto do Idoso. 2. ed. rev. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 70 p. Disponível em: <http : ⁄⁄bvsms.saude.gov.br⁄ bvs∕publicaçoes⁄estatuto-idoso-2ed.pdf > Acesso em: 30 de outubro de 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de Nº 825, de 25 de Abril de 2016. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0825_25_04_2016.html> Acesso em: 29 de outubro de 2021.
BRAVO, Maria Inês e SOUZA, Rodriane de Oliveira. Conselhos de Saúde e Serviço Social: luta política e trabalho profissional. In: Ser Social – Revista do Programa de Pós-graduação em política Social (10). Brasília: UnB, 2002.
BRAVO, M.I.S.; MATOS, M.C. Reforma Sanitária e Projeto Ético-Político do Serviço Social: elementos para o debate. In: BRAVO, M.I.S. et al. Saúde e Serviço Social. 2ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2006a.
CEFESS, Conselho Federal de Serviço Social. Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Política de Saúde. Disponível em:<http://www.cfess.org.br/arquivos/Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentes_Sociais_na_Saude.pdf› Acesso em: 29 de outubro de 2021.
DESLANDES, Suely F., Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar. Disponível em: <https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=63013499002> Acesso em: 29 de Agosto de 2020.
MIOTO, NOGUEIRA, V. M. R. Sistematização, planejamento e avaliação das ações dos assistentes sociais no campo da saúde. In: MOTA, A. E. et al (Org). Serviço Social e Saúde: Formação e Trabalho Profissional. São Paulo, OPAS, 2006, p. 273-303.
SOUZA, Dayse. Serviço Social na Terceira Idade: uma práxis profissional. Editora UFPA. Belém, 2003.

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