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RECURSOS HÍDRICOS PROF. MARCELLO FERREIRA CARVALHO • SILVA, Juliana Borges da; BRANCO, Fábio Rodrigues. Fisioterapia aquática funcional. São Paulo: Artes Médicas, 2011. • JAKAITIS, Fábio. Reabilitação e terapia aquática: aspectos clínicos e práticos. São Paulo: Roca, 2007. • CAMPION, Margaret Reid. Hidroterapia: princípios e prática. São Paulo: Manole, 2000. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR • ANSELMO, Marcelo. Atividades aquáticas um mergulho no mundo da hidroginástica. 2. ed. Rio de Janeiro: Cassará, 2013. • WHITE, Marta D. Exercícios na água: 78 exercícios seguros e efetivos para condicionamento e terapia. Barueri, SP: Manole, 1998. • PEZOLATO, Adriano; PARREIRA, patrícia; BARATELLA, Thaís Verri; INSTITUTO COHEN DE ORTOPEDIA REABILITAÇÃO E MEDICINA DO ESPORTE. Fisioterapia aquática. Barueri, SP: Manole, 2011. • LUCCHESI, Gilmara Alves. Hidroginástica: aprendendo a ensinar. Icone Editora, 2013. • RADL, André Luis Maierá; SACCHELLI, Tatiana; ACCACIO, Letícia Maria Pires. Fisioterapia Aquática. BIBLIOGRAFIA Recursos Hídricos OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Conhecer os princípios teóricos e a evolução dos recursos hídricos utilizados para reabilitação; Identificar os princípios físicos da água e suas implicações sobre o corpo humano e como recursos no tratamento fisioterápico; Compreender os efeitos fisiológicos da imersão sobre indivíduos saudáveis ou com alterações neuromusculoesqueléticas; Escolher corretamente os diferentes métodos hidrocinesioterapêuticos de acordo com os objetivos; Utilizar os recursos hídricos e as interfaces da intervenção em meio aquático nas esferas de promoção e educação em saúde, prevenção, reabilitação e cura de indivíduos em todas as fases da vida; Executar com perfeição a hidrocinesioterapia e empregar recursos manuais e hídricos através da práxis fisioterapêutica baseada em evidências, agregando diferentes áreas de estudo e considerando os aspectos éticos e culturais dos indivíduos. Recursos Hídricos Unidade 1 Terminologia básica, indicações e contraindicações dos recursos hídricos. Piscina adaptada para reabilitação aquática. Cuidados com o paciente e com o profissional. Avaliação fisioterapêutica para atendimento em ambiente aquático. Princípios físicos da água. Efeitos fisiológicos da imersão e da prática de exercício na água. Entrada e saída da água e adaptação ao meio aquático Análise cinesiológica de movimentos em ambiente aquático Exercícios para membros superiores e membros inferiores Reforço muscular d coluna e abdominais Métodos de relaxamento, trações e pompagens. Recursos Hídricos Unidade 2 Exercícios aquáticos para aquecimento e treino aeróbio. Alongamentos Método dos Anéis de Bad Ragaz. Método Halliwick. Recursos hídricos aplicados à neurologia, reumatologia, disfunções do sistema musculoesquelético e cardiovascular Recursos Hídricos Paciente AMAURI: 48 anos, masculino, altura 1,80, 99 kg, administrador de empresas, procurou atendimento fisioterapêutico. Na sua avaliação, o paciente relatou que no ano 2000 teve vários sintomas de esclerose múltipla, onde os mais fortes, eram a fraqueza geral, perda do equilíbrio e lapsos de memória, seu diagnóstico foi confirmado por Ressonância Magnética. Atualmente o paciente apresenta- se com distúrbios de marcha (deambula com andador), desequilíbrio, ataxia, parestesias e paresia de membros inferiores, atrofia muscular, encurtamentos musculares, quadro depressivo e falta de coordenação motora. Paciente FERNANDO: 25 anos, bancário, sofreu um acidente de moto há 6 meses, no qual sofreu politraumatismo: fratura de fêmur E, 4 costelas, traumatismo craniano e úmero direito. Permaneceu hospitalizado por 50 dias. Neste período passou por 2 cirurgias ortopédicas para redução das fraturas de úmero e fêmur. Em ambas houve fixação interna com placas e parafusos. O traumatismo craniano evoluiu sem sequelas importantes, restando discreta perda de equilíbrio. As fraturas de costelas não trouxeram prejuízo pulmonar e tiveram consolidação espontânea. Atualmente apresenta dificuldade na marcha pela diminuição da ADM de joelho e tornozelo e dificuldade na realização das AVDs pela alteração de ADM de cotovelo. Utiliza bengala canadense. Paciente JULIANO: 14 anos, apresenta o diagnóstico médico de encefalopatia crônica não progressiva (paralisia cerebral) e diagnóstico fisioterapêutico diplegia espástica. Na sua avaliação a mãe relatou que a criança nasceu de cesariana, a termo, a mãe relata ter sofrido uma queda na 28ª. semana de gestação. A mãe relata também que teve complicações devido a anestesia, a mesma não soube explicar o ocorrido. A criança demorou para rolar, sentar, não engatinhou e hoje deambula com uso de muletas canadenses. Paciente NORMA: 65 anos, dentista, tem diagnóstico de osteoartrose de joelho bilateral há 5 anos. Há dois anos sentiu piora do quadro, principalmente em joelho direito. O raio X demonstra grande destruição de cartilagem articular com redução de espaço intraarticular. Recebeu indicação cirúrgica para substituição da articulação do joelho D (artroplastia), no entanto devido à sua hipertensão arterial sistêmica, a paciente não deseja realizar a cirurgia. Utiliza bengala na mão esquerda. Paciente OSWALDO: 77 anos, sofreu um AVE isquêmico há 8 meses que resultou em sequela de hemiparesia a D. Apresenta espasticidade caracterizada por padrão flexor em MS e padrão extensor em MI. Não consegue deambular sozinho e por isso utiliza cadeira de rodas. Apresenta afasia (distúrbio de fala) como sequela do AVE. Paciente PAULO: 28 anos, jogador de futebol, realizou cirurgia de ligamento cruzado anterior e menisco D. Não pode fazer descarga total de peso no membro operado por 30 dias. Ficará afastado do time por 3 meses, mas pretende retornar o mais breve possível e tem intenção de participar de um importante campeonato dentro de 6 meses. Tipo de piscina Acesso Acessórios Temperatura 27 a 29 graus 30 a 32 graus 33 a 35 graus Profundidade 80 a 140cm 120 a 160cm 160 a 220cm Fisioterapia Aquática Avaliação Recursos Hídricos CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTAS: Fístulas cutâneas Otite Náusea ou vômito Feridas infectadas Coronáriopatias instáveis Tuberculose Micose cutânea HAS grave Muito debilitado Infecção urinária Febre Afecções agudas Insuficiência respiratória grave Queimaduras graves Úlceras varicosas Câncer Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.19, n.2, p. 135-147, abr./jun., 2006 Andreane Daniele Barbosa et al. 139 Recursos Hídricos CONTRA-INDICAÇÕES RELATIVAS: Hipersensibilidade aos produtos da piscina Imunodeficiência Alergia ao cloro Hidrofobia Hipertireoidismo Incontinência Uso de tala Perfuração de tímpano Patologias vasculares periféricas Epilepsia ou disfagia Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.19, n.2, p. 135-147, abr./jun., 2006 Andreane Daniele Barbosa et al. 139 Princípios Físicos da Água MASSA, DENSIDADE E DENSIDADE RELATIVA A massa é a quantidade de matéria dos corpos. A densidade (g/cm3) é a relação entre massa de uma substância e o volume. D = m -- V A densidade relativa (não tem unidade) é a relação entre a densidade dessa substância e a densidade da água. Os termos densidade relativa e gravidade específica são sinônimos. Todo corpo com densidade menor que da água irá flutuar. Cada tecido tem sua própria densidade relativa, como o que acontece com a densidade dos membros superiores (flutuam) e membros inferiores (afundam). Uma pessoa magra (massa magra) tende a afundar e uma obesa (tecido adiposo) tende a flutuar. Em algumas condições patológicas ocorrem alterações na densidade relativa. Um músculo hipotônico ou atrofiado, terá sua densidade diminuída, portanto tenderá a flutuar. Um músculo emhipertonia ou hipertrofiado, terá sua densidade aumentada, terá a tendência a afundar. MATERIAL DENSIDADE (g/cm3) Água pura (4ºC) 1,00 Água pura com gelo (0ºC) 0,92 Água do mar (10ºC e salinidade 3,3%) 1,03 Ar 0,001 Corpo Humano (em média) 0,97 Massa magra (ossos e músculos) 1,1 Tecido adiposo 0,9 PRESSÃO HIDROSTÁTICA Obedece a Lei de Pascal: “Pressão exercida igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo imerso em repouso a uma dada profundidade.” PRESSÃO HIDROSTÁTICA P= F (N) -------- A (m2) P=pressão ; F= força em Newtons e A= área em metros quadrados A pressão hidrostática é proporcional a sua profundidade, mas é constante num mesmo nível da água. Benefícios da Pressão Hidrostática: Diminuição de edemas (facilita o retorno venoso); melhora o suporte e sustentação do peso corporal em situações de desequilíbrio; favorece a expiração pela pressão exercida na caixa torácica. COESÃO, ADESÃO E TENSÃO SUPERFICIAL A coesão é a força de atração entre as moléculas de água. A adesão é a força de atração entre as moléculas de água com outra matéria. A tensão superficial é a força de atração entre as moléculas da superfície da água. Quando entramos em uma piscina, primeiramente rompemos a tensão superficial. VISCOSIDADE A viscosidade é o atrito que ocorre entre as moléculas de um líquido. É um princípio físico muito importante porque oferece resistência aos exercícios. Essa resistência na água é até 800 vezes maior que no ar (solo) e é inversamente proporcional à temperatura, ou seja, a viscosidade diminui conforme a água esquenta porque as moléculas da água se afastam. A viscosidade é sentida contra o movimento realizado oferecendo resistência. Portanto quanto maior a velocidade e a área de atrito, maior será a resistência. EMPUXO/FLUTUAÇÃO Esse princípio físico obedece ao Princípio de Arquimedes: “Quando um corpo está total ou parcialmente imerso em um fluido em repouso, ele experimenta um empuxo de baixo para cima igual ao volume de fluido deslocado”. EMPUXO/FLUTUAÇÃO A flutuação pode ser usada dentro dos exercícios aquáticos de 3 modos: Assistiva - movimento realizado em direção a superfície da água. Resistiva - movimento realizado na direção oposta à superfície (para o fundo da piscina). Suporte - movimentos realizados na horizontal. A força do empuxo oferece a redução do peso corporal sobre as articulações. Ficamos mais leves na água. FLUXO LAMINAR O Fluxo laminar (alinhado) acontece quando o movimento da água é contínuo. O atrito entre as moléculas de água é pequeno. Não gera resistência significativa. FLUXO TURBULENTO No Fluxo turbulento (desalinhado) ocorre atrito entre as moléculas da água que se movimentam em direções opostas, gerando os redemoinhos. No fluxo turbulento a resistência é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade, mas também depende da área frontal dos objetos utilizados nos exercícios. Os redemoinhos formados na parte posterior do corpo em deslocamento geram uma região de menor pressão (Arrasto/Esteira). Torque (Momento de força) O centro de gravidade (CG) e o centro de flutuação (CF) são duas forças que determinam o torque de flutuabilidade de um corpo. O CG é o ponto em torno do qual a massa corporal é distribuída igualmente em todas direções, que em posição anatômica esse ponto se localiza na frente da 2ª vértebra lombar. O CF é o ponto ao redor do qual a flutuação é distribuída uniformemente. Localiza-se na região central do tórax. O metacentro é o torque gerado pelo peso para baixo e empuxo para cima, tornando o sistema equilibrado. Metacentro Se os centros não estiverem na mesma linha vertical, as duas forças atuando sobre o corpo farão com que ele gire até atingir uma posição de equilíbrio estável. Força da Gravidade Força de Empuxo Linha da água A B Na figura A o corpo encontra-se estável (Metacentro) Na figura B o corpo encontra-se instável VERIFICAÇÃO DO APRENDIZADO DOS PRINCÍPIOS FÍSICOS DA ÁGUA A. É a relação entre a densidade dessa substância e a densidade da água. Todo corpo com densidade menor que da água irá flutuar. B. Pressão exercida igualmente sobre todas as áreas da superfície de um corpo imerso em repouso a uma dada profundidade. Favorece na diminuição de edemas (facilita o retorno venoso); melhora o suporte e sustentação do peso corporal em situações de desequilíbrio; favorece a expiração pela pressão exercida na caixa torácica. C. É o atrito que ocorre entre as moléculas de um líquido. É um princípio físico muito importante porque oferece resistência aos exercícios. VERIFICAÇÃO DO APRENDIZADO DOS PRINCÍPIOS FÍSICOS DA ÁGUA D.Quando um corpo está total ou parcialmente imerso em um fluido em repouso, ele experimenta uma força de baixo para cima igual ao volume de fluido deslocado. É usada dentro dos exercícios aquáticos como forma de assistência (assistiva), resistência (resistiva) ou apoio (suporte). E.Acontece quando o movimento da água é contínuo, o atrito entre as moléculas de água é pequeno. Não gera resistência significativa. F. A resistência é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade. E a resistência também depende da área frontal dos objetos utilizados nos exercícios. Os redemoinhos formados na parte posterior do corpo em deslocamento geram uma região de menor pressão. G. É o torque gerado pelo peso para baixo e empuxo para cima, tornando o sistema equilibrado. ENTRADA NA PISCINA ENTRADA NA PISCINA ENTRADA NA PISCINA ENTRADA NA PISCINA ENTRADA NA PISCINA Elevador SAÍDA DA PISCINA Recursos Hídricos Vídeos para análise Biomecânica Recursos Hídricos Quais grupos musculares trabalham contra o empuxo de forma concêntrica? Como faríamos para aumentar a dificuldade do exercício pensando na força da turbulência/arrasto? Recursos Hídricos Quais grupos musculares trabalham contra o empuxo para estabilizar os halteres de EVA? Quais grupos musculares trabalham contra a turbulência/arrasto de forma concêntrica? Como faríamos para aumentar a dificuldade do exercício pensando na força da turbulência/arrasto? Como poderíamos trabalhar o mesmo grupo muscular utilizando o EMPUXO como resistência? Como podemos trabalhar esses músculos se tivessem força muscular Grau 3 segundo a avaliação aquática. Início do movimento Final do movimento Recursos Hídricos Quais grupos musculares trabalham contra o empuxo para estabilizar os halteres de EVA? Quais grupos musculares trabalham contra a turbulência/arrasto de forma concêntrica? Como faríamos para aumentar a dificuldade do exercício pensando na força da turbulência/arrasto? Como poderíamos trabalhar o mesmo grupo muscular utilizando o EMPUXO como resistência? Como podemos trabalhar esses músculos se tivessem força muscular Grau 3 segundo a avaliação aquática. Início Final do movimento TENSEGRIDADE A palavra Tensegridade (tensão + integridade) foi criada por Richard Buckminster Fuller (arquiteto, engenheiro e cientista) em 1961. Este definiu a Tensegridade como uma propriedade presente em objetos cujos componentes usam a tração e a compressão de forma combinada, o que proporciona estabilidade e resistência, assegurando sua integridade global. Assim, este termo traduza o fenômeno físico que relaciona o equilíbrio de um sistema pela ação conjugada de forças de compressão e de tensão. Estes sistemas, independentes, têm elementos rígidos e elásticos que nunca se tocam e que se adaptam às forças compressivas e tensionais a que o estão sujeitos. Assim, tensegridade é definida pela arquitetura pelo equilíbrio das tensões. Um adjetivo. BIOTENSEGRIDADE É a aplicação de princípios da Tensegridade às estruturas biológicas. O sistema músculo-esquelético é uma sinergia de músculos e ossos. Os músculos e os tecidos conjuntivosfornecem tração contínua e os ossos, compressão descontínua, fortalecendo-se e equilibrando-se mutuamente. Pois, os ossos e cartilagens oferecem compressão para fora contra a rede miofascial enquanto esta puxa em direção ao centro. Assim, percebe-se que tração e compressão são essenciais para estabilidade e mobilidade do corpo. Kapandji BIOTENSEGRIDADE O aumento da tensão numa região reflete-se em toda a estrutura e isso explica a presença de dor num ponto do corpo distante da área onde ocorre o problema. As tensões fasciais podem evoluir e levam o corpo a perder a sua capacidade adaptativa fisiológica. Com o tempo, a rigidez espalha-se criando limitação de movimento. Diante das restrições fasciais, uma nova abordagem deve centrar-se na libertação da fáscia, na quebra de aderências e no aumento da circulação linfática e sanguínea. Em resposta à presença de uma cicatriz a fáscia reage pelas suas características interferindo na Tensegridade, com uma deformação temporária ou permanente desafiando as leis da gravidade Kapandji Prática de MMSS Mobilização de Cápsula Inferior ombro (pegada lateral e posterior) Mobilização de membrana interóssea Superiorização de rádio Mobilização ligamento transverso do punho Decoaptação cotovelo Mobilização de cápsula posterior do quadril Mobilização artrocinemática anterior e posterior de tíbia (joelho) Mobilização anterior e posterior da cabeça da Fíbula Decoaptação / tração Joelho Tração cervical Mobilização esterno-clavicular Teste e mobilização mobilidade cervical Alongamento de Isquiostibiais Alongamento de quadríceps Alongamento de adutores Alongamento de abdutores Alongamento de Isquiostibiais em supino Alongamento de adutores em supino Alongamento de psoas Origens do Watsu® O Watsu® (do inglês Water Shiatsu - Shiatsu aquático) teve início em 1980 quando Harold Dull começou a flutuar as pessoas enquanto aplicava alongamentos e princípios do Zen Shiatsu que havia estudado no Japão. WATSU® Método WATSU É uma técnica suave, mas de efeito profundo e de grande potencial terapêutico Realizado em água aquecida (35 graus) com luz e som ambiente para proporcionar liberdade corporal, aliviando tensões musculares e psíquicas O instrutor conduz o recebedor a alongamentos, manipulações terapêuticas e movimentos rítmicos. Completa harmonia entre instrutor e recebedor, que afeta o emocional, psicológico, espiritual e o físico Em uma hora o recebedor experimenta sensações diversas de bem estar proporcionando a harmonização de corpo e mente. Abertura: - Começando na parede - Rendendo-se a água - Iniciando Movimentos Básicos: - Nível de flutuação - Dança da respiração - Balanço da respiração - Sanfona - Sanfona Rotativa - Rotação da perna de dentro - Rotação da perna de fora Regresso a parede Levantando Honrando o espaço International School of WATSU https://www.youtube.com/watch?v=58ya3qtSyMY Origens do Watsu® O Watsu® (do inglês Water Shiatsu - Shiatsu aquático) teve início em 1980 quando Harold Dull começou a flutuar as pessoas enquanto aplicava alongamentos e princípios do Zen Shiatsu que havia estudado no Japão. No Oriente, o alongamento como forma de abrir os canais através dos quais nossa energia Chi flui é um costume ainda mais antigo do que a acupuntura. O alongamento “fortalece” os músculos e aumenta a flexibilidade. A água morna, que muitos associam com os mais profundos estados de relaxamento do corpo, constitui o meio ideal para a prática. O apoio da água alivia o peso da coluna vertebral e permite que a espinha se mova de maneiras que não seriam possíveis no solo. Torções e puxões leves aliviam a pressão que uma espinha rígida exerce sobre os nervos e ajudam a reverter qualquer disfunção que esta pressão possa causar aos órgãos que são auxiliados por estes nervos. O paciente que recebe a terapia do Watsu percebe maior flexibilidade e liberdade. Durante a sessão, uma variedade de emoções pode vir à tona no processo de flutuação contínua. Isto ajuda o paciente a encarar a vida fora da água com maior serenidade e flexibilidade. Outro princípio do Zen Shiatsu, o de associar o movimento à respiração, assume nova dimensão no Watsu. No solo, a respiração é coordenada com os movimentos sobre os pontos corporais. Na água, o movimento mais básico é chamado de Dança da Respiração na Água, na qual flutua-se um paciente nos braços e o deixa afundar ligeiramente ao expirar ao passo que a água suspende o profissional e o paciente novamente ao inspirar. Repetido várias vezes no início, esse movimento cria uma conexão que será levada a todos os alongamentos e movimentos. Esta Dança da Respiração na Água, e sua tranquilidade, é realizada ao longo de toda a sessão. A experiência de proporcionar e receber este tipo de trabalho corporal tão cuidadoso pode ajudar a curar quaisquer feridas de separação que carregamos e renovar dentro de nós nosso senso de ligação e unidade com os outros. Por esta razão o Watsu é a Terapia que reforça os laços. O Watsu é praticado em todo o mundo por instrutores profissionais, fisioterapeutas, psicólogos, assim como o público em geral. O Watsu, e a maneira como é ensinado, evoluiu através dos anos. No início o foco era o alongamento. Com a Dança da Respiração na Água e a maior associação de movimentos à respiração, abriu-se espaço para uma tranquilidade mais meditativa. A utilização de flutuadores nas pernas, que de outra forma afundariam, aumentou as possibilidades e o relaxamento em uma sessão. Conceito Halliwick “O Conceito Halliwick é uma abordagem para ensinar todas as pessoas, em particular as com deficiência física e/ou intelectual, a participar de atividades aquáticas moverem-se com independência na água e nadar” (Conceito Halliwick IHA 2010). Programa de 10 pontos 1- Adaptação Mental 2- Desprendimento 3- Rotação Transversal (início do movimento) 4- Rotação Sagital 5- Rotação Longitudinal 6- Rotação Combinada 7- Empuxo 8- Equilíbrio em imobilidade (estável) 9- Deslizamento turbulento 10- Progressões Simples e movimentos básicos da natação Halliwick https://vimeo.com/channels/halliwick Conceito Bad Ragaz O que é? 1- Desenvolvido inicialmente em Bad Ragaz na Suíça, com contribuição de outros países europeus. 2- Técnicas de tratamento horizontal 3- Técnicas de tratamento que utilizam as propriedades da água - Bad Ragaz PASSIVO é benéfico para alongamento suave, relaxamento e diminuição do espasmo muscular e hipertonicidade. - Bad Ragaz ATIVO é utilizado para fortalecimento, reeducação muscular e estabilização de tronco. 4- Utiliza padrões em diagonal espiral, similar ao Kabat. Conceito Bad Ragaz Comparação com Kabat 1 – Resistência máxima que o paciente pode obter e ainda manter movimentos suaves e coordenados 2 – Repetição 3- Contatos manuais corretos e bem específicos 4- Aproximação (facilita a co-contração) e tração (facilita o movimento) 5- Alongamento para recrutamento dos fusos musculares 6- Comandos curtos e precisos 7- Iniciação rítmica 8- Estabilização rítmica 9- Irradiação 10- Contato manual de proximal para distal 11- Pode-se monitorar o esforço e qualidade do movimento do paciente Conceito Bad Ragaz “Enfoque é no tronco” Existem padrões do BR para fortalecimento do tronco, extremidades superiores e inferiores. Porém todos os padrões irão influenciar no tronco. O foco principal do BR é a melhora do controle de tronco e estabilização. Se existe uma boa estabilização do tronco, significa que a musculatura está fornecendo um bom apoio, mantendo um alinhamento postural adequado em tronco e extremidades, necessário para atividades estáticas e dinâmicas. Mobilidade, força e coordenação muscular Conceito Bad Ragaz Objetivos do tratamento: 1- Redução do tônus 2- Relaxamento 3- Aumento do ADM 4- Reeducação muscular5- Alongamentos 6- Melhor alinhamento e estabilidade do tronco 7- Fortalecimento muscular 8- Preparação dos MMII para suportar o peso. 9- Restauração dos padrões normais de movimento dos MMSS e MMII 10- Melhora da resistência geral 11- Treinamento da capacidade funcional do corpo como um todo Conceito Bad Ragaz Indicações do Bad Ragaz 1- O objetivo é melhorar a mobilidade, fortalecimento e depois o equilíbrio muscular junto com a coordenação. O objetivo final é alcançar uma boa estabilização de tronco e das articulações proximais (ex. quadril e ombro) 2- Em pacientes que apresentam habilidade funcional limitada devido a dor, fraqueza, diminuição do ADM ou hipertonicidade. 3- É uma técnica de 1 pra 1, e portanto, mais utilizado nos estágios iniciais da reabilitação. Com o progresso, exercícios mais independentes. 4- Por ser uma técnica basicamente horizontal, colabora na preparação para atividades funcionais. Conceito Bad Ragaz Técnicas: A – Passivo Paciente é movido na água para um alongamento passivo e suave, promovendo relaxamento, diminuição do espasmo muscular e inibição de tônus. B- Isométrico A intenção é a estabilidade (paciente estático; terapeuta move). Paciente mantém uma posição na água enquanto é movido pelo terapeuta. A água provê a resistência para a contração sustentada do paciente. Conceito Bad Ragaz Técnicas: C- Isocinético A intenção é o movimento (paciente move; terapeuta estático). Resistência controlada pelo paciente. Terapeuta estabiliza parte do corpo enquanto paciente determina a quantidade da resistência através da sua velocidade de movimento. D- Isotônico A intenção é o movimento (terapeuta e paciente movimentam-se). Terapeuta inicia o movimento e o paciente continua. A resistência é graduada pelo terapeuta que pode ser aumentada ou diminuída, através do movimento para o mesmo lado (ativo- resistido)ou contra-lateral (ativo-assistido) ao paciente. Conceito Bad Ragaz Formas de aumentar o nível de dificuldade: 1- Mudando a direção do movimento 2- Mudar a amplitude do movimento 3- Mudar o contato manual de proximal pra distal 4- Aumentar a velocidade do movimento 5- Mudar a posição corpórea do paciente (mudando braço de alavanca) 6- Utilizar mudanças rápidas dos padrões de movimento recíproco 7- Adicionar equipamentos de resistência Recursos Hídricos https://www.youtube.com/watch?v=YO_ynkKj8kg https://www.youtube.com/watch?v= XxubR9MioWs&t=10s https://www.youtube.com/watch?v= VnuLP1wBnH4
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