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DOENÇAS GASTROINTESTINAIS.😖💩😣😫 ACALASIA DEFINIÇÃO EPIDEMIO FISIOPATO CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Doença motora do esôfago que acomete os plexos mioentéricos submucosos. A causa pode ser idiopática ou doença de chagas (doença subnotificada). Ocorre ausência de relaxamento do esfíncter esofagiano inferior durante a deglutição, e assim, o bolo alimentar não ‘’desce’’ de maneira correta. distúrbio motor esofágico primário mais comum com prevalência de cerca de 10/100.000 habitantes. Mais comum entre os 30 e 60 anos Ocorre destruição dos neurônios colinérgicos do plexo mioentérico, aumentando a pressão basal do EEI, resultando na disfunção do relaxamento do EEI e Hipertonia ( aumenta a demanda ), que corrobora para a Aperistalse e depois dilatação do corpo esofágico. disfagia de condução, que ocorre tanto para sólidos quanto para líquidos. Regurgitação, rouquidão, dor retroesternal, cólica esofagiana, halitose, tosse, broncoaspiração e às vezes, perda ponderal. Endoscopia digestiva alta; Esofagomanometria como padrão ouro; RX de tórax; Esofagografia baritada - sinal de bico de pássaro - Classificação de Rezende e Mascarenhas - graus. Clínico: nitratos, BCC, teofilina, anticolinérgicos e TOXINA BOTULÍNICA. Dilatação endoscópica Cirúrgico: Esofagectomia ESOFAGITES DEFINIÇÃO EPIDEMIO FISIOPATO CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO EOSINOFÍLICA esofagite alérgica Prevalência pequena, predomina em zonas de clima frio. Mais comum em homens, relaciona-se a mecanismos genéticos e autoimunes, distribuição mundial Indivíduo é exposto a antígenos alimentares que resultam em uma resposta imunológica pelo Th2, principalmente. Doença mediada pelo sistema imunitário do esôfago resultando em inflamação predominante de eosinófilos no esôfago Os sintomas podem variar conforme a idade. Em crianças em idade escolar: regurgitação alimentar, vômitos, epigastralgia, pirose Adolescente e adultos: pirose retroesternal, disfagia e impactação alimentar. Em lactantes e idade pré escolar: má progressão estato ponderal, regurgitação alimentar e recusa alimentar, além de vômitos. Achados clássicos na endoscopia, como aparecimento de rugas lineares e anéis múltiplos, acompanhados de biópsias que demonstram infiltração eosinofílica. Achados histológicos: mais de 15 eosinófilos no esôfago não é normal. dieta, drogas e dilatação endoscópica. Costuma-se evitar leite, ovos, trigo, nozes, soja e frutos do mar, restringe e depois reintroduz aos poucos. Drogas: Inibidores de bomba de prótons, como omeprazol, e corticoides tópicos, como fluticasona e budesonida INFECCIOSA Pode ser fúngica, mais comuns - Candida, A infecção fúngica mais comum e a forma mais comum de infecção esofagite inflamação que atinge o esôfago sintomas como uma dificuldade em engolir saliva. Pacientes com esofagite grave com Endoscopia (na presença de placas, fazer biópsia) Por Candida: fluconazol, itraconazol, voriconazol e equinocandinas. Duração de 14 a 21 dias. Em casos de Candida Aspergillus - viral - Herpes Virus, Papiloma, Varicella Zoster, Epstein Barr, Cytomegalovir us - ou bacteriana - Mycobacterium , Staphylococci - infecciosa, em geral, é esofagite por Candida. Fatores de risco: Imunodepressão, uso de corticoides, ATB recente, diabetes, câncer, transplantados. ulceração profunda desenvolvem deglutição dolorosa ou odinofagia, independentemente da causa, mas esofagite por Candida geralmente causa disfagia ou movimento lento do bolo alimentar através do esôfago, além de pirose e dor retroesternal. Febre nos casos de esofagite por Herpes simples e CMV. Sorologia e PCR Classificação de Wilcox - graus. não albicans, evita o fluconazol por conta da resistência. Por HSV: aciclovir ou valaciclovir (muito caro) ou foscarnet em casos refratários. Duração de 14-21 dias em imunodeprimidos e 7-10 dias em imunocompetentes. Por CMV: ganciclovir ou valganciclovir. Duração de pelo menos 14 dias. DOENÇA DO REFLUXO DEFINIÇÃO EPIDEMIO FISIOPATO MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Refluxo patológico de parte do conteúdo gástrico para o esôfago e/ou órgãos adjacentes a ele acarretando sintomas que podem ou não estar relacionados a lesões teciduais. Fatores de risco: álcool, gordura, gestação(aumento da pressão intra-abdominal afeta a junção gastroesofágica), tabagismo, obesidade, cafeína, nitratos, antidepressivos.. Pode estar relacionado a dismotilidade esofágica, relaxamento transitório do EEI, hipotonia do EEI e alterações da junção gastroesofágica Sintomas típicos são pirose, regurgitação, disfagia e dor em queimação, pós prandial, de intensidade moderada na região retroesternal e epigástrica. Sensação de ‘’globus’’ faríngeo, tosse e rouquidão quando ocorre exposição da faringe ao refluxo. EDA, manometria esofágica, ph esofágico. Medidas alimentares e medicamentosas como procinéticos, antiácidos, IBPs ESPASMO ESOFAGIANO DIFUSO DEFINIÇÃO EPIDEMIO FISIOPATO MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Distúrbio da motilidade de etiologia neurogênica Acontece mais em mulheres e geralmente tem distúrbios psicossomáticos associados peristaltismo normal é substituído por intensas contrações não propulsivas fásicas. dor retroesternal com disfagia para líquidos e sólido (em geral no repouso, mas pode ser na deglutição, tensão, atividade física), pode ter dor sem disfagia confundida com angina manometria que mostra as contrações prolongadas, com grande amplitude e repetitiva, precisa que amis de 30% das contrações sejam assim e investigar doença coronariana antes, ou fazer um esofagograma baritado que mostra esôfago em saca rolhas pela contração anormal (idosos podem ter pelo presbioesofago: esôfago velho) ansiolíticos, esclarecer etiologia da dor já alivia, nitratos, antagonistas do cálcio e antidepressivos tricicilos são úteis às vezes, pode fazer em caso refratário ou que não toleram medicação a dilatação endoscópica com balão e injeção de toxina botulínica DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA E GASTRITES DEFINIÇÃO EPIDEMIO FISIOPATO MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO ÚLCERA Lesão no revestimento do estômago. doenças do TGI mais prevalentes. Incidência reduzindo devido a queda da colonização pelo H.pylori desequilíbrio entre os mecanismos de defesa da mucosa gástrica, como o muco, bicarbonato, óxido nítrico e fluxo sanguíneo, e as substâncias que agridem a mucosa como AAS, álcool e nicotina. H. pylori produz toxinas que lesam a mucosa. dor abdominal desencadeada pela alimentação. Pode ocorrer perfuração, hemorragia (melena) e obstrução mecânica (sensação de saciedade, náusea, vômitos) EDA é o padrão ouro, biópsia da lesão, H. pylori: sorologia, teste de urease, histopatológico e cultura IBPs, como omeprazol e pantoprazol, antagonistas do receptor H2, antiácidos. Tratamento cirúrgico envolve a vagotomia troncular ou superseletiva GASTRITE inflamação gástrica gastrite por H. pylori - bacilo Gram- que se adere à mucosa gástrica, sobrevive pela secreção de urease - e a gastrite autoimune (anemia perniciosa) são os dois principais representantes Presença de infiltrado leucocitário inflamatório na mucosa do estômago, que pode ou não se associar a alterações do aspecto endoscópico. Gastrite crônica leve: mais comum, assintomática e sem repercussões clínicas Pangastrite crônica grave (atrófica): menos frequente: destruição e atrofia das glândulas oxínticas do corpo e fundo gástrico, gerando hipoloridria. Associa às úlceras gástricas, à metaplasia intestinal EDA, quando a pessoa manifesta dor ou desconforto na região superior do abdômen ou náusea. Antiácidos: inibidores da produção de ácido incluem Bloqueadores de histamina-2 (H2) Inibidores da bomba de prótons. ATB quando a causa é H. pylori DIARREIAS DEFINIÇÃO EPIDEMIO FISIOPATO MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO AGUDA até duas semanas de duração. Sintoma e sinal clínico caracterizado por pelo menos dois de três componentes: aumento do número de evacuações diminuição na consistência fecal aumento de volume fecal 90% dos casos são infecciosos( E.coli, Salmonella, Clostridium, Vibrio Cholerae.)segunda maior causa de mortalidade mundial, sendo particularmente problemática em idosos e em crianças abaixo de 5 anos de idade nas nações em desenvolvimento Divididas em secretora, citotóxica, osmótica e disentérica. decorrente, principalmente, de alterações de líquido intestinal e transporte de eletrólitos e menos de alteração muscular. Diarreia líquida, aquosa ou sanguinolenta. Náuseas, vômitos dor abdominal, tenesmo, urgência, flatulência, febre desidratação presença de sangue, muco ou pus nas fezes. Alta- Delgado: fezes volumosas, restos alimentares, cólica Baixa- Cólon: pequeno volume, tenesmo e muco. Parasitológico de fezes, pesquisa de toxinas, coprocultura com antibiograma, calprotectina fecal e lactoferrina, pesquisa de leucócitos e sangue nas fezes. Dieta e Hidratação via oral ou parenteral, já que os quadros geralmente são autolimitados. Agentes antidiarreicos, ATB (quinolonas) CRÔNICA Quatro semanas ou mais de duração Mais comum em países desenvolvidos. Podem estar associadas a DII, Síndromes disabsortivas como doença celíaca, desordens da motilidade e Infecções intestinais perda de peso, desaceleração do crescimento , distensão abdominal, vômitos, dor abdominal, tenesmo e assadura perianal. hemograma, uréia e creatinina, sódio e potássio séricos, albumina sérica, calprotectina, elastase fecal coloscopia, USG. Controle do distúrbio de base. Redução da peristalse: loperamida Inibidores de secreção: clonidina DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS DEFINIÇÃO EPIDEMIO FISIOPATO MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO DOENÇA DE CROHN Compromete todo o TGI - boca ao anus- , lesão transmural(todas as camadas) com padrão salteado. A incidência tem aumentado ao longo do tempo, embora a RCU permaneça ligeiramente em maior prevalência. Desregulação do sistema imune, os pacientes com doença de Crohn desenvolvem úlceras aftosas, que são úlceras superficiais da mucosa. À medida que a doença progride, a ulceração se torna mais profunda, transmural, e discreta; pode formar um padrão serpiginoso e pode ocorrer em qualquer lugar do esôfago até no ânus. A localização mais comum para a ulceração é a região ileocecal. Diarreia crônica invasiva com dor abdominal. Febre, anorexia, perda de peso, massa palpável no QID e doença perianal. Pode apresentar fístulas, fissuras e abscessos. Úlceras superficiais da mucosa, também chamadas de úlceras aftóides, ocorrem no início da doença. O aspecto de paralelepípedos da mucosa é causado por úlceras que se interconectam longitudinal e transversalmente, com áreas normais semelhantes a pavimento com paralelepípedos. Colonoscopia/ Endoscopia Digestiva; Tomografia de abdome. Aspecto de calçamento. Acometimento saltatório ou descontínuo. Marcador: ASCA. Corticoides em quadros agudos graves, Metronidazol e ciprofloxacino em quadros perineais. Imunossupressore s e Imunobiológicos Cirurgias em casos de fístulas, estenoses, obstruções e sangramentos. RETOCOLITE ULCERATIVA Doença exclusiva do cólon, da mucosa e é tipicamente ascendente e uniforme: Doença intestinal caracterizada pelo surgimento idiopático de lesões inflamatórias que ascendem de maneira uniforme (homogênea) pela mucosa do cólon. distribuição igualitária dos sexos. começa no reto e pode se estender proximalmente em um padrão contínuo, mas ela afeta apenas o cólon. Pseudopólios se podem formar devido à regeneração epitelial após ataques agudos recorrentes. episódios de diarreia sanguinolenta e numerosa, intercalados por períodos assintomáticos Tenesmo, perda de peso, febre e hipotensão nos casos graves. Úlceras são raras. Colonoscopia e RX de abdome( megacólon tóxico- emergência) Marcador: p-Anca. Corticoides de uso oral ou enemas, Inibidores de TNF-alfa, Sulfassalazina. Cirurgia: retirada do cólon e reto ( proctocolectomia total com bolsa ileal) HEPATITES ETIOLOGIA EPIDEMIO FISIOPATO MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO A picoRNAvírus, não cronifica. Incubação 2-4 semanas. relacionada a baixas condições de saneamento básico Mais crianças abaixo de 10 anos, região Norte e Nordeste transmissão fecal-oral, parenteral mais raro, sexual pelo sexo anal. Fases: 1.prodrômica: febre,mal estar, mialgia 2.ictericia: ictericia, coluria, acolia 3.convalescença: regressão da icterícia, adinamia. Anti-HAV IgM - fase aguda Anti-HAV IgG - proteção prévia sintomas. prevenção: vacina/evitar alimentos não higienizados. B HepaDNAvírus. ÚNICO DNA. Incubação 2-24 semanas. Cronifica mais em recém nascido. 20 aos 69 anos. Média de diagnóstico é 35 anos. Sul e Sudeste vertical, horizontal, sexual, percutânea, hemotransfusão e transplante de órgãos. aguda: icterícia, adinamia. crônica: persistência HBsAg por mais de seis meses HBsAg: primeiro marcador a aparecer, indica presença de vírus se positivo. Quando + pode ser aguda, crônica ou portador assintomático, pode estar – na janela imunológica Anti-HBs: indica proteção, pós vacina ou cura. Anti-HBC: presença de HBV no hepatócito. Positivo mesmo após a cura com presença de anti-HBs HBeAg: indica replicação viral prevenção: vacina HBV com três doses (0,1,6 meses) C RNA vírus, Flaviviridae. 7 genótipos: mais frequente é o 1 (64%), 3, 2, 4 e 5 no Brasil: diferente resposta ao tratamento. Incubação 4-24 semanas. mais em homens. Sudeste e Sul. sangue contaminado: percutânea, hemodiálise, tatuagem, hemotransfusão e transplante são mais comuns. Parenteral, sexual e perinatal menos comum manifestações extra hepáticas: porfiria, líquen plano, poliarterite, insuficiencia renal cronica Cronifica em 80% dos casos. Anti-HCV: positivo mesmo em quem curou HCV PCR quantitativo; Genotipagem; Biópsia ou elastografia para avaliação de dano hepático ribavirina associada em cirróticos genótipo 1: sofosbuvir, ledipasvir 2,3,4,5,6: velpatasvir, sofosbuvir. Sem vacina. D vírus RNA defectivo, depende da coinfecção com HBV região Amazônica percutânea, transfusão, drogas IV cansaço, tontura, enjoo/vômitos, febre, dor abdominal, icterícia, colúria e acolia fecal Coinfecção: HbsAg +, Anti-HBc total +, Anti-HBc IgM+, Anti-HDV total +, Anti-HbsSuperinfecção: HbsAg +, Anti-HBc total +, Anti-HBc IgM -, Anti-HDV total +, Anti-HbsCura: HbsAg -, Anti-HBc total +, Anti-HBc IgM -, AntiHDV total +, Anti-Hbs + sem vacina. E RNA vírus, dividido em Genótipo 1 e 2: humanos, epidêmica e Genótipo 3 e 4: suínos, autóctone Autóctone: homens, mais velhos. Relaciona-se a condições de higiene e miséria T zoonose pela carne suína mal cozida. Transmissão oral fecal. náuseas, vômitos, dor abdominal, astenia, febre baixa, anorexia, mal estar Epidêmica: anti-HEV IgM fica + de 3 a 12 semanas, o IgG fica como cicatriz sorológica: contato prévio Autóctone sem vacina. medidas de educação e saneamento. DOENÇAS BILIARES DEFINIÇÃO EPIDEMIO FISIOPATO MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO COLELITÍASE Cálculo de colesterol: maioria dos casos, composição 70% de colesterol com sal de cálcio, biliar, proteínas e fosfolipídeos. Cálculos pigmentados: constituídos por sais de cálcio e bilirrubina. fatores de risco: idade, obesidade, alterações hormonais como aumento de progesterona e estrogênio, fatores genéticos. Excesso de colesterol em relação a capacidade de solubilização da bile forma os cálculos. DOR AGUDA NO HD OU EPIGÁSTRO, náuseas e vômitos. exames de imagem: USG de abdome apresenta alta precisão com visualização dos cálculos e presença de sombra acústica, RX e/ou TC de abdome colecistectomia manejo da dor com com AINEs ou opióides. COLECISTITE Complicação inflamatória infecciosa As Salmonelas e outros micro-organismos menos comuns, como Vibrio cholerae, Leptospira e Listeria, podem causar uma colecistite primária obstrução do ducto cístico por cálculo: estase biliar pode levar dano a mucosa da vesícula, pelo aumento a pressão intraluminal, levando a obstrução venosa/linfática, edema, isquemia, úlceras: infecção bacteriana secundária (bastonetes gram-, enterococos e anaeróbios) crise de dor biliar com piora progressiva: dor aguda e generalizada no QSD, durando mais de6 horas. Pode ter náuseas, anorexia e vômitos. Febre baixa a moderada. dor no HD, sinal de Murphy positivo e leucocitose USG - vesícula inflamada tem espessamento > 4 mm e líquido livre. Colecintilografia.- maior especificidade ( diagnóstico de colecistite aguda alitiásica, sem cálculos ) Exames laboratoriais como leucócitos, bilirrubina. TC: identifica cálculos. internação hospitalar, hidratação venosa, analgesia, dieta zero, atbTERAPIA parenteral. Cirurgia - colecistectomia - ou ATB. COLEDOCOLITÍASE Maioria é secundária: passagem de cálculos da vesícula biliar pelo cístico. Primária é pela dilatação e estase por obstrução crônica: pigmentos castanhos. maior prevalência da colelitíase complicada com cálculos no ducto comum, colangite e pancreatite, cada uma associada a morbidade e mortalidade substanciais Cálculo migra para o colédoco e obstrui a luz impedindo a passagem dos fluidos biliares Dor do tipo biliar, QSD e/ou epigástrio, continua, 1-5h, icterícia leve a moderada, acolia fecal e colúria. Surtos transitórios de síndrome colestática e icterícia flutuante US é o exame principal para investigação Retirada de todos os cálculos POR via endoscópica pela CRPE, procedimento chamado de papilotomía endoscópicA, COLANGITE infecção bacteriana das vias biliares, coledocolitíase é a causa principal Incidência maior de 55 a 70 anos Ocorre quando o cálculo que estava na vesícula biliar migra para o colédoco Tríade de Charcot: febre alta com calafrios, dor em HD e icterícia. Nos casos mais graves, apresenta Pêntade de Reynolds ( charcot + a choque e rebaixamento do nível de consciência ) sintomas + labS + imagem; dosagem de FA, GGT, TGO e TGP e bilirrubinas leucocitose USG de abdome, procura-se cálculo na vesícula, dilatação da via biliar ATB e descompressão biliar. PANCREATITE DEFINIÇÃO EPIDEMIO FISIOPATO MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO AGUDA condição inflamatória do pâncreas caracterizada por dor abdominal e níveis elevados de enzimas pancreáticas no sangue Causas: Alcoolismo, Fármacos, Cálculos biliares, Hipertrigliceridemia, Traumatismo Diagnóstico mais frequente de TGI em pacientes hospitalizados, as taxas aumentam com a idade e são maiores em homens. Liberação prematura de enzimas digestivas, cálculos biliares, medicamentos, álcool, infecções e toxinas podem ser causas. Pode ocorrer dano remoto pulmonar Dor abdominal de forte intensidade, na região epigástrica que pode irradiar para flancos e dorso (em faixa) normalmente acompanhada de vômito. Além disso, pode ter icterícia, dispnéia, derrame pleural. Náuseas, inchaços e febre também são comuns. Amilase, aumenta em até 3 vezes os valores de referência, e Lipase, mais específica, Exames de imagem: RX do abdome e tórax, Ultrassonografia de abdome, Tomografia e Ressonância Magnética (CPRM) critérios de Balthazar critérios de Ranson Ao exame físico: dor à palpação do abdome, diminuição dos ruídos hidroaéreos, sinal de Cullen e Turner. clínico, medidas de suporte. ATB, Analgesicos, suporte nutricional. CRÔNICA Alterações irreversíveis secundárias a resposta inflamatória: fibrose pancreática, perda de tecido funcional e insuficiência endócrina ou exócrina- levando a diabetes-. etiologia relacionada ao álcool- causa mais comum-, doenças sistêmicas, pancreatite hereditária e autoimune. devido a afecção inflamatória ocorre formação de cálculos e calcificações, dilatações císticas, atrofia do epitélio ductal e processo inflamatório com alteração da arquitetura. A principal característica é a destruição irreversível e contínua do tecido. Dor refratária é o principal sintoma. Tríade clássica da PC: esteatorreia + diabetes mellitus + calcificações. insuficiência pancreática exócrina (esteatorreia, perda de peso, síndrome disabsortiva) ou endócrina (diabetes). A doença tende a ser progressiva ao longo do tempo, mesmo que a causa (p. ex., álcool) seja removida. Teste de secretina-colecistocinina, excreção urinária. Imagens: RX, TC. Amilase e Lipase não são úteis nesse caso. analgesicos, enzimas pancreaticas, suporte nutricional cirúrgico: destruição do gânglio celíaco, cirurgias de drenagem DOENÇAS PARASITÁRIAS ETIOLOGIA EPIDEMIO FISIOPATO MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO ASCARIDÍASE A. lumbricoide s, também conhecido como lombriga, é adquirido pela ingestão oral parasita humano de maior prevalência. A infecção é comum principalmente em áreas rurais de alta densidade populacional com saneamento inadequado ou mau tratamento de esgoto Ingestão de ovos -> eclosão -> larvas vermiformes que podem acessar a corrente sanguínea e então aos pulmões -> ascendem até a garganta onde são deglutidas -> novamente no intestino se transformam em adultos Tosse / crise asmatiforme (Síndrome de Loe�er). 2-3 semanas e incluem o início repentino de sibilos, dispneia, tosse não produtiva e paroxística e febre alta. Há obstrução causada por uma massa de vermes no intestino delgado ou migração de vermes para locais não comuns, como a árvore biliar, ducto pancreático e apêndice exame microscópico de uma amostra de fezes para verificar a presença de ovos de A. lumbricoides única dose oral de albendazol. As alternativas incluem mebendazol e pamoato de pirantel. Em casos graves de obstrução biliar a CPRE com ou sem ressecção da ampola de Vater mostrou-se eficaz e pode reduzir a intervenção cirúrgica ANCILOSTOMÍASE duas espécies: N. americanus e A. duodenale. Popularment e conhecido como Amarelão áreas rurais de países tropicais menos desenvolvidos, onde as condições socioeconômicas e ambientais são favoráveis à transmissão. a temperatura alta e a umidade adequada são essenciais para o desenvolvimento da larva no solo Se alimentam de sangue e tecido, ao invés do alimento parcialmente digerido. Levam a anemia e ao comportamento letárgico lesões cutâneas associadas a prurido, perda sanguínea pela hematofagia do verme e desenvolvimento de quadros anêmicos e hipoproteinemia. perda sanguínea gastrointestinal associada e à anemia por deficiência de ferro identificação microscópica dos ovos característicos nas fezes. 1 linha é albendazol e mebendazol, 2 linha Pamoato de pirantel e Nitazoxanida. AMEBÍASE Entamoeba hystolitica Das mortes causadas por protozoários, só é superada pela malária. Predomina na região norte e nordeste. trofozoíta após ser ingerido vai para a região do ceco e cólon, causando úlceras. Pode invadir a circulação sanguínea. Diarreia e disenteria leve a grave podem ocorrer. Infecções extraintestinais incluem abscessos no fígado. Pode ocorrer úlceras na mucosa colônica. identificação de trofozoítas ou cistos nas amostras de fezes. Pode ser feito o exame microscópico direto de fezes colhidas até 30 minutos ou com fixação em formol ou álcool polivinílico para coloração e subsequente exame microscópico. Há o teste imunoenzimático (ELISA) para a pesquisa do antígeno da E. histolytica nas fezes nitazoxanida para amebíase intestinal leve a moderada TENÍASE Taenia solium e Taenia saginata o homem é o hospedeiro definitivo destes platelmintos, conhecidos como solitária. O hospedeiro intermediário é o porco para o embrião da T. solium, e o gado bovino doméstico para o embrião da T. saginata. Verme adulto no intestino humano, produz e libera ovos na fezes humanas; Ovos são ingeridos por suínos ou bovinos. Eclodem em forma larval denominada cisticerco, que se aloja nos músculos dos animais. Infecções no humanos começam por ingestão de carne de gado, porco ou peixe mal cozidas contendo cisticercos. fadiga, irritação, cefaleia, tontura, bulimia, anorexia, náuseas, vômitos, dor abdominal (“dor de fome”), perda de peso, diarreia e/ou constipação, urticária, eosinofilia moderada ou intensa. Há inflamação no local de fixação do verme, no duodeno ou jejuno. É raro, mas pode ocorrer sub-oclusão intestinal, apendicite, colangite ou pancreatite Identificação de ovos e proglotes nas fezes por microscopia é diagnóstica para a teníase. O praziquantel é o medicamento mais usado para tratar a teníase ativa. GIARDÍASE Giardia lambliaacomete principalmente crianças. ingestão dos cistos - trofozoíto se desenvolve e ‘’cola’’ no intestino quadro clínico pode variar desde uma diarreia aguda, com fezes líquidas, autolimitada, até um quadro arrastado por semanas ou meses e de intensidade variável. Pode manifestar apenas sintomas como náuseas, vômitos, distensão abdominal alta, dor abdominal difusa ou epigástrica, flatulência e anorexia, ou pode manifestar uma síndrome de má absorção muito semelhante à doença celíaca, que inclui diarréia crônica esteatorréia ou constipação, perda de peso os testes imunoenzimáticos específicos (ELISA) e de imunofluorescência direta (IFD) nas fezes. O diagnóstico na prática tem sido baseado na identificação microscópica de trofozoítos ou cistos em amostras de fezes. O metronidazol, albendazol, nitazoxanida, tinidazol e secnidazol são os medicamentos de escolha OXIURISE também chamada de Enterobíase, Afeta principalme nte o ceco e o reto mais prevalente em áreas de clima temperado. A transmissão é frequente principalmente em escolas primárias e creches ingestão dos ovos que liberam as larvas no intestino e estas se fixam no ceco. O ciclo é de 30 a 50 dias até a evolução para a forma adulta → ovo eclode no intestino grosso liberando larvas que irão se maturar e chegar à fase adulta → depois da cópula, os machos morrem e são eliminados com as fezes, enquanto que as fêmeas se fixam na região perianal, onde irão botar ovos. o parasita pode provocar inflamação superficial na mucosa colônica e alguns sintomas, como náusea, cólica abdominal e tenesmo. Porém, prurido anal é o sintoma mais comum. identificação dos ovos em um pedaço de fita adesiva aplicada à região perianal imediatamente após o despertar e antes do banho. Albendazol ou Mebendazol como 1 linha e Pamoato de pirantel ou Nitazoxanida como 2 linha. DOENÇA CELÍACA DEFINIÇÃO EPIDEMIO FISIOPATO MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Doença imunológica caracterizada pela sensibilidade ao glúten encontrado no trigo, aveia, centeio e cevada; onde ao contato com a mucosa do intestino delgado gera processo inflamatório crônico com repercussões sistêmicas A prevalência tem aumentado nos últimos anos; proporção de duas mulheres para um homem; acomete todas as idades, principalmente crianças de 6 meses a 5 anos. Quando um indivíduo geneticamente predisposto ingere um alimento que contém glúten, inicia uma resposta inflamatória na mucosa intestinal, que cronicamente leva a atrofia das vilosidades clássica: Início precoce, Má-absorção, Dificuldade de ganho de peso, Diarreia, Atrofia muscular, Falta de apetite, Anemia não clássica: Dermatite herpetiforme, Raquitismo, Menarca tardia, Hipoplasia do esmalte dentário, Artrite, Alteração do humor, Epilepsia Sorologia: Antitransglutami nase IgA, Antiendomísio IgA, Anti-DPG IgA e IgG Biópsia intestinal: classificação de Marsh dieta sem glúten e tratamento dos distúrbios, como reposição eletrolítica e suplemento vitamínico. ISABELLA FEDALTO, MEDICINA 202.
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