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PROJETO EDUCATIVO -

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UNIVERSIDADE PITÁGORAS DA UNOPAR 
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA 
PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cidade 
2020 
Cidade 
2020 
Cidade 
 
 
 
GUARAÍ - TO 
2021 
MARIA CLERISLENE SILVA DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EDUCATIVO 
 
AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DA 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
 
 
GUARAÍ - TO 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO EDUCATIVO 
 
AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DA 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
Projeto Educativo apresentado à Universidade 
Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso 
de Pedagogia. 
 
Docente supervisor: Prof.ª Nathalia Alves da Silva 
 
 
 
MARIA CLERISLENE SILVA DE SOUZA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 5 
3. PROBLEMATIZAÇÃO .......................................................................................... 6 
4. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 7 
5. METÓDO ............................................................................................................ 15 
6. CRONOGRAMA ................................................................................................. 16 
7. RECURSOS ......................................................................................................... 17 
8. AVALIAÇÃO ...................................................................................................... 18 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 19 
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 20 
 
 
 
3 
1. INTRODUÇÃO 
 
A inclusão escolar de alunos autistas é um tema que tem sido bastante discutido e pesquisado 
nas últimas décadas. A inclusão da criança autista ainda na educação infantil tem por objetivo inserir 
no âmbito escolar, sem distinção alguma, todas as crianças independentemente do seu grau de 
comprometimento cognitivo bem como social. As principais desordem advindas o autismo está 
associado a comunicação e interação social e comportamentos que podem ser observados a partir do 
terceiro ano de idade da criança. 
Essas características implicam diretamente na interação de pais, escola e educadores com a 
criança autista, que por vezes torna-se agressiva, hábitos repetitivos e introspectivos, dentre outros 
sintomas. Assim sendo, é importante que a escola, bem como o educador busque uma abordagem 
diferenciada, adequada e eficaz, de modo que a criança autista que está na educação infantil consiga 
se desenvolver no âmbito escolar e social. 
A escolha deste tema, tão em voga no momento, se deu pela necessidade de buscar e promover 
novos conhecimentos e informações sobre o autismo e a inclusão escolar. O objetivo deste trabalho 
é tentar compreender as possibilidades de inclusão escolar do aluno autista ainda na educação infantil; 
diagnosticar as principais dificuldades enfrentadas tanto por professor quanto pelo aluno no processo 
de inclusão do autista na educação infantil; oportunizar procedimentos metodológicos que viabilizem 
a inclusão do aluno autista na educação infantil bem como traçar um perfil da formação pedagógica 
dos professores que trabalham com alunos autistas. 
No decorrer do percurso de elaboração deste projeto de ensino em educação abordaremos um 
conceito do tema trabalhado, apontaremos as principais dificuldades encontradas pelos educadores 
para incluir a criança autista na aula, apontaremos métodos de ensino que podem facilitar a inserção 
do aluno autista no contexto escolar e obter dados que nos indiquem qual nível de formação dos 
professores. 
É de suma importância que os educadores invistam na formação continuada, em cursos de 
especialização a fim de trabalhar de maneira proativa, eficaz e desenvolver um ensino de qualidade 
pra o aluno autista desde a educação infantil. É sabido que nem todas as instituições de ensino não 
tem o aporte de professores capacitados para o trabalho com crianças que possuem necessidades 
especiais, sendo importante também destacar aqui a necessidade de contarmos com escolas equipadas 
e estruturadas, com diversos recursos didáticos que insiram o aluno tanto no contexto escolar quanto 
no contexto social. 
 
 
4 
Este projeto de ensino em educação se organiza da seguinte maneira: no primeiro capítulo 
aborda os aspectos históricos dos estudos sobre o autismo, avaliando o trabalho de alguns estudiosos 
do tema. Em seguida, destacaremos características inerentes a criança que autista que está na 
educação infantil. Em outro dado momento, apresentamos as dificuldades que o professor de 
educação infantil enfrenta na sala de aula e os meios pelos quais ele pode incluir o aluno autista em 
sala de aula. No último capítulo, apresentaremos métodos facilitadores para inclusão do aluno autista 
na educação infantil. 
O projeto de educação está organizado de forma que no primeiro capítulo aborda os aspectos 
históricos dos estudos sobre o autismo, avaliando o trabalho de alguns estudiosos do tema. Em 
seguida, destacamos características inerente a criança que autista que está na educação infantil. Em 
outro dado momento, apresentamos as dificuldades que o professor de educação infantil enfrenta na 
sala de aula e os meios pelos quais ele pode incluir o aluno autista. No último capítulo, apresento 
métodos facilitadores para inclusão do aluno autista na educação infantil. 
Por fim, para a feitura deste trabalho, optou-se pela metodologia de pesquisa bibliográfica, 
que visa analisar e discutir o Autismo na Educação Infantil: A importância da Educação Inclusiva, e 
como os educadores vem utilizando as teorias de Freitas, Lemos, Mantoan, Mello, Vygotsky e Piaget 
para melhorar suas práticas pedagógicas inclusivas em sala de aula. 
 
 
 
 
5 
2. OBJETIVOS 
 
 
Objetivo Geral: O objetivo geral do meu projeto de ensino é compreender a inclusão escolar 
do aluno autista pela visão dos professores e propor percursos metodológicos que facilitem a inclusão 
da criação autista em sala de aula. 
 
Já os objetivos específicos permeiam uma camada mais densa do projeto de ensino, e são eles: 
 
a) analisar os procedimentos metodológicos utilizados pelos professores para que a inclusão do 
aluno autista seja facilitada ainda na Educação Infantil; 
b) identificar a formação dos professores que trabalham com alunos autistas na educação 
infantil; 
c) buscar compreender quais as principais dificuldades enfrentadas por alunos e professores no 
processo de inclusão do autista na educação infantil. 
 
 
 
 
 
6 
3. PROBLEMATIZAÇÃO 
 
O problema que norteou este projeto de ensino em educação foi: o que é autismo? Como 
podemos incluir a criança autista que está na educação infantil? Quais são as tecnologias de inclusão 
que podemos utilizar para que o aluno autista aprenda efetivamente? O professor está preparado para 
trabalhar com crianças autistas no seu dia- a dia? 
O presente projeto de ensino em educação objetiva analisar o autismo atrelado a uma educação 
inclusiva. O assunto tem recebido bastante atenção na literatura atual, levando em consideração as 
necessidades especiais que as crianças portadoras da condição demandam. Este trabalho nos convida 
a refletir sobre a inclusão das crianças autista na escola regular, bem como analisar a ótica dos 
professores, que na maioria das vezes não estão preparados para lidar com situações em que precisem 
incluir o aluno, apesar de buscarem sempre caminhos metodológicos para que a criança sedesenvolva. Desta feita, é necessário estabelecer um trabalho que envolva comunidade escolar e pais 
no que tange as reais necessidades educacionais do aluno autista ainda na Educação Infantil e 
fomentar o aprendizado deles. 
Este projeto se justifica perante a necessidade de descobrir novos conhecimentos e novas 
informações sobre o autismo, tendo em vista que em muitos casos o aluno autista é incógnita tanto 
para pais como para o professor em sala de aula. O principal objetivo é dar enfoque a identificação 
das diferentes formas de aprendizagem no ensino regular, incluindo as crianças autista e não fazendo 
a sua segregação. A linha de pesquisa deste projeto se deu por meio de revisão de literatura, onde a 
fundamentação teórica se argumenta em teóricos como Freitas, Lemos, Mantoan, Mello, Vygotsky e 
Piaget. Os resultados obtidos no término deste trabalho fazem referência ao processo de inclusão da 
criança autista na educação infantil na modalidade regular e da necessidade de profissionais 
capacitado para esse fim. 
 
 
7 
4. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
O autismo é considerado um transtorno global do desenvolvimento, que se caracteriza por um 
desenvolvimento diferente no que tange a interação social, da comunicação e de um desinteresse pelas 
mais diversas atividades propostas, bem como dificuldades em manter relações sociais. A relação 
social entre professor e aluno é o fundamento para que haja efetividade na troca de aprendizado no 
âmbito escolar, segundo Camargo e Bosa (2009), é importante detectar precocemente a presença de 
dificuldades na interação social de crianças autistas. 
Segundo Cunha (2011, p.20), “o autismo compreende a observação de um conjunto de 
comportamentos agrupados em uma tríade principal: social e “comprometimentos na comunicação, 
dificuldades na interação atividades restrito-repetitivas.” Tendo em vista isso, é de suma importância 
que o aluno autista seja inserido na escola, de preferência regular, o mais cedo possível, pois sabemos 
que é na Educação Infantil onde a criança tem seu primeiro contato com o mundo pedagógico e com 
a interação social dentro do âmbito escolar. A inclusão deve respeitar o grau de autismo do aluno para 
que possa contribuir efetivamente para o seu desenvolvimento. 
Segundo Lampreia (2007, p.13): 
 
No autismo, os programas de intervenção precoce devem enfatizar principalmente a 
individualização não somente se referindo ao que tange “as habilidades comunicativas da 
criança-alvo, mas também quanto a outras características, como as de processamento 
sensorial e formas não convencionais de comportamento” 
 
 
A inclusão traz benefícios para a criança portadora da doença bem como para toda 
comunidade escolar, em especial ao professor que lida diariamente com este aluno. No entanto, a 
realidade da escola e dos educadores é outra. Assim pontua Silveira e Neves, 2006, p.36): 
 
Tal necessidade requer uma maior mobilização dos educadores no sentido de aprimorar a 
aplicabilidade das atividades propostas, já que, na prática, não existe uma estratégia adequada 
para a implementação de métodos e planejamentos coerentes com esse tipo de trabalho. 
 
Para Camargo e Bosa (2009) é necessário que haja uma mudança e uma reformulação do 
sistema social e escolar para que ocorra a efetivação da inclusão. No entanto, hoje em dia a principal 
proposta para incluir crianças autista na educação infantil é diminuir o saldo do isolamento social 
gerado por situações que ocorrem dentro do âmbito escolar muito vezes pelo desconhecimento sobre 
a doença e por uma abordagem errada. 
É importante que se oferte uma nova proposta metodológica que promova a interação entre 
 
 
8 
alunos autista e comunidade escolar, visando o desenvolvimento do aluno, advinda principalmente 
através dos professores, que precisam ampliar sua ótica acerca do autismo, bem como sua formação 
pedagógica para lidar com este alunado especial. 
Segundo a Lei de Diretrizes da Educação Nacional (BRASIL, 1996), a Educação Infantil é 
classificada como a primeira etapa da educação básica e deve ser oferecida em creches e pré-escolas. 
O texto da lei ainda abordagem a concepção de desenvolvimento infantil: 
 
o desenvolvimento infantil contém um processo padrão, pelo qual passam todas as crianças, numa 
sequência continua e uniforme de etapas, estágios ou subfases, impermeadas por rupturas ou 
saltos. Pode ser marcada por faixas etárias, cada uma delas tipificadas por características físicas, 
sociais, afetivas e mentais – do menos para o mais, ou do “nada” ao nascimento para a “plenitude” 
na vida adulta. Na visão da pós-modernidade, o desenvolvimento infantil e contextualizado no 
tempo e no espaço, inter-relacionado com a cultura, o ambiente social, o gênero, as condições 
socioeconômicas. Assim como há crianças e infâncias, há desenvolvimentos infantis. Estes são de 
crianças que vivem cada momento e etapa de sua vida como sujeitos únicos, capazes de 
estabelecer relações produtoras de sentido, de construir conhecimentos pela experiência e 
contribuir com outras crianças e com adultos na visão do mundo do qual fazem parte. (BRASIL, 
2013, p.43) 
 
O educador da educação infantil é responsável pela construção dos conhecimentos e das 
experiências que devem ser oportunizadas a todos os alunos, como diz a citação acima. É o educador 
que deve oportunizar uma formação tanto acadêmica quanto humana para o aluno autista, 
desenvolvendo sempre ações que promovam a criação de novos conhecimentos que sejam efetivos e 
agregadores para o aluno especial, fazendo com o que mesmo melhores as habilidades e competências 
que já possui. Correia (2012, p.23) nos diz que: 
 
a criança na Educação infantil, com Transtornos do Espectro Autista, e chegou a conclusão 
de que são necessárias práticas pedagógicas planejadas previamente considerando não 
apenas a deficiência e sim a criança de forma geral. 
 
 
Nas suas pesquisas teóricas, tanto Correia (2012), quanto Chiote (2011), nos apontam que o 
desenvolvimento de criança com Transtorno de Espectro Autista que são incluídas Educação Infantil 
apresentam grandes avanços em ambientes mediatários, com estratégias pedagógicas bem definidas 
e intervenção de professores com formação acadêmica específica. 
Só a partir da década de 80 que a inclusão de alunos autistas passou a tomar força e forma no 
Brasil. Foi a partir deste movimento que hoje somos contemplados com política governamentais bem 
como leis que determinam que crianças que apresentem limitações de caráter físico e/ou mental sejam 
incluídas no âmbito da comunidade escolar. A cada dia que passa, mais investimentos políticos 
pedagógicos são criados devido a amplitude e alto grau de complexidade que permeia o autismo. 
 
 
9 
Como a criança autista não consegue ter uma plena interação social, o que lesa seu 
comportamento e inibe sua comunicação verbal, pois vezes o professor apresenta grande dificuldade 
em incluir este aluno na rotina da sala de aula pois não consegue compreender quais suas reais 
necessidades. Ainda que sem perceber, a escola hoje em grande parte segrega o aluno autista. Desde 
pequeno ele é estigmatizado, excluído do grupo de alunos “normais” e na maioria das vezes estudando 
apenas em salas formadas por crianças que apresentem também alguma necessidade especial. 
É necessário que tanto escola quanto professores estejam preparados para receber um aluno 
autista no seu seio. O professor não deve apenas inserir o aluno em sala de aula, ele deve buscar meio 
para melhorar a aprendizagem do mesmo. A sala da educação deve ser apta e preparada para receber 
a criança autista, de modo que facilite o trabalho do professor em identificar as necessidades do seu 
aluno e o qual o seu nível de aprendizagem. Assim sendo, pondera Mittler (2003, p.101): 
 
o objetivo da inclusão é de garantir que todas as crianças possam fazer parte de um grupo, de 
uma comunidade ede um sistema educacional que possa oferecer-lhes as mesmas 
oportunidades que crianças que não possuem necessidades especiais, numa tentativa de 
impedir que minorias sociais, na qual se incluem crianças portadoras da síndrome autística, 
escapem do preconceito e do isolamento. 
 
 
A Lei n° 10.172 de 2001 institui o Plano Nacional de Educação, onde prioriza e deixa claro 
que a inclusão das pessoas que possuem alguma deficiência deve acontecer na modalidade regular de 
ensino: “[...] a educação especial, como modalidade de educação escolar, terá que ser promovida 
sistematicamente nos diferentes níveis de ensino”. Pela letra da lei, vemos que o educador é obrigado 
a inserir seu aluno autista na dinâmica da sala de aula da educação infantil, porém, grande maioria 
dos educadores não tem formação continuada específica para isso. 
Muitos professores se mostram receosos ao trabalhar com crianças autistas pois as mesmas, 
na grande maioria das vezes podem apresentar um elevado grau de agressividade, bem como 
dificuldades na comunicação, tendo em vista que grande parte das crianças autistas apresentam 
dificuldade para falar. Outro fator que prejudica a inclusão efetiva do aluno autista na educação 
infantil são as necessidades estruturais que grande maioria das escolas apresentam. As práticas 
pedagógicas ficam limitadas, seja por falta de espaço físico, pela falta de recursos estruturais e 
inadequação da sala de aula para que as práticas metodológicas sejam desenvolvidas. 
Montoan leciona o seguinte: 
 
A escola para se tornar inclusiva, deve acolher todos os seus alunos, independentemente de 
suas condições sociais, emocionais, físicas, intelectuais, linguísticas, entre outras. Ela deve 
 
 
10 
ter como princípio básico desenvolver uma pedagogia capaz de educar e incluir todos aqueles 
com necessidades educacionais especiais e também os que apresentam dificuldades 
temporárias ou permanentes, pois a inclusão não se aplica apenas aos alunos que apresentam 
algum tipo de deficiência. (2008, p. 143). 
 
 
De acordo com a Nota Técnica nº 24 (BRASIL, 2013c, p. 2), a formação dos profissionais da 
educação que deverá possibilitar “[...] a construção de conhecimento para práticas educacionais que 
propiciem o desenvolvimento sócio cognitivo dos estudantes com transtorno do espectro autista. ”, 
ainda de acordo com a nota, (BRASIL, 2013b, p. 2-3), a formação do professor deve proporcionar 
conhecimento, buscando: 
 
a) Superação do foco de trabalho nas estereotipias e reações negativas do estudante no 
contexto escolar, para possibilitar a construção de processos de significação da 
experiência escolar; 
b) Mediação pedagógica nos processos de aquisição de competências, por meio da 
antecipação da organização das atividades de recreação, alimentação e outras, 
inerentes ao cotidiano escolar; 
c) Organização de todas as atividades escolares de forma compartilhada com os demais 
estudantes, evitando o estabelecimento de rituais inadequados, tais como: horário 
reduzido, alimentação em horário diferenciado, aula em espaços separados; 
d) Reconhecimento da escola como um espaço de aprendizagem que proporciona a 
conquista da autonomia e estimula o desenvolvimento das relações sociais e de 
novas competências, mediante as situações desafiadoras; 
e) Adoção de parâmetros individualizados e flexíveis de avaliação pedagógica, 
valorizando os pequenos progressos de cada estudante, em relação a si mesmo, e ao 
grupo em que está inserida; 
f) Interlocução permanente com a família, favorecendo a compreensão dos avanços e 
desafios enfrentados no processo de escolarização, bem como dos fatores 
extraescolares que possam interferir nesse processo; 
g) Intervenção pedagógica para o desenvolvimento das relações sociais e o estímulo a 
comunicação, oportunizando novas experiências ambientais, sensoriais, cognitivas, 
afetivas e emocionais; 
h) Identificação das competências de comunicação e linguagem desenvolvidas pelo 
estudante, vislumbrando estratégias visuais de comunicação, no âmbito da educação 
escolar, que favoreçam seu uso funcional no cotidiano escolar e demais ambientes 
sociais; 
i) Interlocução com a área clínica quando o estudante estiver submetido a tratamento 
terapêutico, e se fizer necessária, a troca de informações sobre seu desenvolvimento; 
j) Flexibilização mediante as diferenças de desenvolvimento emocional, social e 
intelectual dos estudantes com transtorno do espectro autista, possibilitando 
experiências diversificadas no aprendizado e na vivencia entre os pares; 
k) Acompanhamento das respostas do estudante frente ao fazer pedagógico da escola, 
para a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de competências, 
considerando a multiplicidade de dimensões que envolvem a alfabetização, a 
resolução das tarefas e as relações interpessoais, ao longo da escolarização; 
l) Aquisição de conhecimentos teórico-metodológicos da área da Tecnologia 
Assistiva, voltada a Comunicação Alternativo-Aumentativa para estes sujeitos. 
m) Planejamento e organização do atendimento educacional especializado, 
considerando as características individuais de cada estudante que apresenta 
transtornos do espectro autista, com a elaboração do plano de atendimento 
 
 
11 
objetivando a eliminação de barreiras que dificultam ou impedem a interação social 
e a comunicação. 
 
Seguindo as observações especificadas na Nota Técnica n° 24, que versa sobre os diversos 
tipos de conhecimento que o professor precisar adquirir para trabalhar com crianças autistas na 
educação infantil, torna-se cada vez mais viável que a criança autista desenvolva sua escolarização 
de forma plena, efetiva e eficaz. É importante que o professor tenha conhecimento que é seu dever 
ofertar práticas metodológicas inclusivas para os seus alunos, mas é de suma importância que antes 
de tudo o professor se interesse em buscar capacitação e qualificação. Que faça isso por prazer e não 
por obrigação. 
É indispensável que o professor esteja aberto para lidar com qualquer dificuldade que apareça 
no dia-a-dia escolar. A prática educacional do mesmo deve estar sempre adequada e preparada para 
abraçar cada aluno (em especial os alunos autistas) e suas necessidades individuais e coletivas. O 
professor que se acomoda apenas com o currículo estudado durante o período de graduação 
acadêmica está em falta com ele mesmo e com seus alunos. Leituras, palestras, seminários, workshops 
são meios eficazes e interessantes para que o educador se atualize, se especialize e adquira novos 
conhecimentos para trabalhar com as crianças autistas na educação infantil. 
Rodrigues (2010, p.72,73) preconiza o seguinte: 
 
A proposta inclusiva da Educação (um direito assegurado) tem por fim conscientizar os (as) 
professores (as) sobre as bases filosóficas, políticas educacionais, jurídicas, éticas 
responsáveis pela formação de competências do profissional que participa ativamente dos 
processos de integração, desenvolvimento e inserção da pessoa deficiente na vida produtiva 
em sociedade, evidenciar o direito legal mediante dever do Estado com a educação; e garantir, 
conforme determina a Constituição da República Federativa do Brasil no seu artigo 208, 
inciso III, o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências, 
preferencialmente na rede regular de ensino. 
 
Porém em nada agrega na vida escolar do aluno autista todo esse saber profissional por parte 
do professor se escola não buscar criar um Projeto Político Pedagógico que se adeque as 
particularidades aluno que apresente algum tipo de necessidade especial, seja ele autista ou não, pois 
a inclusão deve abraçar todos os alunos por igual. Sabemos que a educação é para todos e devemos 
lutar para que a inclusão também seja. 
Para facilitar a escolarização ainda na educação infantil do aluno autista, métodos que 
envolvem psicologia comportamental e psicolinguística foram criados,como por exemplo o método 
TEACCH e o método ABA. O método TEACHH, que significa Tratamento e Educação para Autistas 
e Crianças com Déficits Relacionados à Comunicação já é bastante utilizado no Brasil. 
 
 
12 
O método TEACCH se baseia em princípios que versam sobre a adaptação do ambiente frente 
as limitações da criança autista, elaboração de planos de intervenção, mudanças na de ensino e na 
grade curricular, bem como a capacitação de professores e a readaptação da avaliação. O principal 
foco é atender as demandas diárias do aluno autista a fim de possibilitar uma melhor qualidade de 
vida tanto no âmbito escolar quanto no âmbito social. Monte (2004, p.9) explica: 
 
O método TEACCH utiliza uma avaliação denominada PEP-R (Perfil Psicoeducacional 
Revisado) para avaliar as crianças e determinar seus pontos fortes e de maior interesse, e suas 
dificuldades, e, a partir desses pontos, montar um programa individualizado. O TEACCH se 
baseia na adaptação do ambiente para facilitar a compreensão da criança em relação a seu 
local de trabalho e ao que se espera dele. Por meio da organização do ambiente e das tarefas 
de cada aluno, o TEACCH visa desenvolvimento da independência do aluno de forma que 
ele precise do professor para o aprendizado de atividades novas, mas possibilitando-lhe 
ocupar grande parte de seu tempo de forma independente. 
 
Desta feita, o TEACCH tem como objetivo ofertar aos alunos autistas ainda na educação 
infantil diversas formas de adaptações no âmbito em que ela convive, no entanto, é de suma 
importância dar atenção especial e analisar as necessidades de cada aluno individualmente, pois várias 
crianças podem ser diagnósticas com autismo, mas suas dificuldades são diferentes. 
Neste método, são utilizados estímulos visuais na forma de figuras, seja por meio de fotos, 
cartazes, etc.; estímulos corpóreos como apontar dedos, fazer gestos e movimentos corporais; 
estímulos audiocinestesicovisuais, que são sons, palavras, movimentos com associação a fotos, 
palavras escritas ou objetos concretos utilizados em sequência, como legos, por exemplo. As 
atividades que serão realizadas com a criança autista na educação infantil serão indicadas de forma 
visual, a fim de proporcionar uma melhor compreensão e inclusão do aluno em sala de aula. 
Lewin e Leon (1995), indicam que os pontos que dão aporte ao método TEACCH são uma 
escola com estrutura física delimitada e com espaço para desenvolvimento das atividades; atividades 
que envolvem sequências para que a criança autista que está na educação infantil tenha entendimento 
do que está sendo exigido dela, fazendo sempre uso de apoio visual. A rotina da criança deve ser 
reavaliada periodicamente a fim de observar mudanças na sua rotina que contribuam para o seu 
desenvolvimento. 
O método TEACCH minimiza os sintomas da doença e permite que o educando consiga lidar 
de melhor maneira e com maior tolerância as atividades que antes lhe causavam confusão, 
aborrecimento e agressividade. O método permite que se vislumbre a possibilidade de mudar 
tendências que são inatas do comportamento da criança autista, especificamente, em sala de aula. 
 
 
13 
Outro método inclusivo usado é o PECS (Picture Exchange Communication System) que é 
um sistema que pode ser usado pelo professor da educação infantil, pois o mesmo faz uso de figuras, 
e pode ser usado com alunos que possuam menos habilidades cognitivas, tendo em vista que as 
figuras representam interesses individuais. É feita uma ligação entre atividade e os símbolos que 
esse método oferta, de modo que o PECS é uma alternativa viável para professor e aluno, tendo em 
vista que o método utiliza velcro ou adesivos como meio para que a seja incluída na aula e exerça 
sua autonomia. Por meio do velcro ou do adesivo, a criança “comunica” ao professor sobre o 
andamento da atividade que está desenvolvendo. Por meio desses recursos, ela consegue transmitir 
o professor quando começa e quando termina uma atividade. 
O PECS é um meio de comunicação alternativas entre professor e aluno que contribui para 
inclusão do aluno que cursa a educação infantil. Esse método motiva a criança autista a utilizar sua 
fala ou o dialeto que usa para se comunicar. Esse método descontrói a ideia de aprendizagem através 
do lúdico (fotos, sinais) podem vir a diminuir o desenvolvimento verbal. 
Outro método bastante usado é o método ABA. Ele é utilizado em criança autistas a fim de 
modificar o comportamento dessas crianças. Skinner (1998 p.30), fundador da teoria da Análise do 
Comportamento, define aprendizagem como: 
 
“(…) arranjo de contingências [condições] de reforçamento sob as quais os alunos aprendem. 
Eles [os alunos] aprendem sem ensino nos seus ambientes naturais, mas os professores 
planejam [ou são responsáveis por planejar] contingências especiais para otimizar a 
aprendizagem, acelerando a aprendizagem de comportamentos que se daria mais lentamente 
[nos demais ambientes naturais] ou certificando-se da aprendizagem de comportamentos que, 
em outras condições, não ocorreria. ” 
 
 
O método ABA está relacionado com o ensino intensivo e individualizado das habilidades 
necessárias para que a criança autista possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida 
possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se os comportamentos interferem no 
desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo. Em suma, esse método que 
oferece transformações no comportamento e ajuda na aprendizagem e na inclusão, através de um 
estímulo corroborado que advém em uma probabilidade ampliada de que aquele comportamento se 
repita no futuro. 
Para que se ateste se este método está surtindo efeitos com a criança que está na educação 
infantil, é necessário que os professores realizem observações periodicamente, elaborando 
relatórios detalhes para que por meio deles seja possível acompanhar a evolução das habilidades da 
criança autista que está cursando a educação infantil. Para que o método seja ABA seja aplicado, é 
 
 
14 
necessário que o professor tenha uma capacitação específica em Análise Comportamental e com 
experiência supervisionada. 
É necessário criar maneiras para transmitir novas informações e melhorar a prática pedagógica 
se tornando adequadas em sala de aula. Vimos que as professoras entrevistadas percebem a 
importância da inclusão escolar dos alunos autistas e tentam colocá-la em prática, mais revelam que 
para envolvê-la na sala de aula é necessário um conjunto de aspectos para se torna útil e válido. 
Os estudos são claros quando mostra que os professores têm dificuldades ao inserir um aluno 
autista em sala de aula, ou seja, apesar de buscarem melhorar as suas práticas, pesquisando em livros, 
internet e comentários de outras colegas. Entretanto os professores ainda não estão preparados para 
lidar com a inclusão escolar de alunos autistas, pois não tiveram uma formação tanto a nível inicial 
como contínuo que abordassem as práticas educacionais, que são necessárias para obter a verdadeira 
inclusão. 
Outro ponto que chama a atenção é a falta de recursos didáticos, de estrutura escolar, a falta 
de especialização por parte dos professores e o apoio nos ambientes educacionais, sem esse conjunto 
de aspectos os professores não têm como elaborar atividades específicas para essas crianças, de 
maneira que podem chegar a atrasar o aluno autista como os demais. 
Assim, podemos relatar que inclusão não é apenas colocar o aluno dentro da sala de aula 
regular, mas adapta-lo ao contexto, construindo novos conhecimentos de maneira própria e no tempo 
da criança. A aprendizagem dela deve ser sempre acompanhada pelo professor, para que ambos se 
relacionem e enriqueçam seus conhecimentos. 
O educador deve estar sempre em busca de novas estratégias para colaborem no 
desenvolvimento da criança. Para que a inclusão apresente o verdadeiro sentido, o professor necessitatransmitir conhecimentos para as crianças com autismo através de atividades concretas, visual e 
auditiva, com coordenação motora, exercícios de concentração e com significado, dessa forma o 
aluno irá obter os novos conhecimentos de maneira fácil e prazerosa. 
 
 
 
15 
5. METÓDO 
 
Utilizou-se o método bibliográfico de investigação buscando encontrar na literatura existente 
as definições e as possíveis implicações do que se convencionou denotar sobre a relação do brincar a 
aprendizagem escolar. Com esse objetivo, foram utilizados diversos tipos de materiais e os dados 
foram pesquisados baseando-se em publicações como: livros, revistas, TCCs, artigos impressos, 
teses, dissertações, além de publicações na internet. 
Para que este projeto de ensino fosse realizado, amplas pesquisas teóricas e bibliográficas 
foram realizadas a fim de discutir as principais dificuldades enfrentadas por professores e alunos no 
dia a dia escolar, os métodos que são usados para incluir o aluno e desenvolver a aprendizagem. Com 
base nos trabalhamos realizados por Freitas, Lemos, Mantoan, Mello, Vygotsky e Piaget que pude 
desenvolver a elaboração do meu projeto de ensino. 
. 
 
 
16 
6. CRONOGRAMA 
 
Para que fosse possível a realização deste projeto, o realizei por etapas, como mostra o 
cronograma a seguir: 
 
 
 
1ª Etapa: 10 dias 2ª Etapa: 20 dias 3ª Etapa: 15 dias 
• Escolha e Leitura da 
fundamentação teórica. 
• Pesquisa bibliográfica 
sobre o tema. 
• Escolha e Leitura da 
fundamentação teórica. 
 
• Elaboração dos 
Objetivos do Projeto de Ensino 
em Educação; 
• Elaboração da 
Introdução do Projeto; 
• Montagem do Projeto de 
Ensino em Educação no Word. 
• Leitura do projeto que 
teve como tema: “Autismo na 
Educação Infantil: A importância 
da Educação Inclusiva.” 
• Finalização do 
desenvolvimento do projeto; 
• Finalização do 
considerações finais e conclusão 
do projeto do ensino em 
Educação. 
 
 
17 
7. RECURSOS 
 
Utilizei diversos recursos para a realização deste projeto. No diz respeito aos recursos 
materiais, utilizei: a) livros utilizados na fundamentação teórica do meu projeto de ensino em 
educação; b) computador para elaboração do projeto; c) manual para elaboração do projeto, impresso 
em folhas A4. 
A fundamentação teórica, segundo Cervo (2007), é realizar um levantamento bibliográfico 
onde são expostos os resultados, diante de leituras e anotações, sendo de forma totalmente teórico, 
sem apresentar nenhum tipo de observações no ambiente de pesquisa para se chegar a tal enfoque, e 
desta forma é realizada a citação de diversos autores que possuem a mesma linha de pensamento para 
que desta forma seja direcionado o raciocínio que leva a conclusão. 
 
 
 
18 
8. AVALIAÇÃO 
 
A avaliação do projeto de ensino em educação será por meio de reflexão sobre o tema discutido. 
O intuito deste projeto é propor uma reflexão sobre a inclusão do aluno autista na educação infantil, 
explorar os problemas estruturais e físicos que muitas escolas possuem prejudicam por muitas vezes 
a práticas metodológicas que o professor quer trabalhar com seu aluno especial e esbarra nas 
dificuldades. Outro ponto é a reflexão sobre a busca de atualização e de formação continuada por 
parte do professor, que é o principal agente facilitador do processo de inclusão da criança autista na 
educação infantil. 
 
 
 
 
 
19 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A inclusão da criança autista na Educação Infantil está aquém de sua simples presença em 
sala de aula. É importante que a criança autista que esteja dentro de sala de aula aprenda e desenvolva 
suas habilidades e capacidades, superando sempre suas dificuldades. Entretanto, a realidade 
encontrada na maioria das escolas, são vagas para crianças com necessidades especiais, porém, não 
há nenhuma preparação para incluir essa criança nas práticas metodológicas desenvolvidas. 
Fazendo o estudo das publicações dos teóricos que embasaram este projeto de ensino em 
educação, é incontestável que para se atender uma criança autista que frequenta a educação infantil é 
necessário que se promova diversas adaptações tanto na escola como um todo, mas também, no que 
tange a formação do professor que trabalhará com aquela criança. 
A formação docente qualificada é de extrema importância e necessária. É de suma importância 
que o professor saiba como proceder frente as dificuldades que surgem ao lecionar para um aluno 
autista na educação infantil. A Declaração de Salamanca preconiza que a formação dos professores é 
mola propulsora do processo inclusivo. Quando não há formação adequada, não há inclusão, nem 
pedagógica, nem social. 
É necessário que haja uma reflexão das equipes pedagógicas que compõe as escolas a fim de 
encontros meios e métodos para incluir os alunos autistas na escola, ainda que para isso a escola 
precise passar por todo uma reestruturação. Sabemos das dificuldades física e estruturais que muitas 
escolas enfrentam e que muitos professores, apesar de não terem a formação adequada, dão seu 
melhor para proporcionar uma experiência de aprendizagem inclusiva para o seu alunado especial. 
Depois de realizar toda esta pesquisa para a composição do projeto de ensino, podemos 
afirmar que várias intervenções são necessárias para que as crianças autistas que frequentam a 
educação infantil possam interagir e desenvolver uma aprendizagem eficaz, que promova sua 
independência e seu desenvolvimento pleno. Este projeto de ensino em aprendizagem é apenas uma 
pequena contribuição para os vários estudos que já existem sobre o tema. 
Espero com felicidade que este projeto possa ajudar estudantes, professores, pais e todos 
aqueles que busquem informação acerca do tema discutido. A inclusão de alunos autistas na educação 
precisa cada vez mais ser posta em funcionamento e em prática. 
 
 
 
20 
REFERÊNCIAS 
 
BOSA, C.A. & GOLDBERG, K. (orgs.). A educabilidade de sujeitos com autismo: mitos e 
controvérsias. Necessidades educativas especiais. Erechim:edifapes, 2009, pp. 75-83. 
 
BRASIL, MEC. Política Nacional de Educação na Perspectiva Inclusiva, Brasília, 2008. 
 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 
1996. 
 
BRASIL, Lei 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Política Nacional de Proteção dos Direitos da 
Pessoa com Transtornos do Espectro autista. Presidência da República, Casa Civil. 
 
BRASIL. 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras 
providências. Presidência da República, Casa Civil. 
 
CORREIA, H. C. A inclusão da criança com autismo em uma escola de educação infantil. Papirus, 
2012. 
 
CHIOTE, F. A. B. A mediação pedagógica na inclusão da criança com autismo na Educação 
infantil. São Paulo: Summus, 2011. 
 
CUNHA, E. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. 4 
ed. Rio de Janeiro: Wak, 2011. 
 
LAMPREIA, C. (2007). Os enfoques cognitivista e desenvolvimentista no autismo: Uma análise 
preliminar. Psicologia: Reflexão e Crítica, 17, 111-120. 
 
LEWINS, S. M., & de Leon,V. C. (1995). Programa TEACCH. In J. S. Schwartzman & F. B. 
Assumpção (Eds.), Autismo infantil (pp. 233-263). São Paulo, SP: Memnon. 
 
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A integração de pessoas com deficiência. São Paulo: 
Memnon, 1997. 
 
 
21 
 
Nota Técnica N° 24/2013/MEC/SECADI/DPEE. Disponível em: < 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=13287&Itemid
=> Acesso em: 05 de outubro de 2021. 
 
SILVEIRA, F.F.; NEVES, M.M.B.J. Inclusão escolar de crianças com deficiência múltipla: 
concepções de pais e professores. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 22, n. 1, p. 79-86, 
2006. 
 
 
 
 
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=13287&Itemid=
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