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1 FACULDADE DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DA REGIÃO MISSIONEIRA - FETREMIS JACQUELINE NECKEL DOS SANTOS INCLUSÃO ESCOLAR DOS ALUNOS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL SÃO PAULO DAS MISSÕES - RS 2019 JACQUELINE NECKEL DOS SANTOS A INCLUSÃO ESCOLAR DOS ALUNOS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Projeto de pesquisa apresentado para obtenção do título de Especialista em Educação Especial, da Faculdade de Educação e Tecnologia da Região Missioneira - Fetremis. Orientadora: Esp. Katiana Panho SÃO PAULO DAS MISSÕES - RS 2019 3 FACULDADE DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DA REGIÃO MISSIONEIRA – FETREMIS JACQUELINE NECKEL DOS SANTOS A INCLUSÃO ESCOLAR DOS ALUNOS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Trabalho apresentado no Curso de Pós graduação Educação Especial, da Faculdade de Educação e Tecnologia da Região Missioneira - FETREMIS, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel/Licenciado em Educação Especial Inclusiva, sob a orientação da Professora Licenciada em Pedagogia e pós- graduada em Gestão Escolar, Psicopedagogia Institucional e Neuropsicopedagogia Katiana Panho. BANCA EXAMINADORA ___________________________ Professor (a) Orientador Instituição a que pertence Titulação ___________________________ Professor Avaliador Instituição a que pertence Titulação ___________________________ Professor Avaliador Instituição a que pertence Titulação São Paulo das Missões, RS, 11 de Setembro de 2019. 4 INCLUSÃO ESCOLAR DOS ALUNOS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Jacqueline Neckel dos Santos 1 Katiana Panho2 RESUMO O presente artigo aborda o tema “A inclusão escolar dos alunos autistas na Educação Infantil”. O artigo tem como objetivo principal, compreender se a educação inclusiva promove o acesso e a permanência dos alunos com autismo na Educação Infantil. Trata-se de um artigo bibliográfico, a onde será discutido sobre a Inclusão Escolar bem como a educação inclusiva na Educação Infantil com os alunos autistas, destacando a importância do trabalho pedagógico dos educadores, buscando conceitos de autismo, abordando a Política Nacional da Educação Especial. Para que a educação inclusiva aconteça, é necessário que os educadores conheçam seus alunos, tendo um olhar atento para suas necessidades, para garantir que o aluno se sinta incluído e que se desenvolva cognitivamente. A inclusão escolar não pode ser compreendida, apenas pelo fato do aluno estar em sala de aula da educação básica, o processo de inclusão vai muito além, por isso os educadores devem compreendam o que é uma educação baseada na inclusão escolar, sempre buscando novos conhecimentos, metodologias e estratégias, para garantir aos seus alunos uma aprendizagem de qualidade. A pesquisa auxilia para um melhor entendimento sobre a inclusão escolar dos alunos com autismo, e o trabalho pedagógico dos professores, discutindo sobre a importância do professor em sala de aula, bem como as suas metodologias para ensinar, os recursos pedagógicos que utilizam para auxiliar no desenvolvimento educacional dos alunos autistas. O artigo utilizou como aporte teórico BRASIL (1996), KISHIMOTO (2005), MELLO (2007), MONTOAN (2007) entre outros. Com os resultados da pesquisa bibliográfica pode-se perceber que é de suma relevância, para que a inclusão aconteça fato, e que a escola se torne inclusiva, é necessário um conjunto de ações que envolvem os alunos, escola, família e comunidade, para que se assegure, o acesso e a permanecia dos alunos autistas. Palavras-chave: Inclusão 1. Aluno 2. Professor 3. Autismo 4. Escola 5. INTRODUÇÃO A escolha do tema partiu da necessidade de compreender e estudar mais sobre o autismo e a inclusão dos alunos na educação básica. O artigo tem como objetivo principal, compreender se a educação inclusiva promove o acesso e a permanência dos alunos com autismo na Educação Infantil. 1 Especialista em Educação Infantil (FETREMIS 2018) 2 Licenciada em Pedagogia pela Faculdade Assis Gurgacz e pós-graduada em Gestão Escolar, Psicopedagogia Institucional e Neuropsicopedagogia. E-mail: katianapanho@yahoo.com.br 5 A pesquisa se justifica por discutir sobre um assunto muito debatido atualmente, que ainda precisa ser muito estudado pelos educadores, além do interesse pessoal da acadêmica. O estudo é de suma relevância para o mundo acadêmico, por se tratar de um artigo que busca compreender se a educação inclusiva está acontecendo de forma que promova o acesso e a permanência dos alunos com autismo na Educação Infantil, analisando a importância do professor em sala de aula como mediador, e a importância do trabalho pedagógico do professor com o aluno autista na educação infantil. Os alunos autistas apresentam diversas características, cabe o professor conhecê-las e procurar a melhor maneira para trabalhar com seu aluno, tanto nos casos mais leves como os mais graves, podemos identificar diversas características em cada aluno, bem como algumas; dificuldade na comunicação, na linguagem, em alguns momentos podem estar agressivos, demonstram movimentos repetitivo, falta de concentração no olhar, dificuldade na interação com algumas pessoas entre outras características dos alunos autistas. (MELLO,2007) Como objetivos específicos o artigo buscou-se levantar os aspectos normativos referentes à inclusão educacional, identificar as dificuldades e possibilidades do trabalho do professor na Educação Infantil junto a educação inclusiva dos alunos autistas, discutindo sobre a importância do professor planejar sua aula, pensando no aluno autista e suas necessidades e possibilidades. Para atender os objetivos propostos do artigo, utilizou-se a pesquisa bibliográfica, com suporte teórico de artigos acadêmicos, revistas e livros, para compreender mais sobre o tema discutido. 1. INCLUSÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL. É importante destacar que é no Brasil, educação infantil se tornou um direito de todas as crianças através da Constituição Federal de 1988, sendo aprovada e reconhecida como uma etapa da educação básica, pela Lei 9.394 de 1996 Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96 ). 6 Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. A educação infantil é um período muito importante para cada aluno, é uma etapa onde o aluno começa a desenvolver o conhecimento sobre o mundo e a sua própria identidade, na LDB 9394/96 em seu Art.208, garante que é dever do Estado, oferecer o atendimento educacional especializado para os alunos com necessidades especiais preferencialmente na rede regular de ensino. Em 1994 com a elaboração da Declaração de Salamanca, na cidade de Salamanca (Espanha) muitas modificações em relação ao atendimento da Educação Especial aconteceram, apontando a necessidade de políticas públicas e educacionais, onde foi assegurado o direito a educação sem qualquer distinção, com o objetivo de incluir no ensino regular, todas as crianças “qualquer pessoa portadora de deficiência tem o direito de expressar seus desejos com relação à sua educação, tanto quanto estes possam ser realizados” (Declaração de Salamanca, 1994, p. 1). A educação inclusiva, não pode ser compreendida, como apenas receber o aluno com necessidades especiais em sala de aula regular, a inclusão escolar vai muito além. As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devemacolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA p. 17-18). Uma escola inclusiva abrange todas as crianças e jovens na escola, foca na participação e na realização de todos, a inclusão deve ser compreendida como um processo sem fim, uma escola inclusiva é aquela que está evoluindo, sempre buscando novas estratégias para ensinar seus alunos. O direito de todas as crianças à educação está proclamado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e foi reafirmado com veemência pela Declaração sobre Educação para Todos. Pensando desta maneira é que este documento começa a nortear Todas as pessoas com deficiência têm o direito de expressar os seus desejos em relação à sua educação. Os pais 7 têm o direito inerente de ser consultados sobre a forma de educação que melhor se adapte às necessidades, circunstâncias e aspirações dos seus filhos. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA p. 5 – 6). Como na Educação Infantil, muitas crianças apresentam algumas necessidades especiais, no entanto não possuem diagnóstico, cabe à escola buscar estratégias que possam facilitar o processo de aprendizagem desses alunos, promovendo a inclusão. Para Montoan; A inclusão é um desafio, que ao ser devidamente enfrentado pela escola comum, provoca a melhoria na qualidade da educação básica e superior, pois para que os alunos com e em deficiência possam exercer o direito á educação em sua plenitude, é indispensável que essa escola aprimore suas práticas, a fim de atender as diferenças. (MONTOAN, 2007, p. 45) Para orientar o trabalho educativo com as crianças de 0 a 6 anos, em 1998, foi criado o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, com o objetivo de auxiliar no processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças de 0 a 6 anos, sendo um conjunto de reflexões e orientações didáticas para os professores. Aprender a conviver e relacionar-se com pessoas que possuem habilidades e competências diferentes, que possuem expressões culturais e marcas sociais próprias, é condição necessária para o desenvolvimento de valores éticos, como a dignidade do ser humano, o respeito ao outro, a igualdade e a equidade e a solidariedade. A criança que conviver com a diversidade nas instituições educativas, poderá aprender muito com ela.(BRASIL, 1998, p. 35). Assim uma escola, para se tornar inclusiva deve estar ligada à modificação da estrutura, do funcionamento, respeitando as diferenças individuais de cada aluno, como nos diz o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil “O principal desafio da Escola Inclusiva é desenvolver uma Pedagogia centrada na criança, capaz de educar a todas, sem discriminação, respeitando suas diferenças”. (Brasil, 1998, p. 36). A Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, tem como meta (4) para educação inclusiva: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados (BRASIL, 2014a). 8 Quando a inclusão dos alunos com necessidades especiais, realmente acontece nas escolas, podemos observar que as crianças não ficam mais isoladas, começam a interagir com as demais crianças, tendo as mesmas possibilidades, sendo instigados a colocar em práticas suas habilidades e capacidades. 2. O PROFESSOR E O ALUNO AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL. O termo “Autista” se origina da palavra “autos” de origem grega, que significa “por si mesmo”. Na década de 1940, os primeiros estudos sobre o autismo foram apresentados pelo Dr. Leo Kanner, que estabeleceu o autismo como um quadro de psicose, onde a criança demostra um comportamento estranho, não estabelece relações, vive em um mundo isolado fora da realidade. Assim com o passar dos tempos, novos estudos e investigações foram sendo elaboradas, até os dias de hoje. É importante destacar que o conceito do autismo está em constante modificação, por se tratar de um distúrbio do desenvolvimento, apresentando diversos sintomas, seja na comunicação ou interação social. A autora Mello (2007) descreve o autismo como: Autismo é um distúrbio do desenvolvimento que se caracteriza por alterações presentes desde idade muito precoce, tipicamente antes dos três anos de idade, com impacto múltiplo e variável em áreas nobres do desenvolvimento humano como as áreas de comunicação, interação social, aprendizado e capacidade de adaptação. (MELLO,2007, p.16) Atualmente o autismo é considerado um distúrbio do desenvolvimento que causa várias alterações no comportamento do indivíduo. Para Mello (2007) “o autismo é um distúrbio do comportamento que consiste em uma tríade de dificuldades” sendo elas: Dificuldade de comunicação - caracterizada pela dificuldade em utilizar com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal. Isto inclui gestos, expressões faciais, lingua-gem corporal, ritmo e modulação na linguagem verbal. 9 Dificuldade de sociabilização - este é o ponto crucial no autismo, e o mais fácil de gerar falsas interpretações. Significa a dificuldade em relacionar-se com os outros, a incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções e a dificuldade na discriminação entre diferentes pessoas. Dificuldade no uso da imaginação - se caracteriza por rigidez e inflexibilidade e se estende às várias áreas do pensamento, linguagem e comportamento da criança. Isto pode ser exem-plificado por comportamentos obsessivos e ritualísticos, compreensão literal da linguagem, falta de aceitação das mudanças e dificuldades em processos criativos. (MELLO,2007,p. 20-21) As causas do autismo ainda são desconhecidas, sendo um tema bastante estudado pelos pesquisadores da área da educação, pois desde muito cedo as crianças já apresentam dificuldades na comunicação, na interação com as demais crianças. Para que o aluno seja inserido no contexto social, é muito importante que a escola esteja preparada tanto no âmbito estrutural, quanto a equipe pedagógica e os professores que iram trabalhar com os alunos, a onde o planejamento deve ser pensado para atender as necessidades, bem como o que será utilizado como recursos didáticos, para que realmente aconteça a inclusão desse aluno. De acordo com o Referencial Curricular da Educação Infantil (1998,p.23): Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Para os professores a chegada de um aluno autista na escola regular, pode gerar grandes preocupações, pois se preocupam com o processo de inclusão desses alunos, pois as escolas precisam de adequações tanto estruturais como pedagógicas. Pois para que aconteça a inclusão desses alunos verdadeiramente, toda equipe escolar deve estar comprometidas com o aluno autista, respeitando suas necessidades especiais. De acordo com Lopez (2011, p. 16), Professores, orientadores, supervisores, direção escolar, demais funcionários, famílias e alunos precisam estar conscientes dessa singularidade de todos os estudantes e suas demandas específicas. Esta tomada de consciência pode tornar a escola um espaçoonde os processos de ensino e aprendizagem estão disponíveis e ao alcance de todos e onde diferentes conhecimentos e culturas são mediados de formas diversas por 10 todos os integrantes da comunidade escolar, tonando a escola um espaço compreensível e inclusivo. (LOPEZ, 2011, p. 16). Os professores, devem estar conscientes que para que seu aluno tenha uma aprendizagem significativa, deve refletir sobre sua prática, seu método de ensinar, mais o importante é reconhecer que o aluno é capaz de aprender, dentro de suas limitações. O professor deve buscar desenvolver no seu aluno a sua independência, sua autoconfiança, que são características ausentes na personalidade do aluno autista. Para que a educação inclusiva aconteça na Educação Infantil com os alunos autistas, é necessário que os professores que iram trabalhar com esses alunos, tenham acesso à formação especializada, para auxiliarem as possibilidades de trabalhos pedagógicos dentro e fora de sala de aula. Mello (2007) destaca: 1.Sente o mais próximo possível do professor. 2.seja requisitado como ajudante do professor algumas vezes. 3.Use agendas e calendários,listas de tarefas e listas de verificação. 4.Seja ajudado para poder trabalhar e concentrar-se por períodos cada vez mais longos. 5. Seja estimulado a trabalhar em grupo e a aprender a esperar a vez. 6. Aprenda a pedir ajuda. 7. Tenha apoio durante o recreio onde, por exemplo poderá dedicar- se a seus assuntos de interesse, pois caso contrário poderá vagar, dedicar- se a algum assunto inusitado ou ser alvo de brincadeiras dos colegas. 8. Seja elogiado sempre que for bem sucedido. (MELLO,2007.p.30) Quando pensar em currículo, o professor deve sempre partir da realidade de todos os alunos, bem como olhar para a realidade do seu aluno autista. Para Chaves e Abreu (2014): Pensar numa proposta curricular vai além dos conteúdos. Ou são os conteúdos mais importantes que o processo educativo? Ao educador faz-se necessário observar a real necessidade do aprendente autista e como esse currículo vai ajudá-lo no seu desenvolvimento cognitivo (CHAVES; ABREU, 2014, p. 6). É preciso que os educadores compreendam o processo do lúdico com o aluno autista na Educação Infantil é muito importante em sala de aula, como um recurso pedagógico, que envolve as brincadeiras e jogos, sendo um processo de aprendizagem significativa, pois o lúdico não deve ser compreendido, no deixar os 11 alunos brincarem apenas para passar o tempo, é preciso que os professores tenham objetivos, para que essas brincadeiras auxiliem os alunos no seu desenvolvimento motor, social, cognitivo e afetivo. Para Kishimoto (2005): [...]o uso do brinquedo/jogo educativo com fins pedagógicos remete-nos para a relevância desse instrumento para situações de ensino- aprendizagem e de desenvolvimento infantil. Se considerarmos que a criança pré-escolar aprende de modo intuitivo adquire noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro com cognições, afetivas, corpo e interações sociais, o brinquedo desempenha um papel de grande relevância para desenvolvê-la” (KISHIMOTO,2005. p.36). Dallabona e Mendes (2004, p.107) ressaltam: O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo mais real. Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode se expressar, analisar, criticar e transformar a realidade. Se bem aplicada e compreendida, a educação lúdica poderá contribuir para a melhoria do ensino, quer na qualificação ou formação crítica do educando, quer para redefinir valores e para melhorar o relacionamento das pessoas na sociedade. Os professores devem acreditar nas potencialidades de seus alunos, para que se desenvolvam e aprendam, valorizando suas atividades, saber escutar, sempre buscando e ajudando na independência dos alunos, estimulando sua participação em sala de aula. Segundo SASSAKI ( 2004, p 2) Uma escola comum só se torna inclusiva depois que se reestruturou para atender à diversidade do novo alunado em termos de necessidades especiais (não só as decorrentes de deficiência física, mental, visual, auditiva ou múltipla, como também aquelas resultantes de outras condições atípicas), em termos de estilos e habilidades de aprendizagem dos alunos e em todos os outros requisitos do princípio da inclusão, conforme estabelecido no documento, ‘A declaração de Salamanca e o Plano de Ação para Educação de Necessidades Especiais’. Os professores que trabalham com a educação infantil precisam sempre estar atentos as suas atividades e seus objetivos de cada aula, trabalhar com o lúdico não deve ser compreendido como apenas deixar os alunos brincarem, é preciso ter objetivos e estratégias, formular brincadeiras e jogos que criem situações desafiadoras para os alunos autistas, onde possam desenvolver sua imaginação, coordenação, raciocínio lógico, interagindo com os demais colegas. 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da pesquisa realizada, nota-se que o acesso a uma educação para todos, é possível acontecer realmente, se todos os envolvidos se comprometerem, para que o aluno autista participe da vida escolar. Apesar de as normativas existirem para garantir esse acesso, é na prática que se vê o envolvimento da família, escola, comunidade em geral, o envolvimento de cada um, para garantir o acesso e a permanência dos alunos autistas em escolares regulares da educação básica. A inclusão não pode ser entendida apenas como, colocar o aluno autista em uma escola regular, é preciso ir muito além, a escola os professores devem estar atentos, acompanhando a aprendizagem dos alunos, sempre buscando novas estratégicas para contribuírem com o desenvolvimento do aluno. Para que o aluno autista aproprie novos conhecimentos, os professores precisam buscar uma forma de ensinar, que o aluno aprenda de maneira fácil e prazerosa, utilizando atividades concretas, relacionando com exercícios de concentração, realizar atividades visuais e auditivas, que façam o aluno se sentir bem com o que está realizando. Portanto conclui-se que os professores necessitam cada vez mais aprofundar sua formação, buscando novos conhecimentos no que se refere as metodologias pedagógicas utilizadas, para realizarem com seus alunos autistas de maneira que desenvolvam sua aprendizagem. O currículo pensado para o aluno autista é extremamente importante para o desenvolvimento do aluno, pois quando a escola aplica a prática, possibilita que o aluno se desenvolva, realize atividades do cotidiano, tendo autonomia, novos conhecimentos e comportamentos, ultrapassando suas dificuldades muitas vezes. Todo professor deve olhar para seu aluno e saber que ele é capaz de aprender, basta encontrar estratégias de ensino para trabalhar com a necessidade especial do aluno em sala de aula. 13 REFERÊNCIAS BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. _______. MEC. Declaração de Salamanca. Brasília, 1994. _______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, 1998. v. 2 ______. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2014a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/2014/Lei/L13005.htm>. Acesso em: 29 set. 2014. CHAVES, Maria José; ABREU. Márcia Kelma de Alencar. Currículo inclusivo: proposta de flexibilização curricular para o aprendente autista. 2014. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/revistas/cintedi/trabalhos/Modalidade_1datahora_11_11 _2014_0 0_14_48_idinscrito_1032_21baa4b98f17f639f8e420243e5ad478.pdf>. Acesso em: 14 julho 2019. DALLABONA, Sandra Regina; MENDES, Sueli Maria Schimit. Olúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. Revista de divulgação técnico -científica do ICPG,v. 1, n. 4, p. 107, 2004 KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 8ª ed. São Paulo:Cortez,2005. LOPEZ, J. C. A formação de professores para a inclusão escolar de estudantes autistas: contribuições psicopedagógicos. 2011. Trabalho final do curso (Especialização em psicopedagogia clínica e institucional) - Universidade de Brasília. Instituto de Psicologia – Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento – PED, Brasília, 2011. MANTOAN, M. T. E. A Educação especial no Brasil: da exclusão à inclusão escolar. Disponível em: <http://www.lerparaver/bancodeescola>. Acesso em: 02 maio. 2019. MELLO, Ana Maria S. Ros de. Autismo: guia prático. 6ª ed. São Paulo: AMA; Brasília: CORDE, 2007. Disponível em: <http://www.ama.org.br/site/images/home/ Downloads/guia pratico.pdf> acesso em 14 de julho de 2019. SASSAKI, R. K. As escolas inclusivas na opinião mundial. Disponível em: http://www.viverconsciente.com.br/exibe_artigo.asp codigo=75&codigo_categoria =13> . Acesso em: 14 julho. 2019. http://www.ama.org.br/site/images/home/ http://www.ama.org.br/site/images/home/Downloads/ http://www.ama.org.br/site/images/home/Downloads/ http://www.ama.org.br/site/images/home/Downloads/guiapratico.pdf http://www.viverconsciente.com.br/exibe_artigo.asp
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