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Terapêutica - Controle de Ansiedade

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Vinícius Bandeira | @viniciusbdentista
Como controlar a ansiedade do
paciente odontológico
Os métodos de controle da ansiedade podem
ser farmacológicos ou não farmacológicos. Os
farmacológicos, que podem ser desde a sedação
mínima até a anestesia geral, podem ser
classificados em sedação mínima, moderada e
profunda.
A sedação moderada envolve a combinação
de vários agentes sedativos e o uso de sedativos
por via parenteral. A sedação profunda é obtida
com altas doses de sedativos por via oral,
inalatória ou parenteral.
Já a sedação mínima, é definida como “uma
discreta depressão do nível de consciência,
produzida por método farmacológico, que não
afeta a habilidade do paciente de respirar de
forma automática e independente e de
responder de maneira apropriada à estimulação
física e ao comando verbal”.
Na clínica odontológica, os benzodiazepínicos
(BDZ) são os ansiolíticos mais empregados para
se obter a sedação mínima por via oral, pela
eficácia, boa margem de segurança clínica e
facilidade posológica.
A técnica de sedação mínima pela inalação da mistura de
óxido nitroso (N2O) e oxigênio (O2), por sua vez, está
gradativamente conquistando mais espaço na odontologia,
sendo um recurso terapêutico seguro quando corretamente
empregada por cirurgião-dentista habilitado.
Indicações para a sedação farmacológica em
odontologia
Quando o quadro de ansiedade aguda não
for controlável apenas por meio de métodos não
farmacológicos.
Nas intervenções mais invasivas (drenagem
de abscessos, exodontia de inclusos, cirurgias
periodontais, perirradiculares ou
implantodônticas, etc.), mesmo em pacientes
normalmente cooperativos ou que aparentarem
estar calmos e tranquilos.
No atendimento de pacientes portadores de
doença cardiovascular, asma brônquica ou com
história de episódios convulsivos, com a doença
controlada, com o objetivo de minimizar as
respostas ao estresse cirúrgico.
obs.: nesses casos, sempre que possível, deve-se entrar
em contato com o médico que trata do paciente, para
troca de informações e avaliação conjunta dos riscos e
benefícios da sedação mínima por via oral ou inalatória.
Logo após traumatismos dentários acidentais,
situações que requerem pronto atendimento,
muitas vezes em ambiente ambulatorial.
Benzodiazepínicos
Eles se ligam a estruturas ligadas ao SC e ao
sistema límbico, onde facilitam a ação do GABA,
que é um neurotransmissor inibitório primário do
SNC.
O gaba induz a abertura dos canais de Cloro
da membrana dos neurônios, aumentando a
entrada do Cloro para o interior da célula, o que
resulta na diminuição dos impulsos excitatórios,
tendo como objetivo controlar a reações
somáticas e psíquicas geradas pela ansiedade.
Vantagens
Reduz o fluxo salivar e o reflexo do vômito,
provoca o relaxamento da musculatura, mantém
a pressão arterial ou a glicemia e induz a amnésia
anterógrada.
A amnésia anterógrada é outro efeito
colateral dos benzodiazepínicos, que pode ocorrer
mesmo quando empregados em dose única. É
definida como o “esquecimento dos fatos que se
seguiram a um evento tomado como ponto de
referência”. Geralmente coincide com o pico de
atividade do medicamento, sendo mais comum
com o uso do midazolam e do lorazepam.
Efeitos colaterais
Os benzodiazepínicos apresentam baixa
incidência de efeitos colaterais, particularmente
quando empregados em dose única ou por
tempo restrito. A sonolência é o mais comum
desses efeitos, principalmente com o uso do
midazolam e do triazolam, por conta de sua ação
hipnótica (indução do sono fisiológico).
Terapêutica | UFPE (2021.1)
Vinícius Bandeira | @viniciusbdentista
A ação dos benzodiazepínicos é praticamente
limitada ao SNC, embora mínimos efeitos
cardiovasculares sejam observados, como a
discreta diminuição da pressão arterial e do
esforço cardíaco. No sistema respiratório, podem
causar leve redução do volume de ar corrente e
da frequência respiratória.
O midazolam, particularmente, pode
provocar alucinações ou fantasias de caráter
sexual. Recomenda-se, portanto, que o
profissional tenha a companhia de uma terceira
pessoa no ambiente do consultório.
Critérios de escolha, dosagem e
posologia
Alguns critérios devem ser considerados,
como a idade e o estado físico do paciente, o tipo
e a duração do procedimento. Como a duração
dos procedimentos odontológicos, em média, não
ultrapassa 60 min, o midazolam é o fármaco de
escolha para jovens e adultos, pelo rápido início
de ação (30 min) e menor duração do efeito
ansiolítico (1-2 h).
Em idosos, além de serem metabolizados e
excretados de forma mais lenta, os
benzodiazepínicos, pela sua lipossolubilidade,
depositam-se no tecido gorduroso que substitui a
massa muscular nesses indivíduos. Por isso, o
fármaco ideal é o lorazepam, que se constitui
numa boa alternativa ao midazolam, por
apresentar menor incidência de efeitos
paradoxais ou amnésia anterógrada e .cuja
meia-vida plasmática é intermediária entre o
triazolam e o diazepam.
Apenas dois benzodiazepínicos são
atualmente recomendados para uso em crianças:
o diazepam e o midazolam, sendo que ambos
apresentam vantagens sobre outros agentes
sedativos como a prometazina, a hidroxizina e o
hidrato de cloral.
Sedação mínima pela técnica de
inalação da mistura de N2O e O2
É benéfica para pacientes que apresentam
problemas de ordem sistêmica, como os
portadores de doença cardiovascular ou de
distúrbios convulsivos, entre outras, devido à
constante suplementação de oxigênio que a
mistura proporciona.
É contraindicada para pacientes com
respiração bucal ou obstrução nasal, nos
portadores de doença pulmonar obstrutiva
crônica (enfisema, bronquite severa), na presença
de infecções respiratórias agudas e, ainda, no caso
de sujeitos que foram submetidos à
quimioterapia com bleomicina, pelo risco de
desenvolvimento de fibrose pulmonar.
Principais vantagens:
Tempo curto (~ 5 min) para se atingir os níveis
adequados de sedação e para a recuperação do
paciente, que muitas vezes pode ser dispensado
sem acompanhante.
Os gases podem ser administrados pela
técnica incremental, ou seja, pode-se
individualizar a quantidade e a concentração de
N2O/O2 para cada paciente.
A duração e a intensidade da sedação são
controladas pelo profissional em qualquer
momento do atendimento.
Administração constante de uma quantidade
mínima de 30% de O2 durante o atendimento
(equivalente a cerca de 1 �⁄� vez a quantidade de
O2 contido no ar atmosférico).
Por outro lado, como desvantagens, esta
técnica implica um considerável investimento
inicial, pela necessidade de aquisição do
equipamento e de acessórios, além do custo do
curso teórico-prático de habilitação.
Referência
Eduardo Dias de Andrade.
Terapêutica Medicamentosa em Odontologia.
3ª Edição.
São Paulo: Artes Médicas, 2014.
Terapêutica | UFPE (2021.1)
Vinícius Bandeira | @viniciusbdentista
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