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CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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Núcleo Comum 
 
 
 
Governança de Tecnologia da Informação 
Aula 1 
 
 
Professora Maristela Regina Weinfurter 
Teixeira 
 
 
 
 
 
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Conversa Inicial 
Olá, seja bem-vindo à primeira aula da disciplina “Governança de 
Tecnologia da Informação”. A seguir, você confere os assuntos que serão 
trabalhados a partir daqui: 
 Governança corporativa: princípios e elementos; 
 Melhores Práticas e Lei Sarbanes-Oxley; 
 Mercado de Capitais, investidores e tipos de empresas; 
 Pilares da Governança Corporativa; 
 Governança Corporativa e Governança de TI. 
Bons estudos! 
Acesse o material on-line e assista ao primeiro vídeo da professora 
Maristela, no qual ela irá apresentar essa disciplina e especificar os temas da 
primeira aula. 
Contextualizando 
As organizações com ou sem fins lucrativos atuam de acordo com uma 
estrutura e uma hierarquia. Algumas são autocráticas, pois dependem de 
pessoas específicas, outras democráticas, uma vez que são descentralizadas e 
institucionalizadas. 
A questão não está relacionada em como são organizadas, mas sim em 
como são dirigidas, monitoradas, incentivadas e como se relacionam com 
proprietários, conselhos, órgãos de controle, acionistas e comunidade em 
geral. Pensando desta forma, cabe aqui um texto muito interessante sobre o 
Caso do Banco Baring. 
Tal assunto impactou o mundo dos negócios nos anos noventa, vindo a 
se tornar tema de um livro e posteriormente de um filme, ambos intitulados “A 
Fraude” (em português) e “Rouge Trader” (em inglês). Você não precisará ler o 
livro, porém, caso goste de um bom filme, assista-o! Certamente, levará a uma 
 
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maior compreensão de todos os problemas que incentivaram a sociedade e a 
economia mundial a reformularem e repensarem a forma de gestão das 
organizações, algo agora denominado governança. 
Em breves palavras, a história do Banco Baring, também conhecido por 
Banco da Rainha, tem como cenário a Europa do século XIX. Ele teve um 
grande reconhecimento durante a guerra contra Napoleão ao financiar 
campanhas militares da Grã-Bretanha, ajudou na recuperação financeira da 
França ao término desta mesma guerra, financiou a venda da Lousiana por 
parte da França para os americanos em 1803, refinanciou o Banco da 
Inglaterra em 1839 e também reconstituiu o Banco da França em 1849. 
Após tanto crescimento e esplendor, veio a primeira crise em 1890, 
decorrente da expansão especulativa que gerou um passivo para a empresa de 
21 milhões de libras esterlinas. Nunca mais teve o mesmo prestígio inicial, 
porém a situação ainda poderia piorar. Em 1995, sob a gerência de Nick 
Leeson, o Banco Baring sofreu um capítulo dramático que o levou a um 
prejuízo de um bilhão de libras esterlinas. 
O início dos problemas ocorreu em 1992 numa atividade gerencial para 
encobrir uma falha de uma funcionária. Criou-se então a conta 88888 para 
registrar as perdas de uma transação malsucedida. A partir de então, muitas 
operações desastrosas foram registradas na conta 888888. Em 1993 a conta 
acumulava um montante de oito milhões de libras. 
Um erro não corrige outro erro, mas foi assim que Leeson resolveu 
encobrir tais perdas. Na tentativa de burlar a contabilidade interna, Leeson 
passou a operar com opções straddle, que é uma estratégia de especulação na 
qual um investidor compra ou vende, por um mesmo aplicador, um número de 
opções de compra e de venda de ações. Em 1993, sua tática deu certo, 
levando-o do prejuízo para um lucro espantoso. 
Porém, a conta 88888 continuava recebendo transações não 
autorizadas e em dois meses já detinha um prejuízo de um milhão de libras. 
Leeson se reportava diretamente a quatro pessoas da organização, no entanto, 
 
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como era reconhecido como um operador competente, não sofria nenhum tipo 
de acompanhamento ou fiscalização por parte de seus superiores. 
Em 1995, após passar por uma auditoria externa, constatou-se que o 
Banco havia perdido mais de 600 milhões de libras. Leeson fugiu, porém foi 
preso logo depois, declarando-se culpado pelos crimes de fraude e sendo 
condenado a seis anos e meio de prisão. O Banco Baring estava quebrado e 
seu Presidente Peter Baring questionava-se dia e noite sobre quais 
mecanismos poderiam ter sido utilizados pela instituição para garantir a 
continuidade do Banco. 
Esse caso pode ser melhor compreendido com a leitura do artigo “O 
Caso Barings: Lições Aprendidas?”, que mostra de forma brilhante alguns 
pontos e elementos importantes para compreensão do novo conceito 
denominado “governança corporativa”. Acesse o link a seguir e confira: 
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2013_EnANPAD_EPQ1900.pdf 
Para mais informações, acesse o material on-line e confira o vídeo da 
professora Maristela. 
Pesquise 
Tema 1 – Governança corporativa: princípios e elementos 
Com base nos casos apresentados anteriormente, conseguimos 
compreender quantos problemas poderiam ser previstos, auditados, 
controlados e simplesmente não foram. Tais casos demonstram que 
certamente muitas coisas contribuíram para o fracasso e a decadência dessas 
organizações. Isso não ocorreu apenas com essas duas empresas. Se 
fizermos uma busca rápida na internet, ficaremos surpresos com a quantidade 
de organizações que já existiram, tiveram grande força no mercado e hoje 
ninguém mais ouve falar. 
Então vamos fazer uma caminhada pela estrada dos conceitos e das 
definições, para que lá na frente compreendamos melhor o motivo de agora 
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2013_EnANPAD_EPQ1900.pdf
 
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falarmos sobre governança e não mais simplesmente sobre gestão! 
O movimento mercadológico dos últimos vinte anos demonstrou que é 
fundamental que uma empresa tenha um ambiente transparente e bem 
fiscalizado no mercado de capitais. Isso proporciona estabilidade dos recursos 
e serve de sinalizador para possíveis turbulências financeiras ou de outros 
tipos (SOUSA NETO, 2011). 
A ausência de uma estrutura efetiva de governança corporativa pode 
gerar um aspecto de vulnerabilidade para acionistas, fornecedores, clientes e 
colaboradores. Dentro desta estrutura organizacional, o conselho de 
administração é um instrumento central de governança. É ele que deve 
monitorar os diretores e gerentes da organização, detendo o controle 
corporativo (SOUSA NETO, 2011). 
Chegando ao ponto importante das definições, temos que “governança 
corporativa” é um sistema constituído por princípios e processos que auxiliam 
as empresas no controle e na administração. A governança prevê: 
 Um conselho de administração: acionistas majoritários e minoritários; 
 Um executivo principal; 
 Uma auditoria independente; 
 Os stakeholders (associações, credores, sindicatos, fornecedores e 
opinião pública). 
Podemos dizer que temos um paradigma entre a empresa governada e 
a empresa apenas gerenciada, como você confere a seguir segundo Pound, 
(2001, p. 85, apud Sousa Neto, 2011): 
 Empresa gerenciada: o foco encontra-se no poder dos gerentes, sendo 
assim, o conselho apenas contrata diretores capazes, monitora o 
desempenho e demite os diretores caso o resultado não seja 
satisfatório. 
 Empresa governada: o acionista faz a contratação e a dissolução do 
 
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conselho de administração quando os resultados não são esperados. 
Assim, é reestabelecida a conexão entre elementos críticos da equação 
da governança corporativa (acionistas e conselhos) diante do processo 
de decisão. 
A seguir, você confere os princípios básicos de governança corporativa 
segundo Sousa Neto (2014, p. 3820). 
 Equidade ou senso de justiça:é a forma de tratamento justo e 
isonômico entre acionistas e demais stakeholders, levando-se em 
consideração direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas. 
 Transparência: estabelece que as informações sejam claras, precisas e 
disponíveis para todos os envolvidos no negócio, em especial sobre as 
informações de alto risco para organização. 
 Prestação de contas responsável: demonstrações financeiras 
apoiadas nas melhores práticas contábeis e de auditoria. 
 Conformidade ou responsabilidade corporativa: é o cumprimento das 
normas constantes do estatuto, dos regimentos e das leis do país. 
Além dos princípios, vamos conhecer, através da figura a seguir, os 
elementos importantes no contexto da governança corporativa. Quando 
falamos em sócios, estamos falando sobre os acionistas tanto majoritários 
quanto minoritários. As partes interessadas ou stakeholders compreendem o 
quadro de colaboradores (empregados), as fundações de assistência e 
seguridade, os sindicatos, os fornecedores, os clientes, os consumidores e 
usuários, o governo e outras sociedades. 
 
 
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Fonte: Sousa Neto (2014, p. 3820). 
Depois de conhecermos os princípios e os elementos, vamos à definição 
de Governança Corporativa, que pode ser encontrada no site do IBGC: 
Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais 
organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo 
os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, 
diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes 
interessadas. 
 As boas práticas de governança corporativa convertem princípios 
básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a 
finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo 
da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para 
a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem 
comum (IBCG, s/d). 
Com base nos elementos e nos princípios anteriormente expostos, 
podemos notar que há uma diferença real entre gerenciar e governar. De forma 
alguma se busca menosprezar a gestão que utiliza técnicas da administração, 
dos ramos do direito, da contabilidade, da economia, entre tantas outras áreas, 
porém, focando na responsabilidade corporativa dentro de um contexto 
capitalista global. Talvez, possamos dizer de forma mais simplista que uma boa 
 
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governança utiliza tudo que há de bom na gestão, porém com um olhar no 
mercado de ações, na economia e no retorno que seus acionistas tanto 
desejam. 
 O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), principal 
referência do Brasil para o desenvolvimento das melhores práticas de 
Governança Corporativa, elaborou um código, que traz orientações 
importantes. Para lê-lo na íntegra, acesse o link a seguir: 
http://www.ibgc.org.br/userfiles/2014/files/codigoMP_5edicao_baixa[1].pdf 
Esse mesmo instituto disponibiliza documentos e códigos importantes da 
área. Acesse o link a seguir e confira: 
http://www.ibgc.org.br/inter.php?id=18173 
Para complementar os estudos desse tema, acesse o link a seguir e leia 
o texto “O Desenvolvimento das Corporações e o Despertar da Governança 
Corporativa”. 
http://governancacorporativa.com/?page_id=107 
Acesse o material on-line e confira o vídeo da professora Maristela, no 
qual serão apresentadas mais informações sobre os princípios e elementos da 
Governança Corporativa. 
Tema 2 – Melhores Práticas e Lei Sarbanes-Oxley 
Vimos no tema anterior dois importantes aspectos para continuarmos 
navegando neste novo mundo da governança: os princípios básicos e os 
principais elementos. Tudo que conversamos pode ser certificado em 
documentos, relatórios, livros e outros mecanismos do IBGC. 
Antes de prosseguirmos acesse o link a seguir e confira um vídeo que 
mostra como se deu a criação do IBGC e quais são seus objetivos: 
https://www.youtube.com/watch?v=pnqeriqKWPg 
http://www.ibgc.org.br/userfiles/2014/files/codigoMP_5edicao_baixa%5b1%5d.pdf
http://www.ibgc.org.br/inter.php?id=18173
http://governancacorporativa.com/?page_id=107
https://www.youtube.com/watch?v=pnqeriqKWPg
 
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Esse vídeo nos mostra, de forma simplificada, toda a preocupação que o 
IBGC tem sobre a governança no Brasil, entre as quais está fazer com que as 
organizações que se predispõem em implantar a Governança Corporativa 
estejam amparadas e seguras para prosseguir. 
O Código de Melhores Práticas (CMP) de Governança Corporativa, 
criado pelo IBGC, descreve práticas importantes que tanto conselhos 
acionários quanto diretores executivos devem adotar para que sua organização 
chegue à excelência no desempenho de suas funções para atingir suas metas 
e seus objetivos diante do contexto do mercado e das partes interessadas 
(SOUSA NETO, 2014, p. 3840). 
Com o CMP, o conselho e a direção de uma organização podem tomar 
caminhos que visem aumentar o valor da sociedade, melhorar o desempenho, 
facilitar o acesso ao capital e aos custos mais baixos e contribuir para sua 
existência a longo prazo (SOUSA NETO, 2014, p. 3840). 
Quando uma empresa implanta a Governança Corporativa, tem alguns 
benefícios, como: 
 Obter melhores taxas de juros em financiamentos via bancos; 
 Reduzir muitos de seus riscos por tomar decisões juntamente a seus 
acionistas e stakeholders; 
 Ser mais observada e procurada por investidores por conta do retorno 
dos investimentos; 
 Desenvolver mais projetos. 
Uma situação bastante interessante para empresas que implantam a 
Governança Corporativa é o ágio de GC (Governança Corporativa), uma 
prática comum no mercado de capitais na qual investidores pagam mais pelas 
ações das empresas que possuem uma GC com alta qualidade (CMP, 2016). 
Segundo Sousa Neto (2014, p. 3960): 
A GC torna-se um fator cada vez mais importante para as empresas 
ganharem acesso a capitais externos a custos competitivos. Torna-
se, também, crucial no apoio ao setor privado, diante do crescimento 
 
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econômico e na canalização de poupanças para novos investimentos. 
Além disso, os recentes escândalos éticos e financeiros das 
corporações americanas, como a Enron, a Worldcom, a Parmalat e a 
Imclone Systems, colocaram em xeque os papéis dos conselhos de 
administração, lançamentos contábeis das empresas e as auditorias 
externas, motivando discussões sobre governança corporativa nas 
empresas e sua importância na construção do novo arcabouço 
financeiro internacional. 
Às vezes, pensamos que só temos problemas e escândalos no Brasil, 
não é mesmo? Mas a história nos conta muitos problemas sérios em países 
desenvolvidos. Assim funcionam a humanidade e a sociedade, aprendemos 
com nossos erros ou então quando atentamos para história. 
Diante dos diversos problemas ocorridos nas grandes empresas 
mundiais no mercado de capitais é que aparece a Lei Sarbanes-Oxley. 
Segundo Sousa Neto (2014, p. 3960) o nome foi dado em função de seus 
criadores, e ela estabelece uma ampla reforma nas normas contábeis e de 
governança das empresas, objetivando proteger os investidores acionistas e 
outros stakeholders. 
Quando uma empresa brasileira possui ações no mercado americano, 
por meio de ADRs (American Depositary Receipts), a Lei Sarbanes-Oxley a 
alcança também. Logo, sofre as devidas consequências legais internacionais 
em caso de alguma ilegalidade administrativa. 
Algumas medidas aprovadas pela Lei Sarbanes-Oxley segundo Sousa 
Neto (2014, p. 3988) são: 
-Os executivos, principal e financeiro, deverão certificar os relatórios 
anuais de desempenho e atestar a qualidade das informações. 
-Adoção pelas corporações de um código de ética para seus 
principais executivos. 
-Constituição de um comitê de auditoria, para acompanhar a atuação 
dos auditorese dos números da companhia. 
-Aqueles que possuem informações privilegiadas deverão seguir as 
exigências da lei nos casos de mudanças em suas participações 
acionárias. 
-Quaisquer informações complementares aos relatórios exigidos pela 
lei, relativas à situação financeira da empresa, deverão ser 
divulgadas com rapidez. 
-A remuneração do executivo principal deverá ser aprovada pelo 
conselho de administração. 
-São vedados empréstimos pessoais a diretores executivos. 
-Definição de penas para fraudes: as multas podem chegar a US$ 5 
 
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milhões e a prisão por 20 anos. 
Outro órgão importante para a Governança Corporativa é a OCDE 
(Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que surgiu em 
1999 depois dos problemas ocorridos no Reino Unido em 1992 (Caso Burings). 
Para maiores detalhes acesse o link a seguir: 
http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=86
97:acordo-marco-de-cooperacao-com-a-ocde&catid=42&lang=pt-
BR&Itemid=280 
Caminhamos mais um pouco no conhecimento da Governança 
Corporativa e dos seus órgãos reguladores no Brasil e no exterior. É importante 
lembrar sempre que a governança, além de toda bagagem da gestão, traz 
consigo órgãos reguladores, associações e leis que garantem a todos os 
envolvidos (acionistas, sociedade, mercado e stakeholders) resultados 
positivos, ações mais valorizadas e vida longa para as organizações. 
Acesse o material on-line e confira a videoaula da professora Maristela, 
na qual são apresentadas informações complementares a respeito da Lei 
Sarbanes-Oxley e das melhores práticas de gestão. 
Tema 3 - Mercado de Capitais, investidores e tipos de empresas 
Até o momento falamos sobre conceitos e definições importantes para a 
compreensão da Governança Corporativa. Vimos que se fala muito em 
mercado de capitais, ações e investidores. Isso quer dizer, então, que a GC 
funciona somente para grandes corporações multinacionais as quais são 
abertas à bolsa de valores? 
A resposta é não! Empresas de diversos tipos de controle acionário 
podem implantar a GC, tais como as de controle familiar, estatal, disperso, 
compartilhado e estrangeiro (SILVEIRA, 2014, p. 266). É claro que cada tipo de 
controle acionário reagirá de forma diferente à implantação e configuração da 
Governança Corporativa como diretriz administrativa. 
http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8697:acordo-marco-de-cooperacao-com-a-ocde&catid=42&lang=pt-BR&Itemid=280
http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8697:acordo-marco-de-cooperacao-com-a-ocde&catid=42&lang=pt-BR&Itemid=280
http://www.itamaraty.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=8697:acordo-marco-de-cooperacao-com-a-ocde&catid=42&lang=pt-BR&Itemid=280
 
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Empresas familiares 
São as mais comuns no Brasil. Além dos relacionamentos conflituosos 
entre executivos, conselheiros e acionistas, geralmente pais, filhos, netos e 
outros parentes, “surge um fator complicador adicional: a família. Esse 
componente, com seus aspectos psicológicos e sentimentais, pode afetar 
substancialmente as decisões relativas ao negócio” (SILVEIRA, 2014, p. 266). 
Empresas estatais 
As empresas estatais podem ser totalmente públicas ou sociedades 
mistas (capital público e de investidores privados no controle acionário detido 
pelo Estado). Segundo Silveira (2014, p. 266) “a possibilidade de interferência 
indevida do Estado no papel de controlador – priorizando questões políticas em 
detrimento de decisões técnicas de negócio – naturalmente constitui a principal 
peculiaridade dessas sociedades”. 
Empresas acionárias, dispersas ou pulverizadas 
As companhias com estrutura acionária dispersa ou pulverizada, sem 
um acionista controlador, desde os anos 2000 se tornaram um fato presente na 
economia brasileira. Em tais sociedades, muitas vezes chamadas 
indevidamente de corporações, executivos de mercado possuem maior poder 
do que nas empresas com acionistas majoritários (SILVEIRA, 2014, p. 283). 
Clicando nos links a seguir, você confere a estrutura acionária do 
modelo de Governança Corporativa, a composição do conselho de 
administração e, por fim, a gestão da estrutura societária. Tudo referente ao 
Banco Itaú Unibanco Holding S.A.: 
http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/2009/ra/13.htm 
http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/2009/ra/13.htm 
http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/2009/df/08.htm 
 
http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/2009/ra/13.htm
http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/2009/ra/13.htm
http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/2009/df/08.htm
 
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Para visualizar informações sobre pareceres dos auditores 
independentes, resumo de relatório do comitê, parecer do conselho fiscal, 
demonstrações contábeis, notas explicativas, desempenho das ações, relatório 
da administração e análise gerencial da operação, acesse o link a seguir: 
http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/2009/df/08.htm 
Ou seja, tudo que conversamos até o momento sobre a transparência e 
as responsabilidades estão compartilhadas a quaisquer partes interessadas no 
site Institucional do Banco Itaú. Assim ocorre com as demais empresas que 
aplicam a Governança Corporativa em suas organizações. 
Para entender todo esse contexto, é importante saber o que é mercado 
de capitais (CVM, 2014): 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/2009/df/08.htm
 
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 “O mercado de capitais tem uma grande importância no 
desenvolvimento do país, pois estimula a poupança e o investimento produtivo, 
o que é essencial para o crescimento de qualquer sociedade econômica 
moderna” (CVM, 2014, p. 33). 
Ele é amparado pela Lei n. 10.303/01 que prevê três delitos voltados à 
tutela do regular funcionamento do mercado de valores mobiliários (CVM, 
2014, p. 54): 
 Manipulação de mercado: operações simuladas ou manobras 
fraudulentas alterando artificialmente o regular funcionamento dos 
mercados de valores mobiliários em bolsa de valores. 
 Uso indevido de informação privilegiada: informação não divulgada 
no mercado usada indevidamente para oportunizar vantagens indevidas. 
 Exercício irregular de cargo, profissão, atividade ou função: atuação 
profissional sem os devidos credenciamentos, mesmo que a título 
gratuito. 
Quando incorporadas às leis, algumas práticas de governança 
corporativa tornam-se obrigatórias para todas ou determinadas 
empresas atuantes onde essa legislação é vigente. Outras práticas 
são exigidas como instrumentos de autorregulação, ou seja, tornam-
se obrigatórias para empresas que desejam fazer parte de um grupo, 
por exemplo, o grupo de empresas com ações negociadas em bolsa 
de valores, sujeitas aos órgãos públicos reguladores e às normas de 
funcionamento da empresa responsável pela negociação das ações 
(CVM, 2014, p. 159). 
Mas não basta a análise sob a ótica da lei, pois grande parte das boas 
práticas de governança corporativa são propostas como recomendações por 
organizações nacionais e internacionais, bem como por pesquisadores. 
Acessando o link a seguir você confere um livro sobre mercado de 
capitais, elaborado pelo Comitê Consultivo de Educação da Comissão de 
Valores Mobiliários – CVM. 
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinve
stidor/publicacao/Livro/LivroTOP-CVM.pdf 
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/publicacao/Livro/LivroTOP-CVM.pdf
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/publicacao/Livro/LivroTOP-CVM.pdfCCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
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Acesse o link a seguir e confira a cartilha “Introdução ao Mercado de 
Capitais”. Ao final dela há um glossário bem interessante com vocabulários 
inerentes ao mercado de capitais e à Governança Corporativa. 
https://corretora.miraeasset.com.br/global/bz/po/downloads/cursosOnline/Introd
u%C3%A7%C3%A3o_ao_Mercado_de_Capitais.pdf 
Para maiores detalhes sobre a estrutura total da GC aplicada ao Banco 
Itaú Unibanco acesse o link a seguir: 
http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/2009/ra/13.htm 
Para mais informações sobre o mercado de capitais, os investidores e os 
tipos de empresas, acesse o material on-line e confira a videoaula da 
professora Maristela. 
Tema 4 – Pilares da Governança Corporativa 
Estudamos anteriormente o que seriam os princípios básicos da 
Governança Corporativa. Agora precisamos compreender mais um detalhe 
dentro da GC: seus pilares de sustentação. 
Cada um desses pilares se desdobra em questões importantes para que 
as iniciativas da GC possam ser implantadas dentro de cada organização 
(SILVEIRA, 2014). 
 
https://corretora.miraeasset.com.br/global/bz/po/downloads/cursosOnline/Introdu%C3%A7%C3%A3o_ao_Mercado_de_Capitais.pdf
https://corretora.miraeasset.com.br/global/bz/po/downloads/cursosOnline/Introdu%C3%A7%C3%A3o_ao_Mercado_de_Capitais.pdf
http://www.itauunibanco.com.br/relatoriodesustentabilidade/2009/ra/13.htm
 
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A figura a seguir ilustra tanto os princípios básicos quanto os pilares de 
sustentação das boas práticas da GC: 
 
 
Quando pensamos em pilares, imaginamos realmente “coisas” que dão 
sustentação a todas as boas práticas da Governança Corporativa (CMP, 2016). 
 Propriedade: compreende o proprietário da organização e os sócios. 
 Conselho de administração: é um componente da governança que 
atua como ligação entre a propriedade e a gestão, orientando e 
supervisionando a relação com as demais partes interessadas e 
decidindo os rumos organizacionais. 
 Gestão: é executada pelo diretor-presidente ou executivo principal, o 
qual além de gerir a organização e coordenar a diretoria, cria um elo 
entre a diretoria e o conselho de administração. Também responde pela 
execução das diretrizes outrora aprovadas pelo conselho de 
administração e pela prestação de contas. 
 Auditoria independente: analisa se as demonstrações financeiras 
 
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estão refletindo a realidade e como está a saúde financeira da 
organização através de avaliação dos controles internos. 
 Conselho fiscal: averigua os atos dos administradores, faz 
considerações sobre os relatórios e as propostas dos órgãos da 
administração, faz a análise de demonstrações contábeis e financeiras e 
denuncia a ocorrência de eventuais erros, fraudes ou crimes. 
Uma vez que os princípios e os pilares foram avaliados dentro de uma 
determinada organização, pode-se considerar que ela atingiu todos os 
aspectos importantes para uma gestão conforme as boas práticas da 
governança corporativa. 
Sendo assim, a organização, após análise e compreensão dos pontos 
críticos dos pilares e dos princípios das boas práticas da GC, está apta para 
produzir uma agenda de governança para a adoção em curto, médio e longo 
prazo. Sem esquecermos das leis aplicáveis em cada caso. 
 
Fonte: Silveira (2014, p. 255). 
 
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Ao término da criação de uma agenda de governança, as lideranças 
precisarão montar um amplo processo de reflexão. Para a implantação de uma 
GC, não basta que as organizações simplesmente utilizem o manual de boas 
práticas e apliquem os princípios e pilares de forma mecanizada. 
Há um investimento de tempo e de recursos humanos para que se 
agregue valor à organização através da GC. Depois de muitas reflexões, 
brainstormings e planejamento adequado, teremos uma organização na qual as 
pessoas tomarão decisões no melhor interesse de longo prazo, que cumprirão 
regras e terão um comportamento ético. A organização tornar-se-á 
transparente para seus stakeholders, e todos os acionistas conseguirão se 
manifestar diante dos resultados de forma equitativa (SILVEIRA, 2014). 
Para mais informações sobre os pilares da Governança Corporativa, 
acesse o material on-line e confira a videoaula da professora Maristela. 
Tema 5 – Governança Corporativa e Governança de TI 
Diante de tudo que estudamos anteriormente sobre a Governança 
Corporativa, é importante notar que cada uma das áreas dentro de uma 
organização, seja ela controladoria, produção, logística, vendas, marketing, TI 
etc., deve acompanhar as tendências das reestruturações organizacionais que 
ocorreram com a aplicação das melhores práticas de GC. 
Cada área agora, com o advento da GC, passa a ser responsável por 
desempenhar um papel, como uma unidade de negócio independente e 
interdependente. Ou seja, mesmo que ela não seja uma área afim da empresa, 
de alguma forma, precisará demonstrar resultados para a organização, seja 
através da otimização de processos, da melhoria nos custos, da otimização de 
instalações e assim por diante. 
Dentro deste contexto, iremos explorar todas as características, os 
métodos, as técnicas, os frameworks e as ferramentas capazes de transformar 
a gestão de TI numa Governança de TI. 
 
 
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19 
Historicamente, a TI no Brasil nunca mediu, controlou, otimizou e 
demonstrou resultados dos investimentos de uma forma tão apurada e 
criteriosa. Poderíamos dizer que essa nova arquitetura mudou muito a gestão 
do capital intelectual e dos recursos humanos, pois agora os profissionais de TI 
precisam ter boa performance individual caso queiram melhorar seus bônus 
profissionais (MANSUR, 2009, p. 3). 
Dados estatísticos demonstram que muitas empresas optaram por 
terceirizar suas áreas de TI porque estavam insatisfeitas com a performance do 
pessoal interno. Porém, ao migrarem para terceiros, apenas 37% das 77% que 
terceirizaram obtiveram sucesso nas suas metas de redução de custos e 
aumento da efetividade dos serviços de tecnologia (MANSUR, 2009, p. 3). 
É por isso que estamos falando de governança e não simplesmente de 
gestão. A gestão de TI, mesmo que terceirizada, não elimina erros, retrabalhos 
atrasos nas entregas, não melhora previsibilidade para planejamentos e não 
maximiza o resultado da organização. 
Não estou dizendo que não há formas de melhorias contínuas que 
possam atuar sobre tais situações, porém, o que precisamos compreender 
agora é o que a Governança de TI pode fazer para tornar a área uma unidade 
de negócio capaz de satisfazer seus clientes (usuários) de forma plena, 
planejada e seguindo boas práticas. 
Antes de continuar é importante entender o que é uma unidade de 
negócio: 
 Alguns falam que pode ser vista como uma unidade de planejamento 
que aponta necessidades e oportunidades estratégicas (FUSCO, 1997). 
 Também pode ser definida como uma divisão, uma linha de produtos ou 
um centro de lucros, que produza e comercialize produtos ou serviços. 
Possui uma área geográfica delimitada e exercita a concorrência com 
outras unidades de negócio (FUSCO, 1997 apud BUZZEL & GALE, 
1991). 
 
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20 
 Ou pode simplesmente, ser apresentada como uma unidade elementar 
de negócios de uma organização. 
Toda unidade de negócio, e não mais um simples centro de custos, deve 
trazer resultados para a organização. Mas como a TI pode trazer resultados 
para uma empresa de produção de alimentos, por exemplo? Nossa atividade 
fim aqui são processos de fabricação de alimentos e não venda de serviços de 
TI! 
Exatamente, porém quando a unidade de negócios de TI consegue 
otimizar recursos e infraestrutura, melhorar o desempenhoda fabricação 
através da implantação de sistemas computacionais e automatizar várias 
atividades fim e periféricas de uma organização está agregando valor e 
diminuindo custos de seus produtos ou serviços. 
Mas como podemos tornar a TI uma unidade de negócios dentro do 
contexto da Governança Corporativa? Aplicando uma estratégia corporativa, 
formulando novos processos para aprovação de projetos e utilizando 
frameworks, tais como Cobit, ITIL, ISO 2000 entre tantas outras ferramentas, 
técnicas e metodologias que tornem consistente as atividades inerentes à área 
de TI, sendo ela terceirizada ou não. 
Com muita perseverança e um bom planejamento, a unidade de 
negócios de TI, além de melhorar a performance de seus recursos (materiais e 
humanos), poderá auxiliar as demais unidades de negócio a se tornarem mais 
competitivas e rentáveis para as organizações. 
Tudo isto deve ser feito em colaboração, cooperação e com muita 
sinergia por parte de todas as unidades de negócio. A nova visão da TI deverá 
ser de colaborar para que as demais unidades atinjam seus objetivos. Com 
isso, teremos um novo olhar por parte do conselho, dos executivos e de todos 
os demais stakeholders das organizações. 
 
 
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21 
Para aprofundar o conhecimento a respeito dos assuntos trabalhados, 
acesse os links a seguir e leia os artigos “Relacionamento das melhores 
práticas do Cobit e ITIL para a Governança de TI” e “Unidades estratégicas de 
negócios - uma ferramenta para gestão competitiva de empresas”: 
http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/58616714.pdf 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
530X1997000100002 
Leia também um artigo bem interessante de Alexandre de Barros 
falando sobre a integração das TIs, fruto da fusão do Itaú com Unibanco. Ele 
mostra estratégias do departamento e como eles trabalham a inovação em TI. 
http://itforum365.com.br/noticias/detalhe/5599/repensar-o-mundo 
Para mais informações sobre a diferença entre governança corporativa e 
governança de TI, acesse o material on-line e confira a videoaula da professora 
Maristela. 
Trocando Ideias 
Por que a governança corporativa deve ser um elemento vital para uma 
organização? Compartilhe com seus colegas pontos importantes sobre alguma 
organização para a qual você tenha trabalhado. Pode ser também alguma 
empresa que você leu sobre. 
Por exemplo, em relação às empresas mistas, tais como Vale ou 
Petrobrás, como a comunidade externa (nós que não trabalhamos para elas), 
conseguimos analisar questões relativas à governança corporativa? Depois 
dessa aula, estamos preparados para realmente compreender como elas 
afetam nossas vidas em decorrência de uma boa ou má governança? 
Na Prática 
Após a leitura e compreensão do caso do Banco Baring, faça um 
contraponto em relação ao caso das empresas catarinenses Sadia e Perdigão, 
as quais deram origem à empresa BR Foods. Esses eventos foram noticiados 
http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/58616714.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X1997000100002
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X1997000100002
http://itforum365.com.br/noticias/detalhe/5599/repensar-o-mundo
 
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22 
na mídia entre os anos 2008 e 2009. A seguir, você confere alguns links para 
auxiliar na sua pesquisa: 
 Da Rivalidade à Parceria: Análise Financeira e Estratégica do Caso 
Sadia e Perdigão. 
http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/tpa/article/view/15610/9517 - 
 Brasil Foods: a fusão entre Perdigão e Sadia. 
http://www.economiaetecnologia.ufpr.br/revista/17%20Capa/Armando%20Dalla
%20Costa%20-%20Elson%20Rodrigo%20de%20Souza-Santos.pdf 
 Vídeo sobre a fusão das empresas Perdigão e Sadia na Rede Globo de 
Televisão. 
https://www.youtube.com/watch?v=iYvPENWS4Vk 
 Notícia sobre a fusão das empresas Perdigão e Sadia no Jornal da 
Gazeta. 
https://www.youtube.com/watch?v=bqrA6flWcKw 
Agora que você já conhece o Caso Baring e o Caso BR Foods, com um 
olhar crítico e fundamentado, responda às seguintes questões: 
 Qual a importância do capital humano para o bom funcionamento das 
organizações? 
 O que de fato é ser um líder sob a perspectiva da governança 
corporativa? 
 Quais são as responsabilidades e os papéis tanto da organização 
quanto de todo o capital humano envolvido no processo corporativo? 
 O que é transparência para o público externo (acionistas, credores e 
comunidade em geral) dentro do conceito de governança corporativa? 
Em suma, todas as organizações “humanas”, que produzem produtos ou 
serviços para outras organizações “humanas”, necessitam ser bem 
governadas. 
http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/tpa/article/view/15610/9517
http://www.economiaetecnologia.ufpr.br/revista/17%20Capa/Armando%20Dalla%20Costa%20-%20Elson%20Rodrigo%20de%20Souza-Santos.pdf
http://www.economiaetecnologia.ufpr.br/revista/17%20Capa/Armando%20Dalla%20Costa%20-%20Elson%20Rodrigo%20de%20Souza-Santos.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=iYvPENWS4Vk
https://www.youtube.com/watch?v=bqrA6flWcKw
 
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23 
Síntese 
Pudemos perceber o quanto o mercado tem influenciado a adoção de 
novas práticas de gerenciamento, ou melhor, de governança. Compreendemos 
durante essa aula que não basta apenas aplicarmos frameworks, ferramentas, 
técnicas e metodologias para melhorar e garantir uma boa governança, seja ela 
corporativa ou, mais especificamente, da área de TI. 
Precisamos mesmo é partir da compreensão macroeconômica até 
chegarmos à visão microeconômica. Cada atividade, implantação, decisão, 
controle, auditoria e atividade relacionada à governança tem obrigatoriamente 
que apresentar resultados positivos e que superem as expectativas, 
principalmente dos acionistas. 
Vivemos num mundo mais globalizado do que poderíamos imaginar. 
Cada uma de nossas atividades diárias precisa de alinhamento a esse novo 
mundo econômico, que preza cada dia mais por serviços de boa qualidade e 
resultados melhores. Podemos fazer parte disto melhorando continuamente 
nossas atividades, nossa forma de pensar e de agir. Juntos podemos sempre 
mais nesta nova era econômica e mercadológica. 
Não finalize os estudos dessa aula sem antes acessar o material on-line 
e conferir o vídeo de síntese da professora Maristela. 
 
 
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24 
Referências 
CMP - Código das melhores práticas de governança corporativa. 5. ed. 
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo: IBGC, 2015. 
Disponível em: 
<http://www.ibgc.org.br/userfiles/2014/files/codigoMP_5edicao_baixa[1].pdf>. 
Acesso em: 14 abr. 2016. 
CVM - O Mercado de Valores Mobiliários Brasileiro. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Comissão de Valores Mobiliários, 2014. Disponível em: 
<http://www.portaldoinvestidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinv
estidor/publicacao/Livro/LivroTOP-CVM.pdf>. Acesso em: 14 abr. 2016. 
FUSCO, José Paulo Alves. Unidades Estratégica de Negócios – uma 
ferramenta para gestão competitiva de empresas. Gestão e Produção vol. 4. 
São Carlos, 1997. Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
530X1997000100002. Acesso em: 14 abr. 2016. 
IBCG – Instituto Brasileiro de Governança Coorporativa. Governança 
Corporativa. Disponível em: <http://www.ibgc.org.br/inter.php?id=18161>. 
Acesso em: 15 abr. 2016. 
INTRODUÇÃO ao Mercado de Capitais. São Paulo: BM&FBovespa, 2010. 
Disponível em: 
<https://corretora.miraeasset.com.br/global/bz/po/downloads/cursosOnline/Intro
du%C3%A7%C3%A3o_ao_Mercado_de_Capitais.pdf>. Acesso em: 14 abr. 
2016. 
LOUREIRO, L. C.; PENHA, T. A.; NASCIMENTO, J. M. Relacionamento das 
melhores práticas do Cobit e ITIL para a Governança de TI. Disponível em: 
<http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/58616714.pdf>. Acessoem: 14 
abr. 2016. 
MANSUR, Ricardo. Governança Avançada de TI: na prática. Rio de Janeiro: 
Brasport, 2009. 
MUNHOZ, Antonio Semsem. Responsabilidade e Autoridade Social das 
Empresas. Curitiba: InterSaberes, 2015. 
SILVEIRA, Alexandre Di Miceli da. Governança Corporativa: o essencial para 
líderes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014 (e-book). 
SOUSA NETO, José Antônio de. Finanças Corporativas na Prática: 
Ferramentas Gerenciais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011 (e-book). 
http://www.ibgc.org.br/userfiles/2014/files/codigoMP_5edicao_baixa%5b1%5d.pdf
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/publicacao/Livro/LivroTOP-CVM.pdf
http://www.portaldoinvestidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/publicacao/Livro/LivroTOP-CVM.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X1997000100002
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X1997000100002
https://corretora.miraeasset.com.br/global/bz/po/downloads/cursosOnline/Introdu%C3%A7%C3%A3o_ao_Mercado_de_Capitais.pdf
https://corretora.miraeasset.com.br/global/bz/po/downloads/cursosOnline/Introdu%C3%A7%C3%A3o_ao_Mercado_de_Capitais.pdf
http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/58616714.pdf
 
 
 
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1 
 
 
 
 
 
Governança de Tecnologia da 
Informação 
 
 
Prof. Edson Pedro Ferlin 
Aula 2 
 
 
 
 
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2 
CONVERSA INICIAL 
Olá, caro aluno! 
Seja bem-vindo a mais uma aula de Governança de Tecnologia da 
Informação! 
Iniciemos nossos estudos assistindo à videoaula da professora 
Maristela Regina Weinfurter Teixeira, que irá apresentar e contextualizar os 
assuntos que serão estudados nesta segunda aula sobre Governança de TI. 
Então, vamos ao material on-line? 
 
 
CONTEXTUALIZANDO 
Vimos no encontro anterior o motivo do surgimento da Governança 
Corporativa. Agora é hora de conversarmos sobre a Governança de TI. 
A Gestão da Tecnologia da Informação pode ser considerada parte 
integral da Governança Corporativa, uma vez que, além de atuar como uma 
Unidade de Negócio com todas as obrigações a ela designadas, ainda 
sustenta e melhora a estratégia e objetivos da organização na colaboração e 
cooperação com todas as demais Unidades de Negócio da organização. 
Assim como em qualquer Unidade de Negócio que compõe a estrutura 
da Governança Corporativa, a TI é liderada por um executivo de TI que 
acompanha e investe nas principais inovações tecnológicas, na melhoria 
contínua da TI com o objetivo de fornecer soluções tecnológicas 
(Infraestrutura, Comunicação, Software e Segurança) com alto desempenho, 
confiável e transparente para toda a organização e demais partes 
interessadas. 
O estudo de caso a seguir é bastante interessante, pois propõe uma 
reflexão sobre o assunto que iniciamos neste encontro. 
 
 
 
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3 
Então, vamos à leitura? 
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosEPG/EPG00194_0
1_O.pdf 
Agora, leia a matéria “Governança de TI em empresas de tecnologia” 
para que você reflita durante este encontro sobre pontos importantes, tais 
como: a diferença entre gestão e governança de TI, processos e estrutura 
organizacionais, pilares da GTI, arquétipos da GTI e CobiT (são alguns 
conceitos e vocábulos utilizados no dia a dia da Governança de TI nas 
empresas) e as escolhas corretas em tecnologias, infraestrutura, 
comunicação, hardware, software e peopleware, farão toda a diferença no 
desempenho e atuação da TI dentro da organização, em seu novo papel como 
uma Unidade de Negócio. 
http://www.serpro.gov.br/tema/artigos-opinioes/governanca-de-ti-em-
empresas-de-tecnologia 
A Governança de TI traça uma nova história para área de Tecnologia 
da Informação nas organizações, tanto em nível internacional quanto 
nacional. Além disso, traz consigo métricas, foco nos negócios da organização 
e amplia as margens de resultados das empresas. 
No texto “Governança de TI em empresas de tecnologia” foi 
mencionado o termo “Inovações Disruptivas”. Mas, o que isso significa? 
Vamos à leitura para saber! 
http://academy.21212.com/blog/o-conceito-de-inovacao-disruptiva-e-sua-
influencia-no-empreendedorismo-digital/ 
 
 
 
 
 
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosEPG/EPG00194_01_O.pdf
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosEPG/EPG00194_01_O.pdf
http://www.serpro.gov.br/tema/artigos-opinioes/governanca-de-ti-em-empresas-de-tecnologia
http://www.serpro.gov.br/tema/artigos-opinioes/governanca-de-ti-em-empresas-de-tecnologia
http://academy.21212.com/blog/o-conceito-de-inovacao-disruptiva-e-sua-influencia-no-empreendedorismo-digital/
http://academy.21212.com/blog/o-conceito-de-inovacao-disruptiva-e-sua-influencia-no-empreendedorismo-digital/
 
 
 
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4 
PESQUISE 
 
Princípios e Arquétipos da Governança de TI 
Para que possamos compreender e analisar melhor os conceitos e 
definições da Governança de TI, utilizaremos o artigo “Governança de TI em 
empresas de tecnologia” (do qual já fizemos a leitura) como ponto de apoio 
para esclarecer as reais necessidades e expectativas do mercado e das 
organizações em relação à TI! 
A Governança de TI (GTI) foi delineada dentro da organização por 
WEILL e ROSS (apud FERNANDES, 2014, p. 13) da seguinte forma: “...é de 
responsabilidade da alta administração (incluindo diretores e executivos), na 
liderança, nas estruturas organizacionais e nos processos que garantem que 
a TI da empresa sustente e estenda as estratégias e objetivos da 
organização”. 
Além disso, a GTI “... consiste em um ferramental para a especificação 
dos direitos de decisão e das responsabilidades, visando encorajar 
comportamentos desejáveis no uso da TI”. 
É importante notar que dentro destas visões a GTI compartilha 
decisões de TI com os executivos da organização, estabelece regras, 
estabelece processos que se utilizam de tecnologia da informação pelos 
stakeholders internos e externos, facilitando o provimento dos serviços de TI 
para a organização toda. Um dos principais objetivos da GTI seria o 
alinhamento dos requisitos de negócio às tecnologias da informação 
disponíveis para a organização. 
Outra definição interessante para GTI: “pode ser definida como a 
especificação dos direitos decisórios e do framework de responsabilidades 
para estimular comportamentos desejáveis na utilização de TI.” (WEILL e 
ROSS, apud MANSUR, 2009). 
 
 
 
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5 
Em estudos feitos pelo Center for Information System Research (CISR) 
da MIT Sloan School, foram definidos pontos importantes nas decisões da 
GTI, bem como os Arquétipos da GTI. (FERNANDES, 2014, p.13). Dentre as 
principais decisões da GTI constam: 
1. Princípios de TI 
São as decisões de alto nível sobre a integração entre TI e os negócios da 
organização. 
2. Arquitetura de TI 
Estratégias sobre a organização lógica dos dados, das aplicações e 
infraestrutura da organização definidas em conjunto a políticas, 
padronizações e integrações. 
3. Infraestrutura de TI 
Definições sobre a capacidade atual e a capacidade planejada de TI, 
disponível para o negócio na forma de serviços compartilhados. 
4. Necessidades de aplicações de negócio 
São as decisões sobre as necessidades de negócio que gerem valor para 
a organização, assegurando um equilíbrio entre a criatividade e a 
disciplina. 
5. Investimento e priorização de TI 
São as decisões sobre quanto investir, em que investir e como equilibrar 
as necessidades diferentes. É através de investimentos que conseguimos 
atingir patamares maiores dentro da governança corporativa. 
Arquétipos da GTI: 
1. Monarquia do Negócio 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico6 
Grupo de executivos de negócios que possuem os direitos decisórios e 
contribuições. Afinal, os executivos de TI não tomam decisões de forma 
independente. 
2. Monarquia de TI 
Direitos decisórios são de um grupo de executivos de TI. 
3. Feudalismo 
Líderes das unidades de negócio, donos dos processos-chaves e seus 
delegados possuem os direitos decisórios e contribuições. 
4. Federalismo 
As decisões e contribuições são dos executivos e dos grupos de negócios. 
Cabe aos executivos de TI e demais grupos participar das decisões. 
5. Duopólio de TI 
Os direitos decisórios e contribuições são dos executivos de TI e outros 
grupos. 
6. Anarquia 
Indivíduos de pequenos grupos tomam decisões e fazem contribuições de 
forma isolada. 
Com base nos estudos elaborados por WEILL e ROSS, analise este 
modelo de matriz de arranjo de GTI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
 
Com esta matriz conseguimos descrever todos os arranjos de decisão 
da maioria das empresas. Ela tem como foco a determinação de quem deve 
ter a responsabilidade por tomar decisões e contribuir para as decisões que 
devem ser tomadas. 
Já esta tabela nos mostra o uso prático das decisões de TI em relação 
aos arquétipos através da matriz de arranjo da Governança. O caso foi 
aplicado para organizações com e sem fins lucrativos (Fonte: MENDONÇA, 
2013). 
 
O caso que gerou a matriz que você acabou de observar pode ser 
analisado no material a seguir: 
Mendonça, Cláudio Márcio Campos et. al. Governança de tecnologia 
da informação: um estudo do processo decisório em organizações públicas 
 
 
 
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8 
e privadas. Revista de Administração Pública. Vol. 47. N. 2. Rio de Janeiro, 
2013. 
http://www.scielo.br/pdf/rap/v47n2/v47n2a08.pdf 
Sugerimos que você também faça a leitura de um estudo de caso sobre 
a implantação de GTI em uma empresa pública. Vamos lá? 
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosEPG/EPG00194_0
1_O.pdf 
O MIT CISR (Centro de Pesquisas para Sistemas de Informações 
do MIT) tem como linha de pesquisa assuntos relacionados ao 
alinhamento das organizações com a nova era da economia digital, 
trabalhando principalmente questões de projetos e governança. Desde 
1974 sua missão está no desenvolvimento de conceitos e frameworks 
para auxiliar executivos nas mudanças que ocorrem no mercado e nas 
organizações devido à globalização. 
http://cisr.mit.edu/ 
 
Até agora conseguimos observar que a matriz de arranjo da GTI nos 
possibilita compreender várias situações e decisões que são tomadas em uma 
organização diante de suas características mais fortes. Por mais que 
adotemos todas as métricas, ferramentas, métodos e frameworks para 
implantação e execução da GTI, ela sofrerá sempre com as questões da 
cultura organizacional de cada empresa. Podemos trabalhar num projeto 
muito parecido em várias organizações, mas teremos decisões e rumos 
diferentes, porque cada um terá suas próprias formas de governança 
corporativa e cultura organizacional. 
Vamos à videroaula? Acesse o material on-line! 
 
 
http://www.scielo.br/pdf/rap/v47n2/v47n2a08.pdf
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosEPG/EPG00194_01_O.pdf
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosEPG/EPG00194_01_O.pdf
http://cisr.mit.edu/
 
 
 
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9 
Origens da GTI 
Agora que já compreendemos os princípios da Governança de TI, 
vamos compreender como tudo começou? Já conhecemos as motivações 
para a criação da Governança Corporativa. Da mesma forma, a tecnologia da 
informação gerou problemas e prejuízos grandiosos ao mercado. 
As demandas de controle, transparência e previsibilidade formam 
o tripé das necessidades que deram origem à Governança de TI. O início 
dos anos 1990 é utilizado para datar essas demandas, principalmente 
quando se fala de qualidade. Mas, nesse período a economia mundial 
estava em crescimento, e a GTI não alcançava sua maturidade. Mesmo 
diante das crises do México, Ásia e Rússia nos anos 90, não foi o 
suficiente para acelerar a utilização efetiva da GTI. (MANSUR, 2009, p. 
13). 
 
A virada do século XXI representou um ponto altamente forte em 
função do que a tecnologia da informação poderia de fato representar aos 
negócios e ao mercado financeiro mundial. 
O Bug do milênio e a bolha da Internet são marcos para o 
entendimento de que o mercado e as organizações necessitavam maior 
controle e domínio sobre o cotidiano das informações. 
Para compreendermos melhor o Bug do milênio precisamos voltar lá 
atrás nos anos 1960 quando a computação tomou uma grande proporção, 
comercialmente falando. Tínhamos uma necessidade de economia de bytes 
(sim, de bytes)! Processadores e armazenamento não eram como hoje em 
dia, sendo assim, nossos programadores precisavam economizar de todos os 
lados. E um dos grandes vilões na virada do ano 1999 para 2000 era 
exatamente um campo dentro dos bancos de dados, arquivos e programas 
chamado ANO, pois armazenávamos o ano com apenas dois dígitos. 
 
 
 
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10 
Na realidade, muitos não tinham o controle da dimensão dos problemas 
que poderiam ocorrer. Se estivéssemos falando de 1978, por exemplo, 
armazenávamos apenas 78. Mas com a aproximação dos anos 2000, 
poderíamos ter problemas sérios. 
Poderíamos ter armazenado em algum banco de dados uma data que 
correspondia ao ano de 1900 como 00. Porém, com a chegada de 2000, 00 
também poderia representar 2000. Conclusão, milhões de dólares foram 
gastos ao redor do mundo com a migração de bases de dados e programas 
para que suportassem o ano com quatro dígitos. As histórias da época foram 
as mais diversas, desde atentados terroristas, aviões caindo e outras 
tragédias que pudessem rondar tudo que se utilizasse de um software. 
E assim, os CIOs (diretores de TI) e os CFOs (diretores financeiros) 
passaram a utilizar métricas mais claras para que pudessem ser auditados. 
“A auditoria, além de medir, via CobiT, buscava também melhorar o 
desempenho da área de TI, e neste momento apareceu uma 
oportunidade de ouro para os CIOs. Introduzir a dupla ITIL e CobiT 
para medir e melhorar a organização de TI” (MANSUR, 2009, p. 14). 
 
Do outro lado, a “bolha” da Internet demonstrou orçamentos 
superestimados, faturamentos que não existiam e, consequentemente, lucros 
imaginários. A economia e os investidores reagiram aos prejuízos buscando 
algo que regulamentasse a redução dos riscos de investimento e empréstimo. 
Isto deu maior força à Governança Corporativa, porém, novas distorções 
ainda surgiram no mercado. 
 
 
 
 
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11 
A Lei SOX foi aprovada nos Estados Unidos e tanto CEOs (presidentes) 
quanto CFOs podem ser punidos (presos). Foi então que a Governança de TI 
tomou um rumo importante, sério e maduro. A figura a seguir exemplifica o 
fluxo de Governança e Gestão de TI. 
 
A lei SOX ainda não abrange o mercado mundial, mas, uma das 
expectativas é que para os próximos anos tenhamos uma lei universal, 
inclusive por conta da globalização do mercado de ações e 
internacionalização das organizações. 
Além de CobiT e ITIL, citados anteriormente, temos também ISOs, Sig 
Sigma, CMMI e PM como formas de melhorar o processo de governança de 
TI. A pirâmide a seguir ilustra a relação entre o negócio e os frameworks de 
TI. 
Vamos a mais uma leitura? Desta vez você deverá ler o texto 
“Excelência em TI: uma visão prática e integrada”. 
http://www.isdbrasil.com.br/artigos/artigo_excelencia.php 
CIO? CEO? CFO? Afinal de contas, o que são estas siglas que você 
observou tantas vezes neste tema? O material do site Olhar Digital traz para 
http://www.isdbrasil.com.br/artigos/artigo_excelencia.phpCCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
 
 
12 
nós o que cada uma dessas siglas e algumas outras representam no mundo 
da TI e dos negócios. 
http://olhardigital.uol.com.br/noticia/voce-sabe-o-que-significam-as-siglas-do-
mundo-corporativo/29847 
Agora, você deverá assistir à videoaula para ver quais outras 
informações a professora Maristela tem a agregar a seu estudo! Acesse-a no 
material on-line! 
 
 
O Framework CobiT 
Conversamos sobre as origens da necessidade da implantação de 
Governança de TI nas organizações e também sobre os aspectos históricos 
e definitivos para que a Governança de TI seja seguida como uma nova forma 
de visão de gestão com responsabilidades civis e criminais. Sendo assim, 
temos, agora, uma nova dimensão das responsabilidades que permeiam uma 
área de TI. 
Não são somente computadores, utilizando uma rede, com alguns 
servidores e alguns aplicativos, mas é a geração e responsabilidade no 
armazenamento e manipulação de informações e o conhecimento das 
organizações que devem responder com transparência ao mercado. Seguindo 
essa linha de raciocínio, vamos trabalhar com o primeiro framework da GTI, o 
CobiT. Ele aumenta a aceitação e reduz o tempo para efetivação do programa 
de Governança de TI, permitindo o uso de resultados de auditorias como uma 
oportunidade na melhoria dos serviços de TI. (MANSUR, 2009, p. 131). Ele 
decompõe a tecnologia da informação em domínios e processos. 
O framework CobiT é direcionado para o nível estratégico da 
organização e possibilita o controle e mensuração dos riscos aplicados a TI 
para o atendimento dos requisitos de negócio. 
http://olhardigital.uol.com.br/noticia/voce-sabe-o-que-significam-as-siglas-do-mundo-corporativo/29847
http://olhardigital.uol.com.br/noticia/voce-sabe-o-que-significam-as-siglas-do-mundo-corporativo/29847
 
 
 
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13 
Lembrando que ele não é um padrão ou uma norma, o CobiT 
apenas identifica processos de TI que impactam ou geram riscos para o 
negócio, auxiliando na priorização do gerenciamento dos processos. 
(LEAL, 2016). 
 
Devemos ter em mente, ainda, que não se pode gerenciar aquilo que 
não conseguimos mensurar. É a partir dessa linha de raciocínio que o CobiT 
atua. Ele tende a auxiliar-nos e conduzir com pesquisas, desenvolvimento e 
publicações que promovam o embasamento de objetivos de controle para a 
tecnologia da informação. 
A ideia principal do CobiT é apontar o que deve ser controlado, mas 
não como fazê-lo. Trabalha de forma alinhada ao ITIL (melhores práticas para 
gestão de TI, que descrevemos futuramente), o qual tem foco nos níveis tático 
e operacional. Poderíamos dizer que CobiT e ITIL se complementam e se 
completam. 
Principais características do CobiT: 
 Foco no negócio da organização 
 Orientado a processos 
 Baseado em controles 
 Direcionado por métricas 
Os principais objetivos do CobiT convergem para torná-lo um padrão 
aceito nas melhores práticas da GTI e para aplicar as melhores práticas a 
partir da matriz de domínios, processos e atividades que possam ser 
estruturados de forma lógica e principalmente gerenciável, além de auxiliar na 
gestão de riscos do negócio, nas necessidades de controle e aspectos 
tecnológicos da organização (LEAL, 2016). 
 
 
 
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14 
O CobiT já está em sua versão 5.0. Há muito material na Internet que 
relata características do CobiT 4.1. Então, sempre é bom buscar a última 
versão do mesmo, uma vez que as versões e releases ocorrem em virtude de 
melhorias na concepção do framework com a intenção de ajustar a novas 
características do mercado. 
Segundo o CobiT 5.0, as quatro dimensões da Gestão de TI são 
identificadas por: 
 
Enquanto que os 37 processos são distribuídos dentro das quatro 
dimensões anteriormente citadas e podem ser analisados a seguir: 
Governança de TI 
EDM – 
Avaliar, 
Dirigir, 
Monitorar 
EDM01 – 
Garantir a 
definição e 
manutenção 
Gestão de TI 
AP – Alinhar, 
Planejar, 
Organizar 
AP01 – Gerenciar 
a estrutura de 
Gestão de TI 
BAI – Construir, 
Adquirir, 
Implementar 
BAI01 – Gerenciar 
programas e 
projetos 
MAA – 
Monitorar, 
Avaliar, 
Analisar 
MAA01 – 
Gerenciar 
operações 
DSS – 
Entregar, 
Serviço e 
Suporte 
DSS01 – 
Monitorar, 
avaliar e 
 
 
 
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15 
do Modelo de 
Governança 
EDM02 – 
Garantir a 
realização de 
benefícios 
EDM03 – 
Garantir a 
otimização do 
risco 
EDM04 – 
Garantir a 
otimização dos 
recursos 
EDM05 – 
Garantir a 
transparência 
para as partes 
interessadas 
AP02 – Gerenciar 
a estratégia 
AP03 – Gerenciar 
arquitetura da 
organização 
AP04 – Gerenciar 
inovação 
AP05 – Gerenciar 
portfólio 
AP06 – Gerenciar 
orçamento e 
custos 
AP07 – Gerenciar 
Recursos 
humanos 
AP08 – Gerenciar 
relacionamentos 
AP09 – Gerenciar 
contratos de 
prestação de 
serviços 
AP10 – Gerenciar 
fornecedores 
AP11 – Gerenciar 
qualidade 
AP12 – Gerenciar 
riscos 
AP13 – Gerenciar 
segurança 
BAI02 – Gerenciar 
definição de 
requisitos 
BAI03 – Gerenciar 
identificação e 
desenvolvimento 
de soluções 
BAI04 – Gerenciar 
disponibilidade e 
capacidade 
BAI05 – Gerenciar 
capacidade de 
mudança 
organizacional 
BAI06 – Gerenciar 
mudanças 
BAI07 – Gerenciar 
aceitação e 
transição da 
mudança 
BAI08 – Gerenciar 
conhecimento 
BAI09 – Gerenciar 
ativos 
BAI10 – Gerenciar 
configuração 
MAA02 – 
Gerenciar 
solicitações e 
incidentes de 
serviços 
MAA03 – 
Gerenciar 
problemas 
MAA04 – 
Gerenciar 
continuidade 
MAA05 – 
Gerenciar 
serviços de 
segurança 
MAA06 – 
Gerenciar 
Controles do 
processo de 
negócio 
analisar 
desempenho e 
conformidade 
DSS01 – 
Monitorar, 
avaliar e 
analisar o 
sistema de 
controle 
interno 
DSS01 – 
Monitorar, 
avaliar e 
analisar 
conformidade 
com requisitos 
externos 
 
 
 
 
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16 
O cruzamento entre processos de TI, critérios de informação e uso dos 
recursos de TI são representados pelo Cubo do Framework CobiT. Analisá-lo 
é essencial para a melhor compreensão de cada item que faz parte deste 
framework! 
 
O CobiT 5 está baseado em cinco princípios: 
 Satisfação das expectativas dos stakeholders 
 Separação da governança da gestão 
 Habilidade de visão holística 
 Framework integrador 
 Cobertura do negócio como um todo 
A Governança de TI, a partir de seu Framework CobiT, permite que as 
organizações possam tirar maior proveito tanto de suas informações e 
oportunizar o negócio ao criar vantagens competitivas mais resistentes e 
consistentes. Veja como: 
http://www.devmedia.com.br/CobiT-4-1-entendendo-seus-principais-
fundamentos/28793 
Você já sabe que há várias versões do CobiT, não é mesmo? Então, 
conheça melhor o CobiT 5.0 fazendo a leitura do texto: 
http://www.devmedia.com.br/CobiT-4-1-entendendo-seus-principais-fundamentos/28793
http://www.devmedia.com.br/CobiT-4-1-entendendo-seus-principais-fundamentos/28793
 
 
 
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17 
http://www.profissionaisti.com.br/2012/06/chegou-o-CobiT-5-0-conheca-
algumas-das-mudancas-do-framework/ 
Sempre é bom recordar ou aprender: 
Norma 
Pode ser entendida como o cumprimento de determinadas regras 
aplicadas a uma organização ou a uma linha de trabalho. 
Padrão 
Pode ser compreendido como um modelo a ser seguido ou exemplo a 
ser copiado e deve ser aplicado na íntegra como está escrito. 
Metodologia 
Pode ser definida como um conjunto de etapas que devem ser 
seguidas para realizar determinada tarefa com uma determinada finalidade. 
Processo 
Nos dá a ideia de realização contínua e prolongada de determinado 
conjunto de atividades. 
FrameworkQuando tentamos traduzir para o português chegamos em algo como 
arcabouço ou esqueleto. Pode ser compreendido como um esqueleto de 
atividades genéricas e que podem ser adaptadas a outras realidades. 
Vamos, então, recapitular o que aprendemos neste tema. Acompanhe 
a videoaula, disponível no material on-line! 
 
 
Ciclo de Vida de Implementação do CobiT 
Nos estudos anteriores focamos em questões relacionadas ao 
framework do CobiT. Ao falarmos sobre a gestão do ciclo de vida na 
http://www.profissionaisti.com.br/2012/06/chegou-o-CobiT-5-0-conheca-algumas-das-mudancas-do-framework/
http://www.profissionaisti.com.br/2012/06/chegou-o-CobiT-5-0-conheca-algumas-das-mudancas-do-framework/
 
 
 
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18 
Governança de TI, não há mais como dissociarmos os conteúdos 
relacionados ao CobiT. 
Um dos principais objetivos do CobiT seria o alinhamento entre 
negócio e TI. Logo, os investimentos para a área de TI sempre serão 
sinalizados pelas necessidades das várias áreas de negócio da organização, 
bem como serão analisados os riscos e serão atendidas as questões legais 
pertinentes ao nível local e ao global. 
 
O ciclo de vida do CobiT traz à tona a complexidade e os desafios 
encontrados pelas organizações durante o período de implementação. Há três 
componentes chaves neste ciclo de vida (CobiT 5, 2016): 
 
 
 
 
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19 
Observe que a implementação não é algo difícil, mas deve ser 
criteriosamente elaborada, planejada, executada e principalmente, 
controlada. O sucesso da implementação dependerá muito da colaboração 
entre os stakeholders envolvidos, pessoal técnico de TI e em especial, da alta 
administração da organização. 
 Primeira fase 
Observando a primeira fase encontramos a aceitação da necessidade 
de uma implementação. Nesta fase identificamos os pontos fracos e 
desencadeadores para criação de um desejo de mudança nos níveis 
da gestão executiva. 
 Segunda fase 
Na segunda fase definimos o escopo da implementação usando o 
mapeamento dos objetivos corporativos do CobiT em objetivos de TI e 
nos respectivos processos de TI, observando-se os cenários de risco. 
Podemos também fazer diagnósticos de alto nível para priorização das 
áreas e avaliação do estado atual dos problemas e deficiências. 
Quanto mais complexa a implantação, mais interações do ciclo de vida 
haverão na implantação. 
 Terceira fase 
Durante a terceira fase, definimos uma meta de melhoria, seguida de 
uma análise detalhada para alavancagem da orientação do CobiT, 
tentando identificar falhas e possíveis soluções. 
 Quarta fase 
Na quarta fase planejamos as soluções práticas através da definição 
de projetos apoiados em estudos de casos justificáveis. 
 Quinta fase 
 
 
 
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20 
Na quinta fase adotamos medições com ouso de metas e indicadores 
do CobiT para garantir o monitoramento da implementação. Que esta 
seja alinhada à organização e atinja um desempenho que possa ser 
medido. A alta administração e os envolvidos na área de TI garantirão 
o sucesso desta implementação. 
 Sexta fase 
Na sexta fase necessitamos monitorar se atingimos os benefícios 
esperados. 
 Sétima fase 
E finalmente, na sétima fase, o sucesso da iniciativa é analisado, 
novos requisitos para governança ou gestão de TI são identificados e 
a melhoria contínua é reforçada. 
 
O que mais a professora Maristela tem a dizer sobre o assunto deste 
tema? Vamos conferir no material on-line? 
 
 
Governança e Gestão segundo o CobiT 
Uma das relações que trabalhamos anteriormente encontra-se na 
distinção entre governança e gestão. O modelo do CobiT 5 traz esta distinção 
bem salientada. Veja as definições para governança e gestão segundo o 
CobiT 5: 
A governança garante que as necessidades, condições das partes 
interessadas sejam avaliadas a fim de determinar objetivos corporativos 
acordados e equilibrados; definindo a direção através de priorizações e 
tomadas de decisão; e monitorando o desempenho e a conformidade com a 
direção e os objetivos estabelecidos (CobiT 5, 2016). 
 
 
 
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21 
A gestão é responsável pelo planejamento, desenvolvimento, 
execução e monitoramento das atividades em consonância com a direção 
definida pelo órgão de governança a fim de atingir os objetivos corporativos 
(CobiT 5, 2016). 
Cada organização pode trabalhar o gerenciamento dos seus processos 
como julgue mais conveniente, mas desde que os objetivos de governança e 
gestão estejam cobertos. (CobiT 5, 2016). Quanto maior a empresa, mais 
números de processos ela terá. 
Dentro do contexto dos domínios dos processos de Governança e 
Gestão, é importante compreender que a governança monitora, verificando e 
medindo, os processos compreendidos no domínio da gestão. 
A governança e a gestão possuem habilitadores que influenciam, 
individualmente ou em conjunto, se os processos irão funcionar ou não. Há 
sete categorias de habilitadores: 
 
As diferenças entre governança e gestão se dão principalmente no 
que tange ao alinhamento estratégico da organização e às 
responsabilidades e transparência que devem ocorrer em uma empresa 
que adote a Governança de TI. Ainda dentro desse conceito, 
compreender o papel de cada habilitador da governança contribui para 
que os processos sejam executados com eficácia, cumprindo com os 
resultados desejados. 
 
 
 
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22 
O artigo “Criação de uma estrutura de Governança e Gestão para 
e-commerce através do COBIT 5” traz o relato da implementação do 
framework em uma empresa da Nigéria. Vamos à leitura? 
http://www.isaca.org/COBIT/focus/Pages/establishing-a-governance-and-
management-structure-for-e-commerce-using-cobit-5-portuguese.aspx 
E agora, vamos a mais uma videoaula! Acesse o material on-line! 
 
 
TROCANDO IDEIAS 
O framework CobiT possui várias dimensões, processos, habilitadores 
e outros elementos importantes, como você pôde observar. 
Agora, seu desafio é buscar, em artigos ou em troca de informações 
com colegas, casos de sucesso e dificuldades enfrentadas na implantação do 
CobiT em empresas nacionais ou em multinacionais. Analise as lições 
aprendidas e os resultados de sucesso e compartilhe suas considerações com 
os colegas! 
 
 
NA PRÁTICA 
Nesta aula você conheceu a “Bolha da Internet” e o “Bug do Milênio”. 
Mas, quanto você sabe sobre Era do ouro digital? Já ouviu falar em 
algumas dessas empresas da área digital: eBay, Amazon, Netscape, Google, 
Yahoo! e AOL? 
Talvez algumas dessas expressões você conheça bem, outras talvez 
você nem tenha ouvido falar. Porém, nem sempre a situação econômica das 
que você conhece foi a mesma. Cerca de 24 bilhões de dólares gastos no 
http://www.isaca.org/COBIT/focus/Pages/establishing-a-governance-and-management-structure-for-e-commerce-using-cobit-5-portuguese.aspx
http://www.isaca.org/COBIT/focus/Pages/establishing-a-governance-and-management-structure-for-e-commerce-using-cobit-5-portuguese.aspx
 
 
 
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23 
mundo para evitar que sistemas entrassem em colapso no primeiro dia de 
janeiro de 2000? São fatos históricos que mudaram – e muito – a forma das 
empresas e dos mercados analisarem e compreenderem a área de TI. Ainda 
temos um caminho longo a percorrer, mas muitas coisas ocorreram para que 
chegássemos ao conceito de Governança de TI. 
Leia as matérias a seguir, pois elas trazem muitos fatos interessantes 
que conduzirão você à compreensão clara dos próximos assuntos que 
trataremos no que se refere à Governança de TI e seus frameworks. 
http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/bolha-da-nasdaq-estourou-
em-2000-9284094 
http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/bug-do-milenio-uma-ameaca-de-caos-total-que-acabou-nao-acontecendo-18388631 
Este documentário trabalha os assuntos do Bug do Milênio e da Bolha 
da Internet de forma bem interessante. Vamos assistir? 
https://www.youtube.com/watch?v=rG1P-Lq3_-Q 
Após essa imersão em casos reais e práticos, leve consigo alguns 
questionamentos para acompanhar melhor os conteúdos deste encontro. São 
questionamentos que farão você visualizar de forma diferente todos os 
conceitos, definições e situações relacionados ao tema da Governança de TI. 
1. Que decisões devem ser tomadas nas gerências de TI? 
2. Quem deve tomá-las? 
3. Como tomá-las e monitorá-las? 
4. O que ganharemos ao implantar a Governança de TI numa organização? 
 
 
 
http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/bolha-da-nasdaq-estourou-em-2000-9284094
http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/bolha-da-nasdaq-estourou-em-2000-9284094
http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/bug-do-milenio-uma-ameaca-de-caos-total-que-acabou-nao-acontecendo-18388631
http://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/bug-do-milenio-uma-ameaca-de-caos-total-que-acabou-nao-acontecendo-18388631
https://www.youtube.com/watch?v=rG1P-Lq3_-Q
 
 
 
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24 
SÍNTESE 
Caminhamos durante este encontro nas primícias que norteiam a 
Governança de TI e a diferença entre utilizar os termos governança e gestão. 
Percebemos que um não anula o outro (pelo contrário, um abrange o outro e 
ganhamos, com isso, maior competitividade no mercado com serviços e 
infraestrutura de TI). 
Verificamos também que uma área de TI se torna uma unidade de 
negócio, agregando resultados positivos a todas as partes interessadas 
envolvidas. Aprendemos sobre o framework CobiT, suas origens, seus 
arquétipos e como utilizar a matriz de arranjo da GTI na busca pela melhoria 
de processos e resultados. Tivemos, ainda, uma visão sobre os desafios da 
implementação do framework CobiT, a necessidade do processo interativo e 
contínuo na busca da excelência da governança. 
Finalmente, entendemos que Governança de TI é muito mais que um 
modismo na área de informática: é um paradigma essencial para 
sobrevivência de empresas num mercado cada dia mais competitivo e que 
busca a excelência no desenvolvimento de produtos e serviços que superem 
as expectativas de seus clientes e acionistas. 
Relembre esses assuntos com a videoaula disponível no material on-
line! 
 
 
Referências 
FERNANDES, A. A. Implantando a Governança de TI: da estratégia à 
gestão dos processos e serviços. 4. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2014. 
MANSUR, R. Governança Avançada de TI: na prática. Rio de Janeiro: 
Brasport, 2009. 
 
 
 
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25 
Outras fontes de pesquisa: 
CMP – Código de Melhores Práticas da Governança Corporativa. 
Disponível em: 
http://www.ibgc.org.br/userfiles/2014/files/codigoMP_5edicao_baixa[1].pdf. 
Acesso em 27/01/2016. 
CobiT 5: Modelo Corporativo para Governança e Gestão de TI. Disponível 
em: http://www.isaca.org/COBIT/Pages/default.aspx. Acesso em 27/01/2016. 
DOROW, E. Chegou o CobiT 5.0 – Conheça algumas das mudanças do 
framework. Disponível em: http://www.profissionaisti.com.br/2012/06/chegou-
o-CobiT-5-0-conheca-algumas-das-mudancas-do-framework/. Acesso em 
27/01/2016. 
LEAL, B. CobiT 4.1: Entendendo seus principais fundamentos. Disponível 
em: http://www.devmedia.com.br/CobiT-4-1-entendendo-seus-principais-
fundamentos/28793. Acesso em 27/01/2016. 
LEOCÁDIO, J. Governança de TI em empresas de tecnologia. Disponível 
em: http://www.serpro.gov.br/tema/artigos-opinioes/governanca-de-ti-em-
empresas-de-tecnologia. Acesso em 27/01/2016. 
SOUZA, S. A. Estudo sobre adoção de sistema informatizado de 
chamados. Monografia de especialização. UTFPR. Curitiba, 2013. Disponível 
em: http://docplayer.com.br/2522302-Universidade-tecnologica-federal-do-
parana-departamento-academico-de-eletronica-curso-de-especializacao-em-
gestao-de-tecnologia-da-informacao.html. Acesso em 27/01/2016. 
VASQUES, R. C. Excelência em TI: uma visão prática e integrada. ISD Brasil, 
2006. Disponível em: 
http://www.isdbrasil.com.br/artigos/artigo_excelencia.php. Acesso em 
27/01/2016. 
http://www.ibgc.org.br/userfiles/2014/files/codigoMP_5edicao_baixa%5b1%5d.pdf
http://www.isaca.org/COBIT/Pages/default.aspx
http://www.profissionaisti.com.br/2012/06/chegou-o-CobiT-5-0-conheca-algumas-das-mudancas-do-framework/
http://www.profissionaisti.com.br/2012/06/chegou-o-CobiT-5-0-conheca-algumas-das-mudancas-do-framework/
http://www.devmedia.com.br/CobiT-4-1-entendendo-seus-principais-fundamentos/28793
http://www.devmedia.com.br/CobiT-4-1-entendendo-seus-principais-fundamentos/28793
http://www.serpro.gov.br/tema/artigos-opinioes/governanca-de-ti-em-empresas-de-tecnologia
http://www.serpro.gov.br/tema/artigos-opinioes/governanca-de-ti-em-empresas-de-tecnologia
http://docplayer.com.br/2522302-Universidade-tecnologica-federal-do-parana-departamento-academico-de-eletronica-curso-de-especializacao-em-gestao-de-tecnologia-da-informacao.html
http://docplayer.com.br/2522302-Universidade-tecnologica-federal-do-parana-departamento-academico-de-eletronica-curso-de-especializacao-em-gestao-de-tecnologia-da-informacao.html
http://docplayer.com.br/2522302-Universidade-tecnologica-federal-do-parana-departamento-academico-de-eletronica-curso-de-especializacao-em-gestao-de-tecnologia-da-informacao.html
http://www.isdbrasil.com.br/artigos/artigo_excelencia.php
 
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1 
 
 
 
 
Governança de Tecnologia da Informação 
 
 
 
Aula 3 
 
 
 
 
Profa. Maristela Regina Weinfurter Teixeira 
 
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2 
Conversa Inicial 
Olá, seja bem-vindo! Estamos iniciando a terceira aula de Governança de 
Tecnologia da Informação. 
Hoje, estudaremos sobre o framework ITIL e sua colaboração com o 
CobiT, bem como a atuação destes dentro do processo de implantação de 
Governança de TI. 
Preparado? Então, vamos lá! 
Boa aula! 
Para a videoaula do Conversa Inicial, ver o material on-line. 
Contextualizando 
No encontro anterior, trabalhamos sobre os fundamentos da Governança 
de TI, suas origens, seus princípios e arquétipos até que conhecemos o 
framework CobiT. Esse framework está alinha aos níveis estratégicos da 
organização e possibilita maior controle e mensuração dos riscos aplicados à TI 
para atendimento aos negócios. Muito útil para auxiliar na priorização do 
gerenciamento de todos os processos envolvidos na implantação da 
Governança de TI. 
Nesta aula, o nosso foco será o framework ITIL e sua colaboração com o 
CobiT. Como cada qual atua dentro do processo de implantação de Governança 
de TI. Para compreendermos melhor os elementos que compõem o framework 
ITIL, vamos começar com um caso de implantação em uma grande empresa da 
alimentação. A JBS-Friboi (Computerworld, 2008), após a adoção do ITIL 
percebeu sensíveis melhoras nos serviços de TI. Ela treinou 30 pessoas que 
desenvolveram um catálogo de serviços com o status da tarefa para os usuários 
e centralizou pedidos dos mesmos clientes. Toda a implantação foi em etapas, 
com início em outubro de 2007. O Service Desk foi a prioridade da implantação. 
Com apenas 4 meses de implantação do ITIL, a empresa já conseguiu mensurar 
melhorias no impacto do dia a dia dos stakeholders e profissionais de TI. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
O ITIL conseguiu organizar e dar transparência a processos de TI, 
desfazendo a velha impressão do improviso perene da área. Agora, a TI possui 
métricas que são acompanhadas on-line e real time. 
Acompanhe a trajetória completa da implantação do ITIL na JBS no artigo 
a seguir: “Computerworld. JBS – Friboi vê melhoria nos serviços de TI após 
adoção do ITIL” (2008). 
Disponível em: http://computerworld.com.br/gestao/2008/01/16/jbs-friboi-ve-

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