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Exportação 3

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25/10/2021 16:34 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/15
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMÁTICA DE EXPORTAÇÃO E
DRAWBACK
AULA 3
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Ana Flávia Pigozzo
25/10/2021 16:34 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/15
CONVERSA INICIAL
Nesta aula, vamos estudar os aspectos mercadológicos do processo de exportação.
Para comercializar qualquer produto no Brasil, você precisa conhecer quem vai comprar, qual a
demanda de produção e capacidade de entrega, além de fatores como a cultura do país comprador,
usos e costumes.
Pensemos em um país de dimensões continentais, como o Brasil. Será que no Nordeste, por
exemplo, o produto tem a mesma aceitação que nos estados do Sul? A demanda será a mesma no
Sudeste que nos estados do Norte? Para respondermos a essas perguntas, muita pesquisa de
mercado é necessária, pois, se a intenção da empresa é vender, antes mesmo de investir, ela precisa
saber se será aceita.
Para exportar, o pensamento inicial deve ser o mesmo. No entanto, ao vender para outras
nações, a questão se torna mais importante, já que envolve culturas diferentes, e isso vai interferir
diretamente nas decisões de exportação. Também é importante ter em mente que, desde a matéria-
prima do produto, passando pelo processo de fabricação/transformação, até a embalagem são todos
fatores que vão influenciar as escolhas e decisões do mercado-alvo.
É sobre isso que vamos tratar nessa aula. O objetivo é capacitar você para o mercado de
exportação. E, conforme vimos, não é prudente apenas decidir o que exportar e para quem exportar.
As chances de errar nesse mercado são muito grandes se não forem observados fatores que aos
olhos do mercado interno talvez não façam muita diferença, mas que, mundo afora, são de grande
importância.
CONTEXTUALIZANDO
Responda rapidamente: para onde exportar?
Difícil essa resposta? Bem, talvez para uma decisão importante como essa, a resposta realmente
tenha que ser difícil. Mas isso não deve de forma alguma soar como impeditivo para investir na
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presença do seu produto no mercado internacional. Ao contrário, cada vez mais empresas estão
observando nas exportações um grande potencial para seus produtos. Com a globalização, as
fronteiras deixaram de ser físicas e, basicamente, o que limita ou não a sua participação no mercado
internacional é justamente a aceitação do seu produto.
Então, faço mais uma pergunta para reflexão:
Todos os países do mundo aceitam de forma igual o meu produto?
Essa pergunta pode ser um ponto inicial quando uma empresa pensa em exportar. Mas, para
ajudar ainda mais nesse processo, vamos listar a seguir questões que, se respondidas, podem
direcionar de forma mais acertada uma empresa para o processo de exportação.
De todos os destinos mundo afora:
Qual aceitaria melhor?
Como pesquisá-los? Uma visita? Um parceiro?
Quais os fatores que influenciam o meu produto?
Por que não começar por esses países?
Como selecioná-los?
Um dos erros que podem ser cometidos no processo de exportação e que deve ser evitado ao
máximo é não ter um bom conhecimento de questões culturais. Há países, por exemplo, que não
comem determinado alimento que aqui no Brasil é costume. Nesse caso, mesmo que seja apenas um
ingrediente, é preciso conhecer e evitar. Outras nações têm regras muito específicas para o ritual de
abate de um animal, por exemplo, e para que a empresa possa exportar para esses países ela precisa
se adequar a todos esses detalhes.
Lembre-se: diferenças culturais devem ser observadas. Como agem, como pensam, como
negociam. Todos esses fatores podem ser decisivos na hora de fechar um negócio com outro país.
TEMA 1 – ENTENDENDO O MERCADO-ALVO
A primeira pergunta que precisamos responder é: o nosso produto pode ser exportado? Se a
resposta for sim, temos uma segunda pergunta importante: para onde?
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Responder a essa pergunta deve ser mais complexo que a primeira, e há razões importantes para
isso. Afinal, é possível considerar que o produto será aceito de forma igual em diferentes destinos?
Será que um asiático terá o mesmo interesse que um latino-americano, por exemplo? O que levaria
um europeu a comprar o meu produto? Para responder a essas questões e melhor diferenciar o
processo de exportação, é preciso conhecer da forma mais completa possível os possíveis
compradores do produto. E como fazer isso?
A forma mais completa é ir até o país, fazer contato com empresários e entidades de comércio
no local, e colher o maior número de informações a respeito da economia do local, cultura, usos e
costumes. No entanto, essa é uma opção que exige bastante investimento, por isso deve ser
considerada como um passo posterior. Com o acesso à informação online cada vez mais fácil, é
possível iniciar essa pesquisa pela internet e fazendo contato por vias digitais com pessoas e
entidades desses países.
A pesquisa deve buscar sempre o maior número de respostas possíveis. Por exemplo, será que
meu produto é de interesse? Se sim, há concorrentes no país de destino? Conseguirei formular um
preço competitivo? Devo me preocupar com alguma questão religiosa ou alguma crença que possa
ser ofendida com o meu produto ou parte dele? Existe alguma exigência técnica diferente das
exigências do Brasil?
Ao responder a essas questões, a escolha do destino passa a ser possível e as chances de acerto
tornam-se maiores.
1.1 ASPECTOS A SEREM CONSIDERADOS
A seguir, vamos conhecer alguns dos aspectos que devem ser considerados no processo de
escolha do destino para onde exportar. Separamos em dois grupos: quando o contato é feito a
distância e quando o contato é feito pessoalmente.
A distância:
primeiro nome;
tempo;
horário de trabalho;
cores;
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religiões;
sexo;
senso de humor;
idiomas;
costumes;
telefone;
costumes alimentares.
Contato pessoal:
cumprimentos;
chegadas;
linguagem corporal;
presentes.
Para ampliar a compreensão do mercado-alvo, já vimos como realizar as pesquisas sobre o local
e cultura, por exemplo. Agora é hora de direcionar o foco para o produto. A seguir, veremos os
dados primários e os dados secundários que devemos conhecer.
Dados primários:
ponto de venda;
aceitação de sabor;
concorrência;
cores/embalagens;
canais de distribuição;
Perceba que os dados primários serão sempre melhor observados junto ao mercado
consumidor.
Dados secundários:
normas técnicas;
volumes exportados e importados pelo país;
fabricantes locais;
concorrentes;
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preço no mercado-alvo;
acordos comerciais;
custos de frete;
empresas importadoras.
Para fazer o levantamento dos dados secundários, a internet é uma ferramenta muito poderosa.
Vamos apresentar alguns portais que respondem aos questionamentos desses dados. Um deles é o
portal Invest & Export Brasil . Nele você encontrará muitas informações valiosas a respeito do país-
destino do produto, como onde se hospedar, quais produtos o país compra, o volume médio dessas
compras, telefones úteis de órgãos responsáveis pelas importações, contatos com agentes de
legislação, a própria legislação etc.
Outro portal, este em inglês ou em espanhol, é o Market Access Map . Nele você encontrará
informações sobre quais produtos determinado país exporta ou importa, valores médios, quantidade,
disponibilidade e demandas. São informações muito importantes para um projeto de exportação.
Há ainda um terceiro portal de referência no qual é possível encontrar informações sobre o
mercado internacional e suas demandas. Este está em português e se dispõe também a colocar em
contato possíveis vendedores e potenciais compradores. Ele não faz a negociação, mas facilita o
contato entre as partes.
TEMA 2 – NEGOCIANDOTERMOS DE EXPORTAÇÃO COM O
IMPORTADOR
Após definir o produto e o destino, é hora de começar a ajustar os detalhes do processo de
exportação. Ou seja, como se dará o processo, até onde vai a minha responsabilidade com o produto,
onde o produto deverá ser entregue, em que momento do processo o produto será pago. Para
responder a essas perguntas e padronizar o mercado internacional a fim de determinar
responsabilidades e evitar possíveis questionamentos, foram criados pela Câmara de Comércio
Internacional de Paris (<https://iccwbo.org/>) os international comercial terms (Incoterms), ou termos
comerciais internacionais.
Os Incoterms têm como características: siglas com 3 letras maiúsculas; são facilitadores do
comércio por possuírem 11 cláusulas padronizadas; seu uso não é obrigatório, porém, se utilizados,
[1]
[2]
[3]
https://iccwbo.org/
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vinculam o exportador e importador; também são denominados “cláusulas de preços”. Os Incoterms
definem, por exemplo, quem pagará pelo transporte da mercadoria, os custos de coleta, os custos de
embalagem, o local de entrega do produto, quem deve fazer o seguro, entre outros fatores.
Conheça a seguir os Incoterms, lembrando que em 1º de janeiro de 2020 entrou em vigor sua
última revisão:
EXW – Ex Works: o fornecedor se encarrega pelo produto dentro de suas instalações, ficando o
comprador responsável pelos custos e em organizar todo o transporte.
FCA – Free Carrier: o local designado é a própria instalação do vendedor, carregada no meio de
transporte contratado pelo comprador ou em outro local designado por ele.
FAS – Free Alongside Ship: a responsabilidade do vendedor é disponibilizar a carga “ao lado do
navio”, ou seja, no porto designado para o embarque. O transporte até o porto fica por conta
do vendedor.
FOB – Free on Board:  a responsabilidade do vendedor vai até a entrega da carga embarcada no
navio. Todos os custos até estar embarcada ficam por conta do vendedor.
CFR – Cost and Freight: o vendedor é responsável pela carga até ela chegar ao porto de destino,
assim como todos os custos envolvidos.
CIF – Cost, Insurance and Freight: o vendedor é responsável por entregar a carga ao
transportador a bordo do navio indicado pelo comprador, além de todos os custos e fretes
necessários até o porto de destino designado.
CPT – Carriage Paid to: o vendedor fica responsável por entregar a carga no transportador
contratado e pago por esse vendedor para entregar a carga no destino no exterior. Todavia, a
responsabilidade do vendedor sobre a carga acaba no embarque no transportador, quando
passa a ser do comprador, que pode optar por fazer um seguro ou não, ou seja, o transporte é
pago pelo vendedor até o destino, mas sua responsabilidade termina quando embarcado no
transportador.
CIP – Carriage and Insurance Paid to: o vendedor entrega a mercadoria para um transportador,
pagando o transporte para levá-la até o destino final no exterior. O vendedor contrata o seguro
e assume o risco pela carga até a entrega no transportador.
DPU – Delivered at Place Unloaded (Novo, 2020): o vendedor entrega a carga desembarcada do
meio de transporte no destino acordado com o comprador. Todos os custos de transporte,
seguro e riscos são por conta do vendedor.
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DAP – Delivered at Place (Novo, 2010): semelhante ao DPU, não prevê a descarga no local de
destino, mas todos os outros custos e as responsabilidades são do vendedor.
DDP – Delivered Duty Paid: o vendedor deve disponibilizar no local de destino designado,
assumindo todos os custos e riscos. O vendedor não tem a obrigação de pagar o seguro e
desembaraços aduaneiros.
Esses termos são utilizados para deixar claro tudo o que envolve riscos e quem são os
responsáveis, custos e obrigações e demais condições para o comércio internacional. Sua
importância se reflete não apenas na questão do transporte, mas em todos os custos envolvidos.
Sendo assim, a escolha de um Incoterm é de grande importância até mesmo para a composição do
preço do produto no mercado internacional.
TEMA 3 – CONTRATAÇÃO DOS DEMAIS PLAYERS ENVOLVIDOS NO
PROCESSO DE EXPORTAÇÃO
Produto, destino e Incoterm definidos, chegou a hora de buscar os demais players –
participantes – desse processo. O comércio internacional é uma oportunidade de crescimento para
uma empresa, e, para que ele aconteça, muitas etapas estão envolvidas.
Vamos começar com os players operacionais, envolvidos diretamente no processo. O primeiro
deles é o embarcador, que vai retirar a carga do local de origem e iniciar o transporte. O transporte
pode ser feito por diversos modais, sendo o mais comum o rodoviário, mas há lugares onde os trens
também são utilizados. O transporte interno conduz a carga até um armazém, onde ficará
aguardando o transbordo para outro transportador ou, então, será consolidado junto a outras cargas
para ser transportado ao porto de destino. No porto de destino ele poderá ser embarcado ou ficar
em armazéns alfandegados –na eventual necessidade de verificação da carga ou de sua
documentação.
Com a carga pronta e liberada, entra em cena outro player, o transportador – neste caso, um
armador ou companhia marítima, uma agência marítima, um agente de carga ou um co-loader. Após
o transporte marítimo, chegando ao destino ainda no país de origem, a carga pode ser levada a um
armazém ou distribuidor. Depois de passar por todos os trâmites de desembaraço no país de origem,
o transportador levará a carga até o ponto de destino, definido no início do processo de exportação.
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Lembre-se que é importante compreender quem são todos os players envolvidos no processo
de exportação. Os players apresentados até o momento são mais voltados a questões operacionais
de transporte e logísticas. A seguir, vamos conhecer os que tratam das questões financeiras e de
legislação.
A começar na origem, temos como players o banco, aduana, agente de carga (forwarder) e
corretor (broker). Em paralelo, as entidades governamentais, como receita federal, órgãos
controladores etc. Além disso, desconsolidador, despachante aduaneiro, empresa seguradora,
certificadores e peritos. Para cada etapa do processo de comércio exterior, há um grupo de players
envolvidos, cada qual com suas responsabilidades – muitas vezes dependentes umas das outras.
Dessa forma, é preciso alinhar o processo de exportação com todos os players envolvidos para evitar
que haja algum desacordo com a legislação ou prazo, evitando multas e outros contratempos.
TEMA 4 – FORMAS DE PAGAMENTO DA EXPORTAÇÃO
O próximo passo é o pagamento do produto exportado. As negociações se iniciam com o prazo
de entrega da mercadoria, envio dos documentos originais para desembaraço e como se dará o
pagamento da mercadoria. Decidir a forma de pagamento é importante, pois ela pode influenciar de
forma direta o fluxo de caixa do exportador, ainda mais se este não tiver conseguido nenhum tipo de
financiamento para a produção do produto.
Outro fator importante a ser observado é que a forma de pagamento poderá determinar maior
ou menor risco para o exportador ou importador. Se, por um lado, o importador busca menor risco
com menores custos para receber a mercadoria, do outro, o exportador precisa ter a garantia de
receber os valores para o envio dos produtos. Torna-se, então, uma negociação difícil, pois
importador e exportador querem ter o menor custo e a maior garantia possível.
Em uma transação internacional, com diferentes costumes, leis e idioma, o risco e o receio são
extremamente visíveis nas partes do processo. Considerando que os valores envolvidos em processos
de exportação são normalmente altos, se este não for realizado de forma segura, pode significar
prejuízo de grande monta para ambos os lados do processo.
A partir daqui, vamos estudar as formasmais comuns de pagamento que são negociadas nos
processos de exportação. São elas: pagamento antecipado, à vista e a prazo, cobrança documentária
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e cartão de crédito.
O modo de pagamento antecipado é a forma que traz maior segurança para o exportador, pois
este receberá o pagamento mesmo antes de produzir a mercadoria e, com esse valor em caixa,
poderá utilizar para a produção do produto e seguir com o envio para o importador. Nos casos que
em que já há um vínculo de negociação entre as partes, o exportador pode até financiar a
exportação, quando do pedido, enviando o produto imediatamente após a confirmação do
pagamento por conta do importador. Porém, há mais riscos nesse tipo de negociação. O exportador
envia ao importador uma proforma com os detalhes do produto e os dados para o pagamento.
Depois de pago, o exportador tem um prazo para produzir e enviar o produto e, caso isso não
ocorra, deverá devolver o dinheiro depositado.
O pagamento à vista ocorre quando o exportador envia a mercadoria e, no momento seguinte,
envia cópia da fatura comercial e do conhecimento de embarque para o importador que efetua o
pagamento. Nessa modalidade, o importador pode exigir o recebimento dos documentos originais
para posterior envio do pagamento. Após o recebimento dos documentos originais, o pagamento é
feito imediatamente no banco do exportado.
O pagamento a prazo ocorre quando o exportador embarca o produto e posteriormente envia
os documentos originais para o importador que irá desembaraçar a mercadoria e efetuar o
pagamento em prazo estipulado na fatura comercial e demais documentos do processo. Geralmente
as negociações são de 30, 45, 60, 90, 120 dias após o embarque da mercadoria. Em cada data
acordada, o importador faz o pagamento via banco ou corretora de câmbio, e o restante funciona da
mesma forma para o recebimento no Brasil e fechamento do câmbio que o do pagamento
antecipado.
A cobrança documentária é uma modalidade que envolve um dos players vistos anteriormente.
Nela, o exportador embarca a mercadoria de acordo com o Incoterm negociado e, em seguida,
remete os documentos de embarque a um banco. Este, por sua vez, entra em contato com outro
banco no destino da exportação. Essa modalidade pode ser mais segura por envolver instituições
bancárias, mas pode gerar maior custo para as empresas exportadora e importadora.
Por último, existe a modalidade cartão de crédito para a negociação entre exportador e
importador. Como em uma transação normal, medidas as proporções, o importador faz o pagamento
ao exportador com a utilização de um cartão de crédito. Essa modalidade oferece de certa forma
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maior segurança para o exportador, uma vez que ele tem a garantia da instituição que emitiu o
cartão para o recebimento dos valores.
As modalidades que foram apresentadas aqui são as principais. O mais importante é saber que
todo processo de exportação precisa seguir certas regras para que nenhuma parte saia perdendo ou
corra riscos desnecessários.
TEMA 5 – FINANCIAMENTOS À EXPORTAÇÃO
A exportação é de grande interesse para o país. Por meio dela é possível buscar novos mercados,
conquistar novos consumidores e trazer ao país maior retorno financeiro. Porém, para conquistar
mercados em outros países, as empresas muitas vezes precisam de um aporte financeiro. Seja por
não ter o fluxo de caixa necessário, seja por não ter o foco para exportações, a fim de não perder
essa chance de conquistar novos mercados, é importante que existam opções de financiamentos
voltadas à exportação. O objetivo desses financiamentos é permitir ao exportador ter acesso a
recursos para financiar a produção/comercialização de mercadorias destinadas ao mercado externo e
auxiliar na aquisição de matérias-primas, de bens de capital, contratação de mão de obra, entre
outros.
A primeira modalidade de financiamento à exportação que vamos estudar é o câmbio
simplificado de exportação, que é uma iniciativa do governo para auxiliar empresas no processo de
exportação para valores de até 10 mil dólares americanos ou o equivalente em outra moeda. É um
processo que busca desburocratizar e fortalecer empresas que querem exportar, mas que não
dispõem do montante necessário.
Existem ainda os adiantamentos ACC e ACE. ACC é o Adiantamento sobre Contrato de Câmbio e
trata-se de uma antecipação de recursos em moeda nacional ao exportador, por conta de uma
exportação a ser realizada no futuro. O outro, ACE, é o Adiantamento sobre Cambiais Entregues, que
se trata de uma antecipação de recursos em moeda nacional ao exportador, após o embarque da
mercadoria para o exterior. Tem como foco exportadores que precisam antecipar valores para investir
em capital de giro ou até mesmo para ampliar a capacidade produtiva. Suas vantagens são as taxas
de juros internacionais, adiantamento de até 100% do valor da exportação com prazo de até 750 dias
nas fases de pré-embarque (ACC) e pós-embarque (ACE), recebimento à vista das vendas ao exterior
realizadas a prazo e isenção do Imposto sobre Operações Financeiras – IOF.
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O BNDES oferece às empresas exportadoras uma linha de financiamento denominada BNDES-
Exim. O BNDES-Exim possui diferente modalidades:
Linhas Exim Pré-Embarque – operações indiretas, realizadas por intermédio de agente
financeiro no Brasil.
BNDES Exim Pré-embarque – financiamento à produção nacional de máquinas, equipamentos e
bens de consumo para exportação.
BNDES Exim Pré-embarque Empresa Âncora – financiamento à exportação de bens e serviços,
efetuada por intermédio de uma empresa âncora, assim consideradas as trading companies,
empresas comerciais exportadoras e demais empresas exportadoras que participem da cadeia
produtiva e adquiram a produção de outras empresas para exportação.
Linhas Exim Pós-Embarque – operações diretas, realizadas por intermédio de bancos
mandatários no Brasil.
Linha Exim Automático – operações indiretas realizadas por intermédio de agentes financeiros
no exterior.
Outra modalidade de financiamento à exportação é o PPE, ou Pré-Pagamento de Exportação.
Essa é modalidade na qual uma antecipação de receita de uma exportação a ser realizada é
concedida para a empresa com o objetivo de fornecer capital de giro para o exportador poder
financiar todo o ciclo envolvido: produção, armazenagem, comercialização e transporte.
Suas vantagens são taxas com custo menor e o fato de que os prazos e fluxo de pagamento de
principal e juros podem ser desenhados conforme o fluxo da exportação da empresa. O
financiamento deve ser tomado sempre antes do embarque da exportação, podendo o prazo ser de
até 360 dias do embarque. Os prazos das operações de PPE são mais dilatados, devendo-se indexar
pela Taxa Libor para prevenir eventuais flutuações das taxas de juros internacionais, mitigando esse
risco para o banco no exterior, o que viabiliza menores custos.
Com foco nas micro e pequenas empresas, com faturamento bruto anual de até 10 milhões de
reais, é disponibilizado o PROGER Exportação, que faz uso de recursos do Fundo de Amparo ao
Trabalhador (FAT). Essa linha de crédito apoia a produção de bens voltados ao mercado externo,
inclusive despesas diretamente ligadas à promoção, como a participação em feiras no Brasil e no
exterior. Tem como vantagem oferecer crédito para produzir os bens destinados à exportação a um
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custo reduzido, custear despesas com promoção comercial de exportação e prazo do financiamento
de até 12 meses antes do embarque do bem exportado.
O Programa de Financiamento às Exportações (Proex) é um programa do Governo Federal,
oferecido pela Secretaria-Executiva da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), de apoio às
exportações brasileiras de bense serviços, viabilizando financiamento em condições equivalentes às
praticadas no mercado internacional. São duas as modalidades de apoio à exportação: Proex
Financiamento, com financiamento direto ao exportador brasileiro ou ao importador com recursos do
Tesouro Nacional; e Proex Equalização, com exportação financiada por instituições financeiras no país
e no exterior, na qual o Proex assume parte dos encargos financeiros, tornando-os equivalentes
àqueles praticados no mercado internacional.
A carta de crédito também é uma forma de financiamento à exportação. Essa modalidade
apresenta maior segurança para o exportador e para o importador. A instituição que faz a emissão
dessa carta deve determinar para o contrato prazos e condições para o recebimento por parte do
exportador.
TROCANDO IDEIAS
Vamos trocar uma ideia? Suponha que você trabalhe em uma empresa que fará a exportação de
chá mate. O país comprador tem como costume o consumo de chá, portanto, será bastante
concorrido para você e sua empresa entrarem no mercado. O que você faria primeiro? Por que seria
importante ir até o país? Se o faturamento de sua empresa está por volta de 7 milhões de reais e
vocês já decidiram que vão exportar, qual a melhor linha de crédito a se buscar? Participe do nosso
fórum!
NA PRÁTICA
Vamos colocar em prática as discussões desta aula?
Você acaba de ser contratado(a) em um frigorífico de pequeno porte, que se instalou na sua
cidade há mais ou menos 1 ano. Eles não costumavam exportar, mas um dos filhos do dono resolveu
apostar nessa ideia. Você foi selecionado(a) para cuidar do projeto de exportação e sua primeira
tarefa é analisar uma lista de países para onde eles desejam exportar.
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Usando o que você aprendeu nesse tema, você é capaz de verificar para quais países seria mais
interessante exportar carne bovina e por quê? Lembre-se, não se trata de uma decisão simples. Faça
uma análise todos os fatores envolvidos, como o potencial mercado consumidor, a cultura de
consumo de proteína, se há políticas específicas para o abate etc. Em suas mãos está a possibilidade
de ampliar o faturamento ou de causar um grande prejuízo.
Inicialmente, os três países pensados foram: Estados Unidos, França e Paquistão. Considerando
os fatores mencionados, como você argumentaria a possibilidade de exportar e para qual deles?
FINALIZANDO
Chegamos ao final da nossa aula. Iniciamos nosso estudo mostrando para onde exportar e quais
são os critérios que devem ser observados. Vimos também que há questões religiosas, culturais, entre
outras que devem ser levadas em consideração antes de buscar mercados para exportar. E, para fazer
uma pesquisa, apresentamos três portais que trazem informações importantes. Estudamos também
as modalidades de pagamento, Incoterms e os financiamentos possíveis para empresas exportadoras.
Esperamos que você tenha ficado ainda mais curioso(a) com relação ao mercado internacional,
em especial com a possibilidade de trabalhar com exportação. Podemos garantir que é um mundo
fascinante!
Bons estudos!
REFERÊNCIAS
RECEITA FEDERAL. Disponível em: <www.gov.br/receitafederal/pt-br>. Acesso em: 15 abr. 2021.
 Este portal está disponível em: <www.investexportbrasil.gov.br/serie-como-exportar>. Acesso
em: 20 maio 2021.
 Disponível em: <www.macmap.org>. Acesso em: 20 maio 2021.
 Disponível em: <https://bb.b2brazil.com.br>. Acesso em: 20 maio 2021.
[1]
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