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25/10/2021 16:33 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/17
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMÁTICA DE EXPORTAÇÃO E
DRAWBACK
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Ana Flávia Pigozzo
25/10/2021 16:33 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/17
CONVERSA INICIAL
Exportar é uma decisão muito importante para uma empresa e, de forma geral, pode conquistar
novos mercados.
O Brasil tem como característica ser um grande importador de insumos para alimentar sua
indústria e nos últimos tempos foi possível observar um incremento na importação de produtos de
consumo, diante da concorrência do produto importado que, mesmo considerando impostos e frete,
acaba chegando com um custo competitivo se comparado a um produto similar produzido Brasil,
que apresenta um custo de produção maior.
Vamos somar a esses dados um fato importante, que é a falta de uma cultura para a exportação
e também a falta de fomento. O Brasil tem diversos incentivos e programas de apoio para o
empresário que deseja exportar, mas ainda está aquém de fazer parte de forma mais efetiva do
mercado internacional, como um ator exportador.
Esta aula foi estruturada justamente para demonstrar que o Brasil apresenta um grande
potencial exportador. O objetivo é demonstrar fundamentos, requisitos e benefícios para o
empresário que planeja iniciar um plano de exportação.
Para isso, a proposta pensada foi a de realizar uma análise, pensando em um produto já
existente, o qual apresente a possibilidade de ampliar mercado para empresa, ou seja, um produto
consolidado no mercado interno, mas que pode ganhar mercado fora das fronteiras brasileiras. E
também, vamos compreender como identificar os cenários do comércio exterior, quais são as
mudanças necessárias para as empresas estarem em consonância com o mercado externo e,
finalmente, qual o impacto financeiro para incentivar a empresa a empreender no mercado da
exportação.
Vamos aprender que para uma empresa exportar é necessário cumprir alguns requisitos de
internacionalização da empresa no que tange ao mercado externo, como identificar esse mercado
potencial e o que é mais viável, se a empresa fizer o envio dos produtos de forma autônoma, ou
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então, se em algum caso, é melhor fazer esse envio por intermédio de outras empresas que já atuam
nesse campo, como as tradings companies.
Será demonstrado como efetuar a habilitação da empresa para que possam ser realizadas as
exportações e para isso vamos fazer uma leitura da estrutura organizacional do comércio exterior
brasileiro.
Além disso, outro ponto muito importante que será trabalhado é a Nomenclatura Comum do
Mercosul – NCM, ou seja, a classificação fiscal do produto, como enquadrá-lo na classificação correta
e a importância desse processo que será utilizado em todos os países para o qual se queira exportar.
CONTEXTUALIZANDO
Imaginemos que uma empresa produz um produto de boa aceitação no mercado nacional, que
tenha trazido alguma inovação ou uma tecnologia. Imaginado isso, agora pensemos: e se o mundo
se interessar por esse produto? Será que outros países estariam interessados? E se a resposta for
sim?
Mesmo que a importação tenha um procedimento mais criterioso que a exportação, as empresas
brasileiras têm como característica importar muito e exportar pouco.
A pergunta que surge é: será que o mercado brasileiro não tem produtos para oferecer ao
mercado externo? Ou então, as empresas se intimidam diante do mercado internacional e da
burocracia por que as vendas do mercado interno já são suficientes?
Os fundamentos da exportação costumam ser simples, mas é necessário ter ciência de que é
preciso que o exportador domine o seu processo produtivo, pois o seu nome vai estar diretamente
relacionado ao seu produto e à presença deste. Aqui é importante que o empresário tenha
capacidade de manter o seu produto até que ele conquiste seu espaço no mercado, e isso pode
demorar um tempo.
É comum uma empresa não dar atenção a esse tempo e considerar parar de exportar por conta
da baixa demanda de seu produto. Esse tempo de aceitação vai ser ajustado por diversos fatores que
veremos mais adiante.
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/17
Nesse contexto, o processo de exportação exige que sejam observados diversos critérios e
trâmites que evolvem diversos setores, começando pelos órgãos oficiais de controle (Ministério da
Economia, Receitas Estaduais e Federais), passando pela logística de produção, transporte e entrega,
entre outros. Outro fator de grande importância para uma empresa que decide exportar é observar
questões culturais do país que vai receber seus produtos, pois o que culturalmente é aceitável para
um brasileiro, para um europeu pode não ser.
Esta aula tem por objetivo a capacitação para a base da exportação, que não é um processo
simples, porém, com um bom planejamento e atenção aos detalhes, e são muitos, uma empresa que
tenha a intenção de exportar seus produtos pode sim começar seu planejamento e está em suas
mãos auxiliá-la. A exportação de um produto, além de ampliar o mercado para as empresas, agrega
um valor global a uma marca.
TEMA 1 – POR QUE EXPORTAR? COMO HABILITAR A EMPRESA
PARA INICIAR AS ATIVIDADES DE EXPORTAÇÃO?
Vamos começar analisando o seguinte: imaginemos uma empresa que está consolidada no
mercado interno, apresenta um bom resultado de vendas e participa de uma fatia do mercado. Por
que essa empresa investiria em exportar seu produto?
Pesquisas recentes demonstram que as empresas que estão no mercado interno com bons
resultados, em sua maioria, não desenvolvem uma visão voltada à exportação de seus produtos
porque já tem resultados suficientes para o bom andamento e desempenho da rentabilidade da
empresa.
Em um cenário ideal, tudo vai transcorrer na normalidade, mas o mercado apresenta momentos
de instabilidade e, nesses momentos, empresários podem encontrar no processo de exportação de
seus produtos uma possibilidade de minimizar os impactos de uma crise, por exemplo. Entretanto,
por não terem a experiência necessária, acabam por ter um custo mais elevado, pouco lucro, e, ao
final, há uma tendência de desistem do processo de exportação.
Nessa direção, vamos analisar a exportação sob uma outra ótica para o empresário, que observe
um mercado doméstico pequeno ou que esteja saturado. Uma boa saída é buscar em outros
mercados uma nova demanda.
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Em ambos os casos, vamos então propor que o processo de exportação deva ser pensado,
planejado e implantado na empresa de forma gradual para que o resultado seja satisfatório. Ou seja,
aproveitar uma oportunidade quando o momento estiver favorável no mercado interno.
A cultura exportadora é fomentada considerando que os motivos que levam uma empresa a se
tornar exportadora são inúmeros, como a busca de novos mercados, o desafio de enviar o seu
produto para utilização no exterior, crescimento da empresa, maior competitividade, fugir de crises
no mercado interno, melhorar os processos produtivos etc.
Entre os motivos citados que uma empresa encontra para exportar seu produto, o mais relevante
é a vontade de expansão do seu produto e o grande desafio a ser vivido pelo empresário porque
deverá sair da sua zona de conforto e enfrentará novas culturas, outros mercados, exigências muito
diferentes das encontradas no mercado interno.
Ainda, quando pensamos na cultura exportadora, é preciso saber que há dois pontos
importantes da questão. De um lado, toda a novidade e os motivos anteriormente elencados, e de
outro, temos que lembrar que existe um risco maior de vender no mercado externo que no mercado
interno, burocracias, envolvimento com despacho aduaneiro, estudo de logística internacional,
viagens para a busca de clientes e parceiros.
É possível também elencar algumas vantagens da exportação,como:
aumento na escala de produção;
utilização da capacidade ociosa;
aperfeiçoamento de processos;
maior competitividade;
diversificação das vendas;
proteção contra oscilação da demanda;
planejamento tributário.
Outro fator importante para a tomada de decisão do que diz respeito à exportação é que o Brasil
oferece aos seus empresários vantagens tributárias para quem decide exportar, como:
isenção de IPI;
isenção de ICMS para algumas categorias;
não incidência de Cofins e Pis-Pasep sobre receitas de exportação;
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IOF alíquota zero.
Escolher exportar é uma decisão importante, mas ainda é uma excelente oportunidade de
negócios no Brasil, tendo em vista todo o incentivo e planos de apoio ofertado pelos órgãos
governamentais e não governamentais para o constante crescimento do envio de produtos do Brasil
para o exterior. É bom salientar que atualmente o processo está muito mais rápido do que há algum
tempo, pois a tecnologia e os sistemas integrados agilizam muitos dos processos.
Saiba mais
No link a seguir, está disponível o Apex-cast da Apex-Brasil, que é a Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos. Esse episódio específico apresenta muitas
informações sobre exportação e o apoio que a Apex oferece a quem quer exportar.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=DbTrFchBgdI>. Acesso em: 22 maio
2021.
A seguir está disposto o link para a leitura do artigo “Por que Exportar?”, no site do
Ministério da Economia. Disponível em: <http://www.aprendendoaexportar.gov.br/index.ph
p/por-que-exportar>. Acesso em: 22 maio 2021.
1.1 COMO REALIZAR A HABILITAÇÃO PARA INICIAR ATIVIDADE DE
EXPORTAÇÃO?
Para que se possa iniciar um processo de exportação ou importação é preciso atender a uma
série de procedimentos e cadastramentos nos órgãos responsáveis. Esses procedimentos são
chamados de habilitação.
No Brasil, quem controla o cadastramento e realiza as liberações necessárias é a Receita Federal.
Para iniciar uma habilitação, a primeira ação é acessar o site da Receita Federal . Nele
encontraremos todas as informações atualizadas sobre como proceder, quais são os documentos,
trâmites e os prazos previstos para cada etapa do processo. Entretanto, quem pode importar e
exportar?
Podem importar/exportar:
[1]
https://www.youtube.com/watch?v=DbTrFchBgdI
http://www.aprendendoaexportar.gov.br/index.php/por-que-exportar
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entidades;
universidades;
pessoas físicas;
empresas.
Cada um dos tipos de exportador precisa estar atento às exigências da Receita Federal, que
analisará toda a documentação necessária e definirá a capacidade financeira, que será o limitante.
Conforme a Instrução Normativa da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, IN SRF n.
1.984/2020, as habilitações são divididas nas seguintes categorias.
Expressa: para pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade anônima de capital aberto,
empresa pública ou sociedade de economia mista.
Limitada: até USD 50.000 ou até USD 150.000.
Ilimitada: depende da capacidade econômica que a receita vai determinar.
Essa habilitação na Receita Federal é conhecida como Radar, que significa Registro e
Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros.
É importante ficar atento ao realizar um serviço para alguma empresa e verificar se ela já tem o
Radar, bem como se está dentro do prazo, caso contrário será necessário fazer o Radar novamente.
Saiba mais
A Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil n. 1.984/2020 trata do processo de
habilitação de uma empresa para o comércio exterior. Atenção, durante a leitura, ao final do
documento, em que são mostrados todos os documentos necessários para o processo de habilitação
de uma instituição, empresa ou mesmo pessoa física nos enquadramentos possíveis para cada um.
Disponível em: <visao=anotado&idAto=113638>
TEMA 2 – INTERNACIONALIZAÇÃO DA EMPRESA E ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL DO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO
O comércio exterior é bem diferente do comércio interno, tendo em vista que apresenta
linguagem própria, documentos próprios, muitos processos envolvidos, bem como órgãos federais e
estaduais para a liberações e licenças.
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?
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Portanto, quando se trata de processo de exportação, não basta ter um produto. A empresa
precisa conhecer bem o mercado para o qual ela quer exportar, quem será seu mercado consumidor,
como as embalagens devem ser, qual a cultura do local e como essa cultura receberá seu produto,
além das leis e regras que regem a importação.
Para isso, a empresa pode envolver outras empresas especializadas, pois realizar todo o processo
do zero pode ser mais demorado e mais custoso.
A internacionalização da empresa é um dos passos que devem ser seguidos e observados por
empresas que pretendem começar a exportar. Essa internacionalização pode ocorrer das seguintes
formas.
Exportação indireta: esse é o processo no qual uma empresa se utiliza de outra empresa –
Trader – para quem ela vende e que, por sua vez, vende no mercado externo.
Exportação direta: é quando a empresa exporta diretamente para um cliente em outro país.
Licenciamento: é quando uma empresa brasileira produz um produto para outra empresa que
tem sede fora do Brasil e envia seus produtos diretamente para lá.
Franchising: é quando uma empresa de outro país abre uma franquia de uma empresa brasileira
para vender os produtos produzidos aqui.
Aliança estratégica: é quando uma empresa brasileira se associa a uma empresa de outro país,
enviando um produto que será de alguma forma manipulado – troca de embalagem, por
exemplo.
Joint Venture: esse é o processo em que duas ou mais empresas se unem para realizar o
processor de exportação de um ou mais produtos.
Investimento externo direto: ocorre quando uma empresa de outro país investe diretamente na
produção de uma empresa e dela compra todo o volume produzido.
Vamos conhecer um pouco da estrutura organizacional do comércio exterior brasileiro (Figura 1).
Figura 1 – Estrutura organizacional do comércio exterior brasileiro
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/17
Crédito: Jefferson Schnaider.
A Figura 1 demonstra o fluxo de informações que envolvem uma transação de importação ou
exportação aqui no Brasil. Hoje, com um nível grande de informatização, tudo é realizado via
sistemas, por meio da base de dados.
2.1 ÓRGÃO ANUENTES
Em um processo de exportação ou importação, além da Receita Federal e do Banco Central, as
mercadorias precisam passar pela anuência dos chamados órgãos anuentes, em que farão as
verificações necessárias para autorizar ou não a entrada ou saída das mercadorias do país.
Cada mercadoria pode ter mais de um órgão conforme a sua destinação (por exemplo, consumo
humano ou animal), conforme seu estado (novo ou usado), entre outros. Entre os principais órgãos
anuentes, destacam-se:
Agência Nacional do Cinema (Ancine);
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
Agência Nacional de Petróleo (ANP);
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN);
Comissão de Coordenação do Transporte Aéreo Civil (Cotac);
Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça e Segurança Pública (DPF);
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Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército Brasileiro (DFPC);
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro);
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa);
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT);
Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
TEMA 3 – ESCOLHA DA NCM, ESTUDO DAVIABILIDADE DE
EXPORTAÇÃO DO PRODUTO DESEJADO (BARREIRAS INTERNAS) E
ANÁLISE DA EXPORTAÇÃO (DIRETA OU INDIRETA)
Ao se observar o comércio de mercadorias, é possível notar que não existem mais fronteiras.
Com isso, a quantidade de produtos existentes e as mais diversas culturas mundo a fora tornam a
classificação de mercadoria uma tarefa bastante complexa, o que pode inclusive gerar dúvidas,
transtornos, entre outros problemas, como multas.
Em razão de todas essas variantes, foi criado um sistema que tivesse a capacidade de listar a
descrição dos produtos, utilizando para isso um sistema numérico com seis dígitos, código no qual
constam as principais descrições, características e funcionalidades, facilitando assim sua identificação.
Esse sistema é chamado de sistema harmonizado de designação e de codificação de mercadorias,
ou SH, que é uma convenção internacional e tem por objetivo uniformizar a “tradução” das
características quanto ao produto comercializado no mercado mundial.
São considerados para a classificação do produto diversos fatores, como:
o produto em si;
sua matéria-prima de constituição;
sua finalidade/aplicação.
A classificação fiscal do produto abrange desde uma classificação mais genérica até a
composição mais específica, para que seja feito o enquadramento mais adequado, considerando as
características citadas.
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Para simplificar sua utilização, essa codificação foi pensada para ser usada de forma numérica,
visando justamente evitar confusões nos trâmites comerciais internacionais. A análise das
codificações e sua interpretação formam a classificação fiscal do produto e esse trabalho deve ser
realizado por empresas especializadas como despachantes aduaneiros, escritórios de contabilidade
ou de advocacia que detenham experiência na área aduaneira.
Para auxiliar nesse processo de interpretação e classificação, existe ainda um subsistema
chamado de Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (Nesh), no qual existem informações
adicionais que servem de apoio para a classificação das mercadorias.
O processo de classificação necessita de muita atenção, pois um produto pode também ter a
possibilidade de ser classificado em mais de uma categoria. Nesse caso, é preciso fazer uma
observação mais atenta às regras e assim poder definir em qual delas o produto melhor se enquadra.
Como já citado, o SH apresenta uma classificação em um código de seis dígitos e possui 96
capítulos, os quais são utilizados de forma internacional por todos os países. No entanto, como há
também o agrupamento de países em blocos, como o Mercosul, por exemplo, há a possibilidade de
que o SH apresente ainda mais dois dígitos ao final. Esses dois últimos serão então uma classificação
de alguma característica específica desse bloco.
Todo esse processo de análise e classificação do produto necessita de muita atenção por parte
do exportador, pois vão determinar quais são as exigências administrativas para dar continuidade ao
processo de exportação.
Saiba mais
No link disposto a seguir, podemos saber mais sobre as regras de classificação e as regras
gerais complementares. Disponível em: <https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/c
lassificacao-fiscal-de-mercadorias>. Acesso em: 23 maio 2021.
Para consultarmos o código de um produto, podemos acessar o link disposto a seguir.
Disponível em: <https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/classificacao-fiscal-de-me
rcadorias/ncm>. Acesso em: 23 maio 2021.
A Organização Mundial das Aduanas (OMA) produz um relatório contendo uma coletânea
dos pareceres de classificação que pode ser acessado por meio do seguinte link. Disponível em:
https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/classificacao-fiscal-de-mercadorias
https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira/classificacao-fiscal-de-mercadorias/ncm
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/17
<http://www.wcoomd.org/Pt>. Acesso em: 23 maio 2021.
O comércio internacional está em constante evolução, e a legislação tenta acompanhá-la, visto
que também está em constante adequação. Por isso, sempre que houver a intenção de iniciar um
processo de exportação ou importação, é necessária por parte do empresário ou responsável a
análise de uma vasta quantidade de legislações, pois deve-se atentar a todas elas a fim de garantir
que o produto chegue na alfandega com toda a documentação em ordem. A falta de documentação
pode ocasionar custos não previstos, demora no desembaraço ou até mesmo multas ou retenção do
produto.
Feitas as verificações necessárias, se a empresa optar por uma empresa terceirizada, há ainda a
necessidade de fazer uma verificação para saber se ela está habilitada para atuar no mercado
exportador. Essa empresa terceira pode ainda fazer a exportação de produtos de mais empresas,
processo que pode minimizar os custos para as empresas exportadoras.
No entanto, ainda se for de interesse, a empresa pode tratar diretamente com o importador e,
assim, finalizar o processo sem envolver outras empresas.
Saiba mais
Indicamos a leitura do livro Comércio Internacional: teoria e prática, de Angela Cristina
Kochinski Tripoli e Rodolfo Coelho Prates (2016).
TEMA 4 – CONTEXTUALIZANDO O CENÁRIO DA ECONOMIA NO
BRASIL PARA EXPORTAÇÃO
Para compreender o cenário da economia no Brasil para exportação, é preciso inicialmente fazer
um pequeno resumo sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC), que é a entidade mundial
que regula o comércio mundial. Sediada em Genebra, na Suíça, trata-se de uma organização
permanente e com personalidade jurídica. Seu principal objetivo é trabalhar auxiliando exportadores
e importadores para um funcionamento mais fluido, com a utilização de regras claras e que sejam
aceitas por todos os participantes.
http://www.wcoomd.org/Pt
25/10/2021 16:33 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/17
Atualmente, a OMC conta com 164 países-membros e, por essa razão, é um fórum ideal de
negociação para a solução de problemas enfrentados pelos países nas suas relações bilaterais,
multilaterais, blocos comerciais, entre outros. Qualquer país que se sinta prejudicado com as medidas
tomadas por outro país pode recorrer à OMC e denunciá-lo.
Quando existe algum litígio entre empresas de distintos países, a solução da controvérsia dentro
da OMC dá-se por um sistema sui generis: por painéis precedidos de consultas. Esses painéis não
funcionam propriamente como arbitragem, pois seus integrantes são designados pela organização e
não pelas partes, como ocorre na arbitragem.
4.1 PRINCÍPIOS DA OMC
A OMC foi criada com vários objetivos, entre eles fomentar, regular e criar padrões para a
realização do comércio internacional. Suas regras foram absorvidas dos artigos do GATT, os quais se
baseavam em princípios de um comércio leal entre os países. Entre eles se destacam:
princípio de não discriminação – um país não deve discriminar seus interlocutores comerciais;
ele deve conceder a todos, de forma igualitária, a condição de “nação mais favorecida”, ou seja,
qualquer benefício dado a um país deve ser estendido aos demais países;
princípio de tratamento nacional – um país não deve fazer diferenciação entre os produtos,
serviços e cidadãos do seu país e os estrangeiros. A todos deve ser concedido o mesmo
tratamento, como se os produtos, serviços e cidadãos fossem nacionais;
princípio de liberalismo ou liberdade comercial – os países devem reduzir o protecionismo
comercial de forma a fomentar as políticas comerciais liberais, que permitem a circulação sem
restrição de bens e serviços, multiplicando os benefícios. Isso se traduz em produzir os
melhores produtos, com o melhor design e ao melhor preço;
princípio de previsibilidade, confiança e segurança – o comércio internacional tem que ser
previsível. As empresas, os investidores e os governos estrangeiros devem tem a confiança de
que os países não estabelecerãoarbitrariamente obstáculos comerciais como impostos ou
outras medidas. Os países devem dar segurança e confiança aos investidores e demais Estados;
princípio de competência – os países devem buscar um mercado de livre concorrência,
desprovido das práticas “desleais” como os subsídios à exportação e o dumping para ganhar
mercado;
25/10/2021 16:33 UNINTER
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princípio de vantagem, equidade e flexibilidade – os países mais avançados devem dar
vantagens aos países menos avançados e proporcionar a estes mais tempo para se adaptarem
às regras da livre concorrência, por meio de privilégios especiais.
Saiba mais
No site oficial da Organização Mundial do Comércio (World Trade Organization), é possível
encontrar mais informações sobre ela. Disponível em: <www.wto.org>. Acesso em: 23 maio 2021.
TEMA 5 – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PARA OTIMIZAR O
PROCEDIMENTO DE EXPORTAÇÃO NA EMPRESA
Neste tema, vamos tratar de uma maneira um pouco mais prática o procedimento de exportação
em uma empresa. É importante lembrar que esse procedimento pode ser realizado por nós para uma
empresa ou para uma prestadora de serviços, que realizará os mesmos procedimentos para seus
clientes.
O procedimento de exportação se inicia com a criação de um Plano de ação. É por intermédio
dele que a empresa vai tratar das seguintes definições:
Produtos a exportar, quantidade, valores, países de destino.
Objetivos na exportação.
Metas (curto, médio e longo prazo).
Por onde começar.
Mercados mais próximos.
Mercados mais similares culturalmente.
Mercados com grande potencial.
Mercados em rápido crescimento.
Mercados em que a competição é menos agressiva.
5.1 DEFININDO MERCADOS E PRODUTOS
A definição de mercados e produtos é de grande importância para as definições na hora de
decidir exportar. Para isso, torna-se necessário responder a algumas questões, descritas a seguir.
25/10/2021 16:33 UNINTER
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Eles são realmente os mais promissores?
O que precisamos saber sobre esses países?
Quais dessas informações conseguimos à distância?
Por último, definida a relação entre produto e mercado, falta definirmos o quê e buscar onde,
procurando informações sobre os mercados que podem ser potenciais clientes. Em alguns casos, é
preciso investir para conhecer o mercado em questão, sua cultura, suas particularidades.
Que informações conseguimos somente in loco?
Como obtemos essas informações?
A ideia de criar essa burocracia para iniciar um processo de exportação ajuda a minimizar
impactos de possíveis erros ou equívocos, além de dar maior garantia de sucesso na escolha do
mercado, aceitação do produto e consequente fortalecimento da marca.
TROCANDO IDEIAS
Uma empresa pretende começar a exportar, mas os sócios dela não sabem se inicialmente
deveriam buscar os compradores internacionais ou se deveriam fazer adaptações no seu produto.
Qual a sua proposta para os sócios dessa empresa? Qual seria o primeiro passo para começar a
exportar?
Acesse o Fórum, de seu Ambiente Virtual de Aprendizagem, deixe a sua opinião e veja também o
que os seus colegas responderam. Participe!
NA PRÁTICA
Uma empresa pretende exportar camiseta para a União Europeia. Qual a NCM para camiseta (t-
shirt) de malha? É possível descobrir a NCM indicada para o produto utilizando o site da Receita
Federal.
Além da definição da NCM, é preciso identificar os atributos e especificações (NVE). Quais seriam
os atributos de uma camiseta (t-shirt) de seda, tamanho adulto, de manga 3/4, de malharia retilínea?
25/10/2021 16:33 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/17
FINALIZANDO
Estudamos nesta aula os seguintes pontos:
a. Por que exportar e como habilitar uma empresa na Receita Federal para que ela possa
iniciar a exportação.
b. Como internacionalizar a empresa, comparando o mercado interno e externo, e qual é a
estrutura organizacional dos órgãos envolvidos no comércio exterior.
c. Como classificar o produto de acordo com o sistema harmonizado, analisar as
necessidades administrativas conforme a classificação fiscal e análise dos preços da
concorrência e subsídios utilizados por estes, com a análise da utilização ou não de terceira
empresa para o envio da exportação.
d. Análise do cenário econômico atual do Brasil para verificar se é mais vantajosa a venda
para o mercado externo ou interno.
e. Quais as mudanças operacionais necessárias para o bom desempenho do processo de
exportação da empresa.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Invest & Export Brasil. Exportação passo a passo: guia completo sobre o processo
exportador brasileiro. Disponível em: <http://www.investexportbrasil. 
gov.br/exportacao-passo-passo>. Acesso em: 23 maio 2021.
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