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Olá cursista! Bem-vindo ao curso AUXILIAR DE CRECHE oferecido pelo Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do Programa Qualificar ES. Esta apostila de estudos será nosso principal recurso sobre os conhecimentos que construiremos durante o Módulo I. Façam todas as atividades sugeridas, para que seus conhecimentos sejam devidamente aprofundados. O objetivo central é aprender o conteúdo, não apenas terminar o curso. Qualquer um termina, mas só os determinados aprendem. Para isso, dedique-se lendo o material com atenção. Bons estudos e sucesso! Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus filhos. As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda. As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa: ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a professora ficava fazendo tricô. ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 anos. JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas. CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que as crianças aprendem através do fazer. O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan em parceria com sua irmã Raquel. A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial que tomava o lugar da família em diversas formas de carências. Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem na rua, sem teto e sem comida. Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil: Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e “Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte. 1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas por sanitaristas devido as epidemias. Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não as creches, que as consideravam como uma substituição inadequada. Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, e as principais definições foram: • Combater a pobreza e a mortalidade infantil; • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos; • Estimular a ideologia da família. 1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de trabalhar. Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde. Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir personalidades psicopatas e delinquentes. Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de Educação Pré-Escolar. O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua própria renda. Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil como: • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche e da pré-escola; • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e deveres do Estado. Durante várias décadas, houve diversas transformações: a pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 2013). A creche surgiu devido ao crescente número da população e a necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era mãe, para o mercado de trabalho. No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no século XX, resultando em leis e documentos, como: CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da criança. ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda sociedade é responsável pelo bem-estar da criança. LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil. Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural. Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as crianças da educação infantil. Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil. Lei 13.306/2016 Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos. A alteração aconteceu nos seguintes artigos: 1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade teriam direito de atendimento em creche e pré-escola. A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 5 anos de idade. 2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola diminuiu para 5 anos. A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhumaalteração em relação ao que já estava valendo. Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino fundamental, conforme o art. 32 da LDB. Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB. Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a criança de até 5 anos de idade. Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. auxiliar de creche MÓDULO 1 2 introdução No módulo I, você aprenderá a história das creches; a prática pedagógica no berçário; e a formação de profissionais de creche. As creches por muitos anos eram espaços de cuidados, de acolhimento para as crianças cujas mães precisavam trabalhar. Na atualidade, este papel está mudando, tendo em importância o direito das crianças de terem um espaço grupal de educação. Estar na creche é uma oportunidade de conviver com adultos, crianças, em grupos, e com eles estar em um ambiente social de concordância, de contato corporal, de confiança. É uma probabilidade de adquirir novas experiências relacionais e cognitivas. Podemos afirmar que uma das experiências mais interessantes da vida humana é o entendimento, a amizade, a busca da vida em comunidade. A creche é o primeiro ambiente de educação em grupo de uma criança. Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus filhos. As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda. As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa: ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a professora ficava fazendo tricô. ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 anos. JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas. CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que as crianças aprendem através do fazer. O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan em parceria com sua irmã Raquel. A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial que tomava o lugar da família em diversas formas de carências. Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem na rua, sem teto e sem comida. Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil: Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e “Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte. 1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas por sanitaristas devido as epidemias. Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não as creches, que as consideravam como uma substituição inadequada. Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, e as principais definições foram: • Combater a pobreza e a mortalidade infantil; • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos; • Estimular a ideologia da família. 1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de trabalhar. Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde. Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir personalidades psicopatas e delinquentes. Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de Educação Pré-Escolar. O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua própria renda. Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil como: • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche e da pré-escola; • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e deveres do Estado. Durante várias décadas, houve diversas transformações: a pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 2013). A creche surgiu devido ao crescente número da população e a necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era mãe, para o mercado de trabalho. No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no século XX, resultando em leis e documentos, como: CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da criança. ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda sociedade é responsável pelo bem-estar da criança. LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil. Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural. Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as crianças da educação infantil. Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, nacionalidade, gênero, deficiências, classesocial ou nível socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil. Lei 13.306/2016 Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos. A alteração aconteceu nos seguintes artigos: 1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade teriam direito de atendimento em creche e pré-escola. A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 5 anos de idade. 2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola diminuiu para 5 anos. A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma alteração em relação ao que já estava valendo. Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino fundamental, conforme o art. 32 da LDB. Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB. Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a criança de até 5 anos de idade. Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. 3 A HISTÓRIA DAS CRECHES Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus filhos. As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda. As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa: ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a professora ficava fazendo tricô. ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 anos. JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas. CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que as crianças aprendem através do fazer. O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan em parceria com sua irmã Raquel. A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial que tomava o lugar da família em diversas formas de carências. Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem na rua, sem teto e sem comida. Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil: Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e “Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte. 1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas por sanitaristas devido as epidemias. Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não as creches, que as consideravam como uma substituição inadequada. Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, e as principais definições foram: • Combater a pobreza e a mortalidade infantil; • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos; • Estimular a ideologia da família. 1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de trabalhar. Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde. Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir personalidades psicopatas e delinquentes. Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de Educação Pré-Escolar. O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua própria renda. Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil como: • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche e da pré-escola; • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e deveres do Estado. Durante várias décadas, houve diversas transformações: a pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 2013). A creche surgiu devido ao crescente número da população e a necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era mãe, para o mercado de trabalho. No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no século XX, resultando em leis e documentos, como: CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da criança. ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda sociedade é responsável pelo bem-estar da criança. LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil. Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural. Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as crianças da educação infantil. Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um direito humano e social de todas ascrianças até cinco anos de idade, sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil. Lei 13.306/2016 Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos. A alteração aconteceu nos seguintes artigos: 1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade teriam direito de atendimento em creche e pré-escola. A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 5 anos de idade. 2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola diminuiu para 5 anos. A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma alteração em relação ao que já estava valendo. Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino fundamental, conforme o art. 32 da LDB. Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB. Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a criança de até 5 anos de idade. Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. 4 Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus filhos. As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda. As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa: ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a professora ficava fazendo tricô. ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 anos. JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas. CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que as crianças aprendem através do fazer. O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan em parceria com sua irmã Raquel. A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial que tomava o lugar da família em diversas formas de carências. Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem na rua, sem teto e sem comida. Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil: Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e “Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte. 1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas por sanitaristas devido as epidemias. Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não as creches, que as consideravam como uma substituição inadequada. Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, e as principais definições foram: • Combater a pobreza e a mortalidade infantil; • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos; • Estimular a ideologia da família. 1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de trabalhar. Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde. Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir personalidades psicopatas e delinquentes. Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de Educação Pré-Escolar. O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua própria renda. Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil como: • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche e da pré-escola; • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e deveres do Estado. Durante várias décadas, houve diversas transformações: a pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 2013). A creche surgiu devido ao crescente número da população e a necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era mãe, para o mercado de trabalho. No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no século XX, resultando em leis e documentos, como: CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da criança. ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda sociedade é responsável pelo bem-estar da criança. LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil. Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural. Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as criançasda educação infantil. Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil. Lei 13.306/2016 Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos. A alteração aconteceu nos seguintes artigos: 1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade teriam direito de atendimento em creche e pré-escola. A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 5 anos de idade. 2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola diminuiu para 5 anos. A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma alteração em relação ao que já estava valendo. Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino fundamental, conforme o art. 32 da LDB. Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB. Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a criança de até 5 anos de idade. Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. SURGIMENTO DA CRECHE NO BRASIL 5 Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus filhos. As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda. As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa: ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a professora ficava fazendo tricô. ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 anos. JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas. CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que as crianças aprendem através do fazer. O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan em parceria com sua irmã Raquel. A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial que tomava o lugar da família em diversas formas de carências. Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem na rua, sem teto e sem comida. Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil: Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e “Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte. 1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas por sanitaristas devido as epidemias. Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não as creches, que as consideravam como uma substituição inadequada. Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, e as principais definições foram: • Combater a pobreza e a mortalidade infantil; • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos; • Estimular a ideologia da família. 1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de trabalhar. Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde. Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir personalidades psicopatas e delinquentes. Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de Educação Pré-Escolar. O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua própria renda. Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil como: • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche e da pré-escola; • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e deveres do Estado. Durante várias décadas, houve diversas transformações: a pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 2013). A creche surgiu devido ao crescente número da população e a necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era mãe, para o mercado de trabalho. No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no século XX, resultando em leis e documentos, como: CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da criança. ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda sociedade é responsável pelo bem-estar da criança. LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil. Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural. Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo de orientar as políticas públicasna área e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as crianças da educação infantil. Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil. Lei 13.306/2016 Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos. A alteração aconteceu nos seguintes artigos: 1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade teriam direito de atendimento em creche e pré-escola. A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 5 anos de idade. 2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola diminuiu para 5 anos. A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma alteração em relação ao que já estava valendo. Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino fundamental, conforme o art. 32 da LDB. Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB. Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a criança de até 5 anos de idade. Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. 6 Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus filhos. As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda. As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa: ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a professora ficava fazendo tricô. ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 anos. JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas. CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que as crianças aprendem através do fazer. O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan em parceria com sua irmã Raquel. A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial que tomava o lugar da família em diversas formas de carências. Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem na rua, sem teto e sem comida. Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil: Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e “Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte. 1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas por sanitaristas devido as epidemias. Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não as creches, que as consideravam como uma substituição inadequada. Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, e as principais definições foram: • Combater a pobreza e a mortalidade infantil; • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos; • Estimular a ideologia da família. 1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de trabalhar. Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde. Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir personalidades psicopatas e delinquentes. Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de Educação Pré-Escolar. O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua própria renda. Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil como: • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche e da pré-escola; • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e deveres do Estado. Durante várias décadas, houve diversas transformações: a pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 2013). A creche surgiu devido ao crescente número da população e a necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era mãe, para o mercado de trabalho. No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no século XX, resultando em leis e documentos, como: CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da criança. ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda sociedade é responsável pelo bem-estar da criança. LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil. Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos pedagógicos e a diversidadecultural. Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as crianças da educação infantil. Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil. Lei 13.306/2016 Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos. A alteração aconteceu nos seguintes artigos: 1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade teriam direito de atendimento em creche e pré-escola. A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 5 anos de idade. 2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola diminuiu para 5 anos. A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma alteração em relação ao que já estava valendo. Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino fundamental, conforme o art. 32 da LDB. Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB. Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a criança de até 5 anos de idade. Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. 7 Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus filhos. As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda. As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa: ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a professora ficava fazendo tricô. ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 anos. JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas. CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que as crianças aprendem através do fazer. O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan em parceria com sua irmã Raquel. A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial que tomava o lugar da família em diversas formas de carências. Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem na rua, sem teto e sem comida. Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil: Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e “Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte. 1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas por sanitaristas devido as epidemias. Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não as creches, que as consideravam como uma substituição inadequada. Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, e as principais definições foram: • Combater a pobreza e a mortalidade infantil; • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos; • Estimular a ideologia da família. 1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de trabalhar. Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde. Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir personalidades psicopatas e delinquentes. Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de Educação Pré-Escolar. O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua própria renda. Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil como: • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche e da pré-escola; • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e deveres do Estado. Durante várias décadas, houve diversas transformações: a pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 2013). A creche surgiu devido ao crescente número da população e a necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era mãe, para o mercado de trabalho. No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no século XX, resultando em leis e documentos, como: CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da criança. ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda sociedade é responsável pelo bem-estar da criança. LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil. Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um conjunto de reflexões educacionaissobre conteúdos, objetivos, orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural. Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as crianças da educação infantil. Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil. Lei 13.306/2016 Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos. A alteração aconteceu nos seguintes artigos: 1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade teriam direito de atendimento em creche e pré-escola. A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 5 anos de idade. 2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola diminuiu para 5 anos. A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma alteração em relação ao que já estava valendo. Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino fundamental, conforme o art. 32 da LDB. Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB. Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a criança de até 5 anos de idade. Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. Existem diferentes caminhos na educação de crianças pequenas, muitas são as questões de projetos educacionais. Devemos levar em conta a relação interpessoal, a linguagem e as brincadeiras com os bebês. Com isso, podemos desenvolver o início de uma proposta educativa na educação infantil. Relações interpessoais são para as crianças fontes essenciais para sua vivência, tanto mental quanto física, pois possibilitam às crianças não só a assimilação do conhecimento, mas também a elaboração de valores que deixam um novo olhar sobre o meio em que vivem. O afeto é fundamental para o desenvolvimento da criança, o gesto, o olhar de um adulto do qual a criança sabe que pode contar quando precisar. A nossa condição humana surge de como nos relacionamos com os outros. As relações estabelecidas através de diálogos (corporais e orais) fazem parte do processo que nos torna seres humanos ou sujeitos com vontade, com capacidade de raciocínio e imaginação. O olhar O espaço da creche deverá ser um ambiente aconchegante e bonito, com imagens visuais, mas não sobrecarregado de objetos, pinturas ou imagens. O abraço O abraço é uma forma de demonstrar a aceitação corporal do outro. As crianças pequenas precisam ser abraçadas várias vezes ao dia. O contato corporal cria a confiança, pois ele dá a entender que se está em um espaço de recíproca aceitação. O Ritmo Corporal Desde a gestação, a criança pequena concilia o seu ritmo corporal com o da sua mãe: o ritmo dos batimentos cardíacos, da respiração, as vibrações da voz, os movimentos. Os sons de voz humana, acariciar, dar alimentos, falar, mexer, aconchegar, cantar músicas, estas atividades trabalham com ritmos corporais. O Balanço do corporal As crianças criam diferentes formas de balanços. Balançam no pé, no colo, jogam-se para trás e para frente. As crianças pequenas que se movem com liberdade, são mais prudentes, já que aprendem a melhor maneira de cair. Um bebê com pouca experiência ou muito protegido não conhece seus limites e capacidades. É necessário um certo grau de risco para sobreviver e crescer. A criança é curiosa, ativa e será rica em iniciativa e interesse ao seu redor. A luta do bebê para expressar e descobrir os seus limites vai durar por bastante tempo. Ele precisa aprender a lidar com estes conflitos para crescer seguro e forte. É preciso apoiar, não interferir. Conhecer a individualidade dos bebês, pois cada um tem seu jeito de se relacionar com o mundo. Os adultos precisam controlar sua ansiedade frente as frustrações e tentativas dos bebês. Não acelerar o desenvolvimento, lembrando sempre, que cada aluno tem seu tempo, possibilitando desafios e movimentos livres e jogos independentes. Movimento Os bebês constroem suas atividades e territórios, de acordo com seus movimentos como: deslizar, sentar, engatinhar, ficar em pé, caminhar. Estes movimentos fazem com que as crianças vejam o mundo em diversas posições. É preciso deixar os bebês se movimentarem para que possam criar espaços seguros. A criança pequena tem necessidade de fazer movimentos. A creche deverá oferecer atividades que ajudem a capacitar as crianças em seus movimentos. Crianças de 0 a 3 anos estão com suas estruturas ósseas em formação, seus músculos precisam de um exercício diário para manter as partes móveis em movimento e as estáticas em equilíbrio. Nessa faixa etária o movimento e o conhecimento estão muito próximos. O brincar e o jogar Brincar é a atividade vivida sem finalidade e que realizamos de acordo com o gosto de cada criança A brincadeira e jogos envolvem aspectos naturais, sociais e culturais, cognitivos, motores e afetivos. A brincadeira surge a partir das relações interpessoais existentes nos ambientes. A criança entra na brincadeira do adulto. Aos poucos ela é introduzida no espaço e no tempo particular do jogo. O entretenimento estabelece regras que dura ao longo de toda diversão. Nas brincadeiras estão relacionadas ações e ficções. Estes passatempos atuam como socialização das crianças e o brinquedo é um estímulo ao divertimento. Os brinquedos e os espaços das recreações vão depender do tipo de jogo que será construído. É importante que crianças de 0 a 3 anos fiquem em um ambiente tranquilo, aconchegante e rodeadas de materiais que agucem a sua ação e curiosidade. Nesta faixa etária as crianças gostam de brinquedos que façam barulhos, brilhantes, empurrar e puxar, empilhar, chocalhos ou outros estímulos sonoros, objetos flutuantes, trapézio para o berço, brinquedos desmontáveis caixas ou copos que encaixam um nos outros, livros de papel, bonecas e bonecos, dentre outros, não muitos pequenos e bem coloridos. Linguagem Um dos grandes feitos entre 0 a 3 anos é a absorção da linguagem oral. É preciso muitas conversas com os bebês, não apenas dar ordens e sim conversar com conteúdo e explicações. As crianças se comunicam através de gestos, toques, sorrisos, choro, espirros, gritos, através de linguem corporal. Ao observar um grupo de crianças podemos constatar, que no estágio inicial no qual não utilizam palavras passam por usos de sons, palavras frases, silabações e depois a combinação de três ou mais palavras formando frases. 8 Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus filhos. As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda. As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa: ESCOLA DE TRICÔ:fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a professora ficava fazendo tricô. ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 anos. JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas. CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que as crianças aprendem através do fazer. O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan em parceria com sua irmã Raquel. A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial que tomava o lugar da família em diversas formas de carências. Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem na rua, sem teto e sem comida. Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil: Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e “Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte. 1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas por sanitaristas devido as epidemias. Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não as creches, que as consideravam como uma substituição inadequada. Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, e as principais definições foram: • Combater a pobreza e a mortalidade infantil; • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos; • Estimular a ideologia da família. 1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de trabalhar. Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde. Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir personalidades psicopatas e delinquentes. Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de Educação Pré-Escolar. O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua própria renda. Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil como: • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche e da pré-escola; • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e deveres do Estado. Durante várias décadas, houve diversas transformações: a pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 2013). A creche surgiu devido ao crescente número da população e a necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era mãe, para o mercado de trabalho. No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no século XX, resultando em leis e documentos, como: CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da criança. ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda sociedade é responsável pelo bem-estar da criança. LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil. Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural. Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as crianças da educação infantil. Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil. Lei 13.306/2016 Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos. A alteração aconteceu nos seguintes artigos: 1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade teriam direito de atendimento em creche e pré-escola. A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 5 anos de idade. 2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola diminuiu para 5 anos. A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma alteração em relação ao que já estava valendo. Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino fundamental, conforme o art. 32 da LDB. Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB. Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a criança de até 5 anos de idade. Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi conferido pela Constituição Federal. Existem diferentes caminhos na educação de crianças pequenas, muitas são as questões de projetos educacionais. Devemos levar em conta a relação interpessoal, a linguagem e as brincadeiras com os bebês. Com isso, podemos desenvolver o início de uma proposta educativa na educação infantil.Relações interpessoais são para as crianças fontes essenciais para sua vivência, tanto mental quanto física, pois possibilitam às crianças não só a assimilação do conhecimento, mas também a elaboração de valores que deixam um novo olhar sobre o meio em que vivem. O afeto é fundamental para o desenvolvimento da criança, o gesto, o olhar de um adulto do qual a criança sabe que pode contar quando precisar. A nossa condição humana surge de como nos relacionamos com os outros. As relações estabelecidas através de diálogos (corporais e orais) fazem parte do processo que nos torna seres humanos ou sujeitos com vontade, com capacidade de raciocínio e imaginação. O olhar O espaço da creche deverá ser um ambiente aconchegante e bonito, com imagens visuais, mas não sobrecarregado de objetos, pinturas ou imagens. O abraço O abraço é uma forma de demonstrar a aceitação corporal do outro. As crianças pequenas precisam ser abraçadas várias vezes ao dia. O contato corporal cria a confiança, pois ele dá a entender que se está em um espaço de recíproca aceitação. O Ritmo Corporal Desde a gestação, a criança pequena concilia o seu ritmo corporal com o da sua mãe: o ritmo dos batimentos cardíacos, da respiração, as vibrações da voz, os movimentos. Os sons de voz humana, acariciar, dar alimentos, falar, mexer, aconchegar, cantar músicas, estas atividades trabalham com ritmos corporais. O Balanço do corporal As crianças criam diferentes formas de balanços. Balançam no pé, no colo, jogam-se para trás e para frente. As crianças pequenas que se movem com liberdade, são mais prudentes, já que aprendem a melhor maneira de cair. Um bebê com pouca experiência ou muito protegido não conhece seus limites e capacidades. É necessário um certo grau de risco para sobreviver e crescer. A criança é curiosa, ativa e será rica em iniciativa e interesse ao seu redor. A luta do bebê para expressar e descobrir os seus limites vai durar por bastante tempo. Ele precisa aprender a lidar com estes conflitos para crescer seguro e forte. É preciso apoiar, não interferir. Conhecer a individualidade dos bebês, pois cada um tem seu jeito de se relacionar com o mundo. Os adultos precisam controlar sua ansiedade frente as frustrações e tentativas dos bebês. Não acelerar o desenvolvimento, lembrando sempre, que cada aluno tem seu tempo, possibilitando desafios e movimentos livres e jogos independentes. Movimento Os bebês constroem suas atividades e territórios, de acordo com seus movimentos como: deslizar, sentar, engatinhar, ficar em pé, caminhar. Estes movimentos fazem com que as crianças vejam o mundo em diversas posições. É preciso deixar os bebês se movimentarem para que possam criar espaços seguros. A criança pequena tem necessidade de fazer movimentos. A creche deverá oferecer atividades que ajudem a capacitar as crianças em seus movimentos. Crianças de 0 a 3 anos estão com suas estruturas ósseas em formação, seus músculos precisam de um exercício diário para manter as partes móveis em movimento e as estáticas em equilíbrio. Nessa faixa etária o movimento e o conhecimento estão muito próximos. O brincar e o jogar Brincar é a atividade vivida sem finalidade e que realizamos de acordo com o gosto de cada criança A brincadeira e jogos envolvem aspectos naturais, sociais e culturais, cognitivos, motores e afetivos. A brincadeira surge a partir das relações interpessoais existentes nos ambientes. A criança entra na brincadeira do adulto. Aos poucos ela é introduzida no espaço e no tempo particular do jogo. O entretenimento estabelece regras que dura ao longo de toda diversão. Nas brincadeiras estão relacionadas ações e ficções. Estes passatempos atuam como socialização das crianças e o brinquedo é um estímulo ao divertimento. Os brinquedos e os espaços das recreações vão depender do tipo de jogo que será construído. É importante que crianças de 0 a 3 anos fiquem em um ambiente tranquilo, aconchegante e rodeadas de materiais que agucem a sua ação e curiosidade. Nesta faixa etária as crianças gostam de brinquedos que façam barulhos, brilhantes, empurrar e puxar, empilhar, chocalhos ou outros estímulos sonoros, objetos flutuantes, trapézio para o berço, brinquedos desmontáveis caixas ou copos que encaixam um nos outros, livros de papel, bonecas e bonecos, dentre outros, não muitos pequenos e bem coloridos. Linguagem Um dos grandes feitos entre 0 a 3 anos é a absorção da linguagem oral. É preciso muitas conversas com os bebês, não apenas dar ordens e sim conversar com conteúdo e explicações. As crianças se comunicam através de gestos, toques, sorrisos, choro, espirros, gritos, através de linguem corporal. Ao observar um grupo de crianças podemos constatar, que no estágio inicial no qual não utilizam palavras passam por usos de sons, palavras frases, silabações e depois a combinação de três ou mais palavras formando frases. 9 Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus filhos. As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda. As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa: ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a professora ficava fazendo tricô. ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 anos. JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas. CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que as crianças aprendem através do fazer. O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan em parceria com sua irmã Raquel. A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial que tomava o lugar da família em diversas formas de carências. Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem na rua, sem teto e sem comida. Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil: Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e “Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte. 1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas por sanitaristas devido as epidemias. Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não as creches, que as consideravam como uma substituição inadequada. Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro de Proteção à Infância, e as principais definições foram: • Combater a pobreza e a mortalidade infantil; • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos; • Estimular a ideologia da família.
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