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APOSTILA AUXILIAR DE CRECHE MODULO I

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Olá cursista!
Bem-vindo ao curso AUXILIAR DE CRECHE oferecido pelo 
Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do 
Programa Qualificar ES.
 
Esta apostila de estudos será nosso principal 
recurso sobre os conhecimentos que 
construiremos durante o Módulo I.
 
Façam todas as atividades sugeridas, para que 
seus conhecimentos sejam devidamente 
aprofundados.
O objetivo central é aprender o conteúdo, não 
apenas terminar o curso. Qualquer um termina, 
mas só os determinados aprendem. Para isso, 
dedique-se lendo o material com atenção.
 Bons estudos e sucesso!
Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, 
manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os 
horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, 
para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus 
filhos.
As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.
As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa:
ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era 
uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a 
professora ficava fazendo tricô.
ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou 
o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: 
Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 
anos.
JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto 
que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender 
sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas.
CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, 
Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro 
operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que 
as crianças aprendem através do fazer.
O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan 
em parceria com sua irmã Raquel.
A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial 
que tomava o lugar da família em diversas formas de carências.
Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de 
fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem 
na rua, sem teto e sem comida.
Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil:
Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos 
Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e 
“Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não 
desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte.
1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as 
condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os 
movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas 
escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta 
de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram 
constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas 
por sanitaristas devido as epidemias.
Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, 
construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou 
religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a 
cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente 
acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não 
as creches, que as consideravam como uma substituição 
inadequada.
Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro 
de Proteção à Infância, e as principais definições foram:
 • Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
 • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que 
fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos;
 • Estimular a ideologia da família.
1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do 
Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o 
objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do 
horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de 
trabalhar. 
Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde.
Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar 
que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir 
personalidades psicopatas e delinquentes.
Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e 
da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da 
cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia 
um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as 
crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. 
Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de 
Educação Pré-Escolar.
O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de 
Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo 
livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua 
própria renda.
Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil 
como:
 • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche 
e da pré-escola;
 • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e 
deveres do Estado.
Durante várias décadas, houve diversas transformações: a 
pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores 
qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por 
voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 
2013).
A creche surgiu devido ao crescente número da população e a 
necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era 
mãe, para o mercado de trabalho.
No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no 
século XX, resultando em leis e documentos, como:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos 
em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o 
direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas 
para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da 
criança.
ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a 
proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda 
sociedade é responsável pelo bem-estar da criança.
LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil.
Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um 
conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, 
orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos 
pedagógicos e a diversidade cultural.
Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo 
de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, 
planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e 
curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as 
crianças da educação infantil.
Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um 
direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, 
sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, 
nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível 
socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação 
trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil.
Lei 13.306/2016 
Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos.
A alteração aconteceu nos seguintes artigos:
1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade 
teriam direito de atendimento em creche e pré-escola.
A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o 
atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 
5 anos de idade.
2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver 
assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é 
possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela 
ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer 
que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola 
diminuiu para 5 anos. 
A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhumaalteração em relação ao que já estava valendo.
Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino 
fundamental, conforme o art. 32 da LDB.
Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, 
conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB.
Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a 
pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a 
criança de até 5 anos de idade.
Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem 
deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi 
conferido pela Constituição Federal.
auxiliar de creche
MÓDULO 1
2
introdução
No módulo I, você aprenderá a história das creches; a prática 
pedagógica no berçário; e a formação de profissionais de creche.
As creches por muitos anos eram espaços de cuidados, de 
acolhimento para as crianças cujas mães precisavam trabalhar. Na 
atualidade, este papel está mudando, tendo em importância o direito 
das crianças de terem um espaço grupal de educação. 
Estar na creche é uma oportunidade de conviver com adultos, 
crianças, em grupos, e com eles estar em um ambiente social de 
concordância, de contato corporal, de confiança. É uma 
probabilidade de adquirir novas experiências relacionais e cognitivas. 
Podemos afirmar que uma das experiências mais interessantes da 
vida humana é o entendimento, a amizade, a busca da vida em 
comunidade. A creche é o primeiro ambiente de educação em grupo 
de uma criança.
Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, 
manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os 
horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, 
para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus 
filhos.
As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.
As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa:
ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era 
uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a 
professora ficava fazendo tricô.
ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou 
o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: 
Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 
anos.
JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto 
que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender 
sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas.
CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, 
Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro 
operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que 
as crianças aprendem através do fazer.
O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan 
em parceria com sua irmã Raquel.
A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial 
que tomava o lugar da família em diversas formas de carências.
Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de 
fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem 
na rua, sem teto e sem comida.
Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil:
Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos 
Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e 
“Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não 
desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte.
1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as 
condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os 
movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas 
escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta 
de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram 
constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas 
por sanitaristas devido as epidemias.
Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, 
construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou 
religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a 
cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente 
acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não 
as creches, que as consideravam como uma substituição 
inadequada.
Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro 
de Proteção à Infância, e as principais definições foram:
 • Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
 • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que 
fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos;
 • Estimular a ideologia da família.
1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do 
Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o 
objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do 
horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de 
trabalhar. 
Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde.
Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar 
que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir 
personalidades psicopatas e delinquentes.
Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e 
da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da 
cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia 
um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as 
crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. 
Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de 
Educação Pré-Escolar.
O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de 
Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo 
livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua 
própria renda.
Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil 
como:
 • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche 
e da pré-escola;
 • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e 
deveres do Estado.
Durante várias décadas, houve diversas transformações: a 
pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores 
qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por 
voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 
2013).
A creche surgiu devido ao crescente número da população e a 
necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era 
mãe, para o mercado de trabalho.
No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no 
século XX, resultando em leis e documentos, como:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos 
em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o 
direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas 
para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da 
criança.
ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a 
proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda 
sociedade é responsável pelo bem-estar da criança.
LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil.
Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um 
conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, 
orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos 
pedagógicos e a diversidade cultural.
Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo 
de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, 
planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e 
curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as 
crianças da educação infantil.
Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um 
direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, 
sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, 
nacionalidade, gênero, deficiências, classesocial ou nível 
socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação 
trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil.
Lei 13.306/2016 
Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos.
A alteração aconteceu nos seguintes artigos:
1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade 
teriam direito de atendimento em creche e pré-escola.
A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o 
atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 
5 anos de idade.
2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver 
assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é 
possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela 
ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer 
que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola 
diminuiu para 5 anos. 
A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma 
alteração em relação ao que já estava valendo.
Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino 
fundamental, conforme o art. 32 da LDB.
Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, 
conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB.
Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a 
pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a 
criança de até 5 anos de idade.
Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem 
deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi 
conferido pela Constituição Federal.
3
A HISTÓRIA DAS CRECHES
Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, 
manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os 
horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, 
para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus 
filhos.
As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.
As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa:
ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era 
uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a 
professora ficava fazendo tricô.
ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou 
o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: 
Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 
anos.
JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto 
que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender 
sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas.
CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, 
Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro 
operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que 
as crianças aprendem através do fazer.
O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan 
em parceria com sua irmã Raquel.
A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial 
que tomava o lugar da família em diversas formas de carências.
Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de 
fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem 
na rua, sem teto e sem comida.
Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil:
Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos 
Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e 
“Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não 
desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte.
1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as 
condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os 
movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas 
escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta 
de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram 
constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas 
por sanitaristas devido as epidemias.
Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, 
construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou 
religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a 
cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente 
acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não 
as creches, que as consideravam como uma substituição 
inadequada.
Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro 
de Proteção à Infância, e as principais definições foram:
 • Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
 • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que 
fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos;
 • Estimular a ideologia da família.
1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do 
Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o 
objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do 
horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de 
trabalhar. 
Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde.
Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar 
que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir 
personalidades psicopatas e delinquentes.
Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e 
da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da 
cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia 
um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as 
crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. 
Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de 
Educação Pré-Escolar.
O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de 
Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo 
livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua 
própria renda.
Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil 
como:
 • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche 
e da pré-escola;
 • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e 
deveres do Estado.
Durante várias décadas, houve diversas transformações: a 
pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores 
qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por 
voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 
2013).
A creche surgiu devido ao crescente número da população e a 
necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era 
mãe, para o mercado de trabalho.
No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no 
século XX, resultando em leis e documentos, como:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos 
em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o 
direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas 
para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da 
criança.
ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a 
proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda 
sociedade é responsável pelo bem-estar da criança.
LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil.
Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um 
conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, 
orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos 
pedagógicos e a diversidade cultural.
Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo 
de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, 
planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e 
curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as 
crianças da educação infantil.
Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um 
direito humano e social de todas ascrianças até cinco anos de idade, 
sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, 
nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível 
socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação 
trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil.
Lei 13.306/2016 
Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos.
A alteração aconteceu nos seguintes artigos:
1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade 
teriam direito de atendimento em creche e pré-escola.
A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o 
atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 
5 anos de idade.
2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver 
assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é 
possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela 
ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer 
que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola 
diminuiu para 5 anos. 
A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma 
alteração em relação ao que já estava valendo.
Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino 
fundamental, conforme o art. 32 da LDB.
Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, 
conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB.
Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a 
pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a 
criança de até 5 anos de idade.
Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem 
deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi 
conferido pela Constituição Federal.
4
Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, 
manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os 
horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, 
para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus 
filhos.
As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.
As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa:
ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era 
uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a 
professora ficava fazendo tricô.
ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou 
o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: 
Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 
anos.
JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto 
que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender 
sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas.
CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, 
Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro 
operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que 
as crianças aprendem através do fazer.
O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan 
em parceria com sua irmã Raquel.
A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial 
que tomava o lugar da família em diversas formas de carências.
Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de 
fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem 
na rua, sem teto e sem comida.
Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil:
Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos 
Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e 
“Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não 
desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte.
1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as 
condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os 
movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas 
escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta 
de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram 
constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas 
por sanitaristas devido as epidemias.
Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, 
construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou 
religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a 
cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente 
acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não 
as creches, que as consideravam como uma substituição 
inadequada.
Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro 
de Proteção à Infância, e as principais definições foram:
 • Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
 • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que 
fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos;
 • Estimular a ideologia da família.
1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do 
Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o 
objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do 
horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de 
trabalhar. 
Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde.
Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar 
que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir 
personalidades psicopatas e delinquentes.
Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e 
da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da 
cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia 
um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as 
crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. 
Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de 
Educação Pré-Escolar.
O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de 
Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo 
livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua 
própria renda.
Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil 
como:
 • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche 
e da pré-escola;
 • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e 
deveres do Estado.
Durante várias décadas, houve diversas transformações: a 
pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores 
qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por 
voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 
2013).
A creche surgiu devido ao crescente número da população e a 
necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era 
mãe, para o mercado de trabalho.
No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no 
século XX, resultando em leis e documentos, como:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos 
em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o 
direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas 
para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da 
criança.
ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a 
proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda 
sociedade é responsável pelo bem-estar da criança.
LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil.
Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um 
conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, 
orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos 
pedagógicos e a diversidade cultural.
Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo 
de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, 
planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e 
curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as 
criançasda educação infantil.
Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um 
direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, 
sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, 
nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível 
socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação 
trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil.
Lei 13.306/2016 
Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos.
A alteração aconteceu nos seguintes artigos:
1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade 
teriam direito de atendimento em creche e pré-escola.
A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o 
atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 
5 anos de idade.
2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver 
assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é 
possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela 
ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer 
que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola 
diminuiu para 5 anos. 
A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma 
alteração em relação ao que já estava valendo.
Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino 
fundamental, conforme o art. 32 da LDB.
Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, 
conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB.
Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a 
pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a 
criança de até 5 anos de idade.
Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem 
deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi 
conferido pela Constituição Federal.
SURGIMENTO DA CRECHE NO BRASIL 
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Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, 
manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os 
horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, 
para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus 
filhos.
As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.
As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa:
ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era 
uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a 
professora ficava fazendo tricô.
ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou 
o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: 
Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 
anos.
JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto 
que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender 
sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas.
CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, 
Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro 
operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que 
as crianças aprendem através do fazer.
O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan 
em parceria com sua irmã Raquel.
A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial 
que tomava o lugar da família em diversas formas de carências.
Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de 
fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem 
na rua, sem teto e sem comida.
Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil:
Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos 
Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e 
“Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não 
desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte.
1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as 
condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os 
movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas 
escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta 
de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram 
constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas 
por sanitaristas devido as epidemias.
Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, 
construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou 
religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a 
cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente 
acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não 
as creches, que as consideravam como uma substituição 
inadequada.
Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro 
de Proteção à Infância, e as principais definições foram:
 • Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
 • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que 
fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos;
 • Estimular a ideologia da família.
1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do 
Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o 
objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do 
horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de 
trabalhar. 
Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde.
Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar 
que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir 
personalidades psicopatas e delinquentes.
Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e 
da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da 
cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia 
um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as 
crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. 
Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de 
Educação Pré-Escolar.
O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de 
Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo 
livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua 
própria renda.
Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil 
como:
 • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche 
e da pré-escola;
 • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e 
deveres do Estado.
Durante várias décadas, houve diversas transformações: a 
pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores 
qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por 
voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 
2013).
A creche surgiu devido ao crescente número da população e a 
necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era 
mãe, para o mercado de trabalho.
No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no 
século XX, resultando em leis e documentos, como:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos 
em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o 
direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas 
para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da 
criança.
ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a 
proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda 
sociedade é responsável pelo bem-estar da criança.
LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil.
Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um 
conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, 
orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos 
pedagógicos e a diversidade cultural.
Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo 
de orientar as políticas públicasna área e a elaboração, 
planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e 
curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as 
crianças da educação infantil.
Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um 
direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, 
sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, 
nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível 
socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação 
trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil.
Lei 13.306/2016 
Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos.
A alteração aconteceu nos seguintes artigos:
1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade 
teriam direito de atendimento em creche e pré-escola.
A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o 
atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 
5 anos de idade.
2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver 
assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é 
possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela 
ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer 
que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola 
diminuiu para 5 anos. 
A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma 
alteração em relação ao que já estava valendo.
Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino 
fundamental, conforme o art. 32 da LDB.
Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, 
conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB.
Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a 
pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a 
criança de até 5 anos de idade.
Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem 
deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi 
conferido pela Constituição Federal.
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Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, 
manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os 
horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, 
para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus 
filhos.
As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.
As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa:
ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era 
uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a 
professora ficava fazendo tricô.
ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou 
o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: 
Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 
anos.
JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto 
que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender 
sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas.
CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, 
Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro 
operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que 
as crianças aprendem através do fazer.
O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan 
em parceria com sua irmã Raquel.
A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial 
que tomava o lugar da família em diversas formas de carências.
Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de 
fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem 
na rua, sem teto e sem comida.
Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil:
Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos 
Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e 
“Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não 
desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte.
1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as 
condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os 
movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas 
escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta 
de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram 
constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas 
por sanitaristas devido as epidemias.
Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, 
construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou 
religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a 
cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente 
acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não 
as creches, que as consideravam como uma substituição 
inadequada.
Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro 
de Proteção à Infância, e as principais definições foram:
 • Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
 • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que 
fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos;
 • Estimular a ideologia da família.
1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do 
Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o 
objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do 
horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de 
trabalhar. 
Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde.
Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar 
que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir 
personalidades psicopatas e delinquentes.
Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e 
da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da 
cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia 
um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as 
crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. 
Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de 
Educação Pré-Escolar.
O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de 
Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo 
livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua 
própria renda.
Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil 
como:
 • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche 
e da pré-escola;
 • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e 
deveres do Estado.
Durante várias décadas, houve diversas transformações: a 
pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores 
qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por 
voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 
2013).
A creche surgiu devido ao crescente número da população e a 
necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era 
mãe, para o mercado de trabalho.
No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no 
século XX, resultando em leis e documentos, como:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos 
em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o 
direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas 
para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da 
criança.
ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a 
proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda 
sociedade é responsável pelo bem-estar da criança.
LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil.
Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um 
conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, 
orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos 
pedagógicos e a diversidadecultural.
Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo 
de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, 
planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e 
curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as 
crianças da educação infantil.
Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um 
direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, 
sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, 
nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível 
socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação 
trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil.
Lei 13.306/2016 
Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos.
A alteração aconteceu nos seguintes artigos:
1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade 
teriam direito de atendimento em creche e pré-escola.
A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o 
atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 
5 anos de idade.
2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver 
assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é 
possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela 
ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer 
que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola 
diminuiu para 5 anos. 
A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma 
alteração em relação ao que já estava valendo.
Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino 
fundamental, conforme o art. 32 da LDB.
Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, 
conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB.
Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a 
pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a 
criança de até 5 anos de idade.
Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem 
deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi 
conferido pela Constituição Federal.
7
Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, 
manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os 
horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, 
para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus 
filhos.
As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.
As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa:
ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era 
uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a 
professora ficava fazendo tricô.
ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou 
o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: 
Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 
anos.
JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto 
que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender 
sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas.
CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, 
Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro 
operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que 
as crianças aprendem através do fazer.
O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan 
em parceria com sua irmã Raquel.
A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial 
que tomava o lugar da família em diversas formas de carências.
Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de 
fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem 
na rua, sem teto e sem comida.
Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil:
Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos 
Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e 
“Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não 
desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte.
1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as 
condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os 
movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas 
escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta 
de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram 
constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas 
por sanitaristas devido as epidemias.
Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, 
construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou 
religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a 
cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente 
acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não 
as creches, que as consideravam como uma substituição 
inadequada.
Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro 
de Proteção à Infância, e as principais definições foram:
 • Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
 • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que 
fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos;
 • Estimular a ideologia da família.
1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do 
Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o 
objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do 
horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de 
trabalhar. 
Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde.
Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar 
que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir 
personalidades psicopatas e delinquentes.
Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e 
da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da 
cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia 
um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as 
crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. 
Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de 
Educação Pré-Escolar.
O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de 
Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo 
livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua 
própria renda.
Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil 
como:
 • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche 
e da pré-escola;
 • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e 
deveres do Estado.
Durante várias décadas, houve diversas transformações: a 
pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores 
qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por 
voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 
2013).
A creche surgiu devido ao crescente número da população e a 
necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era 
mãe, para o mercado de trabalho.
No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no 
século XX, resultando em leis e documentos, como:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos 
em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o 
direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas 
para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da 
criança.
ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a 
proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda 
sociedade é responsável pelo bem-estar da criança.
LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil.
Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um 
conjunto de reflexões educacionaissobre conteúdos, objetivos, 
orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos 
pedagógicos e a diversidade cultural.
Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo 
de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, 
planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e 
curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as 
crianças da educação infantil.
Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um 
direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, 
sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, 
nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível 
socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação 
trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil.
Lei 13.306/2016 
Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos.
A alteração aconteceu nos seguintes artigos:
1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade 
teriam direito de atendimento em creche e pré-escola.
A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o 
atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 
5 anos de idade.
2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver 
assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é 
possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela 
ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer 
que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola 
diminuiu para 5 anos. 
A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma 
alteração em relação ao que já estava valendo.
Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino 
fundamental, conforme o art. 32 da LDB.
Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, 
conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB.
Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a 
pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a 
criança de até 5 anos de idade.
Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem 
deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi 
conferido pela Constituição Federal.
Existem diferentes caminhos na educação de crianças pequenas, 
muitas são as questões de projetos educacionais. Devemos levar em 
conta a relação interpessoal, a linguagem e as brincadeiras com os 
bebês. Com isso, podemos desenvolver o início de uma proposta 
educativa na educação infantil.
Relações interpessoais são para as crianças fontes essenciais para 
sua vivência, tanto mental quanto física, pois possibilitam às 
crianças  não só a assimilação do conhecimento, mas também a 
elaboração de valores que deixam um novo olhar sobre o meio em 
que vivem. O afeto é fundamental para o desenvolvimento da 
criança, o gesto, o olhar de um adulto do qual a criança sabe que 
pode contar quando precisar. A nossa condição humana surge de 
como nos relacionamos com os outros. As relações estabelecidas 
através de diálogos (corporais e orais) fazem parte do processo que 
nos torna seres humanos ou sujeitos com vontade, com capacidade 
de raciocínio e imaginação.
O olhar
O espaço da creche deverá ser um ambiente aconchegante e bonito, 
com imagens visuais, mas não sobrecarregado de objetos, pinturas 
ou imagens.
O abraço
O abraço é uma forma de demonstrar a aceitação corporal do outro. 
As crianças pequenas precisam ser abraçadas várias vezes ao dia. O 
contato corporal cria a confiança, pois ele dá a entender que se está 
em um espaço de recíproca aceitação.
O Ritmo Corporal
Desde a gestação, a criança pequena concilia o seu ritmo corporal 
com o da sua mãe: o ritmo dos batimentos cardíacos, da respiração, 
as vibrações da voz, os movimentos. Os sons de voz humana, 
acariciar, dar alimentos, falar, mexer, aconchegar, cantar músicas, 
estas atividades trabalham com ritmos corporais.
O Balanço do corporal
As crianças criam diferentes formas de balanços. Balançam no pé, 
no colo, jogam-se para trás e para frente. As crianças pequenas que 
se movem com liberdade, são mais prudentes, já que aprendem a 
melhor maneira de cair. Um bebê com pouca experiência ou muito 
protegido não conhece seus limites e capacidades. É necessário um 
certo grau de risco para sobreviver e crescer. A criança é curiosa, 
ativa e será rica em iniciativa e interesse ao seu redor.
A luta do bebê para expressar e descobrir os seus limites vai durar 
por bastante tempo. Ele precisa aprender a lidar com estes conflitos 
para crescer seguro e forte. É preciso apoiar, não interferir. Conhecer 
a individualidade dos bebês, pois cada um tem seu jeito de se 
relacionar com o mundo. Os adultos precisam controlar sua 
ansiedade frente as frustrações e tentativas dos bebês.
Não acelerar o desenvolvimento, lembrando sempre, que cada aluno 
tem seu tempo, possibilitando desafios e movimentos livres e jogos 
independentes.
Movimento
Os bebês constroem suas atividades e territórios, de acordo com 
seus movimentos como: deslizar, sentar, engatinhar, ficar em pé, 
caminhar. Estes movimentos fazem com que as crianças vejam o 
mundo em diversas posições. É preciso deixar os bebês se 
movimentarem para que possam criar espaços seguros.
A criança pequena tem necessidade de fazer movimentos. A creche 
deverá oferecer atividades que ajudem a capacitar as crianças em 
seus movimentos. Crianças de 0 a 3 anos estão com suas estruturas 
ósseas em formação, seus músculos precisam de um exercício 
diário para manter as partes móveis em movimento e as estáticas 
em equilíbrio. Nessa faixa etária o movimento e o conhecimento 
estão muito próximos.
O brincar e o jogar
Brincar é a atividade vivida sem finalidade e que realizamos de 
acordo com o gosto de cada criança A brincadeira e jogos envolvem 
aspectos naturais, sociais e culturais, cognitivos, motores e afetivos.
A brincadeira surge a partir das relações interpessoais existentes 
nos ambientes. A criança entra na brincadeira do adulto. Aos poucos 
ela é introduzida no espaço e no tempo particular do jogo. O 
entretenimento estabelece regras que dura ao longo de toda 
diversão.
Nas brincadeiras estão relacionadas ações e ficções. Estes 
passatempos atuam como socialização das crianças e o brinquedo 
é um estímulo ao divertimento. Os brinquedos e os espaços das 
recreações vão depender do tipo de jogo que será construído.
 
É importante que crianças de 0 a 3 anos fiquem em um ambiente 
tranquilo, aconchegante e rodeadas de materiais que agucem a sua 
ação e curiosidade. Nesta faixa etária as crianças gostam de 
brinquedos que façam barulhos, brilhantes, empurrar e puxar, 
empilhar, chocalhos ou outros estímulos sonoros, objetos flutuantes, 
trapézio para o berço, brinquedos desmontáveis caixas ou copos que 
encaixam um nos outros, livros de papel, bonecas e bonecos, dentre 
outros, não muitos pequenos e bem coloridos. 
Linguagem 
Um dos grandes feitos entre 0 a 3 anos é a absorção da linguagem 
oral. É preciso muitas conversas com os bebês, não apenas dar 
ordens e sim conversar com conteúdo e explicações.
As crianças se comunicam através de gestos, toques, sorrisos, 
choro, espirros, gritos, através de linguem corporal. Ao observar um 
grupo de crianças podemos constatar, que no estágio inicial no qual 
não utilizam palavras passam por usos de sons, palavras frases, 
silabações e depois a combinação de três ou mais palavras 
formando frases.
8
Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, 
manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os 
horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, 
para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus 
filhos.
As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.
As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa:
ESCOLA DE TRICÔ:fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era 
uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a 
professora ficava fazendo tricô.
ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou 
o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: 
Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 
anos.
JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto 
que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender 
sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas.
CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, 
Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro 
operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que 
as crianças aprendem através do fazer.
O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan 
em parceria com sua irmã Raquel.
A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial 
que tomava o lugar da família em diversas formas de carências.
Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de 
fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem 
na rua, sem teto e sem comida.
Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil:
Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos 
Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e 
“Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não 
desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte.
1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as 
condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os 
movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas 
escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta 
de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram 
constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas 
por sanitaristas devido as epidemias.
Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, 
construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou 
religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a 
cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente 
acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não 
as creches, que as consideravam como uma substituição 
inadequada.
Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro 
de Proteção à Infância, e as principais definições foram:
 • Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
 • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que 
fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos;
 • Estimular a ideologia da família.
1930 a 1980: Mário de Andrade foi designado como diretor do 
Departamento de Cultura e começa a organizar o Parque Infantil. Com o 
objetivo de fornecer acolhimento às crianças de 3 a 12 anos fora do 
horário escolar. As crianças adquiriram o direito de brincar e não de 
trabalhar. 
Foi criado em 1940, o Departamento Nacional de Crianças no Ministério da Saúde.
Em 1950, chegam discursos pedagógicos que tentavam demonstrar 
que a ausência da mãe, em momentos da infância, poderia produzir 
personalidades psicopatas e delinquentes.
Em 1960, foi a vez dos discursos pedagógicos de privação cultural e 
da sua solução, que seria a educação compensatória. O conceito da 
cultura para que se houvesse a privação, era de que somente havia 
um tipo de criança: a da classe média, sendo assim, todas as 
crianças eram consideradas rebaixadas e desprovidas. 
Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura instituiu a Coordenação de 
Educação Pré-Escolar.
O projeto Casulo, criado em 1977, era associado à Legião Brasileira de 
Assistência (LBA) que tinha o objetivo de proporcionar às mães tempo 
livre para que pudessem ingressar no mercado de trabalho e ter sua 
própria renda.
Na década de 1980 houve um grande avanço na Educação Infantil 
como:
 • Pesquisas e estudos foram feitos, buscando a função da creche 
e da pré-escola;
 • Em 1988 foram definidas pela Constituição, direitos de família e 
deveres do Estado.
Durante várias décadas, houve diversas transformações: a 
pré-escola não tinha caráter formal, não havia professores 
qualificados e a mão de obra era muitas vezes formada por 
voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 
2013).
A creche surgiu devido ao crescente número da população e a 
necessidade de força de trabalho, com a liberação da mulher, que era 
mãe, para o mercado de trabalho.
No Brasil, a educação infantil, como política pública, só desponta no 
século XX, resultando em leis e documentos, como:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: em 1988, 50% de aplicação obrigatória de recursos 
em educação para programa de alfabetização. Ainda em 1988, o 
direito social das crianças de 0 a 6 anos a educação, não apenas 
para filhos de trabalhadores rurais e urbanos, mas um direito da 
criança.
ECA: Lei 8069 de 1990, vem a partir da Constituição de 1988. Dispõe sobre a 
proteção integral dos direitos da criança e do adolescente. Toda 
sociedade é responsável pelo bem-estar da criança.
LDB: Lei nº 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Nos art. 29 ao 31, abrange sobre a Educação Infantil.
Referencial curricular nacional para educação infantil: foi criado em 1998. É um 
conjunto de reflexões educacionais sobre conteúdos, objetivos, 
orientações didáticas para os educadores, diferenciando seus estilos 
pedagógicos e a diversidade cultural.
Diretrizes curriculares nacional para educação infantil: criadas com o objetivo 
de orientar as políticas públicas na área e a elaboração, 
planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e 
curriculares garantindo um atendimento de qualidade para as 
crianças da educação infantil.
Nos dias atuais, conforme Lei 13.306/2016, a educação infantil é um 
direito humano e social de todas as crianças até cinco anos de idade, 
sem distinção de origem geográfica, caracteres do fenótipo, da etnia, 
nacionalidade, gênero, deficiências, classe social ou nível 
socioeconômico. Não é preciso, que os pais estejam em situação 
trabalhista para que a criança adquira seu direito a educação infantil.
Lei 13.306/2016 
Essa lei alterou o ECA e diz que a educação infantil vai de 0 a 5 anos.
A alteração aconteceu nos seguintes artigos:
1) O art. 54, IV, do ECA enunciava que as crianças de 0 a 6 anos de idade 
teriam direito de atendimento em creche e pré-escola.
A Lei nº 13.306/2016 modificou esse artigo e estabeleceu que o 
atendimento em creche e pré-escola é destinado às crianças de 0 a 
5 anos de idade.
2) Por sua vez, o art. 208 prevê, que se o Poder Público não estiver 
assegurando o direito à creche e à pré-escola para as crianças, é 
possível que sejam ponderados ações de responsabilidade pela 
ofensa a esse direito. Este artigo também foi alterado para esclarecer 
que a idade máxima para o atendimento em creche e pré-escola 
diminuiu para 5 anos. 
A Lei nº 13.306/2016 só veio renovar o texto do ECA, sem causar nenhuma 
alteração em relação ao que já estava valendo.
Com isso, as crianças a partir dos 6 anos possuem direito ao ensino 
fundamental, conforme o art. 32 da LDB.
Cabe aos municípios o dever de oferecer a educação infantil, 
conforme previsto no art. 211, § 2º, da CF/88 e no art. 11, V, da LDB.
Caso o município não ofereça vagas em creches e pré-escolas, a 
pessoa poderá exigir, junto ao Poder Judiciário, direito a vaga para a 
criança de até 5 anos de idade.
Os municípios têm o dever de agir prioritariamente no ensino 
fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º, da CF/88), não podem 
deixar de cumprir este mandado constitucional, que lhes foi 
conferido pela Constituição Federal.
Existem diferentes caminhos na educação de crianças pequenas, 
muitas são as questões de projetos educacionais. Devemos levar em 
conta a relação interpessoal, a linguagem e as brincadeiras com os 
bebês. Com isso, podemos desenvolver o início de uma proposta 
educativa na educação infantil.Relações interpessoais são para as crianças fontes essenciais para 
sua vivência, tanto mental quanto física, pois possibilitam às 
crianças  não só a assimilação do conhecimento, mas também a 
elaboração de valores que deixam um novo olhar sobre o meio em 
que vivem. O afeto é fundamental para o desenvolvimento da 
criança, o gesto, o olhar de um adulto do qual a criança sabe que 
pode contar quando precisar. A nossa condição humana surge de 
como nos relacionamos com os outros. As relações estabelecidas 
através de diálogos (corporais e orais) fazem parte do processo que 
nos torna seres humanos ou sujeitos com vontade, com capacidade 
de raciocínio e imaginação.
O olhar
O espaço da creche deverá ser um ambiente aconchegante e bonito, 
com imagens visuais, mas não sobrecarregado de objetos, pinturas 
ou imagens.
O abraço
O abraço é uma forma de demonstrar a aceitação corporal do outro. 
As crianças pequenas precisam ser abraçadas várias vezes ao dia. O 
contato corporal cria a confiança, pois ele dá a entender que se está 
em um espaço de recíproca aceitação.
O Ritmo Corporal
Desde a gestação, a criança pequena concilia o seu ritmo corporal 
com o da sua mãe: o ritmo dos batimentos cardíacos, da respiração, 
as vibrações da voz, os movimentos. Os sons de voz humana, 
acariciar, dar alimentos, falar, mexer, aconchegar, cantar músicas, 
estas atividades trabalham com ritmos corporais.
O Balanço do corporal
As crianças criam diferentes formas de balanços. Balançam no pé, 
no colo, jogam-se para trás e para frente. As crianças pequenas que 
se movem com liberdade, são mais prudentes, já que aprendem a 
melhor maneira de cair. Um bebê com pouca experiência ou muito 
protegido não conhece seus limites e capacidades. É necessário um 
certo grau de risco para sobreviver e crescer. A criança é curiosa, 
ativa e será rica em iniciativa e interesse ao seu redor.
A luta do bebê para expressar e descobrir os seus limites vai durar 
por bastante tempo. Ele precisa aprender a lidar com estes conflitos 
para crescer seguro e forte. É preciso apoiar, não interferir. Conhecer 
a individualidade dos bebês, pois cada um tem seu jeito de se 
relacionar com o mundo. Os adultos precisam controlar sua 
ansiedade frente as frustrações e tentativas dos bebês.
Não acelerar o desenvolvimento, lembrando sempre, que cada aluno 
tem seu tempo, possibilitando desafios e movimentos livres e jogos 
independentes.
Movimento
Os bebês constroem suas atividades e territórios, de acordo com 
seus movimentos como: deslizar, sentar, engatinhar, ficar em pé, 
caminhar. Estes movimentos fazem com que as crianças vejam o 
mundo em diversas posições. É preciso deixar os bebês se 
movimentarem para que possam criar espaços seguros.
A criança pequena tem necessidade de fazer movimentos. A creche 
deverá oferecer atividades que ajudem a capacitar as crianças em 
seus movimentos. Crianças de 0 a 3 anos estão com suas estruturas 
ósseas em formação, seus músculos precisam de um exercício 
diário para manter as partes móveis em movimento e as estáticas 
em equilíbrio. Nessa faixa etária o movimento e o conhecimento 
estão muito próximos.
O brincar e o jogar
Brincar é a atividade vivida sem finalidade e que realizamos de 
acordo com o gosto de cada criança A brincadeira e jogos envolvem 
aspectos naturais, sociais e culturais, cognitivos, motores e afetivos.
A brincadeira surge a partir das relações interpessoais existentes 
nos ambientes. A criança entra na brincadeira do adulto. Aos poucos 
ela é introduzida no espaço e no tempo particular do jogo. O 
entretenimento estabelece regras que dura ao longo de toda 
diversão.
Nas brincadeiras estão relacionadas ações e ficções. Estes 
passatempos atuam como socialização das crianças e o brinquedo 
é um estímulo ao divertimento. Os brinquedos e os espaços das 
recreações vão depender do tipo de jogo que será construído.
 
É importante que crianças de 0 a 3 anos fiquem em um ambiente 
tranquilo, aconchegante e rodeadas de materiais que agucem a sua 
ação e curiosidade. Nesta faixa etária as crianças gostam de 
brinquedos que façam barulhos, brilhantes, empurrar e puxar, 
empilhar, chocalhos ou outros estímulos sonoros, objetos flutuantes, 
trapézio para o berço, brinquedos desmontáveis caixas ou copos que 
encaixam um nos outros, livros de papel, bonecas e bonecos, dentre 
outros, não muitos pequenos e bem coloridos. 
Linguagem 
Um dos grandes feitos entre 0 a 3 anos é a absorção da linguagem 
oral. É preciso muitas conversas com os bebês, não apenas dar 
ordens e sim conversar com conteúdo e explicações.
As crianças se comunicam através de gestos, toques, sorrisos, 
choro, espirros, gritos, através de linguem corporal. Ao observar um 
grupo de crianças podemos constatar, que no estágio inicial no qual 
não utilizam palavras passam por usos de sons, palavras frases, 
silabações e depois a combinação de três ou mais palavras 
formando frases.
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Creche vem do francês “crèche”, que tem o significado de: presépio, 
manjedoura. Era um serviço para população de baixa renda. Os 
horários de funcionamento eram integral e pré-escola meio período, 
para que as mães que precisavam trabalhar pudessem deixar seus 
filhos.
As creches eram chamadas de Casa dos Expostos ou Roda.
As primeiras creches surgiram nos Estados Unidos e na Europa:
ESCOLA DE TRICÔ: fundada em 1767 pelo Padre Oberlin, na França, era 
uma instituição onde as crianças iam para brincar enquanto a 
professora ficava fazendo tricô.
ESCOLA INFANTIL: criada na Escócia em 1816 por Robert Owen. Inaugurou 
o Instituto para formação de caráter. Dividido em três níveis: 
Crianças de 3 a 6 anos; Crianças de 7 a 10 anos; Crianças de 11 a 20 
anos.
JARDIM DE INFÂNCIA: criado por Froebel em 1873, na Alemanha, proposto 
que seria um lugar onde as crianças estariam livres para aprender 
sobre si e sobre o mundo, com a metodologia de atividades lúdicas.
CASA DEI BAMBINI (casa das crianças): fundada na Inglaterra, no século XX, 
Maria Montessori, trabalhava com crianças pobres de um bairro 
operário. Desenvolveu através de seus estudos, a metodologia, que 
as crianças aprendem através do fazer.
O INFANTÁRIO: instituição fundada no século XX, por Margaret McMillan 
em parceria com sua irmã Raquel.
A creche começou a surgir como um estabelecimento assistencial 
que tomava o lugar da família em diversas formas de carências.
Conforme Merisse (1997), as creches no Brasil eram focadas na ideia de 
fornecer assistência aos mais necessitados, para que não ficassem 
na rua, sem teto e sem comida.
Vejamos algumas histórias das Creches no Brasil:
Atendimento a infância até 1900: institucionalmente, existia a Casa dos 
Expostos, também conhecida como “Roda”, “Roda dos Expostos” e 
“Roda dos Enjeitados”. Nesse lugar, eram deixadas as crianças não 
desejadas. Fundada por Romão de Mattos Duarte.
1900 a 1930: os operários começaram a fazer protestos devido as 
condições precárias de trabalho. Com o objetivo de enfraquecer os 
movimentos, os empresários começam a proporcionar algumas 
escolas maternais e creches para os filhos de operário. Devido a falta 
de infraestrutura urbana de algumas cidades, epidemias eram 
constantes nessas regiões. As creches começaram a ser acolhidas 
por sanitaristas devido as epidemias.
Vários grupos de mulheres, a grande maioria de classe social, 
construíram creches, formando assim, associações filantrópicas ou 
religiosas. Ensinavam as mulheres a serem donas de casa e a 
cuidarem de seus filhos. A maioria das pessoas ali presente 
acreditava que o melhor para a criança era o cuidado materno e não 
as creches, que as consideravam como uma substituição 
inadequada.
Em 1922, o estado do Rio de Janeiro organizou o 1º Congresso Brasileiro 
de Proteção à Infância, e as principais definições foram:
 • Combater a pobreza e a mortalidade infantil;
 • Atender os filhos das trabalhadoras, porém com uma prática que 
fortalecia o lugar da mulher no lar e com os filhos;
 • Estimular a ideologia da família.

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