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Aula 1- Direito- Prof. Jorge Fujita

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02/09/2020
1
DIREITO
BASE DAS RELAÇÕES PRIVADAS
Prof. Dr. Jorge Shiguemitsu Fujita
2020
2
LEI
02/09/2020
2
INTRODUÇÃO: LEI FÍSICA E LEI ÉTICA
Antes de ingressarmos na discussão conceitual do direito,
devemos distinguir a lei física da lei ética.
A lei física objetiva regular a natureza.
Ex.: lei da gravidade: “a matéria atrai a matéria na razão
direta do produto de suas massas e na razão inversa do
quadrado das distâncias que as separa” (Isaac Newton).
A lei ética diz respeito ao comportamento humano.
Ex.: Estatuto da Criança e do Adolescente. Regula os
direitos do menor de idade.
3
LEIS FÍSICAS, consoante ensina Goffredo Telles Júnior, são
fórmulas “elaboradas pelo homem, para revelar, em síntese, o
que a ciência descobriu de constante, em tipos de fenômenos
observados na natureza”.
LEIS ÉTICAS “são fórmulas elaboradas pelo ser humano, para
ordenar o seu comportamento”, “são enunciados do dever-
ser”, em contrapartida às leis físicas que se limitam a revelar o
ser das coisas.
Entre as normas éticas, temos a religião, a moral e o direito.
4
02/09/2020
3
RELIGIÃO
Religião provém do latim religare, que exprime religar, reunir,
reatar. A religião traduz a religação entre o ser humano e
Deus, ou seja, entre a criatura e o Criador.
Deus é a causa primária de todas as coisas. É a inteligência
suprema, cuja existência se manifesta pelas suas obras. Já o
ser humano é uma das suas criaturas, dotado de inteligência,
consistente na faculdade especial de pensar, de ter consciência
de sua existência e de sua individualidade, de travar relações
com os seus semelhantes e com as coisas que o rodeiam,
possuindo, após o período inicial de sua vida, a capacidade de
prover as suas próprias necessidades. O ser humano é
detentor, acima de tudo, do livre arbítrio.
5
A religião se encontra ligada à consciência de cada ser
humano, o qual, em hipótese de infringência de norma
estabelecida por ela, poderá, consoante preleciona Roberto
Senise Lisboa, sofrer “um sentimento de autopunição ou um
prejuízo espiritual para o grupo religioso do qual a pessoa
infratora ou pecadora faz parte”.
6
02/09/2020
4
MORAL
Moral, cuja origem etimológica está no vocábulo latino
moralis, significa “relativo aos costumes”.
MORAL é o “conjunto de valores sociais vigentes num
determinado grupo e dotados de coercibilidade social,
convencional, não compulsiva”.
É “a qualidade de conduta a que não falta qualquer dos
requisitos essenciais de um ato humano perfeito, a saber,
consciência e autodeterminação”.
É “a qualidade de uma pessoa, que se identificou com uma
larga soma de hábitos virtuosos, de sorte a torná-la inclinada a
praticar condutas normadas, seja pelo direito, seja pela própria
religião ou pelas convenções sociais” (Antonio Bento Betioli)
7
DIFERENÇA ENTRE MORAL E DIREITO (1)
- Embora ambos se refiram aos atos do ser humano em
sociedade, visando ao seu bem estar, assim como ao da
sociedade, deflui-se que a moral possui uma abrangência
maior que o direito.
- Na moral, o ser humano tem deveres para com Deus, para
consigo mesmo e para com os seus semelhantes, ao passo
que, no direito, o ser humano possui deveres em relação aos
demais.
- A moral não possui coerção, uma vez que importa em
apenas sanções internas (remorso, arrependimento, desgosto
íntimo, sentimento de reprovação geral). A moral não é
compatível com qualquer ideia ou plano de natureza
coercitiva, quer de ordem física, quer de ordem psíquica
8
02/09/2020
5
DIFERENÇA ENTRE MORAL E DIREITO (2)
- De outra parte, o direito é provido de coerção, pois aplica
uma sanção ao seu transgressor. A regra jurídica conta com a
sanção para obrigar o ser humano à sua obediência, visando à
segurança e à justiça para a humanidade.
- A moral afeta a paz interior. O direito atinge a exterior.
- A moral age no foro íntimo, enquanto que o direito atua no
foro exterior.
- A moral não apresenta valor àquele que não a aceita. O
direito vem a se impor a qualquer um, mesmo àquele que o
ignore, embora seja admissível o erro de direito .
- A moral é mais difusa, o direito é mais definido .
9
NOÇÕES DE DIREITO
A palavra “direito” é plurívoca.
Tem vários sentidos:
a) como prerrogativas ou faculdades (ex.: Fulano
revoltou-se, porquanto o seu direito de defesa lhe foi
cerceado);
b) como um complexo de normas jurídicas, que
regulam a vida do ser humano em sociedade, fixadas pelo
Estado, que as impõe a todos mediante coerção (ex.: o
Direito Brasileiro);
c) como ciência (ex.: cabe ao direito estudar a
regulação da clonagem humana);
d) como fato social (ex.: o direito constitui um setor da
vida social ).
10
02/09/2020
6
CONCEITO DE DIREITO (1)
Radbruch: direito é “o conjunto de normas, gerais e
positivas, que regulam a vida social”.
Caio Mário da Silva Pereira: direito é “o princípio de
adequação do homem à vida social”.
Roberto Senise Lisboa: direito como sendo “o conjunto de
normas jurídicas elaboradas a partir de princípios naturais
e da razão humana, que atribui ou autoriza uma série de
condutas em sociedade”.
Clóvis Bevilaqua: “direito é uma regra social obrigatória,
quer sob a forma de lei, quer sob a de costume” .
11
CONCEITO DE DIREITO (2)
Goffredo Telles Júnior: entende que a palavra direito é plurívoca
analógica, com sentidos diversos mas conexos, ensina que o direito
é “imperativo autorizante e sistema de imperativos autorizantes”
(Direito Objetivo), “permissão concedida por meio de norma
jurídica” (Direito Subjetivo) e “o justo segundo o Direito ou o seu,
em conformidade com a lei” (justo convencional, a qualidade do
que é justo, mas justo nos termos da lei) .
Jorge Fujita: “direito é um complexo de normas jurídicas, que
regulam a vida do ser humano em sociedade, estabelecidas pelo
Estado, visando à paz e à segurança sociais”.
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02/09/2020
7
DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO (1)
DIREITO OBJETIVO é o conjunto de normas jurídicas que, de modo
obrigatório, regulam o comportamento humano, prescrevendo a
incidência de uma sanção no caso de sua violação .
O direito objetivo é sempre um conjunto de normas impostas ao
comportamento humano, autorizando-o a fazer ou a não fazer algo.
Estando, portanto, fora do ser humano, indica-lhe o caminho a
seguir, prescrevendo sanção em caso de violação.
O direito objetivo designa o direito enquanto regra (ius est norma
agendi)
13
DIREITO OBJETIVO E DIREITO SUBJETIVO (2)
DIREITO SUBJETIVO "é a permissão dada por meio da norma
jurídica, para fazer ou não fazer alguma coisa, para ter ou não ter
alguma coisa, ou, ainda, a autorização para exigir, por meio dos
órgãos competentes do poder público ou por meio de processos
legais, em caso de prejuízo causado por violação de norma, o
cumprimento da norma infringida ou a reparação do mal sofrido" .
(Goffredo da Silva Telles Júnior)
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DIREITO SUBJETIVO ≠ FACULTAS AGENDI
Direito Subjetivo não se confunde com “facultas agendi” (=
faculdade de agir), que é a possibilidade que tem o homem de agir
de determinada forma. As faculdades humanas não são direitos,
são qualidades próprias do ser humano, que não se encontram na
dependência de uma norma jurídica para que possam existir.
A faculdade de agir não se confunde com a permissão de usar essa
faculdade. Em primeiro lugar, existe a faculdade de agir.
Posteriormente, vem a permissão ou direito de utilizar essa
faculdade, ou seja, o direito subjetivo .
Enfim, o direito subjetivo é sempre a permissão que tem o ser
humano de agir conforme o direito objetivo, sendo que um não
pode existir sem o outro. O direito objetivo existe em razão do
subjetivo, para revelar a permissão de praticar atos. O direito
subjetivo, por sua vez, constitui-se de permissões dadas por meio
do direito objetivo
15
DIREITO POSITIVO E DIREITO NATURAL (1)
DIREITO POSITIVO é o conjunto de normas jurídicas, que regulam as
relações entre os homens em sociedade e que vigoram em um
determinado país e numa determinada época .
Exemplos: o Código Civil de 2002 (Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de
2002) em vigênciano Brasil a partir de 11 de janeiro de 2003; o
Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078, de 11 de setembro
de 1990) vigente desde 12 de março de 1991.
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DIREITO POSITIVO E DIREITO NATURAL (2)
DIREITO NATURAL é “o ordenamento ideal, que corresponde a uma
justiça superior e suprema”. (Andrea Torrente)
Direito Natural é “o conjunto de normas éticas decorrentes do ser
humano, que fundamentaram os princípios gerais, para a
elaboração do direito positivo” . (Roberto Senise Lisboa)
Esses princípios que formam o Direito Natural são: bonum
faciendum (o bem deve ser feito), neminem laedere (não lesar a
outrem), suum cuique tribuere (dar a cada um o que é seu),
respeitar a personalidade do próximo, as leis da natureza, etc.”
(André Franco Montoro)
17
DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO
De acordo com a Teoria mista fundada no interesse preponderante
e na forma da relação jurídica:
DIREITO PÚBLICO é aquele que “protege interesses
preponderantemente públicos e regula relações jurídicas de
subordinação”, onde “uma das partes é o Governo da sociedade
política, exercendo a sua função de mando”. (Goffredo da Silva
Telles Júnior)
DIREITO PRIVADO é “aquele que protege interesses
preponderantemente privados e regula relações jurídicas de
coordenação” , onde há um “vínculo entre partes que se tratam de
igual para igual”. (Goffredo da Sailva Telles Júnior)
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DIREITO PÚBLICO E SEUS RAMOS (1)
DIREITO PÚBLICO é o conjunto de regras jurídicas que regulam as
relações públicas, ou seja, em que o Estado é parte, regendo a
organização e atividade do Estado, considerado em si mesmo, em
sua relação com outro Estado, e em suas relações com particulares,
quando atua em decorrência de seu poder soberano e age na tutela
dos interesses gerais de toda a coletividade
RAMOS DO DIREITO PÚBLICO:
Direito Constitucional: é aquele que fixa os direitos fundamentais e
regula a estrutura, organização e funcionamento do Estado, assim
como as relações entre governantes e governados.
Direito Administrativo: rege a estrutura e funcionamento da
administração pública, seja ela direta, seja indireta, assim como
suas relações entre os administradores e seus administrados
19
DIREITO PÚBLICO E SEUS RAMOS (2)
Direito Penal: regula a função preventiva e repressiva do Estado,
por meio da definição de crimes e contravenções e suas respectivas
penas, visando à manutenção da ordem jurídica.
Direito Tributário: estabelece a relação entre Estado e contribuinte
e regula a arrecadação de tributos e a obtenção de receita para o
Estado .
Direito Processual: rege a função do Estado relativa ao exercício da
tutela jurisdicional, por meio do Poder Judiciário, atribuindo a cada
um o que é seu. Pode ser Direito Processual Civil e Direito
Processual Penal.
Direito do Trabalho: regula as relações entre empregador e
empregado, estabelecendo normas correspondentes à organização
do trabalho e da produção .
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DIREITO PÚBLICO E SEUS RAMOS (3)
Direito Internacional Público: cuida das relações entre Estados, bem
como a atividade dos organismos internacionais, tais como a ONU –
Organização das Nações Unidas, a OMC – Organização Mundial de
Comércio, a OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, etc.
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DIREITO PRIVADO E SEUS RAMOS (1)
DIREITO PRIVADO é o complexo de normas jurídicas, que
disciplinam as relações entre particulares de caráter privado, onde
predomina imediatamente o interesse de ordem particular .
RAMOS DO DIREITO PRIVADO:
Direito Civil: rege as relações privadas entre as pessoas, naturais ou
jurídicas, mediante normas pertinentes ao estado e à sua
capacidade, às obrigações, às coisas, à família e às sucessões.
Direito Empresarial: visa a reger as atividades empresariais e as
relações entre empresários, assim como entre um empresário e um
particular.
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DIREITO PRIVADO E SEUS RAMOS (2)
Direito Internacional Privado: trata das relações entre o Estado com
pessoas naturais ou jurídicas de outros Estados no concerto
mundial.
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Prof. Dr. Jorge Shiguemitsu Fujita
FIM
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