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Universidade do Estado de Minas Gerais
 Breno Silva
 Tcharley Vaz
Yane Rodrigues
 
Direitos Humanos; Direitos humanos, democracia e desenvolvimento (Boa Ventura Sousa Santos, Marilena Chauí); Entre o passado e o futuro (Hannah Arendt), Café filosófico- A capacidade de julgar.
Divinópolis, 2021
Docente: Lilian Fernanda Silva
Publicado em 1948 com a finalidade de assegurar direitos básicos de todos e todas as pessoas, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, foi uma carta de caráter oficial, contendo 30 artigos, decretada pela ONU (Organização das Nações Unidas) após a segunda guerra mundial, com o objetivo de evitar novas atrocidades e proporcionar uma vida mais digna as pessoas. 
Por se tratar de algo universal, todas as pessoas deveriam ter seus direitos garantidos, independentemente do país em que esteja, a verdade, entretanto, é que muitos desses direitos são violados. No Brasil, por exemplo, existe uma grande diferença entre as classes e os grupos sociais. Nesse sentido, é importante salientar que existem não só os direitos, mas também os deves que devem ser respeitados. 
No livro Direitos humanos, democracia e desenvolvimento, escrito por Boa Ventura Sousa Santos e Marilena Chauí, os autores nos apresentam de maneira profunda, diversos aspectos acerca desses direitos e deveres, dando ênfase em direitos e deveres humanos, direitos humanos e não humanos; direito entre igualdade e reconhecimento da diferença; direito entre desenvolvimento e autodeterminação. 
Após a leitura, podemos compreender que os indivíduos somente são reconhecidos na medida em que se transformam em Estado, dessa maneira temos a tensão entre a razão do Estado e a razão dos direitos, que se referem ao reconhecimento ou não de torturas, assassinatos, desaparecimentos, fatos que aos serem cometidos violam massivamente os direitos. 
Nessa perspectiva, no texto “A tradição e a época moderna”, Hannah Arendt afirma que três pensadores do século XIX (Nietzsche, Marx e Kierkegaard) tentam criar novas teorias para explicar a realidade, já que para a visão da autora começa aí a crise do mundo ocidental.
Entretanto, invertem categorias já estabelecidas, não criando novas. No caso de Marx, ele inverte teoria e práxis, colocando a teoria de Hegel de cabeça para baixo. O marxismo não consegue criar uma nova visão de mundo (essencial para compreender um mundo em crise), fica limitada às categorias já dadas.
Neste caso, ao definir o homem como um ser que trabalha, Marx cai em uma grande contradição em sua obra, que para Arendt é um problema fundamental: como atingir o comunismo, uma sociedade justa e ideal onde busca-se fazer minimamente o trabalho, se o homem só é homem se ele trabalha? Neste sentido, a teoria marxista não consegue se basear inteiramente a condição humana, pois ao reduzir o homem como apenas um ser que fabrica, deixa uma falha importante para compreender como este homem tem relações políticas, pois apenas com o trabalho não se faz política. 
Consideramos que a diferenciação que Arendt faz entre trabalho e obra é essencial para compreender a condição humana pois não reduz o homem a uma só categoria, mas o define como um ser plural, necessário para pensarmos e fazermos a política.
Assim sendo, nós só podemos identificar que a razão entrou em colapso no século XX visto que todo tipo de criação e construção tecnológica foi utilizada para destruir vidas, para aniquilar pessoas numa situação em que todas as pessoas são colocadas, mesmo que elas não tenham refletido sobre aquilo, elas também são partícipes desses processos. É nesse sentido que ela vai falar que uma pessoa brilhante não é uma pessoa de grandes leituras, não é uma pessoa que tenha informações extraordinárias, mas é aquela pessoa que cumpre todas as regras e acredita que está fazendo o melhor da sua tarefa, é esta pessoa que é capaz também de praticar as maiores atrocidades, nesse sentido nós devemos pensar o abalo filosófico. Precisamos dar a conhecer que o pensar, refletir nos faz humanos, quantos atos não pensados hoje, ferem terceiros, pois o pensar desestabiliza e pode nos impedir de fazer uma escolha errada. 
Podemos fazer uma analogia a quem acha que pode passar um farol vermelho, ou pior ainda, dirigir embriagado, a pessoa tem consciência dos riscos, no entanto, age sem pensar nas consequências! Assim sendo, banalidade do mal é o abandono do questionamento, do pensar! Isso está em grande evidência, está presente nos últimos anos em que as coisas aconteceram e nos deixamos levar pelo todo! A virtude reside na "capacidade de pensar". 
Assim sendo, toda nossa consciência é também uma segunda criação, a única coisa que eu tenho é a minha existência, efetivamente essa é a única certeza, de que nessa minha existência eu começo a perceber que valores, códigos, políticas, tudo se transforma. Muitas vezes, as coisas nos escapam e ao nos escapar não significa que eu também não tenha uma parte com aquele processo que está sendo, que está indo pelas minhas mãos, como agir nessas circunstâncias? Nós julgamos, nós tomamos decisões a todo instante e nós não podemos tomar decisões apenas pela mera repetição de slogans ou apenas porque a maioria das pessoas tomaram aquela ou outra decisão, assim, nós sempre seremos desestabilizados.
Diante do exposto, não podemos deixar de dar ênfase o quanto os autores nos levam a refletir e fazer conexão com nossos processos de formação de futuro assistentes sociais, precisamos pensar fora da caixa, analisar a situação em um todo, compreender as premissas de cada individuo, portanto, o antídoto para combater a banalidade do mal é a tarefa do pensar. Em suma, precisamos pensar grande, não só para a gente, mas para a sociedade. Assim sendo, é exatamente isso que os autores nos levam a fazer, criticar, questionar, do que vale os direitos humanos se não são leis? Muito se fala dos deveres humanos e os direitos? Precisamos fazer esses questionamentos, romper com as barreiras do antagonismo. Um dos principais ensinamentos de Hannah Arendt sobre a condição humana é que podem ter diversas facetas, de modo que ser humano não quer dizer apenas uma coisa fechada, mas uma série de coisas diferentes que, combinadas, formam uma pessoa.

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