Buscar

HABERMAS - Direito e democracia - Política Deliberativa - p 25-41

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HABERMAS, J. Direito e democracia: entre facticidade e validade. 
Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, vol. II, 1997. 
 
Jürgen Habermas → filósofo alemão nascido em 1929 → trabalhou com vários 
conceitos como esfera pública, modelo de política deliberativa, a ética do discurso, a 
teoria do agir comunicativo; 
 considerado um dos mais importantes intelectuais contemporâneos da Escola 
de Frankfurt (2ª geração); 
 sua obra mais famosa é a Teoria do Agir Comunicativo, publicada em 2 
volumes; 
 esfera pública → espaço de deliberação entre cidadãos e/ou representantes 
eleitos → qualquer assunto pode ser tematizado publicamente → objetivo → 
chegar a uma decisão coletiva de forma racional e argumentativa. Ex: 
parlamento, AG das UN, reunião escolar, assembleia comunitária, etc.; 
 ética do discurso → inclusão, igualdade, sinceridade e não coerção; 
 na prática argumentativa, ninguém pode ser excluído e todos devem ter as 
mesmas chances e possibilidades de dar contribuição, deve haver sinceridade 
ou condição de franqueza entre os participantes, não deve haver nenhum tipo 
de coerção e a comunicação deve ser livre de qualquer restrição que impeça a 
formulação do melhor argumento e as pessoas possam enfim chegar ao 
entendimento; 
 
CAP. VII – POLÍTICA DELIBERATIVA: UM CONCEITO PROCEDIMENTAL DE 
DEMOCRACIA 
I. Modelos de democracia: empirismo versus normativismo 
II. O processo democrático e o problema de sua neutralidade 
III. Sobre a tradução sociológica do conceito normativo de política deliberativa 
 
 O autor ressalta que a análise quanto às condições da gênese e da legitimação 
do direito deixou os processos políticos em 2º plano em prol da política 
legislativa → envolve negociações e formas de argumentação; 
 Criação legítima do direito → depende dos processos e pressupostos da 
comunicação → a razão assume uma perspectiva procedimental; 
 
PREMISSA: necessário levar em conta a dimensão da validade do direito e da 
força legitimadora da gênese democrática do direito para descrever 
adequadamente o modo de operar do Estado de Direito; 
 
 tensão entre faticidade X validade no âmago do direito; 
 a autocompreensão normativa do direito → teoria do discurso / modelo 
normativo de democracia X a facticidade social dos processos políticos → 
formas constitucionais / teorias sociais da democracia; 
 
NÃO EXISTE DEMOCRACIA SEM DIÁLOGO! 
TEORIA DO DISCURSO → MODELO DE AGIR COMUNICATIVO 
 
 objetivo do autor: descobrir quais pontes permitem passar entre esses 2 polos? 
 Teoria do Direito → o processo da política deliberativa constitui o âmago do 
processo democrático → modo de interpretar a democracia que tem 
consequências para o conceito de uma sociedade centrada no Estado, do qual 
procedem os modelos de democracia tradicionais; 
 
II. O processo democrático e o problema de sua neutralidade 
 
 Importância de aprimorar os métodos e condições do debate, da discussão e 
da persuasão → a força legitimadora da política deliberativa → o nível 
discursivo do debate público constitui a variável mais importante; 
 Trata-se de procedimento que legitima as decisões → Estado de Direito; 
 
 CONCEITO DE POLÍTICA DELIBERATIVA: 
→ Joshua Cohen → procedimento ideal de deliberação de decisão que deve 
espelhar-se na medida do possível nas instituições políticas → justificação da 
associação democrática por meio da argumentação pública e do intercambio 
racional entre cidadãos iguais; 
→ as deliberações realizam-se de forma argumentativa, são inclusivas e 
públicas (todos os possíveis interessados), são livres de coerções externas ou 
 A ESFERA PÚBLICA PRECISA CONTAR COM UMA BASE SOCIAL NA 
QUAL OS DIREITOS IGUAIS DOS CIDADÃOS CONSEGUIRAM EFICÁCIA 
SOCIAL! 
 
internas → força não coativa do argumento, visam um acordo motivado 
racionalmente → necessidade de conclusão levando em conta a decisão da 
maioria; 
→ laço linguístico → coesão de qualquer comunidade comunicacional; 
→ as desigualdades econômicas podem solapar a igualdade exigida nas arenas 
deliberativas; 
 
 
 
 
 
 
 NR 25 → M. Walzer → problemas de integração provocados nas sociedades 
modernas → importância da estrutura linguística para salvar a socialização da 
desintegração → nós temos que poder falar uns com os outros → msm os 
conflitos políticos em formas extremas não impede as negociações; 
 modelo de política deliberativa → diferenciações internas importantes (cap. IV 
do vol. 1); 
→ deliberações que são reguladas através de processos democráticos; 
→ processos de formação informal de opinião na esfera pública; 
 esferas públicas das corporações parlamentares → conjunto de justificações; 
 esferas públicas subculturais → se sobrepõe umas às outras → com fronteiras 
fluidas → esfera pública pluralista → articulação de identidades coletivas e 
interpretações de necessidades → fluxos comunicacionais → componentes 
informais da esfera pública geral → é mais suscetível à violência estrutural e à 
comunicação distorcida, em comparação com as esferas públicas do complexo 
parlamentar, que são reguladas por processos; 
 
 Excurso sobre a neutralidade do processo: 
 Política deliberativa: formação democrática da vontade + formação 
informal da opinião; 
 
 DEFESA CONTRA OBJEÇÕES DOS LIBERAIS E COMUNITARISTAS: 
 
 Comunitaristas: objeção radical de que as medidas para uma avaliação 
imparcial não podem ser dissociadas de certas cosmovisões e projetos de vida 
 nenhum pp. presumivelmente neutro é realmente neutro  reflete uma 
concepção liberal; 
 Crítica do autor  o pp. da neutralidade é uma prática inevitável  Ch. 
Larmore  regra geral da justificação da neutralidade  norma universal do 
diálogo racional  examinar na base do dissenso o que é do interesse de todos 
os participantes  regra geral da argumentação; 
 
 Liberais: entendem que o discurso político não deve estar aberto a todos os 
tipos de questões e de argumentos  rejeitam especialmente as teses 
defendidas pelas feministas de que qualquer tema tem que ser discutido 
publicamente (ex.: violência doméstica contra as mulheres); 
 
 Crítica do autor: a reserva liberal contra a liberação do leque público de temas 
não se justifica no caso em que a integridade pessoal do indivíduo não é 
atingida; 
 
 Ex: tema da pornografia  delimitação dos interesses privados e da esfera 
pública deve ser objeto de discussão política; 
 
 Fluxos entre a opinião pública e a esfera pública institucional  luta por 
reconhecimento desencadeada publicamente; 
 
QUESTÕES: 
 
1. As minorias tem paridade de armas para convencer a maioria do contrário? 
2. Hoje temos a ideia também a ideia de uma esfera pública virtual – internet – 
fake news; 
3. Falta de acesso dos cidadãos nos países em desenvolvimento à arena pública por 
violação de direitos básicos → crítica à Habermas / renda mínima universal; 
4. Questão da arena pública internacional e temas como emergência climática  
crítica do Lula na SciencesPo sobre poucos países com poder de veto na ONU; 
5. Política de reconhecimento  público X privado  questão quilombola;

Continue navegando