Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Escolas do Direito Escola Exegese Introdução A Escola da Exegese teve seu início no século XIX durante o caos político e social da França revolucionária. Houve uma grande desordem no ordenamento jurídico deste país época que se deu devido as diversas trocas de governo no Estado Francês, principalmente durante o período do Terror no ordenamento jurídico deste país, o que causava grandes prejuízos aos negócios da classe social mais favorecida pela Revolução: a burguesia. Origem A Escola da Exegese teve sua origem na França e por diversos fatores internos e externos, mais precisamente no decorrer da Revolução Francesa. Porém, foi com a chegada da codificação que esta escola ganhou o seu principal objeto de interpretação, o Código Civil Francês de 1804. Características Naquela época, o racionalismo era muito aplicado devido à influência do iluminismo na França pós-revolução e por isso os integrantes da Escola da Exegese afirmavam que o Código Civil francês seria fruto da razão, e por esse motivo, esse dispositivo tinha as mesmas características, ou seja, seria universal, rígido e atemporal. Os defensores dessa Escola não aceitavam a existência de lacunas na lei, pois por decorrer da razão, ela abrangeria todo o ordenamento jurídico, e por isso, o intérprete desenvolve a sua atividade totalmente circunscrito ao texto da lei, não podendo ir além dele. Realiza apenas um trabalho de exegese, a partir do pressuposto de que a lei escrita contém todo o direito. É um sistema hermético, que pressupõe a plenitude e perfeição da lei escrita, considerada esta como uma revelação completa e acabada do direito. Escola Histórica A Escola Histórica do Direito surgiu na Alemanha no século XIX teve origem no pensamento de Gustav Hugo (1769-1884), mas obteve seu auge com as manifestações de Friedrich Carl von Savigny (1779-1891) na disputa doutrinal sobre a necessidade da criação de um Código Civil alemão que fosse geral e unitário. Principais características Acreditava que as leis representavam uma realidade histórica, e por isso o significado da lei era mutável e não fixo, tinha como base o pensamento de que o direito é um fenômeno independente do tempo e do espaço, cujas bases seriam encontradas na razão e na natureza das coisas Método interpretativo do direito A escola histórica do direito defendia que o direito estava ligado ao espírito do povo, os costumes e crenças de grupos sociais. Trata-se de um organismo vivo, sem necessidade de um código de leis que engessasse o direito pois modifica-se conforme as evoluções históricas e consequentemente evoluções sociais. Aplicação prática métodos A aplicação prática da escola histórica do direito pode ser entendida como a forma de interpretar e aplicar o direito de acordo com a sua origem histórica, cultural e social, levando em conta o espírito do povo e os costumes que o moldam. As normas são genéricas e impessoais e contém um comando abstrato, não se referindo o especificamente a casos concretos. Nem sempre existem normas para aquele caso especial. Teoria do Direito Teoria do Direito Direito Teoria do Direito Unidade 1 1.2 Introdução à epistemologia jurídica: do conhecimento ao conhecimento científico. Epistemologia jurídica: Conhecimentos voltados para o estudo das fontes jurídicas da forma como o direito é produzido, validade e aplicado. Pode ser feita a partir de uma revisão das principais correntes de pensamentos que influenciaram o pensamento jurídico, tais como: o jusnaturalismo, o positivismo, o realismo, o historicismo, o marxismo, o sociologismo, o hermenêutico, o pós-positivismo, entre outras. Cada uma dessas correntes apresenta uma concepção diferente sobre a natureza, a fonte, o método e o valor do direito. 1.3 O Direito no Universo dos Valores e no Universo da Cultura. O direito não é apenas um conjunto de normais que regulam a conduta humana, mas também uma orientação para a busca de justiça, pela dignidade e pelos direitos humanos. O direito no universo dos valores significa que o direito não pode ser indiferente aos ideais de justiça, de bem comum, de solidariedade, de igualdade, de liberdade e de dignidade que orientam a ação humana. O direito deve ser capaz de reconhecer e proteger os direitos humanos, que são os valores fundamentais da pessoa humana. O direito deve ser capaz de promover a paz, a cooperação, a democracia e o desenvolvimento social. 1.4 A relação entre o Direito e outras disciplinas que têm a pretensão de regular a conduta humana. Estabelece normas, princípios e valores para e valores para orientar e avaliar ações humanas em relação a si mesmo. ❖ Moral: Conjunto de normais que expressa o que é bom ou mal, certo ou errado, junto ou injusto para a conduta humana, ela se baseia na consciência, razão. Pode variar de acordo com uma cultura. ❖ A religião, que é o conjunto de crenças, rituais e práticas que se relacionam com o sagrado, o transcendente ou o divino. ❖ A política, que é a arte ou a ciência de governar a sociedade. A política envolve a organização, a distribuição e o exercício do poder nas relações sociais. 1.5 Direito, linguagem e delimitação do significado. São conceitos que se ligam em relação a construção e na interpretação do fenômeno jurídico. O direito é um fenômeno linguístico, a linguagem expressa os valores, regula condutas, a delimitação do significado. A relação dos três envolve vários aspectos diversos: ❖ Linguagem natural, técnica ou cientifica. ❖ Estrutura, analisadas pelas sintáticas, semânticas e pragmática. ❖ Função: descritiva, prescritiva, performática ou argumentativa. ❖ Interpretação: pode ocorrer de diferentes modos, critérios e princípios. ❖ Aplicação: pode ser de forma coerente, consistente e adequadas, respeitando os limites 1.6 Direito, linguagem e o problema da vagueza, ambiguidade, conceitos controvertidos e emotividade. Direito, linguagem e o problema da vagueza, ambiguidade, conceitos controvertidos e emotividade são temas que se relacionam com a questão da interpretação jurídica, ou seja, da busca pelo sentido e pelo alcance das normas e dos textos jurídicos. A linguagem utilizada pelo direito é uma linguagem natural, que possui características que podem dificultar ou comprometer a comunicação e a compreensão do fenômeno jurídico. Apresentação Positivismo Legalista Obrigatoriedade de seguir o que esta na lei. O positivismo legalista é uma corrente do positivismo jurídico que defende que o direito é um conjunto de normas postas pelo Estado, e que a validade dessas normas depende apenas da sua conformidade com as regras de produção jurídica, independentemente de qualquer critério moral ou valorativo. Positivismo normativista Corrente, analisa o direito de uma forma autônoma. ‘Aquilo de deveria ser”. Contraposto do jusnaturalismo. Interpretação do uni texto. Teoria pura do direito. Positivismo Ético O positivismo ético é uma forma de positivismo jurídico que defende que o direito deve ser baseado em valores morais e sociais, e não apenas em regras formais impostas pelo Estado. O positivismo ético busca prescrever como deve ser o sistema jurídico, e não apenas descrever como ele é. Positivismo inclusivo O positivismo inclusivo é uma forma de positivismo jurídico que defende que a validade das normas jurídicas pode depender não apenas de critérios formais, mas também de critérios morais, desde que estes sejam incorporados pela regra de reconhecimento do sistema jurídico. A regra de reconhecimento é a norma fundamental que estabelece como identificar e aplicar as demais normas do ordenamento. Teori tridimensional do direito “Agir humano”. Compreender o direito. Teoria do Brasil, fato, valores e norma. A teoria tridimensionaldo direito é uma proposta de análise do fenômeno jurídico que considera três dimensões essenciais: o fato, o valor e a norma. Essas dimensões são interdependentes e dialéticas, ou seja, se influenciam mutuamente e se modificam ao longo do tempo.
Compartilhar