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REVISAÇO 17 - DIREITO CIVIL - DIREITO DAS OBRIGAÇÕES (OBSERVAÇÕES SOBRE SOLIDARIEDADE)

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REVISAÇO 17 – DIREITO CIVIL
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Observações importantes: sobre a solidariedade ativa e passiva. 
a) Solidariedade não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes (art. 265): solidariedade nunca se presume, ou ela vai decorrer de lei ou de vontade das partes, por contrato, por exemplo. Só porque uma questão de prova trás vários credores de um lado ou vários devedores do outro, não devemos presumir que são credores solidários ou devedores solidários. 
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes. 
b) Princípio da variabilidade da natureza da obrigação solidária (art. 266): princípio, para existir, não tem que estar expresso em lei, mas às vezes o legislador opta por prever expressamente em lei. Imagine que se tenha um caso de solidariedade passiva, com pluralidade de devedores. Um credor e quatro devedores solidários do outro lado, porque o contrato que foi assinado restou estabelecida a solidariedade. Dívida de R$ 100.000,00. 
Isso significa que o credor pode cobrar R$ 100.000,00 do D1, do D2, do D3 ou do D4. Embora neste exemplo exista solidariedade passiva, nada impede de o credor ir atrás, por exemplo, do D1 porque a dívida em relação ao D1 já se venceu, mas em relação ao D2 ainda não se venceu. As datas de vencimento podem ser distintas, em meses subsequentes. 
A solidariedade não se desnatura porque o vencimento é diferente. Podem existir, além da data do pagamento, outras peculiaridades, como a imposição de um termo distinto para cada um dos devedores ou uma condição diferente para cada um dos devedores. Também pode ser distinto o local do pagamento. 
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos cocredores ou codevedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. 
Essa expressão “pura e simples” significa que a obrigação não está sujeita a nenhum termo, a nenhuma condição e a nenhum encargo. De outro lado, essa obrigação pode ser condicional ou a prazo ou pagável em lugar diferente para o outro. Ter essas diferenciações não desnatura a obrigação solidária. O art. 266 não menciona a possibilidade de encargo, de uma obrigação em relação a um devedor estar subordinada a um encargo. A doutrina interpreta isso de forma ampliativa, conforme enunciado aprovado na CJF: 
Enunciado 347, CJF: “A solidariedade admite outras disposições de conteúdo particular além do rol previsto no art. 266 do Código Civil.”

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