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Seminário sobre Medicina na Antiguidade

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A medicina nas civilizações Antigas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
CAMPUS DE CAJAZEIRAS – PB 
UNIDADE ACADEMICA DE MEDICINA
BACHARELADO EM MEDICINA
Discentes: 
André Henrique Santos de Jesus
Adailton Barboza Silva Tomé
Samuel Luiz Torres Ângelo
DISCIPLINA: Introdução à Medicina
DOCENTE: Profa. Dra. Vandezita Dantas Medeiros Mazzaro
Quem é mais saudável?
Quando a humanidade, em seus primórdios, vivia em harmonia com a natureza - e quando esta dominava o espírito humano, e não o contrário –, os processos de cura eram essencialmente empíricos. Foi assim, desta maneira mágica, que a medicina se desenvolveu. Em sua manifestação popular ela permanece, até hoje, em estreita relação com o aprendizado das diversas forças da natureza, de um lado, e as crenças em magia, de outro
Caçadores-coletores eram mais saudáveis?
Doenças antes da agricultura (~2,5mi de anos)
Baixos números e a baixa densidade reduziam a incidência de infecções bacterianas e virais de maneira que as populações de caçadores-coletores não eram afetadas por doenças contagiosas, como a varíola e o sarampo.
O estilo de vida nômade os fazia não permanecer muito tempo no mesmo local ao ponto de chegarem a poluir ou contaminar fontes de água com dejetos humanos, o que poderia atrair doenças, em decorrência do acúmulo de resíduos atrairiam insetos vetores de várias doenças.
Por último, mas não menos importante, eles não tinham muitos animais domésticos. Que apesar de fornecer carnel, leite, ovos e diversos outros derivados, também transmite doenças.
Revolução agrícola e as doenças
A revolução agrícola teve consequências ecológicas. Uma dessas engloba os muitos estados dos parasitas. Pela invenção da agricultura, os seres também cultivaram doenças. Patógenos de animais domésticos, começaram a se adaptar a eles. Segundo Willian McNeil, um historiador americano, os humanos compartilham algo em torno de 65 doenças com cães, 50 com gado, 46 com ovelhas e cabras, 42 com porcos, 35 com cavalos e 26 com aces domésticas. Esses animais se juntaram aos humanos na poluição da água potável com seus sejetos corporais. Os humanos espalhavam os dejetos animais em terra cultivada, o que maximizava as oportunidades para vermes e parasitas, além de atrair insetos vetores de várias doenças
Extrativismo, queimada e a agricultura diminuíram o nicho ecológico de espécies selvagens patogênicas, que logo se adaptaram ao homem.
Levítico 7:26 “Onde quer que habitem, não coam sangue de aves, nem de animais domésticos. Quem o fizer será eliminado de seu povo”.
Primeiras cidades como vetores das doenças
As moradias permanentes atraíram outros animais, embora não domesticados. Ratos e camundongos aprenderam a se abrigar com os seres humanos, comendo a mesma comida. Após alguns milhares de anos de evolução compartilhada, esses animais passaram a conviver com o humanos e desaprenderam como viver sem ele, tamanho o grau de adaptação. Todavia, esse incômodos roedores passaram a disseminar e transmitir várias doenças.
Aglomerados populacionais cada vez maiores como a Babilônia, na Mesopotâmia, também atraíram mosquitos e vários outros insetos sugadores de sangue, que também transmitiam doenças.
No mais, algumas doenças, como a varíola e o sarampo tiveram tanta facilidade de se espalhar de um hospedeiro humano para outro, que perderam seus hospedeiros intermediários.
A medicina pode ser definida como a arte de se ocupar dos fenômenos do amor, próprios ao corpo. 
Platão, O Banquete
 Medicina na Mesopotâmia
“Eles traziam seus doentes até o local do mercado, porque não tinham médicos; então aqueles que passassem pela pessoa doente, conversavam com ela sobre a sua doença para descobrir se eles mesmos não teriam sido afligidos pelo mesmo mal que aquela pessoa, ou se teriam visto outros assim. Então, o passante conferia com ele e lhe recomendava que poderia ter sucesso com o mesmo tratamento com o qual teria escapado da doença, ou também se eles tinham conhecido outros que assim se teriam curado; e a eles não lhes era permitido passar por uma pessoa doente em silêncio, sem inquirir a natureza de sua indisposição”. Heródoto (484-425 A.C)
Mas será que ele estava certo?
Parede do palácio de Nínive retrata o rei assírio Assurbanipal caçando animais selvagens
Como estudar um civilização tão antiga?
Hormuzd Rassam (1826 –1910)
Épico de Gilgamesh 
(Primeira história do mundo)
Compreender a relação dos mitos de um povo e a realidade 
deles é uma importante ferramenta para estudar aquela sociedade, uma da únicas que restaram.
O Poema de Gilgamesh. Uma história de mais de 
4000 anos. Tão importante que até a passagem bíblica do Dilúvio é uma transcrição minuciosa do Épico de Gilgamesh, escrito 1000 anos antes das primeiras Torás judaicas abordarem o assunto.
George Smith, assiriologista que traduziu a Tábua IX da Epopeia de Gilgamés.
Os deuses castigam ukpur com uma doença misteriosa e ele cai morto. Notamos aqui a visão babilônica da doença como castigo divino.
Enlutado e ciente da sua fragilidade, Gilgamesh sai em busca de imortalidade. Nessa epopéia, ele faz uma espécie de Arca de Noé para salvar a fauna e a flora de um dilúvio.
Gilgamesh encontra a flor da imortalidade, porém é enganado por uma serpente que come a flor. Nota-se a correlação da serpente com a ideia de medicina. Alusão recorrente nos mesopotâmios.
A magia da cura
O pensamento místico atribuí as doenças como fruto de possessões demoníacas ou castigos dos deuses causado por alguma falta do doente. Logo, os médicos da Antiguidade não tratavam doenças em si, e sim, expulsavam demônios e atuavam como mediadores entre o homem e o divino para tentar reverter sua falta.
Temos dois tipos de médicos, os que tratam com drogas, poções, bandagens e etc. E outro atuando como exorcistas que realizavam encantos e rituais de cura
Placa (referida ao período Neo – Assírio, cerca de 934-612 a. C.) contra o demónio feminino Lamashtu, supostamente causador de muitas das doenças da época. A placa deveria ser pendurada sobre a cama do doente para o salvaguardar do demónio, que surgiria de frente. 
Contribuição dos animais para a Medicina
Semelhante ao que ocorre hoje, os avanços da área médica eram obtidos por meio da observação da interação dos animais com o meio ambiente e da dissecação de Veremos, mais na frente, que no Código de Hamurabi, as áreas de atuação do médico e do veterinário estavam correlacionadas naquele período. E, grande parte do conhecimento adquirido pelas primeiras civilizações sobre as doenças e sobre a farmacologia das plantas medicinais e tóxicas eram obtidas mediante a observação dos animais domésticos. Quando uma ovelha ou cão, por exemplo, comiam algo e morriam esse primeiros médicos associavam a morte à planta venenosa e disseminavam para a população que comer aquelas ervas era contra as ordens dos Deuses. Primeiro se faziam as cirurgias em animais para depois adapta-las ao homem.
Eles acreditavam que o sangue eram a fonte de todas as funções, sendo o fígado o centro de distribuição do sangue e, portanto, o berço da vida. Por esse motivo os antigos heróis consultavam os augúrios, estudando os lobos do fígado de um animal, antes de partir para grandes missões.
Modelo em argila do fígado de um carneiro encontrado na Babilônia, medindo 6 cm e datado de aproximadamente 2050 a.C. a 1740 a.C.  
Modelo do Fígado de Placência é um artefato etrusco encontrado em 1877. Datado de IV-II a.C
Levítico 17:14 “O sangue é a vida de todo ser vivo. Por isso eu digo aos filhos de Israel: não comam
 o sangue de nenhuma espécie de ser vivo, pois o sangue é a vida, e quem o comer será eliminado.”
Código de Hamurabi (reinou de 1792-1750)
Primeiro código de conduta ética para médicos. Especificava taxas a serem pagas ao curandeiro para uma operação em particular, dependendo do status do paciente (ou do animal), bem como penalidades pelo seu fracasso (erro médico) semelhante às impostas aos arquitetos ou construtores incompetentes.
– Se omédico realizar com sucesso uma grande operação ou curar um olho doente de um homem livre, ele deverá receber dez moedas de prata. 
– Se for em um escravo, deverá receber duas moedas de prata. 
– Se o paciente for um cidadão livre e o médico o fizer perder a vida ou um olho na operação, o médico deverá ter as suas mãos cortadas. 
– Se o infortúnio ocorrer com um escravo, o médico deverá substituí-lo por outro escravo. 
– Se o médico tratar um boi ou um burro de uma grave ferida e o animal se recupera, o proprietário deverá dar ao médico, em pagamento, um sexto de siclo. Do contrário, deverá pagar ¼ do valor do animal. 
Medicina no Egito Antigo
1.INTRODUÇÃO
O Egito foi um dos primeiros centros históricos da Humanidade e contribuiu para a melhoria dos conhecimentos científicos.
Toda uma grande atividade mental, física e intelectual foi
fomentada e desabrochou nesse período.
O comércio contribuiu para o reerguimento do nível científico de
outros povos, como o chinês e o indú.
A influência egípcia foi mais direta e eficaz no mundo grego onde a medicina chegou a realizações que em muitos sentidos não foram ainda ultrapassadas.
1.INTRODUÇÃO
As ciências naturais foram cultuadas com assuididade pelos egípcios.
O estudo do corpo humano deveria ter sido familiar aos egípcios em épocas anteriores, pois a mumificação estava seguramente em uso desde a II dinastia, porém quem abria os cadáveres eram os especialistas em embalsamento.
Nestas condições, a medicina teórica não parece ter realizado sérios progressos, apesar da mumificação. Além do temor religioso que não permitia aos médicos egípcios, tanto quanto aos seus colegas cristãos da Idade Média, cortar um corpo humano em pedaços, para um fim puramente científico, pois o cadáver estava destinado a ressuscitar um dia.
1.INTRODUÇÃO
Os principais centros médicos foram os templos de AtumRâ em Heliópolis, de Neith em Sais, Anubis em Letópolis e o de Bubastis.
A nossa melhor fonte de informações sôbre os médicos egípcios está nos escritores gregos. Foram êles louvados por Homero na Odisséia.
O respeito exagerado às tradições é explicado pelo fato do Egito ter sido um país onde toda a ciência se ligava à religião.
Nas sociedades primitivas a medicina e a magia estão mais ou menos confundidas e a terapêutica indicada para a cura é quase sempre acompanhada de encantações.
2. OS DOCUMENTOS
Foi somente a partir de 1875 que os egiptólogos puderam fazer uma idéia concreta do real valor da medicina egípcia, graças à publicação de mais de meia dúzia de rolos de papiros provenientes na sua maioria do Alto-Egito.
Os primeiros: o Papiro de Ebers (1875), o Papiro de Kahun (1898),
o Papiro de Berlim (1909) e o Papiro Smith (1930) .
Esses papiros diferem entre si pelo conteúdo.
a. PAPIRO DE EBERS
O Papiro de Ebers foi publicado pelo Georg Ebers.
Fala sôbre produtos fármaco-terapêuticos, mas o elemento mágico é visivelmente preponderante.
Algumas drogas recomendadas podem ser eficazes, mas a maioria consiste em complicadíssimas misturas de ingredientes animais e vegetais.
O papiro enumera 100 ou mais doenças e mostra os médicos
egípcios de posse de um grande número de produtos terapêuticos
b. O PAPIRO MARJOR DE BERLIM
O Papiro major de Berlim está muito mal conservado.
Tem as mesmas características que o Papiro de Ebers, mas a parte mágica tem visível preponderância, maior mesmo que no papiro que examinamos anteriormente.
c. O PAPIRO HEARST
O Papiro Hearst (25) está conservado na Universidade da Califórnia e é da mesma época e do mesmo gênero que o Papiro Ebers.
2/3 do seu conteúdo coincidem com o texto do Papiro Ebers.
d. O PAPIRO MINOR DE BERLIM
O Papiro minor, muito curto, foi editado por A. Erman (26) -e pertence a uma época intermediária entre o Médio e o Novo Império;
Contém fórmulas mágicas de ordem ginecológica e pediátrica.
e. O PAPIRO EDWIN SMITH
Se compõe de três partes bem distintas.
As duas últimas tem um caráter mágico, mas a primeira faz um exame de corpo humano, da cabeça aos pés, indicando a maneira como os médicos dessa época cuidadosamente procediam ao exame dos seus pacientes.
48 casos tratados com observações sobre cabeça, nariz, maxilares,
temporal, orelha, lábios, garganta, vertebras, entro outros.
Citando título, exames, diagnóstico, veredicto, notas e tratamentos.
3. O INÍCIO DA MEDICINA NO EGITO
Os médicos egípcios consideravam as doenças internas como obra de agentes sobrenaturais (deuses, mortos, inimigos).
Se assemelhava bastante ao de um feiticeiro ou de um mágico, utilizando-se de exorcismos e encantamentos para debelar o mal cuja origem desconheciam.
Não se usavam medicamentos, mas recitavam-se fórmulas mágicas com
"voz segura e pausada“, em alguns casos usavam pomadas, colírios etc.
Se o tratamento fôsse ineficaz, devia ser repetido, porque a fórmula
não fôra corretamente pronunciada.
3. O INÍCIO DA MEDICINA NO EGITO
Quando o doente tomava um remédio era necessário recitar uma
fórmula, cujo começo é o seguinte:
"Venha remédio, venha, tu que expulsas as coisas más dêsse coração que é o meu, dêsses membros que são meus, as incantações são poderosas sôbre os remédios"
4. OS MÉDICOS EGÍPCIOS
O nome de médico (sounou: talvez "aquêle que corrige, cura") também era usado pelos padres: aliás fato perfeitamente razoável devido o caráter religioso e mágico da profissão.
Esses médicos eram considerados como protegidos de Thot:
"...que dá a habilidade aos sábios (os mágicos) e aos médicos, seus discípulos, para libertar (da doença) aquêle que Deus deseja manter vivo"
4. OS MÉDICOS EGÍPCIOS
Também consideravam como médicos os funcionários públicos e assim já existia, pois, no Egito a medicina socializada, coisa que tanto debatem os nossos facultativos.
Estavam fortemente hierarquizados, pois se intitulavam "chefes dos médicos", "médicos chefes", "médicos inspetores", "médico chefe do Sul e do Norte", "médico da côrte" e o decano dos médicos da côrte se cha mava "médico inspetor da côrte".
5. OS CONCEITOS DE MÉDICOS NO EGITO
Os egípcios eram vítimas de um grande número de doenças, embora não possamos identifcálas todas.
As múmias e os papiros nos mostram casos de tuberculose,
artérioesclerose, cálculos biliares, bexigas, paralísia infantil, anemia,
artritismo, epilepsia, gota, mastoidite, apendicite e outras doenças
complicadas como: a espondiomelite deformaste e a acondroplasia.
Não se notam, entretanto, sinais de câncer e sífilis, pelo menos essas
moléstias não foram identificadas.
Conheciam melhor o organismo humano externamente que
internamente, pois não se davam conta do funcionamento de certos
órgãos, como os rins, por exemplo.
a. A ANATOMIA, A FISIOLOGIA E O CORAÇÃO
Apesar de suas insuficiências, os médicos egípcios sabiam que o coração
era o centro motor do corpo humano, pois diziam que êle falava, batia, pulsava.
Herófilo de Alexandria — teve a idéia de contar as pulsações com o
auxílio duma clepsidra; a teoria da circulação sangüínea só foi entrevista
3000 anos depois por Leonardo da Vinci e estabelecida difinitivamente
por Harvey na primeira metade do século XVII.
Assim os médicos egípcios tinham conhecimento dos vasos, mas havia
uma grande discussão entre êles sôbre seu número, características (sabiam que os vasos continham ar e líquidos).
b. DOENÇAS INTERNAS. ASVIAS RESPIRATÓRIAS
Os médicos tinham grande confusão com o aparelho respiratório, pois chamavam de sema todo o conjunto, não distinguindo nele o pulmão.
Para a tosse os papiros aconselhavam 21 remédios diferentes, o
mel é o ingrediente mais aconselhado.
Um desses remédios é o seguinte: "Remédio contra a tosse: creme,
cominho mergulhado no mel. Fazer o doente tomar durante 4 dias.
Para resfriados e para desobstruir as vias respiratórias empregava- se inalações de mirra.
c. O APARELHO DIGESTIVO
Era uma das partes da medicina que causava grandes preocupações,
devido a pouca variedade dos alimentos e o clima bastante quente em certas partes do Egito.
Por isso, priorizavam	as descrições dossintomas e na formulação dos
medicamentos para a debelação dos males do aparelho digestivo.
Ex:
"Si tu examinares uma pessoa que tenha uma constipação, a fisionomia
pálida (?) e com batidas (?) de coração, e se a encontrares, examinando-
a e verificando que tem o coração abrasado e o corpo inchado (?), então
é um abcesso (?)...
Para as constipações intestinais já se receitava com eficácia o óleo de
rícino e o mel.
d. AS VIAS URINÁRIAS. GINECOLOGIA
Ignorava-se a importância dos rins, como já vimos, mas nos papiros encontramos referências à retenção e à soltura da urina.
Todos os papiros fazem referência à ginecologia e isso é perfeitamente compreensível, levando-se em conta que o casamento no Egito era muito precoce e que a gravidez era coisa extremamente desejada, sendo muitas vezes repetida, porém a higiene era deplorável ocasionando distúrbios graves.
e. A CABEÇA. O CRÂNIO.
Essa era uma das partes mais bem conhecidas do corpo humano e isso se explica facilmente, se levarmos em conta as guerras e os ferimentos na cabeça extremamente numerosos.
Procurava-se resolver também as doenças internas da cabeça, como por exemplo as cefaléias, recomendando-se para isso unguentos, fricções, etc.
O embranquecimento do cabelo preocupava bastante os elegantes, além
disso a cabeça continha “7 buracos”: narinas, ouvidos, bôca e olhos.
e. A CABEÇA. O CRÂNIO.
O nariz quebrado era tratado cirúrgicamente.
Os ouvidos eram muito importantes, pois o "sôpro da vida entrava pelo ouvido direito", o que não impedia as otites, que muitas vêzes derivavam para uma surdez que não sabiam debelar.
f. A ODONTOLOGIA
Nas múmias encontravamos sinais evidentes de abcessos alveolares e cáries dentárias — que aumentaram muito com a evolução.
Fazia-se obturações com um cimento oriundo de um elemento
mineral.
Além das obturações, visíveis nas múmias, encontrou-se dois dentes ligados por um fio de ouro, sendo que um deles tinha sinais evidentes de piorréia.
Os dentes postiços também são encontrados.
g. A OFTALMOLOGIA
As doenças dos olhos eram problemas sérios no egito, as crianças dificilmente lavavam os olhos e sempre apresentavam problemas, os famosos olhos purulentos.
Eles conheciam a pupila, a esclerótica, as pálpebras, os cílios e as sobrancelhas, mas ignoravam a estrutura interna do olho: a conjuntiva, a córnea, o cristalino, etc .
Como remédios usavam o olibano, a crisocola, farinha de
coloquinta; fôlha de acácia, sob a forma de compressas e colírios.
6. A CIRURGIA
O Papiro Edwin Smith é o documento que nos serve de base para podermos avaliar os conhecimentos dos cirurgiões egípcios.
É um tratado de 48 tipos de feridas — algumas superficiais —, lesões ósseas, articulações, etc.
As mais comuns são as contusões das vértebras, a luxação do maxilar, a perfuração do crânio, do externo, fraturas do nariz, do maxilar, clavícula, etc.
6. A CIRURGIA
Para a fratura do maxilar usava-se um penso com mel e um mineral desconhecido (imrou — desinfetante) .
Para as feridas recomendava-se tampões com tiras de linho servindo de bandagem, além da sutura.
Para as fraturas da coluna tinha-se o costume de colocar o paciente imobilizado e com dois pequenos muros de tijolos sob as axilas sendo alimentado por intermédio de um tubo.
7. A FARMACOLOGIA
A farmacopéia egípcia é julgada com pouca benevolência, sendo considerada por alguns autores como uma farmacopéia demoníaca ou então como uma farmacopéia baseada em excrementos.
Exemplo: água suja de lavagem de roupa para dores da nuca e dos olhos;
excremento de pelicano ou de crocodilo para a cura da catarata.
O Papiro Ebers mostra cerca de 700 drogas que serviam para tudo, desde
moderdura de cobra até febre puerperal.
O Papiro de Kahun prescreve supositórios aparentemente usados para
evitar a concepção.
7. A FARMACOLOGIA
As prescrições, como já dissemos, variavam entre a medicina e a magia.
Eram usadas drogas desde sangue de largato até livro velho fervido em azeite, leite de mulher que dera à luz, urina de mulher virgem, etc.
As receitas estavam de acôrdo com a idade e sexo do paciente e
variavam conforme a estação do ano.
Esse medicamento devia chegar ao corpo pelos vasos e podia ser administrado de diversas maneiras, sob a forma de: poção, pílulas, fricções, cataplasmas, inalações, etc
III. CONCLUSÕES
Qual o valor dessas receitas? Qual o valor dessa medicina?
Por pouca valia que tivessem, evidentemente eram melhores que
as práticas mágicas e encantamentos também usados.
III. CONCLUSÕES
Mais de trinta séculos se passaram e não podemos esconder a nossa
admiração pela engenhosidade, bom senso e método utilizados por êsses médicos, cirurgiões, dentistas e boticários.
Nunca devemos nos esquecer que essa preparação farmacêutica levou
pouco a pouco às manipulações de laboratório e aqui entramos num
domínio tipicamente egípcio, pois parece que a palavra química deriva
de kemi (terra negra, Egito).
Drogas, perfumes, unguentos eram fabricados nos laboratórios dos
templos e pouco a pouco caíram no domínio público e começaram a ser fabricados quase que em escala industrial.
Medicina na Antiguidade 
China
“Da procura por alimentos, surge o conhecimento acerca das plantas e dos seus benefícios terapeuticos”
1 CHING
Livro das Mutações
Escrito 1000 A.C
Visa explicar os fenômenos da natureza através dos conceitos de Yin e Yang
Focava em 5 elementos:
Água, Fogo, Terra, Metal e Madeira
Yin – Energia da Lua, da noite,
da água e da escuridão
Yang – Energia do Sol, da Luz,
 do Dia e do Fogo
HUANGI NEIJING – O CÂNON 
INTERNO DO IMPERADOR 
AMARELO
206 ANOS A.C
BASE DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA
CONSULTADO ATÉ HOJE EM DIA
TEORIA DOS CINCO MOVIMENTOS
TEORIA DOS CINCO ELEMENTOS
TEORIA DOS CINCO MOVIMENTOS
A DOENÇA NA MEDICINA CHINESA
COMEÇA COMO UMA EVOLUÇÃO ENERGÉTICA
EVOLUI PARA UM DESEQUILÍBRIO FUNCIONAL
TRANSFORMA-SE EM UM DESEQUILÍBRIO ORGÂNICO
DIAGNÓSTICO
HORÁRIO DE CADA MOVIMENTO
DIAGNÓSTICO CORPORAL 
OS CINCO PILARES DE TRATAMENTO
FITOTERAPIA
ACUPUNTURA
Método terapéutico
de estimulação em
pontos energéticos 
da pele
DIETOTERAPIA
ATIVIDADE FÍSICA
MEDITAÇÃO
Prevenção e
tratamento de 
doenças através
dos alimentos
Ativação,
interação e 
alinhamento do
corpo através
da atividade física
Visa corrigir as
desfunções
energéticas e 
funcionais do 
corpo
Encontro do ser
Com o próprio 
organismo
Escolas
 de
 medicina
Sec 7 D.C
M.T.C
Se espalha
Para Coréia 
E Japão
Sec 9 D.C
Abertura
De Farmácia
Pública
Sec 10 D.C
Protótipo
De vacina
Contra 
Varíola
Sec 15 D.C
Dinastia Ming
Sec 16 - 17
Dinastia Ching
Sec 18 - 19
Guerra do Ópio
Sec 19
Proibição da prática
Médica na China
1880
Reabertura das Escolas 
De Medicina na China
1980
Índia
Eram adeptos da teoria humoral, sendo o corpo constituído por quatro elementos: ar, muco, bile e sangue. A doença era vista como uma conseqüência da alteração do equilíbrio entre os elementos constituintes do corpo. Também poderia se desenvolver devido a causas externas, como acidentes e possessões por demônios, maldições e feitiçarias. Contra as doenças provocadas por pecados (feitos nesta ou em outra vida passada) prescreviam penitências, rezas e o pagamento de promessas como únicas formas de terapêutica.
Quem eram os médicos indianos?
-O médico indiano foi o primeiro a descrever o diabetes.
-Foram muito avançados nas técnicas de diagnóstico. Empregavam o exame do pulso, do ouvido, a palpação e a ausculta.
-Introduziram a cirurgia de catarata e a cirurgia de litotomia, para retirada de cálculos da bexiga. 
-Desenvolvimento da cirurgia plástica. A rinoplastia foi muito realizada, já que pelo direito penal o castigo de vários delitos era punido com a amputação da orelha e do nariz. Isto era comum em crimes de adultério, sendo que só as mulheres eram assim castigadas. A folha de uma árvore era empregada para servir de molde para se recortar um pedaço de pele da testa ou do antebraço, que depois era suturada no local da amputação. 
-As mulheres só eramaceitas como parteiras, o que não diferia de outras sociedades. Elas só passaram a ser admitidas como médicas a partir do século XIV, na Europa
Período védico
A história da medicina indiana é dividida em três fases. O Período mais antigo e primitivo (1500 até 800 a.C.). Nesse período as informações vinham, principalmente, dos Vedas (palavra que significa conhecimento), os quatros livros sânscritos sagrados dos indianos: Rig-Veda, Sama-Veda, Yajur-Veda, e Atarva-Veda. Os Vedas são 17 hinos antigos, poemas filosófico-religiosos, preces e ensinamentos oriundos dos povos arianos, que invadiram o vale do Indo por volta do ano de 1500 a.C.
Período bramânico
Possuíam um sistema de castas que se perpetuou no bramanismo, além de transformarem as forças da natureza em deuses de aspecto humano
O período bramânico tem essa designação porque é baseado na cultura dominada pela casta dos sacerdotes desta religião, o mesmo ocorrendo com o período budista, dominado pelos seus monges. O período bramânico apresenta uma base mais racional se comparado ao védico.
Período budista
(600 a.C. a 600 d.C.) 
Após o que grandes partes da Índia foram submetidas ao islamismo, e a medicina árabe, em consequência, passou a exercer grande influência no país. Além da influência budista 
muito presente
Na medicina indiana, a doença também era considerada como um castigo divino, mas a crença na reencarnação, oriunda do budismo, trouxe uma novidade a esta associação.
A medicina hindu atinge seu ápice no período budista, onde a educação médica passa a ter uma formação teórica e prática mais elaborada, de forma semelhante à medicina grega da Antigüidade. Os três livros clássicos da medicina indiana são os livros de Charaka (início da era cristã), Susruta (cerca de 500 d.C.) e Vagbhata (cerca de 600 d.C.).
Charaka catalogou mais de 500 remédios, classificando-os em cinco grupos, de acordo com a natureza de sua ação: tônicos, sedantes, laxantes, purgantes, eméticos e afrodisíacos. 
Susruta é considerado o pai da cirurgia indiana. Identificou 1120 doenças, classificando-as em sete grupos. Descreveu oito tipos de intervenções cirúrgicas: incisão, punção, sondagem, escarificação, extração, sutura, excisão, e drenagem.
Vagbhata em sua obra, Astanga Hrdayam, divivide a medicina em oito seções: 
-kayacikitsa (medicina interna), 
-salyacikitsa (cirurgia básica)
 -salakyacikitsa (ginecologia) 
-kaumarabhtya (pediatria), 
-bhutavidya (medicina espírito/psiquiatria) 
-Agada tantra (toxicologia), 
-RASAYANA (ciência do rejuvenescimento)
-Vajikarana (geriatria).
Referências bibliográficas:
1. MARGOTTA, Roberto. História ilustrada da medicina. 1º ed. São Paulo: Editora Manole, 1998.
2. LIMA D. História da Medicina. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
3. PORTER R. The Cambridge Illustrated History of Medicine. Oxford: Oxford Univ Press; 1996.
Fim
 
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