Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AVALIAÇÃO PRÉ- ANESTÉSICA EM DIFERENTES ESPÉCIES Acadêmicas: Flavia Tolfo e Isadora Corrêa Disciplina de Anestesiologia A AVALIAÇÃO PRÉ- ANESTÉSICA É o primeiro ponto a ser considerado para a realização de uma anestesia segura e de qualidade. Fonte:https://www.vetquality.com.br/anestesia-veterinaria/ PLANEJAMENTO DA ANESTESIA • É um dos principais objetivos da avaliação pré anestésica, por meio de uma avaliação clínica bem detalhada, estabilização hemodinâmica do paciente antes da anestesia, checklist e elaboração de uma conduta perioperatória mais adequada. • Para que o anestesista se torne capaz de prever intercorrências e de planejar seus tratamentos, caso ocorram. PROPOSITO DA AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTESICA • Determina em quais condições clínicas o paciente se encontra; • Suporte para a seleção do protocolo anestésico; • Técnicas a serem empregadas; • Exames complementares e prognostico. CUIDADOS COM EQUIPAMENTOS ANESTÉSICOS E ACESSÓRIOS Antes da anestesia recomenda-se a conferencia dos aparelhos e circuitos anestésicos e disponibilidade dos fármacos a serem utilizados. Fonte:https://www.rwr.com.br/anestesia Equipamentos • Observar possíveis vazamentos que podem poluir o ambiente alem de diminuir o fornecimento anestésico volátil e oxigênio para o paciente; • Os balões de borracha devem ser conferidos pois o uso de anestésicos halogenados pode causar uma corrosão; Equipamentos • Funcionalidade do fluxômetro; • válvulas inspiratórias e experiratórias. • axaustão da cal soldada; • volume do cilindro de oxigênio e quantidade de anestésico no vaporizador. Matérias de Insumo • Seringas • Agulhas • Equipos • Cateteres • Esparadrapo • Gaze • Algodão • sondas endotraqueais • entre outros. Fonte: https://www.clinicaveterinaria .com.pt/servicos/anestesia/ • Verificar agentes que irá utilizar • Concentrações; • Datas de validade; • mudanças de colorações que as tornem inativas ou tóxicas. FARMACOS FARMACOS Deve-se preparar uma lista de medicamentos de emergência para cada paciente, calculando e vendo a disponibilidade das doses, também medicamentos e fluidos necessários para possíveis colapsos cardiovasculares, choques, hemorragias, tendo tudo disponível. Fonte:https://www.qualittas.com.br/blog/index.php/congre sso-reune-profissionais-e-estudantes-da-anestesiologia- veterinaria/ FARMACOS Um carrinho de emergência preparado na clínica ou no hospital onde a parada pode ser prevista, tendo controle de reposição dos fármacos e insumos do carrinho. Fonte:https://www.marcamedica.com. br/carro-de-emergencia-cp-1000-2 IDENTIFICAÇÃO Obtenção dos dados do paciente: espécie, raça, idade, sexo, temperamento, peso corpóreo e estado reprodutivo. Fonte:https://pavcursos.com.br/pos-graduacao-em-anestesia-veterinaria/ IDENTIFICAÇÃO • O anestesista deve considerar também a suscetibilidade quanto aos fármacos em relação as espécies, podendo ser bom pra um mas ineficiente em outros. • Algumas raças proporcionam maiores riscos durante a anestesia do que outras: os braquicefálicos (buldogues e gatos persas), síndrome do braquicefálico determinada por prolongamento de palato mole, agenesia de traqueia e afinamento das narinas. IDENTIFICAÇÃO A idade do paciente determina um preparo e um protocolo diferenciado, animais com idade inferior a 8 semanas tem pouca capacidade de metabolizar e eliminar fármacos, por isso deve-se utilizar doses menores. Fonte:https://www.revistaveterinaria.com.br/a-importancia- da-capacitacao-do-medico-veterinario-em-anestesiologia/ IDENTIFICAÇÃO O sexo dos animais não determina diferenças fisiológicas nem de comportamento, no entanto uma fêmea no cio pode apresentar maior risco de sangramento durante a cirurgia e gestantes tem alterações fisiológicas que que podem alterar respostas anestésicas. Fonte: https://www.centroclinicoveterinario.com.br/clinica- veterinaria/cirurgias-em-animais/cirurgia-ortopedica- veterinaria/onde-fazer-cirurgia-em-animais-de-companhia- adalgisa ANAMNESE Principais formas de conseguir informações úteis que auxiliarão no desenvolvimento de um procedimento anestésico seguro. ANAMNESE Medicações de uso continuo e doenças concomitantes devem ser informadas ao anestesista, pois algumas medicações atuam diretamente com os anestésicos, prolongando seu período de ação, aumentando sua toxicidade ou anulando seu efeito. ANAMNESE Fundamental investigar o histórico anestésico, se houve ocorrência de complicações, recuperação adequada, qual protocolo empregado se houve reações anafilática, para evitar possíveis problemas durante a indução, manutenção e recuperação do paciente. EXAME FISICO Fonte:https://www.vetprofissional.com.br/aulas-praticas/semiologia-veterinaria ANAMNESE Verificar o estado do paciente, onde todos os sistemas orgânicos devem ser examinados e quaisquer anormalidades identificadas. Se possível na presença do proprietário, para que o cliente faça perguntas e o veterinário atenue qualquer receio relativo ao manejo. ANAMNESE Verificar os sistemas • Cardiovascular (tpc, auscultação, pressão arterial) • Respiratório (observar esforço respiratório, ausculta dos campos pulmonares) • Sistema real (vômitos, oligúria, anúria ou polidipsia) • Sistema nervoso central (comportamento, convulsões, inconsciência ou coma), entre outros. ANAMNESE Cuidando sempre animais desnutridos podendo apresentar hipoproteinemia, nesses pacientes se recomenda diminuir doses anestésicas pois se tem maiores efeitos. EXAMES PRÉ- OPERATÓRIOS (COMPLEMENTARES) EXAMES PRÉ-OPERATORIOS COMPLEMENTARES • Avaliação laboratorial mínima consta de hemograma completo, função renal e hepática. Essa avaliação é mais utilizada para animais jovens e sem doenças preexistentes. EXAMES PRÉ-OPERATORIOS COMPLEMENTARES Bioquímica sanguínea avalia a função renal e hepática é de extrema importância principalmente para pacientes mais idosos, animais com piometra ou doença renal crônica pois nesses pacientes a metabolização e eliminação dos fármacos podem estar prejudicadas, devendo evitar utilização de fármacos hipotensores, umas vez que a hipotensão é a pior complicação possível para pacientes com função renal comprometida. EXAMES PRÉ-OPERATÓRIOS (COMPLEMENTARES) • A dosagem dos eletrólitos deve ser solicitada de acordo com os exames físicos, assim como a avaliação cardiológica cujo exame físico identificou alguma suspeita de cardiopatia. • Exames de imagem, radiográficas, ultrassonografias, tomográficas e ressonâncias também podem ajudar no preparo anestésico como no planejamento cirúrgico. TIPO DE INTERVENÇÃO, DURAÇÃO E LOCALIZAÇÃO Dependendo do tipo de procedimento a ser realizado, o protocolo anestésico deve ser adequado ao grau de dor e ao tempo requerido. TIPO DE INTERVENÇÃO, DURAÇÃO E LOCALIZAÇÃO Tomografia computadorizada, radiografia, endoscopia; muitas vezes não é necessária utilização de agentes opioides, nesse caso se preconiza anestésicos de rápida metabolização e eliminação visto que esses exames são rápidos e o paciente necessita de uma recuperação rápida. TIPO DE INTERVENÇÃO, DURAÇÃO E LOCALIZAÇÃO Dependendo do temperamento do animal, um bloqueio local ou locorregional pode não ser suficiente para evitar movimentos excessivos e até mesmo estressantes nesse caso pode ser usada anestesia geral mesmo que seja um procedimento simples. Fonte: https://www.infoescola.com/medicin a-veterinaria/anestesia-em-animais/ Para determinar o risco deve-se considerar a condição clínica do paciente ao seu estado físico geral, espécie, raça e temperamento, idade tendo que adotar cuidados redobrados com manejo e escolha de protocolo. RISCO ANESTESICO CIRURGICO Fonte:https://www.petz.com.br/blog/cachorros/anestesi a-para-cachorro-conheca-os-tipos-e-as-indicacoes/ Americcan Societyof Anestesiologists (ASA) • ASA I é utilizado para pacientes saudáveis, sem doenças crônicas ou graves • ASA II paciente com patologias sistêmicas leves a moderadas (obesos, diabetes melito ou hipertensão bem controlada, doença pulmonar leve) • ASA III revela uma doença sistêmica moderada/grave, que envolve limitações funcionais, porém não incapacita o paciente • ASA IV assinala patologia grave e incapacitante • ASA V é usado para identificar um paciente que, provavelmente, não sobreviverá por mais de 24 horas sem que a cirurgia seja realizada, paciente moribundo FATORES DE RISCO • A escolha adequada da técnica ou de fármacos pode aumentar ou diminuir os riscos • Efeitos fisiológicos adversos á anestesia são imprevisíveis, por isso o anestesista deve estar sempre atento a possíveis intercorrências e intervenções. • Os riscos são maiores em cirurgias mais extensas, cirurgias em órgãos vitais e emergências, disposição da equipe cirúrgica, experiência com o procedimento. FATORES DE RISCO • A maioria das mortes ocorre no período pós-operatório portanto o cuidado intensivo nesse período é importante para a redução das fatalidades envolvidas após anestesia. • Avaliação pré-anestésica é a qual determinará uma elaboração apropriada de protocolo anestésico para cada paciente, aliada ao monitoramento devido durante e após a anestesia. CUIDADOS NO PERIDO PRÉ- ANESTESICO E PREPARO DO PACIENTE PERIODO PRÉ-ANESTESICO • Momento entre a indicação anestésica e o início da anestesia propriamente dita. • O anestesista deve tomar uma série de cuidados visando ao sucesso no período transanestésico. • Em casos de cirurgias de emergência dispensam qualquer cuidado pré-anestésico exigindo do anestesista uma conduta rápida, segura e eficiente. JEJUM Distensão do rúmen em pequenos e grandes ruminantes compromete a ventilação durante a anestesia, por isso o jejum deve ser realizado da maneira correta, sendo recomendado: terceiro e segundo dias pré- operatórios, oferecer metade da ração Fonte:https://revistanews.com.br/2018/06/22/bloco-cirurgico-para- grandes-animais-passa-a-integrar-a-infraestrutura-da-medicina- veterinaria-da-ucs/ JEJUM • Neonatos e pequenos mamíferos podem desenvolver hipoglicemia em poucas horas de jejum e a mobilização dos estoques de glicogênio pode alterar as taxas de depuração dos fármacos. • Carnívoros e onívoros sadios o jejum alimentar de 12h e hídrico de 2h • Equinos é recomendado um jejum mínimo de 12h e máximo de 18h de alimento, enquanto 4h são suficientes para suspensão de dieta hídrica. ACOMODAÇÕES Período pré-anestésico deve-se acomodar o animal em local calmo, silencioso e com temperatura agradável, prezando pelo seu conforto e bem-estar. Cada espécie possui necessidades especificas e se adaptam de modo diferente, por isso é importante avaliar o local mais adequado para cada. CONTENÇÃO MECÂNICA CONTENÇÃO EM CAES Resume-se em colocar a mordaça, mantê-lo em decúbito lateral segurando os membros e a cabeça, em cães muito bravos deve se utilizar o cambão imobilizando a cabeça.Fonte:https://4everypet.wordpress.com/2017/ 06/15/23a/ CONTENÇÃO EM GATOS Os gatos se estressam muito facilmente podendo ser agressivos, podem ser imobilizados com uma toalha, paralisando seu corpo todo, a mordaça para gatos sendo uteis pois tapam os olhos dos gatos evitando que ele se assuste, botinhas de pano também para evitar arranhões. Fonte:http://semiodepequenos2015.blogspot.com/2015/12/contencao fisica-de-pequenos-animais.html CONTENÇÃO EM EQUINOS Em equinos a contenção é feita normalmente com cabresto, peias ou cachimbos Fonte:https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1160520448- cachimbo-pito-contenco-de-cavalos-equinos-muar-_JM CONTENÇÃO EM BOVINOS Em geral são os mais calmos, porem quando necessário existem técnicas especificas para contenção, como a pressão nos ligamentos da causa que os mantem imobilizados, a corda e peia nos membros posteriores. Fonte: https://www.agriexpo. online/pt/prod/iae/product- 184925-85739.html DERRUBAMENTOS • Técnicas de derrubamento são mais utilizadas em equinos e em bovinos para facilitar a administração de algum fármaco, quando o animal não permite a aproximação do médico veterinário. • Importante que a técnica seja feita em locais livres de superfície rígida e objetos cortantes ou perfurantes. CONSIDERAÇÕES FINAIS A anestesia perfeita é aquela que o paciente precisa, portanto a avaliação pré-anestésica bem feita é de suma importância pois é o iníc io de qualquer procedimento c irúrgico/anestésic o. O profissional deve estar atento nesse momento tão importante, pois uma anestesia realizada de maneira incorreta traz infinitas consequências para o paciente. REFERENCIAS Flavio, M. Anestesiologia Veterinária - Farmacologia e Técnicas, 7ª edição . Grupo GEN, 2019. 9788527734882. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books /9788527734882/ . Acesso em: 21 Sep 2020 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/
Compartilhar