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RESTAURAÇÃO EM RESINA COMPOSTA EM DENTES POSTERIORES

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1 
DENTÍSTICA 
MARIANNE MOURA 
RESTAURAÇÃO EM RESINA 
COMPOSTA EM DENTES POSTERIORES 
Quando falamos em procedimentos estéticos, 
precisamos entender como executá-los e 
porquê ele está sendo executado daquela 
forma. Atualmente, o amalgama ainda tem 
espaço na odontologia, porém a resina 
composta vem se tornando cada vez mais usado. 
ANALISANDO A RESINA COMPOSTA 
Em sua superfície, ao observarmos a figura A, 
veremos uma matriz que terá em seu interior 
uma carga que estará recoberta por um agente 
de ligação, a qual fará com que a partícula de 
carga fique unida à matriz orgânica da resina 
composta. 
 
A resina composta surgiu na década de 60, após 
o condicionamento ácido. 
RELAÇÃO AMÁLGAMA X RESINA 
COMPOSTA 
O amálgama, ainda hoje, é utilizado 
principalmente em pessoas com baixa renda. 
Muitas pessoas consideram como desvantagem 
do amalgama o seu aspecto metálico, porém, a 
maior desvantagem é necessitar de um preparo 
cavitário mais invasivo (em caixa). 
Vale lembrar que a resina composta, quando 
não está aderida ao dente é um dos piores 
materiais existentes. 
Quando falamos em restaurações em dentes 
anteriores e posteriores, existem alguns pontos 
importantes a serem observados. 
➢ Estética e polimento com alto brilho 
(maior em dentes anteriores) 
➢ Fácil manipulação (posteriores) 
➢ Resistência às forças mastigatórias 
(posteriores) 
➢ Condensável (posteriores) 
➢ Alta resistência ao desgaste 
(posteriores) 
➢ Integridade marginal (posteriores) 
CLASSIFICAÇÃO DAS RESINAS 
COMPOSTAS 
➢ Quanto às particulas 
Quando surgiram eram feitas de 
MACROPARTICULAS (15 e 100 microm), as 
quais se desgastavam muito rápido e se 
deslocavam na massa de matriz orgânica 
gerando uma rugosidade acentuada. Com o 
passar dos anos, percebeu-se a possibilidade de 
usar as MICROPARTÍCULAS (0,04 microm), 
que possuíam característica de alto polimento 
pelo tamanho das partículas. Em seguida 
surgiram as PARTÍCULAS PEQUENAS ( 1 a 
5microm) e MACRO-HIBRIDAS (0,04 + >5), 
onde percebeu-se que a associação de resinas 
com partículas menores com maiores fazia com 
que aumentasse a resistência do desgastes 
dessas partículas e característica de polimento 
aceitável. Após isso, houve o surgimento das 
partículas HIBRIDAS (0,04 + 1 e 5), significando 
mais partículas na matriz orgânica aumentando 
a resistência no desgaste e melhoria do 
polimento da superfície dessa forma,a evolução 
foi mostrando que quanto menor o tamanho das 
partículas, mais a gente conseguia colocar no 
interior da massa da resina composta na matriz 
orgânica, surgindo as MICRO-HIBRIDAS (0,04 
+ 0,6 e 0,8). Uma nova etapa surgiu com o 
surgimento das resinas com 
NANOPARTÍCULAS (20-75 nm + média entre 
0,6 e 0,8 microm de aglomerado de 
nanopartículas), unido a isso, outros fabricantes 
produziram as NANO-HIBRIDAS, as quais 
possuem partículas nanométricas e média 0,6 a 
0,8 microm. 
Nos dias de hoje, temos as micro-hibridas, 
nanoparticuladas, nano-hibridas e, em poucos 
representantes, as micro-particulas. 
➢ Quanto ao escoamento 
- Alto Escoamento: “Flow” 
 2 
DENTÍSTICA 
MARIANNE MOURA 
- Médio escoamento: microhibridas, 
microparticuladas, e nanopartículas (Bulk fill). 
- Baixo escoamento: compactável (mais indicada 
para dentes posteriores). 
- Escoamento regular: restaurações com uso 
universal, usadas para dentes anteriores (classes 
III, V e facetas estéticas) e restaurações de 
dentes posteriores. Particulas microhibridas, 
microparticuladas, nanoparticuladas e nano-
hibridas (bulk fill). 
➢ Quanto a forma de inserção na 
cavidade 
- Convencional: É colocada em forma de 
incrementos e Bulk Fill (inseridas em um volume 
maior no interior da cavidade – vantagem de 
tempo de inserção do material na cavidade). 
PROCEDIMENTOS DIRETOS X INDIRETOS 
➢ Diretos: mais utilizados e simples 
➢ Indiretos: utilizados quando há perda 
maior de estrutura dentária e 
necessidade de reconstrução maior do 
dente. 
STRESS DE POLIMERIZAÇÃO 
Sabemos que quando o monômero se 
transforma em polímero há uma aproximação 
dessas moléculas, gerando uma contração. Essa 
contração poderá causar um stress maior ou 
menor da restauração. 
A alta contração de polimerização irá significar 
vários aspectos como a microinfiltração 
(passagem de microrganismos, saliva e corantes 
através da interface da restauração), trincas de 
esmalte, sensibilidade pós-operatória, cáries 
secundárias, pigmentação marginal e 
desataptação dessa restauração. 
Numa situação clinica, a contração de 
polimerização não é permitida de se 
desenvolver livremente, devido a uma restrição 
da ligação resina-dentina. Ou seja, quando 
falamos em contração, falamos do afastamento 
ou perda de adesão do material restaurador 
com a superfície do dente. Essa separação é 
chamada de GAP MARGINAL. 
FATOR DE CONFIGURAÇÃO CAVITÁRIA 
Quanto menor a área não aderida existente em 
uma cavidade, menor será a possibilidade da 
resina escoar e portanto, maior o stress de 
contração. 
FATOR C = Área de união entre a cavidade e a 
resina / áreas da resina livre do contato com a 
cavidade. 
 
Nessa imagem de restauração Classe I, temos 5 
áreas de união entre a cavidade e resina. 4 
paredes circundantes e 1 pulpar. 
 
Na segunda imagem, vemos a parede oclusal 
como área da resina livre do contato com a 
cavidade. Assim temos: 
C= 5/1 = 5 O fator máximo que representa 
o maior desafio para o escoamento dessa resina 
composta aliviando esse stress por contração de 
polimerização. 
 
 
 3 
DENTÍSTICA 
MARIANNE MOURA 
 
Na imagem acima, vemos uma restauração 
Classe II, com 8 pontos de contato da resina com 
a cavidade. 
 
Na segunda imagem, vemos duas paredes as 
quais não entram em contato com a cavidade. 
C= 8/2 = 4 
TÉCNICA INCREMENTAL 
 
Usa-se incrementos oblíquos, iniciando pelas 
vertentes das cúspides que estão ausentes. 
Colocamos procurando iniciar a anatomia ou 
esboço da anatomia do dente com seu sulco 
secundário e principal. 
 
Ainda nessa técnica, optamos por não cruzar as 
vertentes internas vestibulares e 
linguais/palatinas dos incrementos. 
ETAPAS PARA TÉCNICAS DE REALIZAÇÃO 
DA CAVIDADE OCLUSAL (CLASSE I) 
1- Contatos oclusais (podemos ver uma 
restauração que está concava) 
2- Anestesia 
3- Profilaxia 
4- Seleção de cores 
5- Preparo cavitário 
6- Isolamento 
7- Proteção do CDP 
8- Condicionamento ácido 
9- Lavagem e secagem 
10- Sistema adesivo 
11- Inserção da resina 
12- Polimerização 
13- Ajustes oclusais 
14- Acabamento e polimento 
RESINA COMPOSTA EM PREPAROS 
CLASSE II 
1- Contatos oclusais (podemos ver uma 
restauração que está concava) 
2- Anestesia 
3- Profilaxia 
4- Seleção de cores 
5- Preparo cavitário 
6- Isolamento 
7- Proteção do CDP 
8- Condicionamento ácido 
9- Lavagem e secagem 
10- Sistema adesivo 
11- Adaptação do conjunto porta matriz/ 
matriz e cunha 
12- Inserção da resina 
13- Polimerização 
14- Ajustes oclusais 
 4 
DENTÍSTICA 
MARIANNE MOURA 
15- Acabamento e polimento 
USO DO CONTACT PRO 
Vai auxiliar no aumento de ponto de contato 
entre os dentes. 
 
RESINAS BULK FILL 
Usadas em duas camadas: mais interna com bulk 
fill e a mais externa, que pode ser com resina 
universal. 
 
VANTAGENS 
➢ Redução no tempo clínico 
➢ Diminuição de sensibilidade técnica 
entre incrementos evitando bolhas de 
ar e contaminação 
PROFUNDIDADE DE POLIMERIZAÇÃO 
(DEPTH OF CURE) 
Redução na contração de polimerização: 
➢ Devido a suas características de 
translucidez aumentada 
➢ Baixo módulo de elasticidade 
➢ Alta quantidade de partículas de carga 
➢ Adição de grupos fotoativáveis de 
dimetacrilato de uretano e outros que 
controlam a cinemática de 
polimerização. 
A profundidade de polimerização é limitada pela 
atenuação da luz do fotopolimerizador. 
Diminuindo no final, sendo inversamente 
proporcionalà transluscência. 
ESTRATRÉGIAS 
1- Resina de base: Normalmente tem 
baixa viscosidade, necessita de uso de 
seringas, baixo conteúdo de carga e 
necessita de resina de cobertura. 
2- Resina de corpo: Pode ser utilizada na 
cavidade. Apresenta alto conteúdo de 
carga, é o único material restaurador e 
alta viscosidade.

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