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Materiais dentários I Karolina Viana 1 ADESIVOS DENTAIS ADESÃO Estado no qual duas superfícies são mantidas juntas por forças interfaciais. - Retenção química - Retenção mecânica - Retenção química + mecânica → forma ideal Os sistemas adesivos odontológicos têm três funções essenciais: - promover resistência à separação de um substrato aderente de um material restaurador ou cimentação. - distribuir a tensão ao longo da superfície de colagem - selar a interface através de colagem adesiva entre a dentina e/ou esmalte e o material restaurador, aumentando a resistência à microinfiltração e diminuindo o risco de sensibilidade pós operatória, manchamento marginal e cárie secundária. - Força de adesão - Força de coesão MECANISMOS DE ADESÃO Para que a adesão real de materiais restauradores seja alcançada, três condições devem ser satisfeitas: 1. A estrutura dental sadia deve ser conservada 2. Uma retenção ideal deve ser alcançada 3. A microinfiltração deve ser prevenida O processo de adesão pode ser visto como uma troca, onde materiais inorgânicos provenientes do dente são substituídos por resina sintética. Esse procedimento envolve dois passos: 1. remoção de hidroxiapatita para criar microporos 2. infiltração de monômeros resinosos e sua polimerização nos microporos Como resultado, são formados prolongamentos de resina que micromecanicamente levam à interpenetração e ao travamento com os tecidos mineralizados. Também pode haver interações químicas com o substrato dental se os monômeros envolvidos apresentarem grupamentos funcionais acídicos ou promotores de quelação. Fatores que influenciam na adesão: 1. Energia de superfície e molhamento 2. Interpenetração (formação de camada híbrida) 3. Retenção micromecânica 4. Adesão química Molhamento → Para haver sucesso na adesão, o adesivo deve ser capaz de molhar toda a superfície. Essa propriedade é o molhamento. Um adesivo não é capaz de formar retenção micromecânica, adesão química ou redes interpenetrantes com uma superfície, a menos que consiga formar íntimo contato com a mesma, espalhar-se sobre ela e penetrar por capilaridade em quaisquer irregularidades micro ou submicroscópicas. - Ângulo de contato: O molhamento é medido através da leitura de ângulo de contato, que vai dar a capacidade do adesivo e/ou da superfície de se espalhar mais ou menos. O ângulo obtido entre a superfície de equilíbrio e a superfície do adesivo. Quanto menor esse ângulo, maior é o espalhamento. Quanto maior o ângulo, menor o espalhamento. Quando uma substância aquosa é colocada em uma superfície hidrofóbica, o ângulo de contato é muito alto e o espalhamento é limitado. Quando a superfície é hidrofílica, o ângulo de contato é menor, determinando maior espalhamento. > 90 graus: majoritariamente não compatível 180 graus: absolutamente não compatível < 90 graus: majoritariamente compatível 0 grau: absolutamente compatível * A dentina, por ser hidrofílica, deve receber adesivos hidrofílicos, e o esmalte, hidrofóbicos. O molhamento pode ser melhorado através do aumento da energia de superfície do substrato. Uma superfície dental limpa com microasperezas tem maior energia de superfície do que a superfície não tratada. Se um material com baixa tensão superficial contaminar a superfície antes da aplicação do adesivo, seu molhamento fica prejudicado. A técnica do condicionamento ácido remove contaminantes e cria microporosidades, promovendo alta energia de superfície nos dentes e melhorando o molhamento. Para garantir a durabilidade da adesão, os monômeros devem adaptar-se intimamente ao esmalte, e preencher irregularidades e/ou infiltrar-se na rede colágena criada na desmineralização da dentina. Outro requisito para a durabilidade da adesão é a estabilidade hidrolítica (resistência à degradação química pela água) SITUAÇÕES CLÍNICAS - Para manipulação do adesivo, o ambiente deve estar isolado e limpo. - Risco de carie, higiene oral, controle periódico Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-segunda-prova-materiais Materiais dentários I Karolina Viana 2 ADESÃO EM ESMALTE O esmalte é inorgânico em sua maioria. Isso faz com que o esmalte receba a adesão de forma muito estável. CONDICIONAMENTO DO ESMALTE A superfície deve sofrer modificação tal que o adesivo se espalhe e haja retenção adequada. O condicionamento utiliza um ácido que desmineraliza o esmalte, formando poros onde o adesivo vai entrar. O condicionamento também limpa o biofilme. Para condicionar, normalmente se utiliza o ácido fosfórico 32 a 37% em forma de gel para facilitar a aplicação. Aplicação de 15 a 30 segundos e lavagem por 20 segundos. Desmineralização → alteração da superfície → melhora da capacidade de molhamento → área de retenção O ácido atua no esmalte dissolvendo as substancias inorgânicas dos prismas. Ao fazer essa modificação, modifica-se também a energia de superfície, que facilita o molhamento/espalhamento do adesivo. - Ação dos ácidos sobre o esmalte: dissolvem a substância inorgânica, criando espaço entre os prismas – retenção mecânica. Provocam aumento na área e na energia de superfície propiciando condições para uma melhor adesão. A maior superfície de energia garante que os monômeros resinosos consigam molhar a superfície prontamente, infiltrar-se nos microporos e depois de polimerizados criar prolongamentos, os tags de resina. - Se houver o condicionamento excessivo, o adesivo não consegue chegar até o final das retenções feitas pelo condicionamento, ficando um espaço. Isso pode levar a uma degradação da superfície de forma mais rápida. Aspectos microscópicos do esmalte condicionado por ácido - Tipo I: dissolução preferencial do núcleo do prisma. - Tipo II: dissolução preferencial da periferia do prisma - Tipo III: predomínio aleatório de ataque Os 3 tipos de padrões que o esmalte condicionado pode apresentar, depende da localização do dente e do modo como os prismas são expostos na superfície. Aspectos clínicos do esmalte condicionado As microrretenções deixam o esmalte sem brilho/fosco e esbranquiçado. O ataque deve ser seletivo na área de trabalho Tempo de condicionamento Em média 15 segundos, mas pode variar com o grau de mineralização do esmalte. Enxague Jato d’agua por aproximadamente 20 segundos. Secagem com jato de ar pode ser usado no esmalte, até que seja observada uma superfície fosca, mas não é indicado para a dentina, visto que pode colapsar as fibras colágenas, impermeabilizando a dentina à penetração. Na técnica de condicionamento ácido total, um agente de união dentinários e um primer devem ser usados, compatíveis com o substrato de esmalte e dentina úmidos. As superfícies condicionadas devem ser mantidas limpas e secas até que o adesivo seja aplicado para garantir a formação de uma união mecânica íntegra, pois a contaminação pode reduzir a energia de superfície, reduzindo as chances de formação de tags de resina. Cuidados na aplicação do ácido - profilaxia breve - estender a aplicação do ácido 0,5mm além dos limites da área de trabalho - proteger dentes vizinhos - tempo de condicionamento - não esfregar - lavar em abundância ADESIVOS HIDROFÍLICOS X ADESIVOS HIDROFÓBICOS ADESÃO AO ESMALTE Usa-se preferencialmente condicionamento e utilização de um adesivo puramente hidrofóbico. Quando em esmalte e dentina associados, usa-se o condicionamento hidrofílico porque a dentina precisa de água. 1. Áreas de retenção 2. Tags de resina → microrretenções Quando o esmalte é condicionado, algumas áreas vão se aprofundar mais que as outras. As mais profundas são as tags de resina e as mais superficiais são as microrretenções. Os tags do esmalte ficam entre os prismas. * Na dentina o tagfica dentro do túbulo dentinário INDICAÇÕES DE ADESIVOS NO DENTE Reanatomização dentária, colagem de bráquets, ferulização, próteses adesivas diretas e indiretas com retentores metálicas. ADESÃO EM DENTINA A grande diferença entre esmalte e dentina é a proporção de água/minerais/materiais orgânicos. A dentina tem 25% de água além de fibras colágenas, que são fundamentais para adesão adequada. Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 Materiais dentários I Karolina Viana 3 Por isso, adesivo para dentina tem que ser hidrofílico. Este é o grande problema, pois ao mesmo tempo em que o adesivo precisa ter água, para que o monômero se polimerize, não pode ter água presente. Por isso, a química do adesivo é muito complexa. Na dentina, tem os túbulos dentinários onde tem prolongamentos de odontoblastos, onde tem fluidos e troca iônica que geram sensibilidade no dente. Quanto mais profunda a dentina, mais numerosos e mais largos são os túbulos. Quanto mais oclusal, menores os túbulos. A chave de adesão na dentina está na penetração do monômero no meio das fibras colágenas, que circunda os túbulos. Os minerais presentes na dentina estão entre as fibras colágenas e o ácido atua removendo- os. Formação da camada híbrida → o condicionamento ácido retira os minerais de hidroxiapatita presentes na dentina, deixando as fibras colágenas expostas e espaços entre elas. O monômero penetra nestes espaços antes ocupados por minerais. A camada hibrida não existe no esmalte, porque no esmalte não há colágeno. É a camada formada pela penetração do monômero do adesivo entre as fibras colágenas, no espaço criado pela desmineralização da dentina. A dentina tem áreas de retenção e tags de resina como o esmalte, mas estes são basicamente vinculados à camada híbrida. - Camada híbrida = monômero + colágeno A adesão em dentina se dá basicamente pela camada hibrida e formação de tags dentinários. SMEAR LAYER Lama dentinária. Camada de esfregaço, que surge quando esmalte e dentina são mecanicamente preparados principalmente com instrumentos rotatórios. É uma camada aderente de debris e biofilme bacteriano. Na dentina, essa camada fica impregnada na entrada dos túbulos e diminui a permeabilidade dentinária. → São resíduos produzidos pelo desgaste da estrutura dentária com instrumentos rotatórios ou manuais que se depositam sobre a superfície da dentina na forma de uma camada. No entanto, a camada de esfregaço apresenta força coesiva muito baixa e impede a obtenção de adesão adequada por certos adesivos (o livro contradiz o que o professor disse na sala. O professor afirma que a manutenção dessa camada reduz a sensibilidade pulpar e não é necessário remove-la, devido ao avanço da química dos adesivos). Essa camada está vinculada apenas à dentina Composição: - Fragmentos de esmalte e dentina - Partículas de matriz colágena - Porções do biofilme - Óleo da caneta - Sangue e saliva → mesmo que você não retire a camada da Smear Layer, é necessário fazer uma limpeza pelo risco de contaminação. Estrutura - Smear On → 1 a 5 µm → na superficie da dentina - Smear Plug → 2 a 6 µm → dentro do túbulo dentinario - Fase sólida → podem variar em composição e tamanho dependendo da técnica do preparo. - Fase líquida → fluidos nos canais de difusão * O grande risco no sucesso da adesão é a contaminação bacteriana, por isso é muito importante a realização do isolamento. Vantagens - Redução da permeabilidade dentinária - Redução da difusão de fluidos - Dificulta a hidratação da superfície -Dificulta a penetração bacteriana profunda Desvantagens - Presença de bactérias - Permeabilidade à toxinas bacterianas - Fraca ligação à superfície dentinária subjacente - Pode interferir na adesão de alguns materiais restauradores Tratamento - Manter a Smear Layer - Remover a Smear Layer - Modificar a Smear Layer - Substituir a Smear Layer → A escolha de manter ou remover a Smear Layer depende do material e do sistema restaurador selecionado. ESTRATÉGIAS ADESIVAS ATUAIS 1. Fixar a Smear Layer via monômero acídico 2. Remover a Smear Layer com ácido através do condicionamento ácido da dentina Isso nos dá a classificação dos adesivos dentinários básicos presentes. Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-segunda-prova-materiais Materiais dentários I Karolina Viana 4 CLASSIFICAÇÃO Adesivos de condicionamento prévio (etch and rinse): - Três passos (quarta geração): método mais confiável. Consiste em 3 etapas: aplicação de um condicionador ácido, aplicação de um primer e aplicação do adesivo propriamente dito. O primer contem monômeros hidrofílicos funcionais dissolvidos em um solvente orgânico; a resina é hidrofóbica. Recomendado para adesão de núcleos de compósito (preenchimento). - Dois passos (quinta geração): primer e adesivo combinados no mesmo frasco. Monômeros hidrofílicos e iônicos são combinados tornando a camada de adesivo suscetível à penetração de água e degradação. Recomendado para adesão de restaurações feitas em anteriores e superiores de compósito e para cimentação de facetas com cimentos resinosos. Adesivos autocondicionantes: - Dois passos (sexta geração): não envolve condicionamento ácido. Um monômero acídico que não é removido com enxague é usado para condicionar o substrato e ao mesmo tempo serve como primer. Recomendado para adesão de compósitos em posteriores. - Passo único (sétima geração): condicionador, primer e adesivo em um único passo. Recomendado para pinos estéticos e restaurações cerâmicas cimentadas usando cimentos resinosos ou adesão de restaurações posteriores em compósitos. O sistema adesivo mais estável é o de 3 passos. O sistema de 1 passo não remove a Smear Layer; quando usado apenas fixa a camada. TRATAMENTO DA DENTINA Condicionamento ácido: qualquer alteração química na superfície da dentina, como uma quelação de cálcio (EDTA), com o objetivo de remover a Smear Layer e simultaneamente desmineralizar a superfície da dentina. O condicionamento acido remove a hidroxiapatita da dentina sadia quase que completamente, numa profundidade de alguns micrometros, expondo uma rede de colágeno microporosa suspensa em água. A dentina deve ser mantida úmida para assegurar a formação da camada híbrida. A quantidade de água é crítica: se não houver água, o colágeno colaba e forma uma camada relativamente impermeável à infiltração do adesivo resinoso; se houver muita água, a infiltração da resina é incapaz de deslocar a água por completo e o ambiente fica propicio à infiltração. A aplicação do primer é necessária para manter a rede de colágeno hidratada ao mesmo tempo que o excesso de água é removido. Não pode condicionar por tempo excessivo, porque a desmineralização excessiva provoca espaços muito grandes, podendo o monômero não penetrar completamente nestes espaços. Quando o monômero não penetra no colágeno, há espaços vazios. Esses espaços vazios podem gerar degradação da interface por uma resposta do próprio colágeno, formando metaloproteases. Essas metaloproteases agem causando degradação da interface, especialmente o colágeno. Então, o colágeno sem sustentação é degradado, resultando em degradação da interface e infiltração de bactérias. * ácidos fracos → envolvidos com adesivos de apenas 1 passo O ideal é que as superfícies fossem tratadas de formas diferentes, mas clinicamente é um processo inviável. CAMADA HÍBRIDA Remoção do mineral → matriz desmineralizada e preenchida com água → matriz desmineralizada e enrijecida por solventes orgânicas A região do colágeno precisa ficar úmida, porque se remover o mineral e o colágeno secar, ele colaba e não pode ser preenchidopelo adesivo. Para o adesivo penetrar nas áreas de condicionamento ácido a dentina precisa estar úmida. De certa forma, todo adesivo deve ter água para manter a estrutura do colágeno aberta. As resinas hidrofílicas podem penetrar a camada superficial desmineralizada pelo ácido, com fibras colágenas expostas, formando a camada híbrida que é a dentina infiltrada por resina com alta resistência coesiva. AGENTE CONDICIONADOR IDEAL - isotônico -pH neutro - baixa toxicidade - compatível quimicamente - solúvel em água - melhorar a superfície para a adesão Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 Materiais dentários I Karolina Viana 5 FATORES QUE INFLUENCIAM A AÇÃO DOS ACIDOS - tipo de condicionamento - capacidade de selamento do material - tempo de condicionamento A DENTINA COMO SUBSTRATO ADESIVO A eficiência do sistema adesivo está relacionada com a capacidade do profissional reduzir quaisquer que sejam essas variações, e é por isso que os adesivos estão sendo cada vez mais simplificados; quanto mais passos, maiores as chances de variação. A estratégia adesiva pode modificar dependendo do tipo de substrato presente. - Dentina profunda → cuidado ao utilizar o ácido, pois quanto maior a profundidade, maior o diâmetro dos túbulos dentinários - Dentina superficial → a adesão é maior, porque a formação da camada híbrida é o que da a real estabilidade de adesão. A camada híbrida é a chave da adesão. FATORES QUE INFLUENCIAM A PROFUNDIDADE DA DESMINERALIZAÇÃO - tipo de ácido - pH - tempo de aplicação do ácido - morfologia do substrato PRIMERS DENTINÁRIOS Agentes hidrofílicos, geralmente resinosos. Presentes nos sistemas adesivos de 3 passos. Alguns sistemas adesivos apresentam resinas de baixa viscosidade, baixo modulo e elasticidade. As estratégias adesivas são determinadas pela bula, porque os adesivos têm quantidades de agua diferentes. A estratégia de preparo do substrato, se seco ou úmido, depende da quantidade de água do adesivo. AGENTES ADESIVOS DENTINÁRIOS Um sistema de união dentinário bem sucedido deve apresentar as seguintes características: 1. remoção ou dissolução adequada da Smear Layer de esmalte e dentina 2. Manutenção ou reconstituição da rede de colágeno dentinário 3. bom molhamento 4. eficiente difusão e penetração de monômeros - embricamento micromecânico e/ou ligações químicas com a dentina 5. polimerização enquanto impregnado na estrutura dentária 6. copolimerização com a matriz da resina composta restauradora Composição - Condicionadores: ácidos relativamente fortes, usados para remover a Smear Layer e dissolver a fase mineral, permitindo a formação de retenções micromecânicas. O ácido fosfórico 37% é o mais usado. Apresentado na forma de um gel aquoso e aplicado com pinceis ou seringas - Primers: mantem a rede de colágeno expandida ao mesmo tempo em que o excesso de água é deslocado para permitir a infiltração dos monômeros hidrofílicos contidos no adesivo. Composto por monômeros hidrofílicos dissolvidos em um solvente, como acetona, etanol ou água. O HEMA é um primer comum devido à sua alta hidrofilia. Primer autocondicionante: que tem a capacidade combinada de condicionar e infiltrar a dentina. Na sua composição são usados monômeros acídicos - Solventes: comumente água, etanol e acetona. Melhoram o molhamento da dentina hidrofílica e melhoram a adesão. A água é capaz de ionizar os monômeros acídicos além de reexpandir a rede de colágeno colabada. O etanol e a acetona apresentam melhor miscibilidade com os monômeros que tem caráter hidrofóbico e facilitam a remoção de agua. - Adesivo: sua função é preencher os espaços interfibrilares da rede colágena criando uma camada hibrida e prolongamentos de resina para promover retenção micromecânica depois que as resinas são polimerizadas. Também previne infiltração de fluidos ao longo da margem restaurada, já que compõe a maior parte da camada híbrida; para tanto, devem apresentar caráter hidrofóbico. - Iniciadores: pode ser usado um sistema fotoiniciador contendo uma molécula fotossensível como a canforoquinona e um iniciador como uma amina terciária, ou usando um sistema que contém umm iniciador químico, como o peróxido de benzoila. - Partículas de carga: partículas de sílica nanométricas. Aumentam a resistência de união e controlam a viscosidade do adesivo. RESINAS COMPOSTAS A resina composta é um compósito: união de dois ou mais materiais para gerar outro material que acaba tendo as propriedades dos materiais que formam o compósito. São materiais poliméricos repletos de ligações cruzadas, reforçados por uma dispersão de vidro, cristais ou partículas de carga orgânica de resina e/ou pequenas fibras unidas à matriz por agentes de união silanos. Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-segunda-prova-materiais Materiais dentários I Karolina Viana 6 FASES - Matriz orgânica resinosa, que tem consistência pegajosa, de origem orgânica e alta densidade de ligações cruzadas. Forma uma fase contínua e se liga às partículas de carga. - Conteúdo de carga: fase inorgânica; partículas de carga mineral, de vidro ou resinosas e/ou fibras curtas dispersas na matriz - Agente de união silano: une a matriz resinosa às partículas de carga inorgânica. É uma molécula bifuncional: em uma extremidade tem grupos silico- funcionais que se ligam à fase inorgânica da resina composta e na outra extremidade tem o radical organofuncional que se liga quimicamente à matriz resinosa orgânica. O silano é um elo de união entre as duas fases que são bem distintas. A partir da união entre as partículas inorgânicas e a fase orgânica resinosa é obtido o compósito. A resina é formada pela matriz orgânica e pelas partículas inorgânicas. O silano não é classificado como um componente da resina; é apenas um agente de união. Cada parte do compósito é responsável por algumas características na resina composta: - Matriz: da viscosidade ao material, tem os componentes que vão fazer a polimerização do compósito, tem pigmentos e opacificadores que irão gerar diversas cores e tonalidades da resina composta - Fase inorgânica: atua para a redução da contração, redução do coeficiente de expansão térmico, radiopacidade, controle da translucidez e da opacidade, aumento das propriedades mecânicas da resina composta. - Agente de união: é importante que as partículas de carga estejam bem unidas à matriz, caso contrario, o material fica enfraquecido. O agente de união pode promover propriedades físicas e mecânicas melhores e inibir a lixiviação na medida em que impede que a água penetre na interface carga-resina. Além desses componentes, as resinas possuem outros na sua composição: - sistema ativador-iniciador para converter a pasta de resina em material resistente - pigmentos - substancias capazes de absorver raios ultravioleta - inibidores de polimerização. MATRIZ ORGÂNICA Também chamada de matriz resinosa. O principal componente são os monômeros resinosos. A maioria das resinas usam uma mistura de monômeros dimetacrilaticos aromáticos e/ou alifáticos. Além dos monômeros resinosos, tem alguns monômeros diluentes, um sistema de iniciação da polimerização e também um sistema para inibir a polimerização, os pigmentos e opacificadores. Mais de 90% da matriz orgânica é constituída pelos monômeros resinosos + monômeros diluentes. Monômeros - Bis-GMA ou resina de Bowen: primeira resina composta desenvolvida na odontologia. Esse monômero tem um alto peso molecular, o que confere baixa contração de polimerização (em torno de 5%). A contração de polimerização gera micro fendas marginais. Matriz com alta densidade de ligações cruzadas e bastante durável. Alta viscosidade,em virtude de o monômero ter um peso molecular muito grande, o que não é favorável para o trabalho clínico. O alto peso molecular também provoca uma baixa conversão monomérica: apenas 30% dos monômeros conseguem se unir aos outros monômeros para formarem uma cadeia polimérica. Mesmo com a fotoativação ainda haverá muitos monômeros residuais, resultando em propriedades mecânicas inferiores. Em suma, o alto peso molecular traz uma baixa contração de polimerização, mas ao mesmo tempo traz uma viscosidade alta, trabalho difícil com a resina e baixa conversão monomérica. *Os fabricantes normalmente fazem uma mistura de diferentes monômeros para chegar a uma composição de matriz resinosa o mais viável possível. O Bis-GMA ainda é a matriz resinosa mais usada nas resinas atuais, mas sempre associado a outros monômeros *Em termos moleculares o Bis-GMA se assemelha muito ao bisfenol A - UDMA: considerado um monômero de alto peso molecular, com baixa contração de polimerização. Ainda tem uma contração maior que o Bis-GMA. O peso molecular é ligeiramente menor, por isso esse monômero consegue ter uma conversão monomérica maior que o Bis-GMA. Tem em torno de 60% de conversão monomérica, o que melhora as propriedades da resina. Como reduz o peso molecular, reduz a viscosidade, não sendo um material tão pegajoso. - Bis-EMA: características próximas ao UDMA. Também considerado com alto peso molecular, baixa contração de polimerização, alta conversão monomérica, é maior que o UDMA. Comparado ao Bis-GMA é um material com menor viscosidade - TEGDMA: associado a um monômero diluente, que diminui a viscosidade, melhorando a forma de trabalho com a resina composta. O problema é que Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 Materiais dentários I Karolina Viana 7 adicionando esse material de baixo peso molecular, acaba aumentando a contração de polimerização porque é um monômero que reage muito rápido aderindo um ao outro. Em compensação, tem uma alta conversão monomérica em virtude da baixa viscosidade. Iniciadores São o componente que dá início a reação de polimerização, ativadores. A reação pode ocorrer por meio físico (luz) ou por meio químico (mistura de dois compostos que vem em frascos separados). Os monômeros polimerizam por uma ação de adição iniciada por um radical livre. *A polimerização em si é química, nas duas resinas. O processo de união dos monômeros para formar o polímero é uma reação química baseada em radicais livres que vão se unir para formar o monômero. A diferença está no início da reação, cada uma será iniciada por um fator diferente. Por isso é mais correto usar o termo fotoativação ou fotoiniciação do que fotopolimerização. CLASSIFICAÇÃO DAS RESINAS Resina de ativação química É apresentada em dois frascos separados: - Pasta base: contem o ativador da reação que normalmente é uma amina terciária - Pasta ativadora: tem o iniciador da reação, que na maioria das resinas é o peróxido de benzoila. Quando as duas pastas são misturadas, a amina reage com o peróxido de benzoila para formar radicais livres e iniciar a polimerização por adição. Esse tipo de polimerização gera alguns problemas na resina composta: 1. Inserção de bolhas ou O2 na mistura, durante a espatulação do material. A mistura não é fácil porque a pasta é muito viscosa, tornando muito difícil obter uma pasta homogênea. As bolhas de ar incorporadas diminuem as propriedades mecânicas do material. Ao invés de haver monômeros e polímeros resinosos, essa resina vai apresentar espaços vazios, como uma porosidade. O O2 também é um inibidor do processo de polimerização; a incorporação de O2 na mistura também faz com que haja uma polimerização deficiente em algumas partes da resina. 2. Limitação estética: o complexo peroxido de benzoila + amina terciária forma uma amina terciaria aromática que é incorporada na resina, que tem o risco de oxidação com o tempo. A oxidação dessa amina terciaria aromática gera o amarelamento. Em dentes anteriores, essa resina tem uma limitação muito grande. 3. Tempo de trabalho curto, porque a partir do momento que começa a mistura, o material já começa a polimerizar, e nem sempre o tempo é hábil para uma boa escultura. Esse é o principal problema. → Vantagem: como essa resina não depende da luz não há polimerização desigual. Normalmente a parte interna da resina nunca recebe a mesma quantidade de luz da porção superficial. A polimerização dessa resina é por igual. Resinas fotoativáveis Ativadas por uma fonte de luz. O iniciador dentro da matriz orgânica é específico para iniciar a reação a partir da exposição da luz. Normalmente o iniciador é a canforoquinona, uma molécula amarelada, que é incorporada à matriz orgânica numa proporção de 0,2%. A luz é uma luz adequada, que apresenta um comprimento de onda de 400 a 550nm. Essa luz azul excita a canforoquinona. A excitação da canforoquinona a faz reagir com o acelerador, também chamado de co-iniciador da reação, que é uma amina alifática, que está dentro da mesma massa e com isso há a liberação de radicais livres. Com os radicais livres dispersos na matriz orgânica inicia-se o processo de união entre os monômeros. O radical livre se une à extremidade do grupo metacrilato do monômero, que atrai o outro monômero, formando a cadeia. - Inibidor: Dentro da matriz orgânica também tem um pouquinho de inibidor da reação, para que a resina composta quando exposta à luz ambiente não sofra a excitação máxima da canforoquinona. Isso porque a canforoquinona tem o pico de excitação com a luz quando a luz tem comprimento de onda de 468nm. O comprimento da luz invisível é distinto, mas a canforoquinona acaba se sensibilizando um pouco com a luz ambiente; esse pouco reage com a amina alifática e libera radical livre, só que de uma forma bem restrita. O inibidor acaba reagindo com o radical livre e inibindo a ação do radical livre e impedindo assim a reação em cadeia da polimerização. O inibidor, portanto, tem duas funções: aumentar o tempo de vida útil durante o armazenamento das resinas e assegurar o tempo de trabalho suficiente. Existem outros iniciadores, mas a canforoquinona é a mais usada. Porém por ser amarela dificulta ao fabricante produzir cores mais claras e mais transparentes. - Outros iniciadores: Lucirin TPO (380 nm) Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-segunda-prova-materiais Materiais dentários I Karolina Viana 8 Bapo (370nm) PPD (310nm) OPPI Ativação dual Apresenta os dois mecanismos. São cimentos apresentados em pasta/pasta. Apresentam uma pasta base com o iniciador e uma pasta ativadora com o ativador da reação, e em uma das duas tem a canforoquinona + o acelerador da reação de fotoativação. Quando as duas pastas são misturadas e depois expostas à luz, a fotoativação é promovida pela interação amina-canforoquinona e a ativação química é promovida pela interação amina-peróxido de benzoila. Indicada para situações em que não se consegue penetração da luz o suficiente para causar uma conversão de monômeros adequada. Sistema muito usado em cimentos, porque muitas vezes a luz deve passar sobre a espessura da restauração até chegar ao cimento resinoso. Para restauração, haveria basicamente os mesmos problemas das resinas de ativação dual. GRAU DE CONVERSÃO Quantidade de monômeros que vão se unir para formar a cadeia polimérica; percentual de duplas ligações de carbono que foram convertidas em ligações simples de carbono. Quanto maior o grau de conversão, melhores as propriedades mecânicas e a resistência ao desgaste. Nas resinas compostas não há uma conversão polimérica total. Existe uma media de conversão monomérica em torno de 40 a 75%de conversão, dependendo da resina. A média de uma resina de boa qualidade é de mais ou menos 65% de conversão monomérica. Uma conversão monomérica de 60 a 65% já garante à matriz resinosa uma estrutura com boas propriedades mecânicas, que são aumentadas muito com a ação das partículas de carga (fase inorgânica). Se a contração monomérica fosse em torno de 90 a 100%, a contração volumétrica do material seria muito grande. O fato de a conversão monomérica não chegar a 100% é estratégico. Se o grau de polimerização for muito pequeno, a matriz orgânica não tem resistência mecânica; em contrapartida, se for muito grande, a contração de polimerização é muito maior. O meio termo seria o ideal. O grau de conversão depende do tipo de monômero resinoso, da luz, da espessura da resina composta e da opacidade da resina. CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO É inerente a qualquer material polimérico. Quando os monômeros se unem, obviamente vai haver uma contração do material. Os monômeros resinosos que estão isolados se unem, e o volume diminui. Quanto menor a contração de polimerização, melhor a chance de sucesso clinico do material. Se os monômeros forem muito pequenos, na hora da união, o grau de contração de polimerização é muito grande. A contração de polimerização gera um problema chamado tensão de contração de polimerização; isso leva a riscos de falhas. A redução de volume que a resina sofre, gera o risco de falha marginal, criando um espaço entre a restauração e a parede do dente, levando ao risco de infiltração. A tensão de contração surge porque a resina composta está aderida a parede do dente por meio do sistema adesivo e a tensão de contração gera a separação entre o corpo da resina e a interface adesiva e a interface adesivo-dente. Essa interface tem uma união micromecânica; a contração acaba puxando e gerando uma tensão porque ela vai gerando uma força, mas ela tem uma resistência contra ela. Se a contração volumétrica for muito grande, essa tensão de contração pode romper a interface adesiva e criar mais uma via de infiltração/contaminação. Se essa tensão de contração for muito grande, pode ate ocorrer trincas na estrutura do dente. Pode gerar deflexão de cúspide ou sensibilidade dentaria. A tensão de contração é dependente do tipo da resina e da técnica do profissional. Redução da contração de polimerização - Técnica incremental: Normalmente, para minimizar a tensão de polimerização de uma resina composta usamos a técnica incremental, onde vamos colocando pequenos incrementos de resina; o primeiro principio da técnica incremental é diminuir o volume de resina composta inserida na cavidade para gerar uma contração volumétrica menor. As camadas mais finas reduzem a superfície de resina aderida e aumentam a área de superfície livre, reduzindo o fator C associado. Outra razão para a técnica incremental é que se for colocado um volume muito grande de resina de uma só vez, a luz não vai chegar à porção mais interna; não haverá fotoativação adequada. Convencionou-se que 2mm seria a espessura máxima de incremento de resina porque com 2mm é possível ter uma tensão de contração pequena e a luz consegue ultrapassar essa espessura para polimerizar por um todo o volume. As camadas que vão sendo incrementadas se aderem umas as outras porque na superfície a resina não está completamente polimerizada, devido à presença de O2. Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 Materiais dentários I Karolina Viana 9 - Diminuir o fator cavitário ou fator C: o fator C é o coeficiente entre as paredes aderidas e as paredes não aderidas. Basta dividir o numero de paredes aderidas à resina pelo numero de paredes livres da resina. O fator 5 é o maior fator C que pode existir. Uma cavidade classe I tem o fator C = 5; então essa cavidade tem potencial de gerar alto fator C. Se o fator C é grande, a tensão de contração de polimerização também é muito grande. Para reduzir o fator C, o profissional deve colocar o fragmento de resina de forma que ele não encoste nas 5 paredes de uma vez só. A restauração vai subindo desta forma: sempre tentando deixar a resina não aderida em muitas paredes ao mesmo tempo. A porção que adere à resina não conta como aderência no calculo do fator C. Se houver um material de base no fundo da cavidade, ela não conta como parede aderida, diminuindo ainda mais uma parede. Em cavidades mais profundas onde se usa material de base, ajuda na proteção complexo dentina-polpa e também na minimização do fator C, diminuindo o estresse da tensão de contração de polimerização. Em resumo, o que podemos fazer para minimizar o estresse de contração: 1. Selecionar resina adequada, com boas propriedades e o menor grau de tensão de contração possível. 2. Fazer a técnica incremental, diminuindo o volume da resina. Subir a resina com adesão ao menor número de paredes por vez. 3. Usar material de base na parede pulpar 4. Técnica de fotoativação: começar com uma irradiância pequena e ir subindo ate chegar na irradiância ideal. Isso promove um aumento do tempo disponível para o relaxamento ou alívio da tensão antes de atingir o ponto gel e pode ser conseguido utilizando-se uma técnica com início lento. Ocorre um menor grau de polimerização inicial e um alto nível de relaxamento inicial da tensão durante os estágios precoces e quando o ponto gel é atingido, aplica-se a intensidade máxima. Uma irradiância muito alta de uma vez, gera uma conversão polimérica muito rápida, o que gera tensão de contração grande. (Soft start). Obs.: tempos curtos de exposição, com altas intensidades, promovem aumento da velocidade de polimerização, e muitas tensões residuais são desenvolvidas, já que não há tempo suficiente para que hoaja relaxamento dessas tensões. PIGMENTOS OPACIFICADORES Garante a variedade de cromas e matizes das resinas. São óxidos metálicos que são incorporados na matriz orgânica. Com esses óxidos orgânicos temos o controle de opacidade, de matriz e de croma. A quantidade desses óxidos metálicos dentro da matriz orgânica é de 0,001 a 0,007%. Para aumentar a opacidade, os fabricantes adicionam dióxido de titânio e óxido de alumínio. - Pigmentos luminóforos: garantem fluorescência das resinas compostas. As resinas compostas antigas não tinham fluorescência, e não refletiam a luz ultravioleta. Resinas com fluorescência exagerada que sob luz ultravioleta refletem muita luz. APLICAÇÕES DA RESINA COMPOSTA Restauração direta de dentes anteriores e posteriores cimento resinoso, cimentação de brackets, restaurações provisórias, trabalhos indiretos. FASE INORGÂNICA Basicamente, o componente da fase inorgânica são as partículas de carga. Essas partículas podem ser e sílica, de quartzo, de vidro, sílica coloidal, cerâmica (zircônia). O que diferencia essas partículas é basicamente a marca comercial. Há alguma diferença em termos de tamanho desses materiais também. Basicamente a fase inorgânica vai ser formada pelas partículas de carga. Importância das partículas de fase orgânica: - redução da contração de polimerização - redução do coeficiente de expansão térmica - redução da sorção de água, amolecimento e manchamento - garante radiopacidade às resinas compostas - ajudam no controle da translucidez e da opacidade (apesar de os pigmentos e opacificadores ajudarem no pigmento e opacidade, as partículas de carga também tem papel na opacidade e translucidez) - aumentam a dureza superficial - melhora as propriedades mecânicas → olhando para estas propriedades, seria desejável uma resina com a maior quantidade possível de partículas de fase inorgânica. Porém, na pratica, isso resultaria em um material muito duro para trabalhar, seria, portanto inviável. As resinas mais atuais, com a menor contração de polimerização, têm aproximadamente 75 a 80% de fase inorgânica. Dentro de um compósito, em media temcerca de 70% de partículas orgânicas e 30% de partículas inorgânicas. Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-segunda-prova-materiais Materiais dentários I Karolina Viana 10 A forma, a quantidade e o tamanho dessas partículas influenciam diretamente nas propriedades finais da resina composta. CLASSIFICAÇÃO DAS RESINAS COMPOSTAS QUANTO AO TAMANHO DAS PARTÍCULAS Leva em conta o tamanho das partículas. - Resinas macro particuladas: 70µm - Resinas hibridas: partículas micrométricas e partículas pouco maiores. A média no tamanho das partículas é de 8 a 12 µm - Resinas micro hibridas: 0,4 a 1µm. Também são partículas menores associadas a partículas maiores. - Resinas micro particuladas: 0,01 a 0,05µm - Resinas nano hibridas: 0,04 a 3µm - Resinas nano particuladas: 5 a 20nm - Resinas sub-micrometricas ou supra-nanometrica: tem todas as partículas com aproximadamente 0,02µm. Disponíveis no mercado. A de macro partículas talvez seja encontrável ainda. (A única que não acha mesmo é a híbrida) Resina de macro partículas Composta por quartzo Primeira resina desenvolvida. Tinha partículas de quartzo e tamanho de partículas muito grande, de 70µm. Essas partículas muito grandes fazem a superfície ficar irregular, e com uma dificuldade muito grande de acabamento e polimento. Além disso, sua dureza superficial era tão grande que gerava desgaste no dente antagonista. Ao polir com as pontas de borracha, por exemplo, as partículas superficiais acabam se desprendendo da massa e saindo de forma inteira, porque o abrasivo não consegue desgastar o quartzo, que tem uma dureza superficial muito maior que o abrasivo. Quando essa partícula sai da superfície, ela deixa um poro na matriz resinosa. O polimento de resinas com partículas muito grandes gera uma superfície mal acabada, áspera e sem brilho natural. Essa é uma das principais limitações das resinas de macro partículas: a deficiência no acabamento e polimento. Essa resina apresenta 70 a 80% de peso de partículas inorgânicas, fazendo com que tenha excelentes propriedades mecânicas. Temos a associação de partículas grandes, com alto conteúdo de carga. Pela limitação no acabamento, essa resina basicamente seria indicada para dentes posteriores, porque apresenta qualidades mecânicas suficientes e não tem tanta limitação estética, pois em dentes posteriores o acabamento não é tão crítico. Além disso, essa resina é quimicamente ativada; além dessas desvantagens de polimento, ainda possui todas as desvantagens de uma resina quimicamente ativada: incorporação de ar na mistura trazendo polimerização incompleta e perda de propriedades mecânicas, amarelamento com o tempo por causa da oxidação das aminas terciárias, dificuldade de trabalho. Resinas de micropartículas Composta por sílica coloidal Dispõem de fotoativação. Como as partículas são muito pequenas, é necessária uma grande quantidade de matriz para umedecer todas essas partículas de carga. Apresentam mais ou menos 50% de peso de fase inorgânica dentro do compósito. Isso implica que essa resina tenha propriedades mecânicas inferiores. Como as partículas tem 0,05 µm, durante o acabamento e polimento o agente abrasivo remove partículas pequenas, deixando uma superfície muito mais regular e plana, com uma lisura superficial maior. Essa lisura superficial confere um brilho maior. São resinas que dão altíssimo polimento, e quanto maior o polimento, mais próximo da lisura superficial do esmalte e mais estético, além do menor acúmulo de placa bacteriana. Outra vantagem é que como ela tem maior conteúdo de matriz orgânica, ela tem maior translucidez, semelhante à translucidez do esmalte. A matriz em si, é transparente; a incorporação da carga é o que controla a opacidade. Essa resina é indicada para superfície vestibular de dentes anteriores, para substituição do esmalte vestibular. Isso devido à baixa propriedade mecânica e a alta lisura superficial. Resina com baixo/médio conteúdo de carga. A partícula inorgânica usada é a sílica coloidal, que naturalmente é conseguida em tamanhos micrométricos. Resina hibrida (micro híbrida) Composta por sílica coloidal e vidros Buscava a qualidade mecânica de macro partículas e o acabamento superficial de micropartículas. Apresentam como fase inorgânica uma mistura de vidros (que seriam as partículas maiores) e sílica coloidal (que seriam as micropartículas). Essa proporção vai variar de acordo com o fabricante. - Proporção: de 10 a 20% em peso de partículas de sílica coloidal e de 50 a 65% de partículas maiores (vidros, muitas vezes associados a metais pesados de alto numero atômico). Com isso, tem-se uma resina composta com alto conteúdo de carga, variando de 62 a 85% em peso e com boas propriedades mecânicas somadas a capacidade de polimento. Porém, por ser um material hibrido suas propriedades Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 Materiais dentários I Karolina Viana 11 mecânicas ainda não são tão boas quanto as das resinas de macro partículas. Seu acabamento superficial também é bom, mas não é tão bom quanto o de micropartículas. Com essas propriedades combinadas, desenvolveu-se a primeira resina composta chamada de universal. - Resina universal: aplicável tanto para dentes anteriores quanto a dentes posteriores. - Diferença da resina hibrida para a micro híbrida: as partículas maiores na resina micro híbrida foram diminuindo, melhorando a estética sem perder muito a capacidade mecânica, são praticamente as mesmas. *O excesso de dureza nem sempre é tão desejado. O principal motivo de falha das resinas compostas é por infiltração. Resina de nano partículas Composta por zircônia e sílica 1 nanômetro = 1 milésimo de um micrometro Carga inorgânica baseada em sílica e em zircônia, que é uma cerâmica. As partículas têm na faixa de 0,002µm. Essa resina não apresenta propriedades inferiores pelo tamanho pequeno da partícula como acontecia com as resinas de micropartículas; essas partículas não estão dispostas na matriz isoladamente, elas se organizam formando pequenos clusters, chamados nanoclusters que se assemelham a cachos de uva. Apesar de a partícula orgânica isoladamente ser nanométrica, como ela se apresenta agrupada em clusters, na verdade ela assume o comportamento de uma partícula de 0,6 µm. Então, consegue-se aliar a vantagem de polimento superficial de uma partícula pequena com as boas propriedades mecânicas de partículas maiores. Durante a infiltração da matriz orgânica com a fase inorgânica, não precisa de uma quantidade muito grande de matriz orgânica para fazer o molhamento das partículas, porque essas partículas estão agrupadas. Essa resina é patenteada pela 3M ESPE (é a resina usada na clinica da FAO) Resina universal, aplicada para dentes posteriores e anteriores com alta resistência mecânica, porque há quase 80% de peso de partículas inorgânicas na resina composta, mas com nano partículas que durante o polimento garantem uma alta lisura superficial. Durante o polimento, quando é passado o abrasivo sobre a superfície, não é o cluster inteiro que sai, são as nano partículas. O resultado é uma superfície extremamente plana, com alta lisura e alto brilho superficial. **para o polimento saem as partículas individuais, mas para o molhamento é considerado o aglomerado. Resinas nano hibridas Composta por sílica e vidro cerâmico Substituíram algumas micropartículas por nano partículas, porem ainda é uma mistura de partículas maiores com partículas menores. Boa parte das partículas no mercado hoje em dia são nano hibridas. São partículas de aproximadamente 1 a 2 µm com partículas de 0,4-0,5 µm e também com partículas nanométricas de 0,005-0,002 µm. Suas propriedadesse aproximam mais das propriedades da resina micro híbrida do que das resinas de nano partículas. É uma resina com alto conteúdo de carga, de 75 a 85% em peso. Tem ótimas propriedades mecânicas, baixa contração de polimerização e é universal, aplicada tanto a dentes anteriores quanto a dentes posteriores. CLASSIFICAÇÃO DAS RESINAS COMPOSTAS QUANTO A CONSISTÊNCIA DA RESINA Resina do tipo convencional Apresentada na seringa e tem consistência pegajosa. Tem todas as classificações de tamanho de partículas já descritas. Resina do tipo flow Essa resina se assemelha mais ao cimento, porque tem uma viscosidade menor e um escoamento maior. Para conseguir chegar a uma resina de consistência mais fluida, os fabricantes diminuíram a concentração de carga e/ou aumentaram a quantidade dos monômeros diluentes na matriz resinosa. Com isso, as propriedades mecânicas são muito diminuídas. Como aumenta a proporção de matriz sobre a fase inorgânica, também aumenta a contração de polimerização. As resinas desse tipo foram desenvolvidas por questão de conveniência, como por exemplo, facilitar o preenchimento de uma cavidade na região pulpar. É utilizada como material de base, não pode estar em regiões de ângulo cavo superficial, porque tem uma contração de polimerização maior, formando um microgap maior na interface dente-restauração. Não pode ser usada em oclusal, pelas pobres propriedades mecânicas. Como o modulo de elasticidade/rigidez dessa resina é menor do que o da resina que é colocada sobre ela, ela é capaz de absorver alguns impactos e tensões. Sua vantagem clara é a fácil aplicação para ser usada como material de base. Resina fluida do tipo Bulk Fill Os fabricantes sugerem que essa resina pode fazer incrementos de até 4mm, resultando em rapidez no preenchimento da cavidade. Segundo o fabricante, isso é possível porque essas são Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-segunda-prova-materiais Materiais dentários I Karolina Viana 12 resinas muito translúcidas, com poucos pigmentos. Por ela ser mais transparente, a luz consegue atravessá-la e fotoativar um volume maior. Além disso, tem monômeros resinosos que se fragmentam durante a polimerização; isso faz com que a contração de polimerização seja menor, porque não há a formação da cadeia toda de uma vez, ela se forma e quebra continuamente. Resina Bulk Fill regular (consistência normal) Incrementos de até 5mm. Segundo revisões cientificas, a indicação para a bulk fill regular seria a mesma para bulk fill fluida: usada como material de base, dentro de cavidades. PROPRIEDADES DAS RESINAS COMPOSTAS - Qual parte do compósito tem dominância sobre cada propriedade? Resistencia e dureza superficial: dependente da união adequada entre a matriz resinosa e a fase inorgânica, feita por uma molécula de silano, porque tem extremidades inorgânica e orgânica. A resistência mecânica é definida pela fase inorgânica e diretamente proporcional a ela. Sorção de água: deve ser controlada. Se estiver em excesso ocorre uma degradação hidrolítica da matriz orgânica. Mas acaba minimizando um pouco a contração de polimerização, porque quando a resina absorve a agua do ambiente, essa água é incorporada à estrutura interna da resina. Minimiza o gap e melhora o selamento marginal. A sorção de água é controlada pela proporção de carga, sendo inversamente proporcional à fase inorgânica. Polimento: determinado pelo tamanho e quantidade das partículas inorgânicas. Quanto menor a proporção de fase inorgânica e maior a proporção de matriz orgânica, melhor é o polimento. Estabilidade de cor: depende da fase orgânica e da fase inorgânica, porque está muito ligada à capacidade de lisura do polimento. É muito mais fácil o pigmento se acumular em uma superfície áspera do que em uma superfície de alta lisura. Também esta ligada a contração de polimerização: se há a formação de gaps e microfendas, há a formação de áreas retentivas que acumulam pigmento. Em suma é dependente da capacidade de polimento e do selamento marginal. Depende tanto da matriz quanto da fase inorgânica. Contração de polimerização: deve haver o equilíbrio entre a fase inorgânica e a matriz orgânica. É inversamente proporcional à quantidade de carga inorgânica. Quanto menos carga, maior a contração de polimerização. Expansão térmica: inversamente proporcional à fase inorgânica. Viscosidade: muito dependente dos diluentes da matriz orgânica, dos monômeros de baixo peso molecular e também da quantidade de carga inorgânica. É inversamente proporcional à quantidade de carga inorgânica. Radiopacidade: está ligada especificamente à carga inorgânica; a matriz orgânica não possui nenhuma radiopacidade. Algumas partículas inorgânicas podem ter radiopacidade natural, mas geralmente, para se obter a radiopacidade são usados vidros incorporados com metais de alto numero atômico. Biocompatibilidade: capacidade de o material desempenhar suas funções com resposta biológica adequada. Nesse caso, analisa-se a resina composta como um todo, e não suas fases isoladas. A resina composta é um material biotolerável. Condutividade térmica: a matriz orgânica é um ótimo isolante. Isso é importante para minimizar os riscos de injúria pulpar. Adesividade: a resina composta não é adesiva; quem vai garantir a adesão é o sistema adesivo. Numa interface adesiva acontece a interação micromecânica, entre o adesivo e o dente, da camada hibrida formando tags de resina e uma união química adesiva entre a resina e o adesivo RESINA IDEAL - alta concentração de carga - polimento excelente - nenhuma contração de polimerização - resistência ao desgaste excelente - nenhuma sorção de água Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 Materiais dentários I Karolina Viana 13 - expansão térmica igual a do dente Resinas microhibridas/nanohibridas: alta concentração de carga, polimento muito bom, contração baixa, resistência ao desgaste muito boa, baixa-media sorção de água e expansão térmica maior que a do dente. Resinas de nanoparticulas: alta concentração de carga, polimento excelente, contração baixa, resistência ao desgaste muito boa, baixa-media sorção de água, expansão térmica maior que a do dente. Resinas de micropartículas: concentração de carga média, polimento excelente, contração média, boa resistência ao desgaste, media sorção de água e expansão térmica muito maior que a do dente. O SUCESSO DO USO DAS RESINAS COMPOSTAS ESTÁ LIGADO A: Conhecimento pleno do material, técnica restauradora, paciente, cirurgião dentista, acompanhamento longitudinal. RESINA IDEAL Propriedades biológicas: - Biocompatível – a resina é biotolerável, não é biocompativel - Ausência de sensibilidade pós-operatória – conseguida com proteção do complexo dentino- pulpar, coisa que a resina não faz sozinha - Preservação da estrutura dentária – a resina permite, pelo uso de sistemas adesivos - Inibição de cárie Propriedades mecânicas e físicas - Alta resistência ao desgaste - sim - Módulo de elasticidade próximo da estrutura dental – a expansão térmica da resina ainda é maior do que a do dente - Baixa solubilidade e baixa sorção de água – sim, mas ainda tem um pouco de sorção de água - Ausência de contração / expansão – tem contração, mesmo que baixa - Baixa fadiga / deteriorização - sim - Alta radiopacidade - sim - Estabilidade de cor - sim - Alto polimento - sim Propriedades clínicas - Fácil utilização – sim - Longevidade – mais ou menos/aceitavel - Baixo custo – sim - Estética – sim CIMENTOS RESINOSOS Cimentos para restaurações indiretas. De forma geral, os cimentos resinosos são parecidoscom uma resina flow. Agente de união entre duas superfícies que auxiliam na retenção da restauração ao reparo. A relação restauração-cimento-dente é bem sólida, aumentando a resistência de restaurações cerâmicas; atua micromecanicamente, mecanicamente e quimicamente. Existem três tipos de cimento; são compostos por uma matriz orgânica e uma fase inorgânica, assim como as resinas. São resinas compostas modificadas; varia-se tipo, tamanho e quantidade de carga. Deve ter o mínimo de viscosidade possível, para ter um bom molhamento. PROPRIEDADES - Adesividade - Baixa solubilidade - Boa estética porque tem várias cores disponíveis. - Boas propriedades: não é solúvel e ganha resistência ao ser polimerizada, propriedades melhores do que dos outros cimentos convencionais. - Capacidade de se adaptar ao dente e à restauração CLASSIFICAÇÃO/TIPOS DE CIMENTO - Quimicamente ativado - Fotoativado - Cimento de atividade dual. Um cimento precisaria de ativação dual em casos em que a luz não tem como penetrar no cimento, em casos de restaurações muito grandes. Quanto maior a taxa de polimerização pela luz, maior o grau de conversão (quantidade de monômeros que se transformam em polímeros) do cimento. A polimerização pela luz é melhor porque é imediata e a polimerização química é mais demorada. Na boca tem muitos fluidos que se contaminarem o cimento antes do termino de sua ativação comprometem o trabalho. No caso do cimento dual é importante conseguir a maior polimerização possível via luz. - Convencional: pastas separadas - Ativação dual ou autocondicionante: tudo junto no mesmo frasco. TIPOS DE POLIMERIZAÇÃO - Química: reação peróxido-amina terciária - Física: fotopolimerizável (canforoquinona + luz) - Dual: associação dos sistemas químico e fotopolimerizável. Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-segunda-prova-materiais Materiais dentários I Karolina Viana 14 CIMENTOS QUIMICAMENTE ATIVADOS Normalmente vem na forma de pasta/pasta. Tem menor tempo de trabalho, porque no momento que as pastas são misturadas a reação dispara. A presença de O2 de certa forma inibe a reação, formando uma camada de dispersão/inibição, assim como acontece com a resina acrílica. Esses adesivos precisam da adesão proporcionada por um sistema adesivo. Se a amina terciaria envolvida na reação sofrer uma oxidação muito forte, cria o amarelamento. Indicações - Cimentação de pinos pré-fabricados (fibras) - Pinos indiretos (NMF e cerâmicos) - Coroas metalo-ceramicas, metalo-plasticas e cerâmicas policristalinas - Restaurações metálicas Esse formato é indicado quando não há a possibilidade do uso de luz. Numa restauração metálica fundida, por exemplo, que a luz não consegue atravessar. CIMENTOS FOTOATIVÁVEIS Proporcionam maior tempo de trabalho, porque é polimerizado apenas na hora definida pelo profissional, ao incidir com a luz. Tem uma maior estabilidade de cor, porque não ocorre mais a oxidação das aminas. É apresentado em tubo único e exigem o uso de um sistema adesivo. Indicações Restaurações em resina ou em cerâmica pura (Inlays e Onlays), onde a luz consegue atravessar em quantidade suficiente durante a fotoativação; facetas; coroas cerâmica vítrea (leucita, dissilicato de lítio, feldspática) CIMENTOS DUAIS Foram uma tentativa de combinar as propriedades desejáveis dos cimentos foto e quimicamente ativados. Tem a ativação química e a fotoativação associados. Tem duas formas de apresentação: - Convencional: necessitam de sistemas adesivos - Autocondicionante/autoadesivo: não necessita de tratamento prévio no substrato dentário Indicações Pinos pre-fabricados (fibras), coroas cerâmicas policristalina (zirconia, alumina), coroas cerâmicas vítreas (leucita, dissilicato de lítio, feldspato). Em suma, é indicado quando a penetração de luz é limitada e deseja-se a facilidade do cimento fotoativável. PROTOCOLOS CLINICOS Cerâmicas odontológicas: define a forma de cimentação. Quanto mais vidro tem a cerâmica, melhor é a estética. Quanto menos vidro, maior é a resistência, mas o material perde em estética. Dependendo da quantidade de vidro, modifica-se o tratamento superficial dado à restauração. Para usar os cimentos resinosos, deve ser feito um condicionamento no dente e um condicionamento na superfície da cerâmica. Quando o vidro está presente, pode ser utilizado o ácido fluorídrico na superfície da restauração. Porém, na ausência de vidro, esse tipo de ácido não faz efeito. Para o dente, o tratamento é sempre o mesmo: usa-se um sistema adesivo; porém, se o cimento for autocondicionante, o dente não precisa ser tratado, trata-se apenas a restauração. O dente é tratado dependendo do tipo de cimento usado; a restauração é sempre tratada. Cimentação Cerâmicas vítreas (SiO2) Cerâmicas policristalina (alumina e Zr) Convencional (FZ, CIV, CIVM) Não recomendável Possível. Maior probabilidade de fratura à longo prazo Adesiva (CA + adesivo) Ideal Ideal Tratamento interno Acido + silanização + adesivo Jateamento, silicatização, monômeros funcionais Em cerâmicas de vidro, não é recomendado nenhum tipo de material que faça cimentação convencional. Nas cerâmicas vítreas recomenda-se adesão. Em cerâmicas policristalinas, o ideal é fazer cimentação adesiva, mas em alguns casos pode usar Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwi90fm7rp3UAhUJgZAKHdaWA4kQjRwIBw&url=http://odontoup.com.br/restauracoes-indiretas-inlayonlayoverlay/&psig=AFQjCNGm6Hw-9J1AjcYUdJzQsOG03qQZhQ&ust=1496431119394685 Materiais dentários I Karolina Viana 15 cimentação convencional. Como essa cerâmica não tem vidro, ela não é susceptível à ação de um ácido para alterar a matriz vítrea. Cria uma microrretenção mecânica através do jateamento, normalmente jato de óxido de alumínio. Então se passa um componente intermediário, normalmente com fosfato na composição, que é chamado de primer para restaurações policristalinas. Se a restauração policristalina for de zircônia, o primer tem que ser de zircônia. O primer tem sempre que ser compatível com o material da restauração. Em cerâmicas vítreas é recomendada a aplicação do ácido hidrofluorídrico 5-10%; como uma cerâmica vítrea tem sílica na composição, se utiliza um silano na restauração. Sobre o silano pode ser passado um adesivo ou não. Condicionamento com o ácido hidrofluorídrico 10 % -Para cerâmicas vítreas. Exemplo de cerâmicas vítreas: - cerâmica a base de silicato de lítio-20s (aplicar o ácido a 10% durante 20s) - cerâmica à base de leucita (aplicar o acido por 60s) - cerâmica à base de feldspato (aplicar o acido por 2min) Após o condicionamento com ácido, deve-se lavar e secar a superfície. O próximo passo é a aplicação do agente silano, que podem vir de duas formas: - monocomponente: 1 frasco - bicomponente: 2 frascos **O aumento no tempo de acido aplicado na restauração pode levar ao acumulo excessivo de silano nessas regiões. Aplicar excesso de silano deixa a superfície hidrofílica e compromete a adesão; provoca um efeito deletério na resistência flexural da cerâmica. Técnica operatória 1. Condicionamento com ácido HF 2. Lavar e secar 3. Silanizar a restauração (secar) 4. Sistema adesivo na restauração 5. Limpar o dente 6. Condicionar o dente (sistema adesivo) 7. Cimentar Os passos 4 e 6 são usados apenas para cimentos convencionais. CERÂMICA POLICRISTALINA São as cerâmicas sem vidro. Toda cerâmica tem policristal na composição, porém, as cerâmicas vítreas tem a matriz vítrea. No caso das cerâmicas policristalinas, elas têm policristal puro,sem a matriz vítrea. Essas restaurações são mais resistentes porque o policristal está bem compactado, os átomos são agrupados de forma bem densa. Como não tem sílica, não sofre ação do ácido hidrofluoridrico, e não é usado o silano. - O tratamento da cerâmica policristalina é feito da seguinte maneira: o dente segue o condicionamento padrão. Para a restauração, usa-se a aplicação de ácido de óxido de alumínio para criar retenções micromecânicas. Usar um agente de união que tem fosfato na composição, primers e cimentos a base de monômeros fosfatados (MDP). **MDP: monômeros que servem como agente de união de uma forma universal, usado como tratamento químico. Técnica operatória 1. Tratamento mecânico (jateamento) 2. Condicionamento com primer fosfatado 3. Aguardar o tempo estipulado por cada fabricante 4. Secar 5. Aplicar o sistema adesivo 6. Usar cimento a base de MDP CIMENTAÇÃO DE PINOS Deve haver relação do pino com o cimento, do cimento com o adesivo e do adesivo com a dentina. Para cimentar os pinos de fibra, se houver preferencia por cimentação adesiva com cimentos resinosos, usar cimentos de cura dual e/ou química com adesivos convencionais de 3 ou 2 passos. O uso de cimentos simplificados auto-adesivos é uma opção para a cimentação de pinos. Eles não requerem adesivo e são tolerantes à umidade. TÉCNICA OPERATÓRIA 1. Remover guta percha 2. Medir comprimento e diâmetro do conduto 3. Limpar o pino com álcool ou ácido fosfórico 4. Silanizar o pino 5. Sistema adesivo no Pino 6. Condicionar o dente (Sistema Adesivo) 7. Cimentar Os passos 5 e 6 são realizados apenas quando da utilização de cimento resinoso convencional. Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-segunda-prova-materiais Materiais dentários I Karolina Viana 16 FOTOATIVADORES E FOTOATIVAÇÃO Para que ocorra a polimerização, as resinas precisam ser expostas a um tipo determinado de luz. Não é qualquer luz que consegue fotoativar as resinas compostas, tem que ser uma luz especifica, porque o iniciador da reação de polimerização só vai desencadear o processo quando for excitado. Os iniciadores mais comuns usados nos materiais se excitam quando expostos a uma luz visível no espectro azul. Essa luz azul tem um comprimento de onda que varia de 200 a 600nm. TERMOS IMPORTANTES Emissão espectral: comprimento de onda da luz. Amplitude efetiva dos comprimentos de onda emitidos pela fonte de luz. Medida em nanômetros. Requisitos espectrais: Faixas de comprimentos de onda (ou emissão espectral) necessária para ativar os fotoiniciadores das resinas. Medidos em nanômetros. Fluxo ou potência: não usada para falar dos aparelhos fotoiniciadores. É o número de fótons por segundo emitidos pela fonte de luz. A potencia é confundida com irradiância, mas saber e irradiância é mais importante que saber a potência. Medida em mW. Irradiância ou excitação irradiante: número de fótons por segundo emitidos pela fonte de luz por unidade de área da ponta polimerizadora. Medido em Mw/cm². Energia: medida em joules. Representada por energia X tempo, mW/s. Densidade de energia: seria mW/s aplicado em uma determinada área. A densidade de energia é uma medida usada para entender como a resina vai fotoativar. Medida em J/cm². FOTOATIVAÇÃO Mecanismo no qual se fornece energia para iniciar a polimerização das resinas ou cimentos fotoativáveis e cimentos duais. Durante a fotoativação há o sistema iniciador, que é a canforoquinona associada a um acelerador, também chamado de co-iniciador na mesma pasta, que só reagem na exposição à luz. A reação do sistema iniciador com o acelerador gera radicais livres que se unem aos grupos metacrilato (monômeros resinosos), e a partir daí começa a polimerização por adição. Os monômeros se unem inicialmente linearmente, mas depois eles vão formando ligações cruzadas. Essa formação de ligações cruzadas é importante para a resistência mecânica da resina composta. Em suma, vai haver a formação da cadeia linear com os vários monômeros resinosos unidos e então esses monômeros vão se ligando a monômeros não lineares formando uma rede complexa polimérica, aumentando a resistência mecânica da matriz. Vantagens → A grande vantagem da fotoativação é o domínio do tempo de trabalho. Com a fotoativação o profissional determina quando a polimerização irá se iniciar. Outra vantagem, é que não há necessidade de espatulação, tendo menor risco de incorporação de bolhas, que reduzem as propriedades mecânicas da resina e interferem na fotoativação. As vantagens da fotoativação suprimem as desvantagens, mas a fotoativação tem alguns problemas: 1. Não uniformidade de penetração da luz – a parte superficial recebe energia maior que as partes mais profundas. 2. Tempos de cura diferentes dependendo da opacidade e saturação. Uma resina muito amarelada ou muito opaca deve ter maior tempo de ativação para receber energia suficiente 3. As resinas fotoativadas são sensíveis à luz ambiente. Apesar de a polimerização se iniciar por uma luz especifica, a canforoquinona reage com menor intensidade à luz ambiente. Uma resina exposta à luz ambiente vai se polimerizar, de mais forma mais lenta. Isso faz com que às vezes o tempo de trabalho seja reduzido. INICIADORES Fazem parte da matriz orgânica. Todo o processo de polimerização se concentra na matriz orgânica. Requisito espectral: comprimento de onda ótimo para que haja a reação mais eficiente do fotoiniciador. - Canforoquinona 468nm - Lucirin TPO 380nm - PPD 370nm - BAPO 370nm - OPPI 300-380nm Isso é extremamente relevante para sabermos se o aparelho usado é capaz de ativar a resina usada. Conhecer o iniciador da resina composta é essencial para saber se o requisito espectral casa com o comprimento de onda emitido pelo aparelho. Existem várias tentativas de trocar a canforoquinona como mecanismo iniciador porque ela é amarela. Para o fabricante desenvolver cores claras e translucidas é mais difícil. Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 Materiais dentários I Karolina Viana 17 TÉCNICA - Ponta o mais próxima possível da resina, sem encostar. A intensidade (ou energia de luz) varia com o inverso do quadrado da distância. Cada 1mm afastado, a intensidade cai duas vezes. Obs.: normalmente se indica usar um tempo de fotoativação menor para o adesivo. Mas, muitas vezes ele está no fundo da cavidade, aonde a ponta do aparelho não chega. A ponta vai ate o ângulo cavo superficial, nesse caso, é bom usar pelo menos o mesmo tempo preconizado para a resina. Se o adesivo está na superfície, pode ser usado o período menor. - Ponta perpendicular o mais próxima possível TEMPO São necessários aproximadamente 16J/cm² de densidade de energia para polimerizar um incremento de 2mm de resina composta. Considerando que 1J é igual a 1000mW/s, nós necessitamos de 16000mW/s em uma área de 1cm² para polimerizar 2mm de resina. A irradiância do aparelho é dada em mW/cm². Dessa forma, para calcular o tempo de polimerização, é só dividir os 1600mW/s pela irradiância do aparelho: - 100mW/cm2 - 160s - inviável clinicamente - 400mW/cm2 - 40s - 1000mW/cm2 - 16s - arredonda p 20s FOTOATIVAÇÃO E TENSÃO DE CONTRAÇÃO Nós não usamos aparelhos de altíssima irradiância para reduzir o tempo de ativação porque a velocidade muito rápida de polimerização aumenta a tensão de contração de polimerização. Durante a polimerização a resina apresenta 3 estados: - Pré-gel → quando a resina sai da fluidez e começa a ficar viscosa - Gel → fase que a resina não escoa mais - Pós gel Toda resina passa por esses três estágios na sua polimerização, mas não em ordem. Podem ocorrer os três estágiossimultaneamente. Para diminuir a tensão e o estresse de contração, o ideal é que a fase pré-gel seja prolongada, com um tempo maior para a resina se tornar viscosa aos poucos. Depois que a resina chega ao estado gel e pós-gel, seu escoamento não é bom mais. Então, para reduzir a tensão de contração de polimerização no tocante à fotoativação, basta usar uma técnica chamada soft start, que em vez de despejar a irradiância máxima com a ponta muito próxima da resina no inicio, começa com uma irradiância menor e vai aumentando. Dessa forma, a fase pré-gel dura um pouco mais; com isso há o relaxamento das tensões dentro da resina e conseguimos diminuir a tensão de contração de polimerização. Clinicamente, o soft start pode ser feito com aparelhos que já tem essa função ou a função pulse start, que emite a luz em pulsos. Se o aparelho não apresentar nenhuma das duas funções, basta afastar um pouco a ponta do aparelho. Ocorre a redução da quantidade de energia, e a extensão da fase pré-gel da mesma forma. Obviamente, antes de qualquer coisa, para minimizar o estresse de tensão de contração de polimerização deve ser usada a técnica incremental. APARELHOS FOTOATIVADORES Aparelhos de luz halógena – Lâmpada de quartzo com filamento de tungstênio em ambiente halógeno O aparelho é ligado na corrente elétrica; essa corrente entra no polo negativo da lâmpada, aquece o filamento de tungstênio, e esse aquecimento gera emissão de luz. É uma luz comum, como as incandescentes. Para resolver isso, é colocado um filtro capaz de filtrar a luz no comprimento de onda de 400 a 500nm. Essa luz é uma luz visível azul. Com o aquecimento do filamento de tungstênio há a geração de calor, que faz a necessidade de ter um cooler no aparelho. Então em sua composição básica, o aparelho tem o formato de uma pistola com uma ponta de fibra ótica. Dentro do aparelho tem a lâmpada, que é acoplada dentro de um refletor que joga a luz da lâmpada na direção do filtro. Depois que a luz passa pelo filtro, a fibra ótica vai conduzir os feixes de luz para a ponta. Apesar da mecânica simples, possui componentes pesados. Além da lâmpada e do refletor, deve ter um filtro e uma ventoinha; por isso esses aparelhos são pesados. - Desvantagens: O mecanismo de aproveitamento de energia é pobre, gera muita luz que não é aproveitada, porque a luz deve ser filtrada; em virtude desse baixo aproveitamento de energia, deve ser usado sempre ligado à tomada. É um aparelho pesado. Tem vida menor da lâmpada (40 horas) em comparação aos outros aparelhos disponíveis. - Vantagens: aparelho que trabalha numa ampla faixa de emissão espectral, gerando uma irradiância constante, emitindo ondas de 390 a 500nm. É um aparelho que, dentre dos iniciadores disponíveis no mercado, consegue ativar todos. A manutenção é muito simples e bem barata, com peças fáceis de encontrar até mesmo em lojas de equipamentos elétricos. - Manutenção: Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=resumo-segunda-prova-materiais Materiais dentários I Karolina Viana 18 Para monitorar a irradiância do aparelho pode-se usar um radiômero; alguns aparelhos já vem com um radiômero acoplado. Aparelhos LED Tem o mecanismo de geração de luz muito mais eficiente. A luz não depende de aquecimento de um filamento de tungstênio. A luz é gerada por meio de um mecanismo eletrônico, por meio de um aquecimento ou indução de um semi-condutor. O aparelho LED é alimentado, a energia entra no catodo, estimula o semi-condutor e gera a luz. Para que seja gerado uma luz específica, existe um semi-condutor específico. Um LED gera só um tipo de luz com um tipo de comprimento de onda específico. Para qualquer aparelho LED, o aparelho gera menos calor. Por não gerar calor, será um aparelho mais leve, porque não precisa de ventoinha. É mais durável, dura aproximadamente dez mil horas. É possível ter maior irradiância. Nos aparelhos halógenos, não é gerada uma irradiância muito alta, porque se gera mais irradiância, gera muito mais calor, então vai ser preciso uma ventoinha maior. Como o LED emite uma luz específica, não precisa de um filtro para filtrar a luz. A luz já sai no comprimento de onda desejado. Com o melhor aproveitamento de energia, esse aparelho não precisa ser operado ligado direto na corrente elétrica; pode funcionar com uma bateria portátil. Como desvantagens, os LEDs funcionam em uma faixa menor do espectro. Tem maior custo o que os aparelhos halogenos. Lem todos os LEDs são iguais. - LEDs de 1ª geração: não existem mais. Foram desenvolvidos a cunho de pesquisa buscando uma luz gerada num processo energético mais eficiente. Os primeiros LEDs tinham uma irradiancia muito baixa, e os profissionais usavam esse LED com o mesmo tempo de aplicação dos aparelhos halogenos que tinham irradiancia de 400mW/cm². Se fosse usado pelo tempo adequado eles funcionariam. Entraram e saíram do mercado de forma muito rápida. - LEDs de 2ª geração: são os LEDs atuais. São os LEDs mais populares, já com uma alta irradiância (a partir de 800mW/cm² chegando ate 1300-1400mW/cm²), que podem ser usados por 20s. Tem uma irradiancia maior, mas seu grande problema é que o LED gera uma luz dentro de um comprimento de onda específico. A luz que é gerada por um LED de segunda geração trabalha em uma área de 440-480nm. Se ele trabalha nessa faixa, o único iniciador que consegue ativar é a canforoquinona. Esse é um problema relativamente pequeno, porque a maioria das resinas é baseada ainda na canforoquinona. -LEDs de 3ª geração: leve, portátil, não gera calor, energeticamente eficiente. Para resolver o problema do comprimento de onda restrito, os fabricantes colocaram na saída da ponta vários LEDs diferentes. Esses aparelhos são muito mais caros, custando a partir de 3500 reais. Fotoativam todas as resinas disponíveis no mercado. No tocante à segurança de abrangência de resinas, apresenta eficácia igual a de um aparelho halógeno. Porém, com todas as vantagens de uma irradiancia maior (diminuindo o tempo de ativação), sendo mais leve, portátil, funciona a bateria. **LEDs de alta irradiancia: são LEDs acima de 1500mW/cm². São LEDs que precisam de menos de 10s de ativação. Porém tem o problema já citado: uma irradiancia muito forte diminui o tempo da fase pré- gel e a resina entra num estado de pouco escoamento muito rápido, gerando uma tensão de contração de polimerização maior. Um excesso de irradiância não é vantagem. Esse excesso de irradiância, é recomendado para cimentação de peças por exemplo, porque a luz deve ultrapassar a espessura da restauração, porque nesse caso, com a presença do obstáculo, a luz que está chegando ao cimento não é a mesma que está saindo da ponta do fotoativador. Aparelhos a base de plasma Há uma ionização dentro de um ambiente com gás xenônio, e é gerada uma luz branca de alta intensidade. Por meio de um filtro gera-se a luz azul para a fotoativação. Como ele gera uma luz branca e usa um filtro, tem uma amplitude de espectro muito grande e alta densidade de energia (ao contrario do halógeno). É de alto custo, difícil manutenção e não existem marcas nacionais. Laser Aparelhos robustos, de manutenção difícil e custo elevado. Assim como o LED, o laser também gera uma luz específica, de 490nm. Ondas paralelas e Baixado por Renan Augusto (renanaugusto77@yahoo.com.br) lOMoARcPSD|10082523 Materiais dentários I Karolina Viana 19 monocromática. PROTEÇÃO AOS OLHOS A luz gerada pelos aparelhos que varia de 350 a 550nm é degenerativa para a mácula e o efeito é cumulativo. CUIDADOS A SEREM TOMADOS SELECIONANDO A UNIDADE FOTOATIVADORA - fabricante certificado - conhecer a performance: emissão espectral e irradiância - cuidado com aparelhos de alta
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